Mais uma derrota previsível. O pior é que isso está se tornando uma constante.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, está difícil a situação. A derrota era previsível. Mas também será assim contra o Santos? Até quando essa constante será nossa realidade?

Quando recebo a escalação, e antecipo nos redes sociais e aqui no Tricolornaweb, sinto calafrios. De longe se percebe que poderá até dar certo num determinado momento, mas que não durará até o final da partida. O time entrou no esquema 4-3-2-1. Mas isso é um folclore, porque os que faziam o “2”, Marcinho e Cueva, abriam um para cada canto e ninguém sabia o que fazer. Pratto, coitado, esse lá na frente não recebia bola alguma. Para aparecer no jogo, teve que sair da área e jogar pelas laterais. Só que ele cruzava a bola para quem? Para ele que estava na lateral. Portanto, ninguém no meio para receber a bola.

Jucilei e Petros, sem contestações. Aliás, Petros mostrou em campo o que eu esperava mesmo. Encara qualquer um, impõe respeito, mostra que tem aquilo roxo. Isso também vinha acontecendo com Jucilei. Portanto, de dupla de volantes estamos muito bem.

Nosso grande problema está no banco de reservas, não só nos jogadores, mas no técnico. Rogério Ceni começou com o time voando. Muitos gols no  Campeonato Paulista. Tomávamos três, mas marcávamos quatro. Depois de cornetadas extremas, inclusive do presidente Leco, pelos gols que sofria, ele mudou o esquema. Hoje tomamos um ou dois gols e não marcamos nenhum. Pior: ele está completamente perdido, sem dar padrão ao time, se demonstrar poder de reação, sem nada.

Detesto dar razão ao Casagrande, mas hoje ele falou uma grande verdade: o São Paulo não tem time para encarar ninguém. O que vemos em campo é um amontoado, de vez em quando alguém cruza a bola lá na área e seja o que Deus quiser. Lá atrás a defesa continua batendo cabeça e Renan que se vire. Graças a Deus que tem se virado bem, porque do contrário, a humilhação seria ainda maior.

Vou esperar mais um pouco. Quero ver a entrada de Arboleda e Gomez, e o que Rogério Ceni vai fazer para colocá-los. O mínimo que espero é que jogadores como Wesley e Marcinho fiquem fora. E que Cueva volta a jogar como meia, não como ponta esquerda. Seu futebol sumiu depois que ele foi colocado naquela faixa do campo. Ele tem que vir buscar a bola e armar o time.

Minha paciência com esse time e Rogério Ceni tem data marcada: final do primeiro turno. Ou acabamos esse turno numa posição, no mínimo, intermediária – e quando digo isso quero fazer entre os dez primeiros – ou a corneta vai soar forte.

Rua para os descompromissados. Que fiquem aqueles que honram nossa camisa!

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a reunião do Conselho Deliberativo, ocorrido na última segunda-feira, não trouxe grandes novidades. Na pauta a apreciação do contrato de patrocínio fechado com o Banco Intermedium e ouvir o relato dos diretores executivos sobre os primeiros dias de trabalho. E tudo transcorreu de maneira muito tranquila.

Chamou a atenção a fala de Vinicius Pinotti, diretor de Futebol. Diga-se de passagem, por mais que tenha havido uma espécie de ‘sabatina’, ele foi apoiado por todos que estavam presentes á reunião. Em determinado momento afirmou que no São Paulo só ficarão jogadores compromissados. Aqueles que não estiverem focado na importância de vestir o nosso manto deverão sair. Diga-se de passagem, ele deixou claro que até o final da janela de transferências para a Europa, outros jogadores ainda poderão bater asas.

Nos bastidores do Conselho, no entanto, por mais que Pinotti não tenha falado em nomes publicamente, ficou claro que os jogadores cem por cento fechados e compromissados com o clube hoje são Rodrigo Caio, Jucilei e Lucas Pratto. E também que os mais ‘descompromissados’ seriam Cueva e Cícero.

Maicon, por exemplo, vinha desagradando a cúpula do Tricolor desde o início da temporada. Bem acima do peso, o jogador vinha causando problemas de comportamento e por isso a diretoria não dificultou sua transferência. Já em relação a Cícero, me parece mais do que óbvio que se é algo que ele não tem é compromisso e respeito com nossa camisa. Já foi assim em sua primeira passagem pelo Morumbi e o fato apenas se repete agora.

