Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, tenho visto intensos debates nas notícias publicadas, entre leitores que acham Diego Souza velho e caro e os que entendem ser ele importante para o elenco; outros que contestam contratações de grande vulto com aqueles que querem um time para brigar pelo título; há ainda os que defendem o uso quase que indiscriminado da base, mas serão os primeiros a xingá-los caso falhem em algum jogo. Como eu sempre digo, vocês podem concordar comigo. Podem discordar de mim. O debate está aberto e faz bem a todos. Só não é tolerada a ofensa. E, que bom, isso não tem acontecido.
Vou pegar aqui uma frase postada em um dos comentários do leitor Thal Caló, a qual assinarei embaixo:
– Se contrata é criticado por pagar caro, se demora negociando é criticado por não contratar com rapidez. Mas ninguém diz a fórmula para contratar jogador com bom nome no mercado a preço módico.
Bem, desde o primeiro momento apoiei a indicação de Raí para a diretoria de futebol. Também apoiei a contratação de Ricardo Rocha para a gerência, assim como apoiarei a vinda de Lugano, se isso realmente acontecer. São, como tenho dito, pessoas do ramo. Não são aventureiros ou oportunistas. Estão dirigindo o lugar onde sempre viveram e aprenderam como lidar com gente do ramo. Raí disse, logo no início que acreditava no São Paulo e pediu para que acreditássemos nele. Eu acredito.
É indiscutível que os primeiros negócios onde Raí está à frente tem sido interessantes. Demorado, sim, mas não se faz um negócio volumoso, com jogador cobiçado por vários clubes, de uma hora para a outra. A novela Diego Souza se arrastou por muito tempo. Mas terminou. E foi bom para o São Paulo. Jucilei foi comprado por um valor muitíssimo mais baixo do que se avaliava há alguns meses. Jogadores do nível Marcinho, Denilson, Buffarini, Denis, Renan, Matheus Reis – apenas para citar alguns – foram dispensados. Se Edimar foi contratado em definitivo, esse “ônus” não coube ao atual diretor. Se Jean foi contratado, ele pouco pode fazer, pois tudo já estava acertado pela gestão anterior. Ainda para quem gosta de números, compramos Pratto (metade do passe) há um ano por R$ 20,5 milhões, vendemos agora (também metade do passe) por R$ 22,2 milhões. Temos agora um centro avante que marcou mais gols do que o que está saindo e custou menos da metade do preço do que estamos recebendo por Pratto.
Raí tem conduzido pessoalmente algumas negociações. Cito aqui o caso de Gustavo Scarpa. É ele, e mais ninguém, quem tem conversado quase diariamente com o staff do jogador e, salvo algum acidente de percurso, como os que acontecem dentro da trairagem e flata de ética do futebol, o jogador do Fluminense deverá desembarcar no Morumbi, por valores bem menores do que se falava num primeiro momento.
Agora surge a notícia de que Robinho está na mira. De graça, pois está sem clube. Sei que Raí e Ricardo Rocha tem tido reuniões constantes com Dorival Junior e que os nomes tratados no clube são de consenso dos três. Alguns leitores já levantaram o bastão vermelho contra a vinda do atacante, pois está condenado em primeira instância na Itália por estupro (ainda cabe recurso), e por ter desmerecido o São Paulo. Não me lembro de ter ficado tão chocado com Robinho. Lembro de Diego ter pisado em nosso símbolo. Robinho, pelo que me lembre, cansou de marcar gols no São Paulo. E é um craque. Não está condenado em definitivo na Itália. Foi apenas o primeiro julgamento. Por um ano de contrato – acho que seria só por esse período – não vejo tantos pontos negativos na sua possível contratação.
Falta ainda trazer um lateral direito e, no mínimo, um atacante de velocidade pelos lados. Sei que o tempo está passando, mas vejo que Raí e Ricardo Rocha não estão parados. Só não fazem alarde. Falam na hora certa. Eu confio. Não vou criticar antes da hora. Aprendi com meu pai que na vida temos que ter fé e otimismo, acima de tudo. Por isso nunca fui derrotista. Nem serei. Somos do Clube da Fé. E assim manterei minha linha de pensamento.