Clássico foi fraco, mas o empate não pode ser considerado mau resultado

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo empatou com o Santos, na Vila Belmiro neste domingo e dorme na liderança do Campeonato Brasileiro. O resultado está muito longe de ser considerado ruim, até porque é um clássico, foi disputado na Vila com torcida única e o Santos vem num crescendo dentro do Campeonato Brasileiro. Além do mais, estamos acostumados a perder lá e hoje trouxemos um ponto muito importante para nosso objetivo de título.

Aguirre surpreendeu, mais uma vez, na escalação. Enquanto a dúvida era se entrava Araruna ou Hudson na lateral direita, ele entrou com Arboleda. Quando muitos – inclusive eu – passaram a fazer um exercício para entender se Rojas seria o ala, ou se Hudson cairia pela direita com Everton jogando mais recuado, enfim, variações possíveis, Arboleda foi lateral quando o time atacou e zagueiro quando o time se defendeu.

Mas é preciso reconhecer que a ideia de Aguirre, desta vez, não deu carto. Por mais que ele tenha comemorado o empate e, de fato, não tenha sido ruim, não dá para não reconhecer que o esquema prejudicou Arboleda, um grande zagueiro, mas um péssimo lateral. Com isso o lado direito do São Paulo não existiu. Rojas até tentava algumas jogadas, e ganhava, mas sem tem com quem fazer o 1-2, acaba cruzando as bolas, sempre de maneira errada.

Do outro lado Everton e Reinaldo tentavam reeditar boas jogadas, mas Everton acabou sentindo nova contusão e teve que sair, já no final do primeiro tempo. Aguirre colocou Liziero em seu lugar. E de novo veio invenção: ao invés de Liziero e Reinaldo se alternarem do lado esquerdo, quem foi jogar ali foi Nenê. E acabou o futebol do nosso meia.

Diego Souza, que não conseguia ganhar uma única jogada, foi substituído por Trelles, que até levou perigo, teve chance de marcar, sofreu uma falta dentro da meia lua no último minuto, mas num verdadeiro futebol de peladeiros que estávamos assistindo, principalmente no segundo tempo, Nenê cobrou a falta como um destes peladeiros, no meio da barreira e desperdiçou ótima chance de marcar o gol da vitória.

Dormimos na liderança. Muito provavelmente só dormimos, porque não acredito em derrota do Internacional para a Chapecoense nesta segunda-feira. E vou torcer muito para, pelo menos, a Chape arrancar um empate, para a situação não ficar ainda pior e nós ficarmos dois pontos atrás do líder.

Sei que será momentâneo, pois estou colocando muita fé no título para o São Paulo. Será sofrido e decidido nas últimas rodadas. Mas vamos conquistar o hepta. tenho convicção.

 

Paulo Pontes

São Paulo ganhou jogando mal, mas o que vale é a vitória

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, eu, como qualquer torcedor de futebol, quer ver seu time ganhando e jogando bem. O São Paulo ganhou do Bahia, mas com muito sofrimento. E vou, então, na palavra do nosso treinador Aguirre: “hoje tinha que ganhar, não importa como”. Missão cumprida.

Volto a posição de torcedor, que esperava melhor futebol e que ganhasse, no mínimo, por dois gols de diferença, pois com essa vitória por placar mínimo, poderemos, de novo, perder a liderança hoje. Mas é só pelo saldo de gols. Então estamos na luta, em boa posição.

Sabemos que o São Paulo não tem um grande elenco e que é dependente, principalmente, dos jogadores titulares. Nas três últimas rodadas jogamos sem esse pilar: Jucilei, Reinaldo, Everton, Nenê e Diego Souza. Sempre dois – ou três – deles não puderam atuar. E nós não temos peças de reposição a altura. Por isso admito a vitória jogando mal, no sufoco. Mas lembro que ganhamos no sufoco do Ceará no Morumbi, o mesmo Ceará que ganhou do Flamengo no Maracanã e do Corinthians em Fortaleza.

Nosso problema neste sábado foi o primeiro tempo. A inversão de Rojas para o lado esquerdo, para dar campo a Everton Felipe do lado direito, custou muito para nós. Além de não termos Everton, ainda perdemos a qualidade de Rojas jogando invertido. Aguirre até fez a mudança tática num momento, mas por pouco tempo. O fato é que Everton Felipe não correspondeu a expectativa.

