Continuo querendo um time para brigar por títulos, não para não cair

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, tenho visto intensos debates nas notícias publicadas, entre leitores que acham Diego Souza velho e caro e os que entendem ser ele importante para o elenco; outros que contestam contratações de grande vulto com aqueles que querem um time para brigar pelo título; há ainda os que defendem o uso quase que indiscriminado da base, mas serão os primeiros a xingá-los caso falhem em algum jogo. Como eu sempre digo, vocês podem concordar comigo. Podem discordar de mim. O debate está aberto e faz bem a todos. Só não é tolerada a ofensa. E, que bom, isso não tem acontecido.

Vou pegar aqui uma frase postada em um dos comentários do leitor Thal Caló, a qual assinarei embaixo:

– Se contrata é criticado por pagar caro, se demora negociando é criticado por não contratar com rapidez. Mas ninguém diz a fórmula para contratar jogador com bom nome no mercado a preço módico.

Bem, desde o primeiro momento apoiei a indicação de Raí para a diretoria de futebol. Também apoiei a contratação de Ricardo Rocha para a gerência, assim como apoiarei a vinda de Lugano, se isso realmente acontecer. São, como tenho dito, pessoas do ramo. Não são aventureiros ou oportunistas. Estão dirigindo o lugar onde sempre viveram e aprenderam como lidar com gente do ramo. Raí disse, logo no início que acreditava no São Paulo e pediu para que acreditássemos nele. Eu acredito.

É indiscutível que os primeiros negócios onde Raí está à frente tem sido interessantes. Demorado, sim, mas não se faz um negócio volumoso, com jogador cobiçado por vários clubes, de uma hora para a outra. A novela Diego Souza se arrastou por muito tempo. Mas terminou. E foi bom para o São Paulo. Jucilei foi comprado por um valor muitíssimo mais baixo do que se avaliava há alguns meses. Jogadores do nível Marcinho, Denilson, Buffarini, Denis, Renan, Matheus Reis – apenas para citar alguns – foram dispensados. Se Edimar foi contratado em definitivo, esse “ônus” não coube ao atual diretor. Se Jean foi contratado, ele pouco pode fazer, pois tudo já estava acertado pela gestão anterior. Ainda para quem gosta de números, compramos Pratto (metade do passe) há um ano por R$ 20,5 milhões, vendemos agora (também metade do passe) por R$ 22,2 milhões. Temos agora um centro avante que marcou mais gols do que o que está saindo e custou menos da metade do preço do que estamos recebendo por Pratto.

Raí tem conduzido pessoalmente algumas negociações. Cito aqui o caso de Gustavo Scarpa. É ele, e mais ninguém, quem tem conversado quase diariamente com o staff do jogador e, salvo algum acidente de percurso, como os que acontecem dentro da trairagem e flata de ética do futebol, o jogador do Fluminense deverá desembarcar no Morumbi, por valores bem menores do que se falava num primeiro momento.

Agora surge a notícia de que Robinho está na mira. De graça, pois está sem clube. Sei que Raí e Ricardo Rocha tem tido reuniões constantes com Dorival Junior e que os nomes tratados no clube são de consenso dos três. Alguns leitores já levantaram o bastão vermelho contra a vinda do atacante, pois está condenado em primeira instância na Itália por estupro (ainda cabe recurso), e por ter desmerecido o São Paulo. Não me lembro de ter ficado tão chocado com Robinho. Lembro de Diego ter pisado em nosso símbolo. Robinho, pelo que me lembre, cansou de marcar gols no São Paulo. E é um craque. Não está condenado em definitivo na Itália. Foi apenas o primeiro julgamento. Por  um ano de contrato – acho que seria só por esse período – não vejo tantos pontos negativos na sua possível contratação.

Falta ainda trazer um lateral direito e, no mínimo, um atacante de velocidade pelos lados. Sei que o tempo está passando, mas vejo que Raí e Ricardo Rocha não estão parados. Só não fazem alarde. Falam na hora certa. Eu confio. Não vou criticar antes da hora. Aprendi com meu pai que na vida temos que ter fé e otimismo, acima de tudo. Por isso nunca fui derrotista. Nem serei. Somos do Clube da Fé. E assim manterei minha linha de pensamento.

Que 2018 seja muito diferente do que foi 2017

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, nem o mais afastado torcedor do nosso time gostaria que 2018 repetisse 2017. Um ano de sofrimento, ridicularizações, chacotas, ano em que não conquistamos nada e nosso único troféu foi fugir do rebaixamento. Foi sofrimento demais e não quero isso para o próximo ano.

Podem me chamar de inocente, mas já vejo grande avanço no fechamento deste ano e abertura do próximo. Com a real profissionalização do futebol, carro-chefe do nosso clube, o cenário passa a ficar mais claro, decente e quem é do ramo cuida do que sabe.

Desde o momento em que o nome de Raí foi anunciado como novo diretor-executivo de Futebol, banquei meu apoio e entendi que esse era o caminho. O departamento não poderia mais ser gerido por amigos do rei, por quitação de dívidas políticas ou algo semelhante. E percebam que nem acho que a passagem de Vinicius Pinotti pelo Futebol tenha sido só negativa. O balanço é ruim, mas temos que lembrar que foi ele quem trouxe Hernanes, Petros, Arboleda e Marcos Guilherme, todos titulares absolutos. Entretanto vendeu promessas como Luiz Araujo e David Neres muito antes do tempo. Vejam o que está jogando Neres no Ajax e quanto vale hoje se passe. Ele não sabia falar a língua dos boleiros.

