Comunicado aos leitores e ouvintes do Tricolornaweb

Amigo são-paulino, leitor e ouvinte do Tricolornaweb, de algum tempo para cá, para nossa imensa felicidade, temos tido um considerável crescimento no número de acessos únicos – ou seja, descartados os acessos múltiplos de um mesmo leitor – e com o advento da Rádio Tricolornaweb com fixação de alguns programas em horários determinados – Jornal Tricolornaweb, às 22h e Rádio Tricolornaweb Musical, às 07h – estamos tendo acúmulo de acessos simultâneos na rádio, o que acumulado com o que já era tradicional para o site, fez com que passássemos a ter dificuldade na atualização em alguns momentos. O site ficou mais lento para quem o acessa em determinados horários do dia e isso nos obrigou a tomar uma decisão rápida, apesar de muito pensada.

Depois de 13 anos hospedados no Terra, vamos migrar para a Amazon, o maior provedor de sites do mundo. Conversei com representantes do Terra, tentei viabilizar nossa permanência na empresa, mas eles foram enfáticos em, mesmo lamentando nossa saída, nos deixar claro que a empresa não poderia disponibilizar para nosso site uma plataforma dedicada, em outras palavras, uma plataforma exclusiva para o Tricolornaweb, pois a empresa não dispõe desse sistema.

Por isso a migração será feita a partir das 23h desta quarta-feira e deverá durar toda a madrugada desta quinta-feira, terminando por volta das 6h. O site não ficará fora do ar, mas poderá ter algumas instabilidades nesse período em razão da transferência de dados, que estará sendo feita pelo nosso programador, Douglas Moura.

Por isso pedimos antecipadamente desculpas por eventuais transtornos, mas certamente o novo local de hospedagem do site vai propiciar muito mais velocidade e capacidade de armazenamento de acessos, inclusive os simultâneos.

Rádio Tricolornaweb Musical

Outra grata surpresa tem sido o crescimento considerável da audiência de nossa Rádio Tricolornaweb. O Jornal Tricolornaweb já era uma grande realidade, com audiência cada vez mais crescente, agora encontramos números excepcionais também na Rádio Musical. Nossos ouvintes entenderam o propósito, que é tocar o que geralmente não se ouve no rádio comercial, procurando sempre o bom gosto musical, aliado à qualidade sonora das músicas que ali programo.

Fiz uma pequena pesquisa com os ouvintes que mais interagem conosco, seja através de e-mail, de comentários na página da rádio, ou nas redes sociais do Tricolornaweb, sobre um projeto que tenho e recebi, para minha agradável surpresa, aprovação quase da totalidade dos ouvintes. Por isso vou antecipar a todos, agora, esse projeto.

A partir do dia 02 de outubro colocaremos no ar uma espécie de retrospectiva do ano. Começaremos em 1950, apresentaremos as 15 músicas mais tocadas no Brasil naquele determinado ano e faremos um apanhado das principais notícias do Brasil e do mundo naquele ano. Será, mesmo, como se estivéssemos no dia 31 de dezembro de determinado ano e apresentássemos a retrospectiva jornalística e musical. Logicamente histórias do São Paulo serão relembradas.

Só que preciso chamar a atenção para um detalhe. Neste projeto que levaremos ao ar a partir de 02 de janeiro faremos a retrospectiva ano a ano a partir de 1950, mas o início será com as músicas mais tocadas a partir de 1900. Nesse caso tocaremos a mais executada em cada ano, até chegarmos em 1950.

A explicação é simples: vamos resgatar a história da música, como motivo de cultura. E nas décadas de 1900 até 1950 tínhamos como aparelho reprodutor o Gramophone e a vitrola para discos de 78 rotações. Isso quer dizer que a qualidade sonora é ruim. Servirá, mesmo, como documento cultural. A partir de 1950 já temos os discos de vinil, de onde consigo fazer uma boa equalização, quase remasterização, e apresentar as músicas com altíssima qualidade de som.

Também por isso peço desculpas aos ouvintes pela qualidade sonora ruim, mas tenham certeza que estaremos transmitindo muita cultura musical para quem curte a Rádio Tricolornaweb.

Sigamos em frente. O Tricolornaweb sempre foi, é e continuará sendo o site que está com o São Paulo.

 

PS: A migração continuará durante todo o período da manhã e parte da tarde desta quinta-feira. Portanto, inconsistências podem ocorrer, mas é para melhorar o desempenho do Tricolornaweb.

Vitória fundamental e obrigatória em Salvador

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo fez o que tinha que fazer: vencer ou vencer. Verdade que não saímos do Z4, mas por mero detalhe e por um resultado completamente inesperado: a vitória da Chapecoense, em Porto Alegre, sobre o Grêmio. E o saldo de gols. Mas a situação, hoje, é muito melhor que semana passada.