O Bahia foi melhor, teve domínio das ações e até criou algumas situação, se bem que não tão claras de gol. O São Paulo acabou tendo duas chances. Numa delas, quase Diego Souza marca um golaço.

Aguirre mudou o perfil tático no segundo tempo, já trazendo desde o início Rojas para a direita e levando Everton Felipe para a esquerda. O time passou a crescer, mas não como era de se esperar. Então Aguirre tirou Everton Felipe e Regis, que também vinha mal, colocando Liziero e Trellez. Hudson passou para a lateral direita e Liziero passou a ser o segundo volante que abria pelos cantos do campo. Diego Souza saiu um pouco da área para Trelles ficar mais centralizado e Nenê corria solto por todos os lados do campo.

Essa mudança tática foi suficiente para que, em poucos minutos, o time encontrasse o gol. Bola da direita para a esquerda, começando com Rojas, passando do outro lado para Edimar, para Nenê, o cruzamento, Trellez leva dois zagueiros com ele e Diego Souza entra marcando um golaço.

Se você não tem um elenco de primeira grandeza, tem que ter um técnico que saiba o limite de cada um e consiga explorar tudo isso do jogador. E quando não dá certo, tem que ter a sabedoria e a humildade para mudar. E nós temos um grande técnico. Cada vez mais minha certeza disso.

Estamos na luta pelo hepta.

Postura do time em BH mantém nossa esperança em título

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a rodada do meio de semana foi trágica para nós. O Internacional e o Palmeiras ganharam e nós perdemos. Ou seja: o Inter encostou, agora é líder por um gol de saldo de diferença e o Palmeiras está a três pontos do São Paulo.

Mas a derrota para o Atlético-MG faz parte daqueles jogos “perdíveis”. O que temos a lamentar foi o empate (não pelas circunstâncias do jogo) com o Fluminense, no Morumbi, e, talvez, o empate com o Paraná, em Curitiba.

O que me conforta é que o time não jogou mal. E o resultado foi muito, mas muito injusto. A derrota pode ser atribuída a dois únicos fatores: nós temos Sidão e eles tem Vitor; e Anderson Daronko, que não marcou um pênalti escandaloso cometido por Leonardo Silva. Aliás, esse Daronko, que acha que seu porte físico é suficiente para fazer o que quer em campo, foi o mesmo que marcou um pênalti contra o São Paulo, para o Coritiba, quando quem colocou a mão na bola foi o jogador paranaense. Então é reincidente em nos prejudicar.

Seria normal sofrer pressão do Atlético-MG nos primeiros minutos. Mas o São Paulo equilibrou o jogo e a partida equilibrada. Sofrer o gol aos nove minutos, após falha de Sidão e infelicidade de Régis, poderia ter desmontado o time. Mas o jogo continuou equilibrado e o São Paulo foi crescendo aos poucos.

A alteração feita por Aguirre o intervalo surtiu efeito. Liziero entrou no lugar de Edimar e, mesmo tendo errado muito nos primeiros minutos, fez com que o São Paulo crescesse e partisse para cima dos mineiros. Foi um verdadeiro massacre. E  Vitor apareceu muito bem

O volume de jogo do São Paulo me impressionou. Volto a repetir, não fosse Daronko, tudo teria sido diferente. Ele ditou o resultado ao não marcar o pênalti. E estou citando apenas o de Leonardo  Silva, que meteu o braço na bola. Nem estou falando no cometido sobre Rojas. E foi esta postura, sempre com muita entrega, que me animou e deixou esperançoso de que vamos lutar pelo título até o fim.

Aliás, mais uma vez me pergunto: para que serve aquele árbitro de linha de fundo? Nunca faz absolutamente nada. A coisa está na cara dele e ele não faz nada. Pior é ouvir o comentário na Globorinthians (ou Globomengo) tentando justificar que a bola foi rápida, que pegou de surpresa o zagueiro, e blá blá blá blá blá blá. Foi pênalti e não se discute.

Outra coisa: até quando vamos ter que aguentar Sidão no gol? Por que não Jean? Ou melhor: por que não dar chance a Lucas Perri? Chega de sofrermos de tomarmos Isordil ou Rivotril antes de cada jogo por causa deste goleiro. Não dá mais. O Sidão está colocando em risco nossa possibilidade de título brasileiro.