Raí chegou com carta branca. Ao menos foi isso o que apurei. Tanto que a gerência de futebol, a princípio, poderia ficar com algum “conselheiro diretor” ou Lugano. Ricardo Rocha nunca foi um nome falado pelos corredores do Morumbi. Mas chegou falando a língua de Raí. O trabalho vai visar, em primeiríssimo lugar, devolver ao São Paulo seu estilo tradicional de jogo. Definido isso, o elenco começa a ser composto. E o técnico, seja o que está no momento, seja o que vier no futuro, vai ter que manter essa linha de jogo. É a devolução da identidade são-paulina de jogar futebol. Isso me anima muito.

Jogadores como Denis, Renan, Buffarini, Denilson, Marcinho, entre outros, eram tidos como atletas que não poderiam continuar no São Paulo e deveriam ser defenestrados. Já saíram. Há outros, ainda, no elenco, que não podem e nem devem continuar. Também deverão sair. Jucilei foi contratado em definitivo. Era desejo da imensa maioria da torcida. Jean foi comprado. Não sei se o negócio foi bom. Não tenho condição de avaliar pois não vi Jean jogar. O tempo dará essa resposta.

Mais do que ficarmos insultando a diretoria por qualquer atitude que tome, temos que reconhecer que, finalmente, as mentes foram arejadas e temos, hoje , um comando no futebol de quem entende do assunto, de quem não deixará a política entrar e contaminar o ambiente do CT da Barra Funda.

Com as contratações que certamente serão feitas, com a estrutura que temos, com essa corrente que Raí e Ricardo Rocha farão em torno do elenco, com a torcida nota um milhão que tivemos este ano, tenho certeza que 2018 nos trará alegrias e o São Paulo será recolocado no patamar de onde nunca deveria ter sido tirado.

Que o ano que chega seja repleto de conquistas, é também o que desejamos a todos os nosso amados leitores, são-paulinos queridos.

Temos que definir o que queremos: disputar títulos ou para não cair

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, leio, rigorosamente, todos os comentários postados pelos leitores do site e, por mais democrático que seja o espaço, às vezes fico pensativo em relação a algumas posições. Isso reforça, inclusive, o sentido democrático do espaço, pois mesmo eu não concordando, não abro mão da intocável permissão para que todos possam expor seus pensamentos.

A pergunta que lanço, então, é a seguinte: queremos montar um time para disputar títulos em 2018 ou para, mais uma vez, participar dos campeonatos e lutar contra o rebaixamento, como foi em 2017?

Muitas vezes nos pegamos apenas analisando a questão política e nos esquecemos do que interessa, que é o time. Se há alguém nesse momento que deve ser observado, e ser dado o devido tempo para que ele se encaixe na função, é Raí. E, naturalmente, as atitudes de Leco em relação às contratações. De resto,  pouco – ou nada – vai adiantar qualquer discussão.

Não tenho dúvidas em afirmar que a unanimidade dos leitores -e posso dizer da torcida – quer um time competitivo para o próximo ano. Só que nós, torcedores, principalmente são-paulinos, somos muito chatos. E perceba que me incluo nessa casta.

Quando o clube foi atrás de Marcinho, Denilson e outras pérolas, criticamos por serem jogadores dignos de uma série B. Quando Edimar foi contratado em definitivo, criticamos porque não é um lateral para ser titular de um time que pretenda disputar títulos. Ao sabermos das negociações para a contratação do goleiro Jean, pau para todo lado. Eu critiquei pelos valores, não pela qualidade, pois o vi jogar muito pouco e não me sinto apto a fazer qualquer análise técnica. Mas todas essas críticas foram feitas porque entendíamos – e estou generalizando – que mais uma vez iríamos sofrer em 2018.

Aí vieram as notícias de fim de ano: Jucilei comprado e contrato assinado por quatro anos, Gabigol como uma chance real e Scarpa, com Raí indo ao Rio de Janeiro para entrar de cabeça na negociação. Então parte dos leitores começou a achar que o Jucilei é muito velho e não terá mercado daqui a quatro anos, que Gabigol é indisciplinado e, se não conseguiu jogar na Itália e em Portugal, não vai conseguir jogar aqui, e que Scarpa é muito caro para nossos padrões; Diego Souza é velho, não aguenta mais nada.

Ora bolas: se contratamos as “perebas”, induzimos a série B a caminho; se estamos negociando com jogadores em nível de Seleção, não devemos gastar dinheiro. Temos que definir um rumo. Jucilei foi unanimidade durante a temporada. Eu gritei várias vezes no Jornal Tricolornaweb que Vinicius Pinotti tinha obrigação de se virar e fazer o que fosse para ter Jucilei em definitivo. Muitos leitores, a imensa maioria, me apoiaram. E isso foi feito. Agora vejo críticas por fazer contrato de quatro anos, e outras mais. Ele tinha dito que seu passe deveria custar 6 milhões de euros. Foi comprado por 1,5 milhão de euros. E ainda reclamamos?