Falei durante toda a semana no Jornal Tricolornaweb que vencer o Vitória na Bahia seria mais importante que vencer o Corinthians, ainda que no Morumbi, no próximo domingo. A razão é óbvia: o Vitória é nosso adversário direto na luta contra o rebaixamento.

Jonathan Gomez teve sua chance e não aproveitou. Ficou perdido como segundo volante, pois não marcava nem conseguia ligar o ataque. Petros ficou sobrecarregado e a situação só não foi pior para o São Paulo porque Arboleda estava em tarde muito inspirada e Rodrigo Caio também não comprometeu. Além do mais, Militão pela direita e Junior Tavares pela esquerda deram a segurança que não tínhamos nas laterais, quando jogam Buffarini ou Bruno de um lado, Edimar do outro.

Acredito que o banco tenha sido importante para Junior Tavares baixar a bola e recuperar seu futebol, assim como foi muito importante para Cueva. Jogador decisivo em muitas partida, há tempos vinha dando raiva no torcedor e causando irritação para seus companheiros do time. Hoje entrou no segundo tempo e foi decisivo para o São Paulo vencer a partida. Além de muita movimentação, deu a assistência para o primeiro gol e marcou o segundo gol, olímpico, um verdadeiro golaço.

Agora passo a tratar o jogo contra o Corinthians como de extrema importância. Uma vitória poderá dar ao time o status que não teve até agora: duas vitórias seguidas, sendo que uma num grande clássico. Então poderemos respirar mais aliviados começando a acreditar em uma recuperação e a saída desta situação constrangedora em que nos encontramos.

Quanto a Dorival Jr., ainda não vi sua mão no time. Por mais que tenha alterado o time no intervalo, tirando o ineficiente Gomez para colocar Cueva, recuando Hernanes para segundo volante, vamos considerar que os dois gols do São Paulo saíram de cobrança de escanteio de Cueva. Ou seja, não houve jogada ensaiada ou trabalhada. Sou terminantemente contra sua demissão, mas continuo achando que ele acrescentou muito pouco ao time até agora.

Mais uma semana para o time trabalhar e para a torcida continuar emanando essa vibração fantástica para o clássico. Afinal, para o Time da Fé, nada é impossível.

O Conselho Administrativo aprovou Muricy. Parabéns! Mas o que mais?

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, ontem preguei aqui que o Conselho Administrativo deveria, na reunião desta terça-feira, mostrar para o que serve e pressionar o presidente Leco para chamar Muricy Ramalho de volta ao São Paulo. O dia foi rico em notícias e movimentos, o grupo Resgate Tricolor entregou uma abaixo assinado com quase oito mil assinaturas o que, aliado à força que, modéstia à parte, termos em influenciar atitudes da diretoria, culminou com o contato feito com Muricy e a aprovação do nome na reunião do Conselho.

O CA queria mais. Queria que Muricy viesse como gerente, supervisor, coordenador, ou qualquer cargo executivo, que lhe desse plenos poderes para atuar no futebol. Mas o ex-técnico já houvera deixado claro que não poderia assumir um cargo remunerado nesse momento, pois tem contrato com a Sportv e não irá rompê-lo, como é, aliás, de sua praxe.

Dito isso, fico feliz pelo CA ter entendido o momento difícil e chegado a esse resultado. Mas o que mais foi feito? Continua existindo a tal cláusula de confidencialidade, onde nada que se passa lá dentro pode ser de conhecimento público.

Foi-se o tempo em que o São Paulo era um clube referência, onde os problemas eram resolvidos intramuros e os cardeais apagavam os incêndios e transformavam lodo em jardim florido. Hoje, quando isso já não mais existe, pois fomos jogados à vala dos comuns com pensamento pequeno e uma guerra de bastidores pelo poder, mais do que servir ao São Paulo, se servir do São Paulo, não é mais admissível o sigilo e a tal confidencialidade.

Informações seletivas são passadas ao torcedor, tentando mostrar que tudo está bem, que os problemas estão resolvidos, que a ética voltou a imperar e que o São Paulo de hoje voltou a ser aquele de outrora.

Não. E repito: o Conselho Administrativo é e será muito responsável por tudo de bom ou de ruim que acontecer com o clube. Se o Conselho Deliberativo se diz incompetente para algumas atitudes, como vivem dizendo conselheiros aqui e acolá, então são os membros do CA que tem a missão de não permitir que o São Paulo continue à deriva. Afinal de contas, quando o sol está brilhando, todos querem ir para a piscina. Mas quando chove e faz frio, todos se escondem na toca.