 

Empate ruím, mas comemorado. Liderança mantida, faltando uma rodada a menos.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo foi visivelmente prejudicado pela arbitragem neste domingo, no Morumbi. Eu estava no estádio, como sempre, e não tinha como bancar uma afirmação de que houve mais simulação do que propriamente agressão de Diego Souza. Mas via a revolta de Diego Aguirre no banco, insistindo para que o bandeirinha e o quatro árbitro avisassem o árbitro de que nada tinha acontecido. Eles não fizeram isso. Puxei em meu celular o lance e pude afirmar: o juiz foi, no mínimo, rigoroso demais, para não falar outra coisa.

O São Paulo não vinha jogando bem até a expulsão, é fato. Mas que perder um jogador com 30 minutos do primeiro tempo desmonta qualquer esquema tático ou o que se preparou para o jogo, isso não há dúvida.

Shaylon, que já não vinha rendendo nada como meia, rendeu menos ainda como centro avante. Aguirre formou as famosas linhas de quatro, deixando Shaylon avançado entre os zagueiros. Ele não tem nem cacoete, nem porte físico para isso. O Fluminense, que já era mais time em campo, cresceu e passou a dominar completamente a partida. Bruno Peres não conseguia render pela direita, Reinaldo virou meia e Rojas era o único que se destacava. Mas suas jogadas acabavam em nada, porque não havia ninguém na área para receber o lançamento.

Pensei que Aguirre fosse mudar logo no intervalo, mas ele preferiu voltar igual. Só que constatou que Shaylon era uma calamidade como centro-avante. Então tirou o garoto e colocou Trellez. Logo depois colocou Regis no lugar de Edimar, recuando  Reinaldo, passando Rojas para a esquerda, mas não avançou Bruno Peres. Foi Regis quem entrou mais adiantado.

Com isso o São Paulo equilibrou o jogo e começou a crescer. Faltas eram cometidas pelo Fluminense em seu campo de defesa para diminuir o ritmo que o São Paulo vinha empregando.

Até que Regis fez uma jogada de cinema, dando um chapéu no adversário, perdendo a bola, recuperando perto da lateral, indo na linha de fundo e cruzando com extrema perfeição para Trellez, que deu uma cabeceada clássica, marcando um golaço.

O Fluminense ainda chutaria uma bola na trave, assim como o São Paulo ainda teve chance em contra-ataque. Mas o empate, que na conta pura da aritmética foi ruim por ser no Morumbi, acabou sendo bom pelas circunstâncias da partida. Ainda mais que o Flamengo perdeu do Ceará em pleno Maracanã, o Internacional empatou com o Cruzeiro, o que significa dizer que avançamos mais uma rodada e a nossa diferença aumentou para o Flamengo, permaneceu igual para o Internacional e agora falta uma rodada a menos para acabar o Brasileiro.

Sinceramente, depois de tudo que aconteceu no Morumbi, Diego Souza expulso aos 30 minutos do primeiro tempo, time jogando sem Nenê, Jucilei e Everton, Anderson Martins faz um gol contra, e ainda conseguimos empatar o jogo, vendo nossos mais diretos adversários patinando também, passo a confiar cada vez mais que o título não nos vai escapar. Então, segue o líder!

 

Vitória no sufoco, liderança mantida. Mas alguém espera jogo fácil?

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, que sufoco. Foi u parto conseguir aquele gol contra o Ceará, vice lanterna do Brasileiro, dentro do Morumbi com mais de 57 mil pessoas. Mas alguém espera jogo fácil pela frente?

Era evidente que o Ceará viria todo retrancado, apostando em uma bola. O São Paulo entrou com sua formação tradicional, ou seja, quatro atrás, dois volantes (não entrou Hudson, mas jogou Luan), um meia, dois abertos pelas pontas e um centro-avante.

O domínio foi total. O Ceará limitou-se a se defender e ganhar tempo. O primeiro tempo inteiro foi de um São Paulo tentando de todas as maneiras chegar ao gol cearense e a defesa apenas assistindo a partida. Bruno Peres e Reinaldo tinham chance de descerem pelos lados ao mesmo tempo, pois com a falta de ataque do Ceará, a simples manutenção de Anderson Martins, Bruno Alves e Jucilei já era suficiente para evitar que corrêssemos qualquer tipo de risco.