Preferimos ter Marcos Guilherme, com Maicosuel entreando em seu lugar durante o jogo ou Gabigol, com Marcos Guilherme sendo opção?  Preferimos ter Diego  Souza como opção a Marcos Guilherme, Hernanes e Cueva – que vai para a Copa do Mundo e desfalcará o São Paulo durante três meses – ou Lucas Fernandes, Shaylon ou Araruna? E Scarpa? Não encaixa nesse time? Sei que são só 11 que jogam, mas para disputarmos títulos, temos que pensar em elenco, não em time.

Mas e o dinheiro para tudo isso? O problema não é nosso, mas sim de quem está no comando do clube. Nossa obrigação é gritar e cobrar um time decente. Quem dirige tem que acatar nossos anseios.

Espero que entendam o debate. Nunca vou criticar um leitor que pensa de forma diferente da minha, mas acho que temos que ter coerência em nossas posições: queremos um time campeão ou um lutando para não cair? Essa é a pergunta e a resposta está em cada um de nós. A minha é clara: eu quero ganhar títulos e que se virem com as finanças.

Raí na diretoria de futebol é uma aposta certa

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, acho que Leco acertou em cheio na indicação de Raí como novo diretor de Futebol do São Paulo. É um cara do meio, respeitado por todos, ídolo e que já andou junto com dirigentes do Paris Saint Germain, por exemplo e, até por atividades empresariais que exerce, não pode ser julgado como um leigo para dirigir o departamento.

Antes que pensem que vim aqui levantar a bandeira em defesa do Leco, quero que saibam que não é do meu feitio esse tipo de atitude. Mas também não esperem que eu vá, nesse momento, soltar a alavanca da guilhotina. E espero em minha análise, neste que será, por si próprio, a opinião do Tricolornaweb, não ser contraditório ou defender por estar do lado da diretoria, nem atacar por estar do lado da oposição.

Começo lá por trás. A maioria massacrante da torcida do São Paulo não aguentava mais  Rogério Ceni. No início foi um glamour, todos entendendo que era uma aposta, mas acertada. No meio do caminho, aqui mesmo no Tricolornaweb, a cada dez comentários, nove pediam sua saída, sob o risco de sermos rebaixados. Quando Rogério Ceni foi demitido, alguns mesmos que pediam sua saída passaram a direcionar críticas à diretoria, pois Rogério Ceni era o M1TO. Conversei com pessoas muito próximas ao presidente e elas me falaram que o dia da decisão e comunicação da demissão de Rogério foi o mais difícil vivido nas últimas décadas no clube.

Quando Vinicius Pinotti foi indicado para a diretoria de futebol, fui cobrado aqui para externar minha opinião sobre a nova diretoria. Disse que era preciso esperar, mas que a princípio não via essa indicação com bons olhos. Pinotti desmontou o time em pouco tempo. Vendeu Luis Araujo, David Neres, Thiago Mendes, Lyanco, enfim foi uma liquidação. Trouxe jogadores como Denilson, Marcinho, Morato e alguns outros que foram dignos da nossa irritação. Mas trouxe Arboleda, Petros, Hernanes, Marcos Guilherme, jogadores de ponta, que fizeram a diferença e, sob o comando de Dorival Junior – que também foi ele quem trouxe – fizeram do São Paulo o vice-campeão do segundo turno do Brasileiro, um ponto atrás da Chapecoense.

Há, então, que se considerar que Pinotti não foi de todo um desastre. Montou uma boa comissão técnica, que conseguiu dar fôlego ao time, mas já começava a dar sinais de as coisas andariam mal no início de 2018. As contratações de Edimar em definitivo e Jean, goleiro do Bahia, a volta de Reinaldo, a falta de perspectiva de um grande nome e a iminência de perdermos alguns, como Cueva, Arboleda, Militão, o colocavam em xeque.

A torcida do São Paulo, em sua imensa e massacrante maioria, queria Pinotti fora do futebol. E zagueiro do Arquidiocesano era ridicularizado em todos os cantos, também no Tricolornaweb. Todos diziam que tinha que ser alguém do ramo. Nomes como os de Muricy Ramalho, Diego Lugano, Edimilson, foram citados várias vezes. Raí foi esquecido nessa lista. Mas que experiência eles tem que o Raí não tem? Oras, por que agora alguns começam a lamentar a saída de Pinotti e pedir para Raí não aceitar o convite, pois irá manchar sua imagem? Ou mudamos agora, ou continuaremos três anos lutando contra o rebaixamento. Só que uma hora caímos.

Quando recebi o contato ontem da fonte que me falou sobre a demissão do Pinotti – e contou o motivo – e a indicação de Raí, até perguntando minha opinião, fui taxativo: grande notícia. Perguntou se eu apoiava o nome de Raí. Respondi de pronto que sim, era também o meu nome.