Só que eu não estou dormindo em sono profundo. Fica a dica!

É hora do Conselho Administrativo mostrar para o que veio

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o Conselho Administrativo do São Paulo tem reunião marcada para esta terça-feira. Na pauta estará a situação do time no Campeonato Brasileiro e outras questões menores. Evidentemente, o futebol é o que tem preocupado todos aqueles quer verdadeiramente amam o São Paulo, acima de qualquer interesse.

Muito se falou nesta segunda-feira que novo racha tinha ocorrido na diretoria e que Roberto Natel havia rompido com Leco. Fui atrás de fontes confiáveis, que não os dois envolvidos – pois as respostas seriam óbvias – e me foi garantido que isso houve num passado recente, nos bastidores, mas que hoje Roberto Natel, até prova em contrário, está com Leco. Tem ido aos jogos ao lado do presidente e hipotecado apoio a ele nesse momento de intensa crise.

Mas a reunião desta noite, no CA, nos permitirá avaliar sua real função. Sabe-se que ele é – ou deveria ser – formado por uma maioria, ainda que pequena, de apoio ao presidente. Apoio, no entanto, não quer dizer “amém” a todos os atos do presidente. Os conselheiros tem que avaliar cada ponto e ter uma visão ampla para analisar a situação, oferecer ideias e cobrar soluções.

Não há dúvida para ninguém que a solução passa hoje pela contratação de um gerente de futebol, uma pessoa que entenda do assunto, que seja oriunda do meio e, se possível, que tenha respaldo do clube e da torcida. E está mais do que claro que o único nome capaz de ser a solução dos nossos problemas é o de Muricy Ramalho.

Foi comovente a declaração que ele deu no programa Bem Amigos da Sportv nessa segunda-feira. Ao ser indagado sobre essa possibilidade, disse estar apaixonado por seu trabalho na emissora, que como técnico não voltaria em hipótese alguma, mas que gostaria, sim, de ajudar o São Paulo a siar dessa crise em alguma função, mesmo não sendo remunerado. Aliás, deixou claro que iria de graça, ao contrário do que fez ano passado o “grande são-paulino” Marco Aurélio Cunha.

Tenho batido constantemente na tecla de que enquanto o presidente Leco não calçar a sandália da humildade e continuar com a arrogância que norteia seus atos, vamos afundar cada vez mais em nossa crise e o rebaixamento será inevitável.

Sou contra a demissão de Dorival Jr, atitude defendida por muitos torcedores e conselheiros. Ter um terceiro técnico no mesmo campeonato é sinônimo de síndrome de rebaixamento. Dorival ainda nem conseguiu decorar os nomes dos jogadores direito, e já vamos partir para outro. Não. Isso é ruim. Não que eu esteja gostando do trabalho de Dorival. Mas não vejo uma mudança nesse momento como salutar.

O remédio está na gerência de futebol, numa pessoa que possa estancar crises, resolver problemas intramuros, cobrar o desempenho de jogadores dentro do campo sem que o mundo lá de fora fique sabendo, mas que esse mundo consiga ver durante o jogo. Até outro dia questionavam “se tinham conversado com os russos”, ao se cobrar a contratação de Muricy. Agora o “russo” respondeu que está a fim. Basta que o procurem.

Essa é a cobrança que espero do Conselho Administrativo nesta noite. Roberto Natel, Júlio Casares, Silvio Médici, Raí, Eduardo Mesquita Pimenta, Júlo Conejero, Saulo de Castro e Adilson Martins: vocês tem obrigação de fazer o presidente Leco entender que a solução para nossa crise passa pela contratação de Muricy Ramalho. Ou serão responsabilizados no futuro, caso o rebaixamento acontecer, por omissão no momento mais importante deste novo estatuto, em que uma atitude foi esperada deste Conselho, e ele não se fez representar a autoridade.

O ridículo se repetiu no Morumbi

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, já virou rotina neste Campeonato Brasileiro perdermos pontos dentro do Morumbi para time com os quais estamos brigando diretamente. Assim foi contra o Coritiba, o Avaí, o Bahia, a Chapecoense. Agora a Ponte Preta. aliás, nos dois turnos, fizemos apenas um ponto contra a “forte” Ponte Preta.

Cada vez mai sinto que o buraco é logo ali e que o túnel não tem saída. Neste sábado, com o time ganhando por 2 a 0, acontece o pênalti, a Ponte marca, eu viro para meu filho, André Pontes, e comentamos simultaneamente: não dá para comemorar vitória com 2 a 0, mesmo estando no segundo tempo e o adversário sendo quem é. Fato. Assim será até o último jogo do  Campeonato. Mas minhas guardas já estão baixas.