E o São Paulo teve chances, sempre criadas por Rojas, Everton e Nenê. O goleiro do  Ceará vinha se transformando no grande nome do jogo, com ótimas defesas.

Pensei que Aguirre fosse voltaar para o segundo tempo menos conservador, tirando um volante, no caso Luan, e colocando Trellez ou Gonçalo Carneiro lá na frente. Mas ele não mudou o time.

O cenário não se alterou. A diferença era que os nervos começavam a tomar conta dos jogadores do São Paulo, pois o tempo passava e aquele empate poderia ser crucial para nossa manutenção na liderança.

Aguirre tirou, então, Luan, para colocar Shaylon. Por incrível que pareça, um pouco desguarnecidos, sofremos um contra-ataque e Sidão brilhou em grande defesa, salvando o time deu ma derrota.

Mas continuando a insistir, num ataque contra defesa, nosso gol acabou saindo, depois de grande jogada individual de Reinaldo, assistência de Diego Souza e gol de Bruno Peres. A essa altura ele já estava jogando na frente, pois Regis havia entrado o lugar de Everton. O que prova que Aguirre conhece o elenco, pois qualquer torcedor – tipo eu – gostaria que Everton Felipe tivesse entrado o lugar de Everton.

Não importa, no final das contas, se ganhamos de um ou de cinco a zero. Importa que fizemos os três pontos e seguimos líderes, independente de resultados que venham a acontecer a té o fim da rodada. E a certeza de que, seja em casa, seja fora, seja clássico ou contra time lá atrás na tabela, não terá jogo fácil até o fim do campeonato.

Empate soou como derrota, mas time nenhum ganha todas

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, ninguém gosta de perder um jogo, seja ele qual for, contra quem for. Quanto mais contra o último colocado do campeonato. Sim falei perder porque o empate significou para nós, que estamos brigando pelo título, a perda de dois pontos importantíssimos. Ainda mais porque estávamos ganhando o jogo, perdemos a chance de fazer o segundo gol e, possivelmente, matar a partida, e tomamos o empate. Tal qual aconteceu em Porto Alegre, quando Nenê perdeu a chance de matar o jogo e tomamos o gol de empate.

É uma tragédia? Não, claro que não. Volto à minha conta: três pontos em casa, um fora. Então deveríamos ter 38 pontos na tabela. Estamos com 42. Ainda estão sobrando quatro de gordura. Mas ficamos mal acostumados, ganhando de Flamengo e Cruzeiro na casa deles, do Corinthians, ainda que no Morumbi, enfim, fizemos e desfizemos para a torcida acreditar que até o final do ano ganharíamos todas as partidas.

Mas se acham que vou detonar o time, falar que o Aguirre é ruim, que o elenco é medíocre, estão enganados. Não mudo um milímetro minha opinião de que vamos brigar pelo título, inclusive, como favoritos. Não é um empate contra o lanterna, na casa dele, que vai fazer com que eu vire a chave. Há resultados ruins que nos fazem bem e nos acordam de possíveis cochilos. Vou tratar o empate de hoje, com sabor de derrota, como um destes.

O time foi irreconhecível no primeiro tempo. Mesmo assim marcou um gol, num erro grotesco da defesa do Paraná, e perdeu um claro com Diego Souza, que tentou fazer de bicicleta, quando poderia ter feito o simples. O gol do Paraná também foi na base do sem querer. Não dá para tentar culpar alguém porque a jogada foi absolutamente fortuita.

No segundo tempo o São Paulo voltou a apresentar seu futebol. Partiu para cima, teve posse de bola, mas faltou velocidade. Após muitos jogos, senti o desespero bater no time, a ansiedade dominar pelo gol da vitória não sair. Várias boas jogadas surgiram com Bruno Peres e Everton, mas as opções para o passe final foram sempre erradas.

Aliás, senti falta de Everton e Rojas nesse jogo. Por mais que Everton tenha melhorado no segundo tempo, teve atuação apagada, algo raro nesse jogador. Mas é humano, e sendo assim, tem o direito de não ir bem em um determinado dia. Também achei que Aguirre demorou para mexer no time. Eu teria colocado Trellez um pouco antes, no lugar do Diego Souza.