Entramos, então, na indicação. Raí não me parece ser uma pessoa que se preste a ser figurativo. A ingerência de Leco no futebol terá que ser contida. Aliás, estarei aqui para denunciar se houver atropelos. Raí vai se cercar de executivos que lidam diretamente com este meio. É um nome que me inspira confiança em todos os sentidos, seja no sãopaulinismo, na ética, no profissionalismo e no caráter. Portanto, estou apoiando integralmente a decisão de Leco e, principalmente Raí em sua nova função. Não adianta torcer pelo quanto pior melhor, para pegar os bons nomes que temos e afastá-los do clube apenas para Leco se afundar um pouco mais. Também é inócuo criar campanhas de Fora Leco, porque ele só sairá em dezembro de 2020. Então que mude a diretoria enquanto é tempo.

O regime do São Paulo é presidencialista. Portanto Leco até poderia negociar Pratto sem o conhecimento de Pinotti. Mas Pinotti não poderia contratar um técnico sem o conhecimento do presidente. É o tal negócio do imoral, mas não ilegal.

Respeito a opinião de todos e entendo, mais do que nunca, que o debate de ideias é de suma importância nesse momento. Mas é inegável que todos queriam mudanças na diretoria. Elas começaram a acontecer. Nos resta torcer que o caminho seja o correto, porque 2017 não pode ser repetido em 2018.

Último jogo do ano teve a cara do time do ano todo

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo empatou com o Bahia em pleno Morumbi, com mais de 60 mil pessoas gritando, empurrando, mas foi a cara do time que disputou todo o Campeonato Brasileiro: sem vontade, jogando por jogar, e esbanjando ruindade. Nem para retribuir o carinho desta torcida, que foi, seguramente, a única coisa positiva do clube neste ano, esses jogadores serviram.

Já tinha feito isso em editorial passado, mas agora, terminado campeonato, preciso repetir meus agradecimentos: obrigado Leco, Roberto Natel e Pinotti! Vocês não permitiram que o São Paulo caísse. Devem estar nesse momento em que escrevo este comentário comemorando com espumante e vinho francês em algum restaurante de São Paulo o final do campeonato e do ano, respirando aliviados pela missão cumprida. Devem, também, estar orgulhosos de ver a tabela e perceber que o campeão foi o Corinthians, o vice foi o Palmeiras e o terceiro colocado o Santos. É. Nós ficamos com a honrosa décima-terceira posição. Nada mal para quem patinou quase o campeonato inteiro entre 17º e 19º lugar. Conseguimos ficar atrás de times patéticos como Atlético-PR e o catado da Chapecoense, sem contar Botafogo e Vasco.

Preciso salientar aqui, sem ironias, o brilhante papel do Marketing na homenagem final a Lugano e no que foi preparado para a torcida, com ingressos a R$ 1,00 (com os patrocinadores pagando a diferença), 60 mil bandeirinhas e 2.500 ingressos para um parque de diversões. Afinal, se há alguém que merece qualquer tipo de homenagem e reverência neste ano é a nossa torcida. Para nossa sorte, o Marketing não entrou no padrão do Futebol e da presidência.

Li outro dia que 2017 era para se jogar no lixo e esquecer que ele existiu. Mas li também que deveria ser guardado em nossa memória para todo sempre, para nunca repetirmos o que ele foi e o que nos reservou. A incompetência administrativa superou todos os parâmetros de ruindade. O São Paulo funciona como uma empresa – assim, ao menos, faz entender o novo estatuto -, mas não pode demitir seu principal administrador por incapacidade ou por má administração. Portanto, salvo alguma denúncia séria de improbidade administrativa, não existe a possibilidade de “Fora Leco”.

Mas na gestão do futebol acho que já sofremos o que tínhamos que sofrer. As mudanças devem acontecer a partir de agora. Lugano, por exemplo, não tem que ter um cargo figurativo para impor respeito. Para isso bastaria pendurar um quadro com sua foto no vestiário. Ele deve assumir a principal função executiva do futebol. Ou, quiçá, formar uma parceria com Muricy Ramalho. Com isso quero dizer que o tempo de Vinicius Pinotti na diretoria acabou. É bem na base do “tchau querido”.

Então vão me dizer que ele trouxe o Hernanes, o Petros, o Marcos Guilherme, o Arboleda, está tentando manter o Jucilei. E eu vou lhes dizer que ele trouxe o Marcinho, o Denilson, o Thomas, e outras aberrações.

Se ficasse nesse balanço, eu até ficaria quieto. Mas agora praticamente se confirma a contratação do goleiro Jean. Pelo jogo de hoje – e é por onde eu posso analisá-lo, vai ser infernal. O cara furou num chutão que ia dar, foi imaturo ao defender uma bola recuada – que originou o gol do São Paulo – e cobrou mal uma falta propiciando um contra-ataque, que só não resultou em gol por culpa exclusiva da arbitragem. Quem seria o empresário do Jean? Por que razão pagar R$ 10 milhões para ter 70% do passe deste jogador? Já falei no Jornal Tricolornaweb algumas vezes e vou falar aqui: tem um mosquitinho voando baixo, passando pelo meu ouvido, pelo meu nariz, cheirando mal. Estou indo atrás dessa história. Não engoli o prato feito.

O ano terminou, com um empate melancólico no Morumbi contra o Bahia, refletindo o que foi nossa campanha. O time entra em férias. O Tricolornaweb não. Para o desespero de alguns.