E vou, hoje, crucificar Dorival Jr. Teve 15 dias para treinar o time e o que vimos foi um amontoado de jogadores, dependendo de um Hernanes acertar uma falta, outra hora sair correndo sozinho com a bola, ou Lucas Fernandes fazendo a mesma coisa, ou Lucas Pratto tendo que sair da área para cruzar para ele mesmo. Enfim, nada de prático aconteceu.

Sim, a escalação de Militão pela direita foi muito boa, assim como Lucas Fernandes entrando desde o início. Mas o que quero saber é do esquema tático, das jogadas ensaiadas, de um atacante entrando na diagonal para receber a bola atrás da zaga adversária, tabelas, ultrapassagens. Nada disso foi visto.

Dorival disse na coletiva que a Ponte não teve chance alguma, apenas duas de bola parada quando saíram os gols. E que o São Paulo estava administrando a partida. Acho que eu vi outro jogo, porque os dois gols do São Paulo foram de bola parada, sendo que o segundo foi um verdadeiro frango do goleiro da Ponte. Então, sendo assim, o empate foi justo? Acho que não. A Ponte ainda colocou uma bola na trave e Sidão fez uma grande defesa. Qual foi a defesa de Aranha?

As substituições foram ridículas. Por mais que tenha trocado jogadores de mesma posição, ao tirar Militão e colocar Buffarini, era Marcinho quem deveria entrar por ali. Depois da expulsão de Jucilei, era óbvio que deveria colocar Gomez em campo. Afinal, treinou com ele a semana toda como segundo volante, porque Jucilei estava machucado, e o cara não entra. Para piorar, tira Lucas Fernandes e coloca Marcinho. Jogando na frente, nós já sabemos o que vai acontecer. Naquele hora deveria ter entrado Cueva, para ganharmos poderio ofensivo.

Aliás, por falar em Cueva, a resposta que ele deu aos jornalistas na saída do estádio é suficiente para que a diretoria tome uma atitude e o mande encontrar o caminho da roça. Coloque para treinar com o Cícero, em horários alternados. Sei que haverá prejuízo financeiro, mas seu futuro, ao invés de Europa, pode ser jogar num time peruano. Será o prejuízo dele também. Já chega toda a crise por que estamos passando, aguentar crise de jogadores, que não estão jogando nada, é seguir fielmente a cartilha da série B.

Mais uma vez faço aqui meu apelo ao presidente Leco: por favor, acorde enquanto é tempo. Traga um cara que entenda de futebol e tenha identificação com crises. Faça isso agora. Aliás, já deveria ter feito. Ou então, você e o Pinotti vão morrer abraçados com o rebaixamento. E não poderão dizer que não foi por falta de aviso.

 

Grande decepção: o Jack não era tão são-paulino quanto eu supunha

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, cheguei a uma triste conclusão, que me deixou profundamente decepcionado: o Jack não era tão são-paulino quanto eu supunha. Explico minha desilusão.

Todos devem lembrar quem é o Jack. Seu nome completo é Jack Banafsheha. No fim de 2014, foi aprovada uma comissão de R$ 18 milhões (15% do valor total do contrato com a Under Armour) à empresa Far East Global, sediada em Hong Kong e em nome do Jack. Essa comissão não foi paga porque, à época (2015-2016) o Tricolornaweb havia denunciado que o contrato de comissionamento, que ainda carregava suspeitas do envolvimento de Cinira Matura, namorada de Carlos Miguel Aidar.

Após a denúncia do fato o Conselho Deliberativo rejeito o pagamento destas comissões e o São Paulo, teoricamente, passou a se armar para uma possível ação judicial, pois Jack Banafsheha certamente faria a cobrança do que lhe seria, hipoteticamente, devido de comissão pelo contrato com a Under Armour.

De forma inesperada, Carlos Miguel Aidar, ainda sentado na principal cadeira do clube, enviou um e-mail a Jack – e mandou cópia aos conselheiros – informando que por decisão daquele Conselho, o São Paulo não efetuaria o pagamento. Como resposta obteve a desistência de Jack de receber o valor.

A partir deste momento, fato que causou perplexidade em todos os dirigentes, conselheiros e torcedores do Tricolor, passei a ter em Jack Banafsheha o conceito de maior torcedor da história do São Paulo, se igualando a nossos grandes antepassados, que ergueram o Morumbi e fizeram de nosso clube um dos maiores do mundo. Ledo engano.