O importante é que seguimos na liderança, ainda que por apenas um ponto. Mas é vida que segue. Teremos dois jogos em casa: Ceará e Fluminense. Para domingo, recorde. Já são 52 mil ingressos vendidos. Vamos passar dos 60 mil. Com esse Morumbi pulsando, temos tudo para ganhar e seguir na liderança. O hepta está ali na frente.

Primeiro turno digno das tradições do São Paulo

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, vou me permitir comentar o todo e não ficar preso à partida deste domingo, quando o São Paulo venceu a Chapecoense, no Morumbi e sagrou-se campeão simbólico do primeiro turno.

Aliás, posso falar do jogo deste domingo sim. Marcamos um gol no comecinho da partida, poderíamos ter partido para cima e decidido logo o jogo, mas o time perdeu a pegada, desconcentrou e a Chapecoense dominou o time misto do São Paulo. Dominou mas não ofereceu um único risco a Sidão. Por que não criou chances? Sim, criou, mas encontrou em Arboleda e Bruno Alves uma zaga que mais parecia o Muro de Berlim, absolutamente impenetrável. Sem contar que Jucilei, na cabeça de área, cortava tudo.

No segundo tempo, continuando a ser dominado, Aguirre colocou três titulares – Hudson, Rojas e Nenê – e em cinco minutos resolveu a situação, com linda jogada de Rojas para Hudson completar para o gol.

Agora falarei do primeiro turno. Quem é que, em sã consciência, entre todos nós – eu que escrevo e vocês que me leem – imaginaria, no início do ano, que terminaríamos o 1º turno na liderança, três pontos a frente do segundo colocado? A previsão era que estaríamos com mais  uma no perdido, brigando o tempo todo para não cair.

Quando começou o Brasileiro passamos a crer que poderíamos nos estabilizar na faixa do meio da tabela, entre o décimo e o décimo sexto lugar. Afinal, depois de ganharmos por um magro 1 a 0 do Paraná no Morumbi, empatarmos contra Ceará e Fluminense fora, empatar com o Atlético-MG no Morumbi, empatar com o Bahia na Fonte Nova e só voltar a vencer na sexta partida, ou seja, no clássico contra o Santos, no Morumbi, quem ousaria dizer que teríamos melhor sorte no Brasileiro?

Mas com o tempo o time foi tomando corpo, Aguirre, conhecendo mais seus jogadores e já tendo arrumado a defesa, deixou de jogar com três zagueiros e três volantes, passou a ter dois volantes e um meia, com três homens de ataque e a coisa foi melhorando.

Indiscutível o mérito da diretoria que fez contratações pontuais, eu diria cirúrgicas, e que entraram como luvas no time. Casos e Everton e Rojas, por exemplo. E assim será, também, com Bruno Peres. Sem contar as aquisições de Nenê e Diego Souza, muito contestadas num primeiro momento – eu lancei a campanha #ForaDiegoSouza – mas hoje vimos que eu estava errado e Raí estava certo. Que bom!

O São Paulo não joga o futebol dos sonhos, não tem aquela técnica apurada, não domina o jogo para sufocar os adversários e meter grandes goleadas. Mas o São Paulo está jogando um futebol preciso, moderno, eficiente e de muita marcação, com contra-ataques mortais.

Aguirre, eu nunca fui defensor do seu trabalho e quando fiquei sabendo, e noticiei, que você seria o novo técnico do São Paulo temi pela nossa sorte. Mesmo assim te apoiei, pois seria injusto te crucificar sem conhecer a fundo seu trabalho. Me desculpe por um dia ter duvidado dele. Obrigado pelo que você fez para e pelo São Paulo. Você – e aqui vou incluir Raí, Ricardo Rocha e Lugano – então, vocês resgataram o orgulho do torcedor são-paulino, que andava cabisbaixo, torcendo para a segunda-feira nunca chegar, pois seria alvo de chacota. Vocês colocaram o São Paulo no patamar de onde ele nunca deveria ter saído.

Não sei se seremos campeões. Não sei o que vai acontecer quarta-feira, contra o Paraná. Mas o caminho para o título está pavimentado e eu tinha que colocar para fora meu sentimento, que é de um torcedor maluco, apaixonado, alucinado e que hoje está rindo à tôa, pois o São Paulo voltou a ser o São Paulo de sempre.