 

A base mostrou que pode ser aproveitada

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a vitória do São Paulo contra o Coritiba mostrou que a base pode e deve ser aproveitada. Não quero dizer com isso que seremos campeões de tudo se usarmos só a base, mas entendo que a diretoria começa a agir no sentido correto ao não renovar contratos de empréstimo de Marcinho, Denilson e outros mais e aproveitar, por exemplo, Brenner e alguns outros garotos.

Araruna hoje jogou ha sua real posição. Não podemos compará-lo a Petros, mas entendo que pode ser um bom reserva para 2018, como volante. Como lateral, vamos esquecer, porque ele não consegue se adaptar.

Já Militão arriscou um pouco mais o ataque, deu um drible desconsertante em Thiago Carleto  numa jogada, marcou o gol de cabeça, enfim, vai se adaptando ao setor. Ainda acho que precisamos de alguém melhor, lateral nato, que saiba marcar e ir à frente, como fazem os alas modernos. Mas Militão será peça importante no elenco.

O São Paulo, neste domingo, foi visivelmente prejudicado pela arbitragem. Não sei se intencionalmente ou não, mas o fato é que Anderson Daronko, que se aproveita do porte físico que possui para atemorizar jogadores, inventou um pênalti que, tenho certeza, se não foi de pura intenção, o deixará com vergonha de ter marcado. Pior são esses árbitros de linha de fundo que não enxergam nada e quando dão palpite, o fazem errado.

O São  Paulo, portanto, ganhou da arbitragem e do Coritiba, virando sobre os dois. Não nos cloca na porta da Libertadores, porque os resultados do final de semana não foram favoráveis ao Tricolor. Mas nos garante na Sul-Americana que é o máximo que esse elenco merece.

A semana foi importante na movimentação dos bastidores. A provável contratação de Ibarra, atacante da Seleção do Equador, me parece interessante; o avanço das negociações para a aquisição de Jucilei, ou prorrogação do empréstimo por mais um ano, também é alvissareiro;  outro ponto, que citei no início do comentário, é a liberação de jogares que não estão sendo aproveitados ou que não conseguiram render o que se esperava com a reposição sendo feita pela base. Me parecem grandes notícias.

Também temos que reconhecer que Dorival Jr acabou aprovado. Por mais que tenha cometidos alguns erros crassos em substituições, seja por demora ou por trocas erradas, levou o time a uma das melhores campanhas do segundo turno. Certamente com esse trabalho – e esses jogadores – desde o início do Brasileiro, hoje estaríamos vivendo um situação bastante diferente.

Não sou do time de quem manda técnico embora por nada. Fui um dos últimos a levantar bandeira de que Rogério Ceni não dava mais. Vou lembrar que Juvenal Juvêncio, apesar de todos os males que causou ao São Paulo, bancou Muricy Ramalho quando todos os conselheiros e diretores o queriam demitido, entre os quais o então diretor de Futebol, Leco. E o resultado foi o tricampeonato Brasileiro.

Não acho Dorival Jr o melhor técnico do mundo. Ao contrário, tem muita gente muito melhor do que ele. Por exemplo, Cuca, que está no mercado. Mas pela campanha que fez, por ter encontrado o time e agora ter tempo de planejar o ano que vem, defendo sua permanência e que ele seja ouvido nas contratações, pois entende muito mais de futebol do que quem jogou na zaga do Arquidiocesano.

E que esse planejamento já comece amanhã, porque estamos bastante atrasados em relação aos nossos adversários.

 

Objetivo alcançado: livres do rebaixamento. Parabéns aos envolvidos!

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, ufa! agora podemos dizer de boca cheia: estamos livres da ameaça de rebaixamento. Time grande, como eu costumo dizer, cai. Time gigante, não cai. Agora podemos sair para comemorar, bebemorar, encher a cara, faltar no trabalho na segunda-feira, mesmo sendo feriado em algumas cidades do País.  A comemoração não pode acabar tão cedo. Temos em nossa história que mais uma vez, em 2017, não fomos rebaixados. Não importa que não conseguimos ganhar nada. Nossa grande feito, nossa grande medalha, nossa grande conquista foi não sermos rebaixados.

Obrigado presidente Leco, por nos ter dado essa alegria. Talvez se você tivesse escolhido para dirigir o futebol um cara competente, que conheça mesmo o ramo, não só por ter jogado de zagueiro no Arquidiocesano, nós estivéssemos em outra situação nesse momento. Talvez com 70 pontos, pouco menos, pouco mais. Não seria a mesma emoção. Assim como em 2016, quando terminamos em décimo lugar, depois de termos flertado um tempão com o Z4, nós tivemos um 2017 repleto de emoções.

Não pense que foi fácil ficar todo esse tempo fazendo contas, torcendo para Corinthians, Palmeiras e Santos contra Ponte Preta, Atlético-GO, Coritiba, Avaí, Sport, Vitória. Não. Foi difícil para caramba, quanto mais que nós, convenhamos, não estávamos acostumados a brigar nessa posição da tabela. Outrora nossa briga era lá em cima, pela ponta. Garanto que a experiência de torcer, em diversos momentos, para Corinthians e Palmeiras não foi tarefa fácil. Mas a vida nos obrigou a isso.