Agora me deparo com a informação de que Jack recebeu a comissão que lhe era devida. Não ficou claro se foram os R$ 18 milhões ou se ele abriu mão de alguma coisa. O pagamento teria sido feito pela própria Under Armour, nos Estados Unidos. Quem está dizendo isso? O ex-vice-presidente de Comunicação e Marketing do São Paulo, Douglas Shwartzmann, responsável pela apresentação do Jack e da Under Armour ao São Paulo.

Então faço aqui um pedido, quase uma exigência, ao atual Diretor Executivo de Comunicação e Marketing do São Paulo, Márcio Aith e ao presidente Carlos Augusto Barros e Silva. Façam um ofício do São Paulo para a Under Armour com cópia para a  SEC – Securities and Exchange Commission – (Comissão de Títulos e Câmbio dos Estados Unidos), ou seja, a CVM americana. Vamos tentar saber se isso foi pago. Aliás, vamos tentar saber quanto foi pago, pois acredito piamente na informação do ex-vice-presidente de Comunicação e Marketing. Precisamos indagar se essa comissão paga ao Jack foi colocada no plano de negócios do contrato entre a Under Armour e o São Paulo. Talvez possamos descobrir se não está aí a explicação da fornecedora americana de uniformes estar pedindo desconto com a alegação que o lucro obtido não foi o esperado.

É hora de passarmos tudo isso a limpo de uma vez. Entendo que, do jeito que foi a origem, tudo que gira em torno de Under Armour cheira muito mal. Meu pedido, quase uma exigência fica aqui. Senhores Marcio Aith e Leco. O Tricolornaweb vai cobrar uma ação nesse sentido. Afinal, decepção assim com um cara que era, na minha avaliação, um dos maiores são-paulinos da história, não pode ficar sem resposta.

 

São Paulo poderia ter ganho de 5, mas perdeu de 4. E a crise continua

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, vou separar o momento que vivemos, de pura crise, do jogo deste domingo. O Time jogou um bom primeiro tempo, com proposta de jogo definida, conseguiu marcar um gol com 12 minutos e passou a atuar nos contra-ataques. Bem no estilo do que tem feito o líder do campeonato.

Mas qual a diferença entre ambos? Enquanto lá eles tem Fagner e Arana, dois ótimos laterais, nós temos Buffarini e Edimar. E se não forem esses, Bruno e Junior Tavares. Enquanto eles fazem um a zero e quando precisam, seus laterais marcam muito bem e atacam melhor ainda, os nossos atacam pessimamente, marcam pior ainda. Os quatro gols nasceram pelo lado esquerdo do ataque do Palmeiras, na avenida Buffarini. No primeiro, cruzamento da esquerda e Edimar, marcando a bola, não alcança. No segundo, por mais que Jucilei tenha tomado um drible desconcertante, a marcação teria que ser do Buffarini, que acomodou-se com um tranco que tomou do Michel Bastos; no terceiro gol, de novo jogada pela esquerda; e no quarto, aonde estava Buffarini.

E temos agravantes: não temos linha de impedimento, como o Corinthians tem. Para piorar, no quarto gol, Rodrigo Caio está passeando, saindo da área para a frente, e limita-se a olhar do outro lado, ver o jogador do Palmeiras entrando, cruzando e saindo o gol.

Mas vamos voltar ao primeiro tempo. Deveríamos nos fechar e manter os contra-ataques que estavam saindo. Tomamos a virada para 2 a 1, em pouquíssimos minutos. Mas tivemos uma grande jogada de ataque, com Marcos Guilherme acertando o travessão. Depois conseguimos empatar.

No segundo tempo, o cenário se repetiu. O Palmeiras atacando e o São Paulo contra-atacando. E foi mais gritante. Rodrigo Caio perde um gol absurdo, como já houvera perdido no Morumbi e em Florianópolis. Aí é a vez de Marcos Guilherme descer num contra-ataque, ter dois jogadores abertos de cada lado, ele preferiu o drible e perdeu a bola. No contra-ataque do Palmeiras, gol. Aí a coisa degringolou e o São Paulo não teve forças para buscar o empate. Acabou tomando o quarto gol, quando já estava literalmente na roda.

Mesmo assim, não entendi Dorival Jr. colocar Denilson e não Maicosuel. A semana toda ouvimos falar que ele foi um espetáculo nos treinos, que isso e aquilo. E não entra nunca para jogar? Outra coisa: está claro que a troca de posições entre Jucilei e Petros não deu certo. Perdemos o Jucilei como grande marcador e que sabe sair com a bola dominada para termos um jogador perdido em campo, e ficamos com um Petros que corre de um lado para o outro e acaba deixando um buraco no meio da defesa, pois está sozinho na cabeça de área. Sem contar o Cueva, que continua um zero a esquerda.