Vamos, São Paulo!

Saída da Sul-Americana não pesa em nosso momento. Mas é outra eliminação.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, não estou revoltado, arrancando os cabelos, por termos sido eliminados da Sul-Americana. Em todos os meus comentários,no Jornal Tricolornaweb, defendi que Aguirre colocasse um time misto, poupando os mais cansados pela maratona de jogos. Entendo que o Brasileiro é a prioridade.

De outra ponta, foi mais uma eliminação, para um time que não existe, como não existia o Defensa y Justicia. Um time nojento, do mais puro sangue argentino, que bate muito, catimba mais ainda e se retranca como nem o Juventus de Milton Buzetto sabia fazer naqueles anos do Moleque Travesso. Isso dói. E tem que doer. Do contrário estaremos nos acostumando a viver de disputar campeonatos, não de ganhar.

Menos mal que ganhamos o jogo. Golaço de Liziero. Mas a partida não teve nada de diferente do que vimos no Morumbi. Arrisco até a dizer que se Liziero não tivesse se machucado, faríamos o segundo gol e traríamos a classificação.

O importante é que o time mostrou o mesmo padrão de jogo que vem praticando no  Brasileiro. Não se acovardou, foi para cima do adversário, numa verdadeira panela de pressão, e jogou como se nada estivesse acontecendo. Principalmente no segundo tempo, quando Aguirre percebeu que poderíamos ganhar e colocou Everton e Bruno Peres em campo.

Isso, inclusive, nos leva à constatação que Lucas Fernandes é, no máximo, um reserva meia boca e Araruna só serve para quebrar um galho como volante, pela sua dedicação. Mais ainda, que temos um time titular muito bom, mas o elenco deixa a desejar.

Jean foi bem, com duas boas defesas, mas assim como Sidão, não me inspira confiança. Acho que já passou da hora de Aguirre dar chance para Lucas Perri. A torcida tem o direito de saber se ele é, mesmo, esse jovem promissor que todos falam, ou se também será eterna promessa.

E voltamos nossos olhos apenas para o Brasileiro Enquanto alguns, inclusive os que estão próximos de nós, estão em três competições, nós estamos em apenas uma e passaremos a jogar, basicamente, uma vez por semana. Não há mais espaço para reclamação do calendário. O que há, agora, é a obrigação de ganhar o hepta.

Vitória de um time com cara de time e com a marca de quem é líder

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo bateu o Sport e segue firma na liderança do Brasileiro. Mais do que a vitória foi o futebol convincente que jogou. Eu dizia no último domingo que vencemos o Vasco jogando, talvez, a pior partida do campeonato. Fruto de um time cansado, por uma maratona desumana de jogos, com suas dificuldades e viagens. Agora, uma semana de distância daquele jogo para este, time descansado, voltamos a ver o São Paulo poderoso em campo.

O time ganhou mais corpo do que tinha com Jucilei no meio. Se a saída de bola fica um pouco mais lenta, ganhamos no poder de marcação, onde ele é genial. A proteção da defesa, que vinha sendo bem feita por Hudson, ganha mais qualidade e força. E Hudson também participa desse setor com muita competência. Bruno Peres, pelo lado direito, parecia que já estava no time há muito tempo. Apesar de faltar ritmo de jogo, não faltou empenho e dedicação.

Desde os primeiros movimentos ficava claro que o time iria dominar a partida e que o gol sairia com naturalidade. Tivemos algumas chances perdidas, mas não demorou para encontrar o gol em assistência de Everton para Diego Souza.

Mesmo com o gol o time não recuou. Continuou com a posse de bola e dando as cartas na partida.  Reinaldo e Everton faziam grande dupla pelo lado esquerdo, o mais explorado. Mas quando a bola vinha para a direita. Rojas conseguia levar perigo ao gol do Sport.

No segundo tempo o time pernambucano voltou com ataque reforçado. Poderia parecer que teríamos alguma dificuldade na marcação. Que nada. Em jogada maravilhosa, Rojas deu a bola para Nenê, com muita competência, marcar o segundo gol.

Desse momento para a frente foi muito toque de bola para evitar o cansaço ou jogadas divididas. Esse, aliás, foi o grande detalhe: o São Paulo teve domínio de bola. Não precisou ficar correndo atrás do adversário.