Agradeço de coração ao diretor de Futebol, Vinicius Pinotti, por ter trazido Hernanes, Petros, Arboleda, jogadores fundamentais na nossa recuperação. Também agradeço por ter trazido Marcinho, Denilson, Aderllan, Maicosuel, Thomas, por querer comprar em definitivo o Edimar. Sem eles não teríamos o plantel medíocre que temos, a ponto de neste domingo, o Dorival Jr ter que colocar o Junior Tavares como meia, porque não tinha um jogador a altura para substituir o Hernanes. E quem substituiu, não deu conta do recado. Mas, vamos combinar, não fosse esse elenco tão recheado de péssimos jogadores, nós não teríamos passado um ano tão emocionante, patinando na parte de baixo da tabela.

Então galera, vamos comemorar muito esse grande e heroico empate contra o Botafogo, em pleno Pacaembu. Não há mais a remota chance matemática de sermos rebaixados. Essa foi a nossa grande conquista. E vamos, desde já, começar a nos preparar para 2018. Certamente as emoções se repetirão. Jucilei pode ir embora; Gilberto, já é certo, vai; Hernanes também, lá pelo meio do ano. Mas nós teremos de volta o Reinaldo Tiririca. Quer melhor do que isso?

Ah, sobre o jogo deste domingo: foi horrível. Medonho. Ate tivemos uma chance, mas o Pratto chutou a bola na trave. E foi tudo. Mas isso não importa. O campeão tomou de 3 a 0 lá no Rio de Janeiro. Amanhã vamos poder tirar uma com a cara deles. Faixa carimbada.

Desculpem, mas não dá para falar mais ainda o que eu penso. Eu avisei: no momento certo, quando o sufoco acabasse, eu falaria. Agora, sai da frente.

São Paulo não cai mais. Começo a me preocupar com 2018

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, quando o São Paulo empatou com o Vasco cravei aqui que o time estava livre do risco de rebaixamento. O tal número mágico, 47 pontos, é mais uma questão de segurança para matemático bradar por aí que não erra nunca do que plena realidade.

A derrota para o Grêmio nesta quarta-feira foi, portanto, absolutamente normal para um time que tem potencial, no máximo, para brigar por essa posição intermediária na tabela. Deverá ganhar do Botafogo domingo, no Pacaembu; provavelmente vai perder do Coritiba, no Couto Pereira; e ganha do Bahia em São Paulo. E assim fechamos um ano medíocre, em que tivemos tensões extremas e pouquíssimas alegrias. Ouso dizer que a única coisa boa que tivemos este ano foi a marca da nossa torcida. Provamos que deixamos de ser uma torcida modinha, abraçamos  o time e fomos para cima. E que isso sirva de alerta para aqueles dirigentes que se julgam donos do São Paulo. Não o são.

O primeiro tempo foi deplorável. Me questiono como o São Paulo consegue superar, jogo após jogo, a incompetência e incapacidade de atuar fora de seus domínios. Ganhamos apenas três jogos em todo o  Campeonato Brasileiro. Somos a segunda pior campanha como visitante. E, nitidamente, o Grêmio estava treinando com o São Paulo. Usou aquele que é tricampeão mundial, tricampeão da Libertadores, hexacampeão brasileiro, ou seja, que outrora foi grande, como sparring. E nosso time não se aproveitou disso para forçar o jogo e colocar a gauchada para correr e dividir as bolas. Fomos complacentes com os preparativos do Grêmio para a final da Libertadores.

E com todo esse treino de luxo o Grêmio precisou de uma falha grotesca de marcação do Edimar para marcar seu gol, meio sem querer. Aliás, o próprio Grêmio demonstrava não estar muito afim de jogo.

Por falar em Edimar, a única explicação que encontro para sua compra em definitivo é pelo diretor de Futebol, Vinicius Pinotti, ter sido um grande zagueiro no Arquidiocesano e entender muito bem deste setor do time. Ele dever ter olhos de crocodilo e vê o que nós, humanos, não enxergamos. E se julga no direito de ficar irritadinho, típico daqueles mauricinhos, quando teço críticas a ele. Vai chorar no WhatssApp dos conselheiros. Meu Deus!!

Dorival ainda tentou mudar alguma coisa. Tirou o ineficiente Maicosuel e colocou Lucas Fernandes para o segundo tempo. Melhorou, é fato. Mas chance que é bom tivemos duas com o Pratto, sem contar o gol que ele fez e o juiz anulou – mal, diga-se de passagem -. E foi só. Aliás, Lucas Pratto está numa fase em que sabemos que bola para ele é bola perdida. Marcos Guilherme dá uma no cravo, como o gol que fez contra o Vasco, outra na ferradura, como a maioria das partidas em termos ofensivos.

Outra coisa que ficou patente: o São Paulo continua dependendo diretamente de Cueva. Hernanes fica sobrecarregado sem o peruano. É presa fácil de marcar. Petros se perde na saída de bola e Jucilei deixa o time lento. Não há profundidade. Não há criatividade. A marcação cresce para cima de Hernanes e não aparece ninguém para ajudar. O pior é que não dá nem para culpar o técnico. Dorival tentou Shaylon, não deu certo; tinha tentado Lucas Fernandes, também não deu; tentou Maicosuel, pior ainda.