Mas, apesar de tudo isso, em resumo: o jogo foi muito bom, eletrizante, o time jogou relativamente bem, mas o resultado foi horrível e a crise continua. Pensem bem: tivesse Marcos Guilherme feito o gol no lance em que chutou no travessão, ter agido corretamente no contra-ataque que perdeu a bola e Rodrigo Caio marcado o gol, já que estava embaixo da trave, teríamos ganho o jogo e tudo estaria diferente. Mas, como disse várias vezes Muricy Ramalho, a bola pune. E puniu o São Paulo.

Como nosso adversário não é o Palmeiras, mas são Ponte, Vitória, Botafogo, Vasco, Bahia, Coritiba, espero que Dorival Jr use esses 13 dias que terá até o próximo jogo para impor seu sistema tático, fazer com que os jogadores entendam e, principalmente, arrume essa defesa. Arboleda não jogará a próxima partida, Talvez seja o momento de estrear Aderllan, que até agora só conseguiu ficar no banco em dois jogos.

Aliás, por falar nisso, vou começar já a cobrar explicações de Vinicius PInotti, diretor de Futebol, sobre algumas contratações: Denilson e Maicosuel. Mas também preciso responsabilizar José Jacobson e Alexandre Médicis, ex-diretor e ex-vice-presidente de Futebol, respectivamente, por Marcinho, Edimar, Tomas. E ao ex-diretor Ataíde Gil Guerreiro, por ser se dobrado aos pedidos insanos de Paton Bauxa, e contratado, entre outros, Buffarini. Citei apenas alguns, que comprovam a mediocridade que vivemos, que parte de uma diretoria incompetente, passa por conselheiros omissos – da situação e da oposição – e deságua no time e, em última análise, em nós, torcedores, pois vocês, como eu sempre digo, tem salas e se fecham no Morumbi. Nós vamos à luta, ao nosso trabalho, encontrar com torcedores adversários, e continuamos sendo motivo de chacota.

Já falei lá atrás e vou voltar a cobrar: Leco, deixe esse Pinotti de lado, antes que você afunde com ele, seja humilde, deixe essa empáfia que te domina, tenha um gesto de grandeza e traga Muricy Ramalho já, para gerenciar o futebol. Salve o time enquanto é tempo, ou você estará enterrado para todo o sempre no São Paulo por omissão, se o time cair, e não terminará seu mandato.

O empate foi o melhor dos piores resultados. E o caso Wesley!

Amigo são-paulino, leitor do Tricolonaweb, o empate conseguido pelo São Paulo em Florianópolis foi o melhor dos piores resultados. Sim, porque uma derrota nos deixaria na zona de rebaixamento, com o Avaí a nossa frente, a possibilidade da Chapecoense também nos ultrapassar e, tomando-se como base que nosso próximo jogo é o Palmeiras fora de casa, com enorme chance de derrota, correríamos o risco de terminar a próxima rodada na 19ª colocação.

O São Paulo vive um momento tão delicado que nenhum outro resultado, a não ser a vitória, nos interessa. O time jogou mal. Até crio algumas oportunidades, mas não conseguiu converter em gols. Ouvi a entrevista de Dorival Jr que viu um time mais consistente, elogiou a troca de posições entre Jucilei e Petros, gostou das subidas de Buffarini e Edimar. Para. Que jogo ele viu ou que jogo eu vi?

Petros caiu de produção preso à frente da defesa. Jucilei não aguentou o ritmo e, pela primeira vez, pediu para sair por cansaço. Buffarini é um espanto, tanto na marcação quanto – e principalmente – na frente; Edimar ganhou duas jogadas, mas não conseguiu traduzir em chance de gol. O fato é que não temos laterais e vamos ter que ir até o fim do ano assim.

Pior: não temos goleiro. Nem Renan, nem Sidão, nem Denis. Não temos goleiro. Sidão conseguiu criar duas chances de gol para o Avaí, com saídas de bola horríveis. É outro que não sai debaixo das traves. A bola passeia pela pequena área e ele não vai nela, não arrisca uma saída. E não estou aqui defendendo Renan, que é tão ruim quanto o Sidão. Sem contar o Denis, que é uma brincadeira de mau gosto.

Demos a sorte de acharmos o pênalti e Hernanes, com toda pressão, teve sangue frio para bater e empatar o jogo. Uma partida bem a caráter, que tínhamos tudo para ganhar, e temos que nos contentar e comemorar o empate. Essa será nossa rotina até o final do ano. Assim tem sido de alguns anos para cá. Diretoria incompetentes, que montam times medíocres, que transformaram o São Paulo de um “para sempre favorito ao título” para um time que se acostumou a brigar na parte debaixo da tabela.