Aguirre, então, tirou Nenê, Diego Souza e Rojas para colocar jogadores que precisam de ritmo, como Shaylon, Trellez e Everton Felipe.

Só não posso dizer que a partida foi perfeita, porque depois do gol que sofremos, tivemos dois minutos de desequilíbrio. Anderson Martins quase coloca tudo a perder numa saída errada, que gerou o contra-ataque do Sport.

Mas Hudson acabou com tudo num lindo lançamento para Trellez, que marcou o terceiro gol e fechou o placar do jogo.

Assim como eu tinha medo da nossa sequência anterior (Flamengo, Corinthians, Grêmio e Cruzeiro) acho que essa é para pavimentar o caminho do título: Vasco, Sport (já foram), Chapecoense, Paraná, Ceará e Fluminense, sendo que nosso único jogo fora é o do Paraná. Já fizemos seis pontos. Se fizermos mais 12 nesses quatro jogos restantes – nada impossível -, o título estará muito perto. Bastará ganharmos os jogos “ganháveis” e empatarmos alguns fora para comemorarmos o hepta no final do ano.

Um líder com garra, vontade e determinação. Isso resume o São Paulo

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, cada vez fica mais claro que um time para ser campeão precisa ter muita técnica e ótimos jogadores. Se não tem isso, então tente a superação com garra, vontade e determinação. E o São Paulo tem isso. A consequência lógica é a liderança que assumimos neste domingo, após vencer o Vasco por 2 a 1 no Morumbi.

Cabe a nós entendermos, também, a mão de Diego Aguirre nesse time. Cara honesto, trabalhador, que conseguiu transmitir para seus jogadores a raça uruguaia. E teve mão forte para fazer com que eles entendessem e, mais do que isso, aplicasse em campo. O que vemos no time é que não há bola perdida, não espaço para o adversário armar jogadas, as divididas são sempre nossas.

Também fica em suspenso aquela imagem de que o time não sabe jogar com a bola nos pés. Hoje precisou de dois minutos com a bola nos pés para fazer 1 a 0. Isso permitiu que o time passasse a marcar atrás da linha de meio de campo e o Vasco tivesse a posse de bola. Apesar de não termos aproveitado os contra-ataques que tivemos, principalmente pela lentidão de Diego Souza, o Vasco não criou uma única oportunidade, mesmo tendo mais posse de bola.

Veio o segundo tempo e o quadro se manteve. O jogo estava completamente administrado pelo São Paulo. Mas uma bobeada da zaga – principalmente Bruno Alves – o Vasco aproveitou um contra-ataque e empatou a partida.

Aí entrou a mão do técnico. Diego Aguirre precisava que o time fosse mais à frente, e com qualidade.  Tirou Militão e colocou Bruno Peres. Depois trocou dois nomes decisivos no time, mas que se arrastavam em campo: Nenê e Diego Souza, colocando Gonçalo Carneiro e Trelles.

Como sempre, fiquei intrigado com as substituições, mas deu certo. Trellez dá um belo lançamento para Everton, que brilhantemente ganha do zagueiro, e devolve o presente na cabeça do colombiano.

E aí, com 2 a 1, o que se viu em campo foram os jogadores se atirando em frente à bola, evitando que o Vasco pudesse chutar para o gol, e com direito, ainda, de perdermos um gol com Trellez, num grande contra-ataque puxado por Rojas. Mas veio a vitória e a liderança.

Aguirre mais uma vez foi sincero e mereceu nota 10 na entrevista. Disse que o time tem que ter os pés no chão. Reconheceu que o Vasco foi melhor em momentos da partida, mas justificou o excesso de jogos difíceis – Flamengo, Corinthians, Grêmio e Cruzeiro – como responsável por essa condição. Por isso deu dois dias de folga a todo o elenco, disse que não devem pensar em futebol, para quarta-feira todos voltarem revigorados para a nova sequência. Não quer falar em título. Esse é Aguirre, um técnico cujo trabalho eu conhecia muito pouco, mas colocava em dúvida sua competência, e hoje me declaro um grande fã deste uruguaio. Realmente, o casamento São Paulo – Uruguai sempre dá certo.

Ah!, e para encerrar: #SegueoLíder