Está patente que não temos um time. Antes eu falava que não tínhamos elenco. Hoje afirmou que não temos time. Para almejarmos alguma coisa para 2018, dos 11 que são considerados titulares – porque os reservas são piores ainda – eu manteria Arboleda, Rodrigo Caio, Jucilei, Petros, Hernanes, Cueva e Lucas Pratto. O resto é posição vaga. Não são Edimar, Araruna, Militão, Bruno, Junior Tavares, Buffarini, Marcos Guilherme, Marcinho, Denilson, Maicosuel, Shaylon ou qualquer outro que vão resolver.

Ou se leva a sério o peso da camisa do São Paulo, que entorta varal, ou teremos um 2018 igual ou pior que 2017. E Leco, a partir deste momento, passa a ser diretamente responsável por isso. No novo estatuto, assalariado que é, tendo que administrar o São Paulo como uma empresa, não pode cruzar os braços para pagar dívidas políticas e deixar o futebol nas mãos de um aventureiro de perfumes. E digo mais: alguns ainda falam que o lugar dele é no Marketing. Esqueçam. Quem trouxe e bancou Alan Cimerman para gerenciar nosso Marketing não pode voltar para lá, sob risco de fazer voltar quem tanto mal fez para o São Paulo.

Chega! O copo transbordou. Empatar com o Vasco em São Januário e perder do Grêmio no Olímpico seriam resultados normais se o time estivesse brigando lá em cima, fazendo uma campanha vencedora. Não. A partir do momento que eu achar tudo isso normal estarei me nivelando aqueles que só querem se beneficiar do São Paulo. Que desfilam incompetência ancorada no estatuto que não permite grandes mudanças.

Não vou entrar na onda do “Fora Leco”, porque isso não vai acontecer. Será apenas um bordão a mais sem a necessária consequência. Mas o prazo de seis meses que dei para falar da administração, prorrogado pela situação desesperadora do time, quando todos os que verdadeiramente torcem pelo São Paulo se uniram e abraçaram o time, acabou. Ou o presidente Leco, devidamente remunerado para a função, demite o diretor de futebol, também remunerado em regime de CLT e contrata alguém que entende do assunto para gerenciar o setor, ou será responsabilizado diretamente por qualquer coisa que ocorrer com o São Paulo. E a esses dois – Leco e Pinotti – dedico o título do Corinthians, a ida para a Libertadores, de maneira direta, de Palmeiras e Santos, e a nossa conquista de não cairmos para a série B. O São Paulo talvez até vá, ainda, para a Libertadores. Mas será a premiação maior da incompetência administrativa no futebol.

 

O empate, que poderia soar como derrota, teve gosto de vitória

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o empate dentro de São Jaunuário, com toda a pressão que sabemos se imposta lá dentro pelo jeito arcaico de administrar um clube, com o Vasco da Gama, em hipótese alguma pode ser considerado um resultado ruim. Tivesse o São Paulo feito um primeiro turno digno de sua grandiosidade, como está fazendo o segundo turno, seria um resultado para comemorarmos um ponto ganho, e não dois perdidos.

O time jogou muito mal. Assim como quinta-feira, contra a Chapecoense no Pacaembu, sentiu muito a falta de Cueva. Hernanes é o responsável direto pela recuperação do time no Brasileiro, mas não pode ter em seus ombros a obrigação de marcar, dar assistências, chutar, cabecear, enfim, fazer o papel de dez jogadores. Com Cueva em campo, as atenções dos marcadores adversários se dividem. Sem Cueva, sobra Hernanes e ele não consegue jogar.

O primeiro tempo do São Paulo foi muito ruim. Aliás, o jogo foi horrível. O gol do São Paulo só saiu porque o volante do Vasco fez lambança, Marcos Guilherme foi persistente e acertou um pombo sem asa, marcando o gol. Não dá nem para falar que era um resultado injusto, porque ninguém estava jogando absolutamente nada. O erro poderia ocorrer para qualquer um dos lados. Foi para nós.

O Vasco voltou para o segundo tempo com um time mais adiantado. E foi ficando cada vez mais ofensivo de acordo com o passar dos minutos. O São Paulo, bem postado, conseguia segurar o resultado. Mas o recuso excessivo do time começou a proporcionar chances para os cariocas. Sidão apareceu em pelo menos três oportunidades de forma decisiva, com grandes defesas.

Petros, jogador que é fundamental no equilíbrio do time no meio de campo, estava em péssimo dia, errando todos os passes, sendo desarmado com facilidade e não conseguindo dar o combate que lhe é característico. Edimar errava tudo. Jucilei sobrecarregado na frente da área. Arboleda tirando tudo. Rodrigo Caio também muito bem. Mas chega um momento em que as coisas dão erradas e, desta vez, a sorte sorriu para o Vasco que empatou o jogo. Agora, sim, um resultado justo, porque o São Paulo estava completamente acuado, sendo massacrado pelo time cruzmaltino.

Aí veio o fatídico lance de Militão, expulso direto, sem mesmo receber o cartão amarelo. Discutível, eu sei, mas entendo que o amarelo estaria de bom tamanho. Até porque dois minutos depois de sua expulsão, um jogador do Vasco deu entrada semelhante em Hernanes e recebeu o amarelo. A diferença é que a pancada foi mais embaixo.

