Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb. Fui para o Morumbi nessa segunda-feira – como o faço em TODOS os jogos do São Pasulo – ciente de que não veria um show de futebol. Aliás, esse time, pelo que mostrou até agora, não nos permite esperar apresentações de gala. Mas fui na certeza que o São Paulo venceria a partida. E como disse Jucilei, “não importa se de um ou meio a zero”. O importante era ganhar.
Vejamos: se tivesse ocorrido uma tragédia e o São Paulo perdido o jogo do Avaí, certamente hoje uma imensa crise estaria instalada no Morumbi. Uma diretoria que mal assumiu – não falo do presidente, que é reincidente – levaria nos ombros uma culpa que não tem, mas por estar “de plantão” seria levada a debelar a crise. E isso passaria, necessariamente, pela demissão de Rogério Ceni e contratação, quase de forma imediata, de um técnico que chegasse, com o campeonato em andamento, e desse um jeito nesse time.
A vitória sobre o pobre coitado do Avaí, no mínimo, afastou essa crise e devolveu o ar para Rogério e os jogadores respirarem, tirando aquele sufoco por que eles estavam passando.
Os mais céticos, por redes sociais ou mesmo no estádio, já faziam contas de que faltam 42 pontos, ou que, no jogo em que valiam seis pontos, ganhamos a parada. Vão ser negativos assim prá lá. E não vou falar que tenho otimismo cego e que acho que, depois deste jogo, o campeão voltou.
Rogério Ceni continua errando em substituições. O jogo estava controlado e o São Paulo dominava o meio de campo, quando Thiago Mendes se machucou. Entendi o viés ofensivo de Ceni ao colocar Thomas no lugar de Thiago. Mas o meio de campo se quebrou e o Avaí passou a dominar a partida. O erro só foi corrigido quando ele colocou João Schmidt em campo no lugar de Cueva. Aí voltamos a ter domínio do jogo e até chegamos ao segundo gol.
O que ficou patentado mais uma vez foi o total mau preparo físico do elenco. No primeiro tempo o time voou, criou chances, dois golaços poderiam ter saído – Pratto e Cueva -, domínio completo. Cícero espetacular, Jucilei nem se fale, Rodrigo Caio cobrindo Lugano, Thiago Mendes voando. Chegou o segundo tempo e nos sobrou Jucilei, realmente um gigante. Os demais sucumbiram ao cansaço. Isso porque só estamos jogando uma vez por semana. Algo tem que ser feito de maneira urgente para resolver essa questão física. E não me parece que possa ser outro caminho, a não ser a troca do preparador físico.
Então, para finalizar, a vitória foi sobre um simples Avaí, mas teve importância interplanetária para o momento em que vivemos. Nosso primeiro semestre acabou em três jogos. Nosso ano poderia ter acabado na segunda rodada do Brasileiro. Há os que digam que estamos em décimo primeiro lugar, dois pontos acima da zona de rebaixamento. Eu prefiro ver que estamos em em décimo primeiro lugar, mas a um ponto da zona da Libertadores, ou a três pontos do titulo.