Aliás, voltando a Dorival Jr, ainda não vou culpá-lo pelo mau futebol que o time vem apresentando, mas espera aí: teve uma semana inteira para treinar antes do Cruzeiro. Ganhamos a duras penas, com Morumbi lotado, domingo passado; teve mais uma semana para treinar o time, e só empatamos com o Avaí. Alguma coisa está errada. Agora terá mais uma semana antes do jogo contra o Palmeiras, e nenhum jogador suspenso. Não é possível que não haja uma evolução.

O caso Wesley

Esse é uma aberração entre tantas que aconteceram na era Carlos Miguel Aidar. Por uma picuinha, esse nefasto ex-presidente arrumou uma encrenca com Paulo Nobre, ex-presidente do Palmeiras, e “roubou” dele Wesley, Kardec e Daniel. Kardec ainda jogou alguma coisa, mas Daniel chegou do Botafogo machucado, ficou um tempão no departamento médico e nunca conseguiu jogar. Nem sei por onde anda. Wesley é aquilo que todos sabemos.

O São Paulo teria que pagar até o final de seu contrato, em dezembro de 2018, mais de R$ 5 milhões. Com o acordo para rescisão, vai pagar metade desse valor.

Se nosso clube fosse sério, dirigido por pessoas sérias, o departamento jurídico deveria estudar uma maneira de entrar na Justiça Comum e cobrar criminalmente Carlos Miguel Aidar, que fosse condenado a ressarcir o clube de tudo o que fez de malfeito para nossos cofres. O crime foi tão grande, que talvez não seja exagero eu pedir cadeia para ele, pois teríamos que somar a isso o Iago Maidana, o caso Rodrigo Caio e tantos outros.

Mas isso não será feito e o prejuízo ficará com o São Paulo. Sabem por que? Pelo espirito de corpo. Sim, eles se protegem. Por que o caso Far East foi parar embaixo do tapete? Por que tantos outros casos que foram denunciados se perderam no tempo? Porque todos, com raríssimas exceções, sabem que se um apontar o dedo para o outro, receberá dois dedos apontados contra si. Então é melhor o clube arcar como prejuízo do que mexer no lamaçal, pois o cheiro que vai exalar é de puro esgoto.

 

ET: Logicamene escrevi esse editorial antes do jogo das pepas. Como a Chapecoense ganhou, estamos de volta ao Z4.

 

São Paulo jogou muito mal, mas ganhou. Isso é o que interessa.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo fez uma partida muito ruim neste domingo, no Morumbi, mas conseguiu os três pontos ao vencer o Cruzeiro, de virada, por 3 a 2. A torcida foi mais uma vez o ponto positivo, com mais de 56 mil pagantes, alcançando novo recordo no Brasileiro, mostrando que não somos modinhas como alguns gostam de falar, dando verdadeiro show desde a chegada do ônibus com a delegação até o último minuto de jogo.

Dorival Jr. começou o jogo com Militão no lugar de Jucilei, dando como argumento ter um meio de campo mais rápido e ágil. O que vimos foi exatamente o contrário. Militão completamente perdido na intermediária sem saber a quem marcar e o Cruzeiro colocando bola nas costas da zaga para algum ala entrar em diagonal, sempre levando perigo. Rodrigo Caio era a principal vítima destas jogadas, a ponto de Dorival ordenar a mudança de posicionamento entre Miltitão e Rodrigo Caio. Só que as coisas continuaram não dando certo, então ele voltou a inverter a posição.

Foi numa destas bobagens que aconteceu o pênalti. Claro que Renan colaborou muito para isso, pois demorou uma eternidade para sair do gol e ainda o fez de forma muito lenta. Para nossa sorte a bola bateu na trave. Mas o Cruzeiro continuou sendo senhor das ações, mandando no jogo e o São Paulo vivendo de contra-ataques. E chegou ao gol numa bela cobrança de falta de Hernanes, aos 47 minutos do primeiro tempo. Um amigo, no estádio me falou: “o placar não foi injusto, foi mau carater”. Exatamente.

A torcida já pedia Jucilei e ele voltou para o segundo tempo, no lugar de Militão. O meio campo ganhou consistência e o time começou a ir para a frente. Numa linda bola de Petros para Marcinho, ele, de novo, perdeu um gol cara a cara com o goleiro do Cruzeiro. No primeiro ataque que os mineiros deram, empataram o jogo. E três minutos depois fizeram o segundo gol. Achei que tudo estava perdido.