Bem, vou destacar um parágrafo para Leandro Vuadem. Quando vi que ele estava escalado para apitar esse jogo, senti um certo alívio. Árbitro de personalidade, não iria se dobrar as pessoas costumeiras de Eurico Miranda em São Januário. Ledo engano. Vuadem passou a dar faltas inexistentes contra o São Paulo, próximas a área, nitidamente criando situações para o Vasco chegar ao empate. No primeiro tempo foi uma entrada de Rodrigo Caio – na bola -, na meia lua da área; no segundo tempo uma entrada de Arboleda e uma de Lucas Pratto. Todas faltas inexistentes e muito perigosas. Portanto, expulsar Militão – para mim de forma errada – e não expulsar o jogador do Vasco, mostrou que ele estava agindo com dois pesos e duas medidas. E assim foi até o fim.

Então, levando-se em consideração que o time não jogou nada, morreu fisicamente no segundo tempo, sentiu a pressão fortíssima da torcida adversária e do campo com gramado muito ruim, e teve um árbitro prejudicando o São Paulo o tempo todo, só posso considerar esse empate um grande resultado e acreditar, aliás, ter certeza, que esse tal de Z4 já não nos pertence mais. Afinal, faltando quatro rodadas, o primeiro da lista tendo nove pontos a menos e alguns times entre o São Paulo e o Sport, a página já é virada. Não vou focar a Libertadores, apesar de ainda ser possível, mas ao menos a manutenção até a 12ª posição para termos direito à Copa Sul-Americana.

Empate, apesar de ruim, foi normal dentro das características deste campeonato

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, ninguém pode comemorar o empate em 2 a 2 com a Chapecoense, no Pacaembu, na noite desta quinta-feira. Mas há que se compreender que resultados surpreendentes tem ocorrido neste Brasileiro. Basta lembrar que o líder e virtual campeão perdeu dos dois últimos colocados dentro de Itaquera.

Além do mais, o retrospecto deve ser lembrado, o São Paulo nunca conseguiu uma vitória contra a Chape como mandante. Dá para considerar esse time uma asa negra que temos, assim como o Atlético-PR< jogando na Arena da  Baixada.

O primeiro tempo do São Paulo foi completamente apático. Dava a impressão que era Hernanes e mais dez. Ele driblava, lançava, chutava, cabeceava, marcava, desarmava, enfim, jogou sozinho. Em determinado momento não entendi a razão dele estar jogando mais recuado do que Petros. Mas fez parte de sua iteligência, pois Gilson Kleina colocou dois jogadores para marcar Hernanes. Seu recuo foi para pegar a bola ainda no campo de defesa e armar o jogo a partir dali.

Jogando melhor, a Chape chegou ao gol. Cruzamento de Reinaldo da esquerda, no meio da pequena área, nas mãos de Sidão. Só que nosso goleiro não foi na bola e tomamos o gol. Falha grotesca dele, pois era bola para encaixar, nem para socar.

Araruna fazia uma péssima partida. Marcos Guilherme, por mais que cuidasse do lado esquerdo não deixando Apodi subir, perdeu uma jogada clara de gol, numa cobrança de falta ensaiada (estava dormindo), e Shaylon se omitia do jogo.

Dorival, acertadamente, voltou com Lucas Fernandes para o segundo tempo, tirando Araruna. Perdeu a força de Petros no meio de campo, mas ao colocá-lo na lateral deu maior poder ofensivo ao time. E a Chape estava vivendo de contra-ataques.

O São Paulo cresceu muito, foi para cima, começou um massacra, mas tomou um contra-ataque, pênalti e o segundo gol. Eu joguei a toalha. Achei que poderia ser ainda pior, pois o time se lançaria todo à frente e deixaria a zaga desguarnecida.

Dorival continuou botando atacante. Colocou Gilberto e tirou Shaylon. Já não existia mais esquema tático. Era Jucilei como volante, Luca Fernandes de meia, Pratto saindo para dar assistência, Gilberto enfiado na área e Marcos Guilherme na esquerda. Hernanes foi para a frente. Até Arboleda virou atacante.

Foi muita pressão e, meio na marra, saíram os dois gols que nos deram um ponto precioso, já que a derrota, pelas circunstâncias da partida, era iminente.

Não vou, no entanto, criticar o time e chamá-lo de incompetente. Temos a segunda melhor campanha do segundo turno. Dorival Jr foi contratado com a missão de refazer o que Rogério Ceni desfez: um time. Tirá-lo do Z4 e evitar o vexame maior.  Tirou. Brigar pela Libertadores já seria algo impensável há dois meses. Estamos brigando. Ainda dependemos das nossas forças para chegar a um bom posicionamento que, dependendo do que Grêmio e Flamengo farão na Libertadores e Sul-Americana, respectivamente, darão ao nono colocado uma vaga. E nós estamos nessa briga.

Teremos dois jogos muito difíceis pela frente? Claro que sim. Mas antes sabermos que se perdermos os dois jogos poderemos, no máximo, da adeus a uma chance de classificação para a Libertadores do que viver o que vivíamos há algumas semanas, onde uma derrota significava a volta ao Z4.

Ficou nesta quinta-feira a vontade dos jogadores e o poder de reação. Isso nos dá esperança de que dias melhores, ainda que sejam em 2018. virão.