Dorival tirou Buffarini, recuou Marcinho para a lateral, colocou Denilson na frente, tirou Petros e colocou Gilberto. Mudou completamente a postura do time. Hernanes passou a vir do meio de campo com a bola dominada, Gilberto alterava a posição de miolo de área com Pratto e Denilson conseguia abrir um corredor pela lateral.

Com um time mais pegador e consistente, além de mais ofensivo, chegamos ao gol de empate e viramos o jogo. Mesmo assim o Cruzeiro jogava melhor e ameaçou nosso resultado até o último minuto de jogo.

Ganhamos  sem jogar bem, mas temos perdido alguns jogos jogando bom futebol. O que valeram foram os três pontos. A esta altura do campeonato não dá para ficar exigindo futebol de primeira qualidade. Temos que somar pontos, da maneira que for possível, para fugirmos dessa situação incômoda em que nos encontramos. E conseguimos. Agora é trabalhar mais uma semana para o jogo de seis pontos que teremos no próximo domingo, contra o Avaí.

O São Paulo está perdendo para ele mesmo, mas temos que continuar apoiando o time!

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo continua perdendo para ele mesmo. Sim, porque não é possível conceber que nosso time, não falo nem o elenco, falo do time, seja inferior que o do Coritiba, do qual perdemos dentro do Morumbi, do Atlético-GO, com quem empatamos em nosso estádio também, e do Bahia, do qual perdemos neste domingo. Por isso digo que estamos perdendo para nós mesmos.

Antes do jogo, ainda pela manhã, no Plantão de Domingo da Jovem Pan, fiz um comentário comparando São Paulo e Corinthians. Ali eu disse que o time de Itaquera se fecha lá atrás, tem pouca posse de bola, cria pouco, mas quando chega, marca o gol. Lá atrás o Cássio defende tudo. Nós temos muita posse de bola, criamos muito, perdemos todos os gols e lá atrás o Renan toma. Mais uma comparação: o Corinthians montou o time no começo do ano, teve planejamento, e não se desfez de ninguém no meio do ano. Contratou pouca gente, até porque não precisava. O São Paulo também montou o time no começo do ano. Só que montou outro no final do primeiro semestre, trocou técnico, vendou um monte de gente, trouxe um monte de gente. Jogadores que estão aí não tem dez partida no time. Dorival Jr. não tem dez partidas com o time. Como posso crucificá-los?

O que houve, de fato, foi uma ampla a irrestrita falta de planejamento. Uma eleição em abril quebra qualquer clube. Ainda bem que com o novo estatuto a eleição se dará em dezembro. O presidente vai assumir e ter como planejar o ano que vem. Leco ficou os quatro primeiros meses do ano cuidando de política, de acordos para sua reeleição. Agora está pagando as dívidas políticas de campanha e o futebol ficou no tempo.  Aliás, o futebol é um destes pagamentos: Vinicius Pinotti no seu comando. Diga-se de passagem, nem acho que os demais diretores são ruins ou estão em áreas erradas. Meu problema é o futebol.

Contudo, não acho que vamos cair. Tenho certeza que não. Basta olhar num passado não tão distante, 2013, quando viramos o turno em 18º lugar e nosso time tinha Paulo Miranda de lateral direito, Antonio Carlos e Edson Silva de dupla de zaga, Reinaldo de lateral esquerdo, e o ataque era Douglas, Aloisio Boi Bandido e Ademilson. Muricy foi milagroso e conseguiu nos salvar.

Talvez fosse a hora de chamá-lo mais uma vez. Não para ser técnico, mas para ser o gerente de futebol, mandar em tudo ali. Deixa o Pinotti ser o executivo, o cara das finanças do futebol, e colocamos quem realmente entende da coisa, conhece a linguagem dos jogadores, para comandar o futebol. Mas, claro, o Leco não fará isso. Não gosta do Muricy e não vai ter a humildade de pedir para ele vir, mais uma vez, salvar o time, ainda que essa arrogância custe nosso rebaixamento.

De minha parte vou continuar apoiando o time, como tenho feito até agora. Não é hora de caça às bruxas. O que falei é sério: não acho nosso time ruim. Está faltando tranquilidade, está sobrando pressão, e isso está atrapalhando. Dorival Jr. terá uma semana para treinar o time e tentar dar algum padrão tático para jogarmos o segundo turno.

O São Paulo é o clube da Fé. Não quero mais esse papo de Soberano. Isso só deu azar. Até porque, há tempos não somos mais Soberanos. Somos o Clube da Fé. E vamos nos recuperar. Time grande cai, sim. Mas time gigante não cai. E o São Paulo é gigante, tem uma camisa que entorta varal. Vamos continuar com pensamento positivo, empurrando o time no segundo turno. Depois que tudo acabar, então vemos o que se há de fazer.