Quanto a Cueva a situação é a seguinte: o Esporte Interativo deu uma informação, ontem à noite, de que o Fenerbahçe, da Turquia, teria oferecido 10 milhões de euros (R$ 38 milhões) pelo jogador. A proposta teria sido apresentada logo após a contratação de Maicon. Vale lembrar que o São Paulo pagou R$ 9 milhões pelo peruano, que, de fato, desde que se contundiu no jogo pelas eliminatórias da Copa do Mundo, jogando pelo Perú, nunca mais foi o mesmo. Nos dois últimos jogos teve alguns repentes de bom jogador, mas é muito pouco para quem tem a função de ser o 10 do São Paulo.

Se antes eu seria contra a venda de Cueva, hoje, sabedor dessa situação toda, sou a favor. Aliás, se voltarmos um pouco no tempo – não muito tempo – vamos nos lembrar que aqui mesmo no Tricolornaweb, a voz da torcida era para que se fizesse uma limpeza geral e que os descontentes fossem afastados do grupo. Vendidos ou mandados para Cotia.

Mandar para Cotia significa desvalorizar nosso produto. Vender é o mais digno e rentável. Jogador sem tesão no elenco só dissemina a baixa estima. O São Paulo é muito grande, diria, é gigante mundial para ficar dando guarida e amparo para quem não tem noção do peso desta camisa, que entorta varal.

Muitas vezes criticamos em excesso a diretoria e o técnico Rogério Ceni – que merecem, sim, críticas – pelos resultados, mas nos esquecemos de ver quem está se empenhando e quem está fazendo corpo mole dentro de campo.

Sabedor agora dos fatos de bastidores, começo a rememorar alguns jogos. Por que sempre dizemos que Lucas Pratto e Jucilei foram as grandes contratações do São Paulo? Por que sempre criticamos a falta do que fazer de Cícero, o “fora de forma” de Cueva, a apatia de Thiago Mendes, e assim sucessivamente? A explicação, parece, foi dada.

Se os conselheiros como um todo, inclusive os da oposição, deram um aval à gestão de Pinotti, entendendo que é muito cedo para cobrar resultados, eu vou mais além: apoio, também, mas quero ver fora do São Paulo todos estes que foram identificados como ‘descompromissados’. Eu disse TODOS. Não importa se vamos até o fim do campeonato com Rodrigo Caio, Jucilei, Pratto, Petros, Gomez, Arboleda e todos do Sub 20. Campeões não vamos ser; cair também não cairemos. Então, que se higienize o ambiente da Barra Funda, para começarmos já, a dois dias do final do primeiro semestre, a planejar 2018.

Mais um jogo sem vencer. E em casa.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o  São Paulo parecia que iria golear o Fluminense, no Morumbi, dar um chute na tristeza e recomeçar sua trajetória de vitórias no Campeonato Brasileiro. Parecia, porque não foi nada disso que aconteceu. Mesmo marcando o gol logo aos 6 minutos de jogo, criou mais algumas chances, mas o último passe, sempre errado, acabou atrapalhando o ataque.

O Fluminense, por sua vez, se encorpou e passou a dominar o jogo. Foi encurralando o São Paulo em seu campo e transformando Renan no grande herói da partida. Sim, porque não fossem alguns milagres que ele praticou, teríamos sido goleados dentro do Morumbi.

Rogério Ceni deveria ter mudado o time já no intervalo. Estava claro que Marcinho fazia uma péssima partida na frente e não recompunha para ajudar Araruna na marcação do ataque carioca. Pela esquerda virou uma avenida, porque desciam dois e Araruna ficava sozinho. Foi por ali que surgiu a maior parte das oportunidades para o Fluminense.

Rogerio demorou para mudar e, na minha visão, mudou errado. Ele colocou Lucas Fernandes no lugar de Cueva, quando poderia optar por tirar Marcinho ou Denilson, porque ambos não produziam absolutamente nada, e Cueva, ainda que não tenha retomado seu grande futebol, era responsável pelas melhores jogadas do time.

Fato que o São Paulo foi para a frente e passou a pressionar, mas a falta de repertório e criatividade mais uma vez se manifestou e o que vimos foi uma tentativa desenfreada de colocar a bola na área para ver se batia em alguém e entrava.

Espero que esta semana, com o início dos treinos de Arboleda, Goméz e a chegada de Petros, consequentemente iniciando, também, seus treinos, possamos ter algo diferente para o jogo contra o Flamengo. Acabamos a décima rodada do Campeonato. Nos últimos cinco jogos, ou seja, 15 pontos disputados, fizemos apenas dois.  Teremos dois jogos terríveis pela frente: Flamengo e Santos, ambos fora. Ou começamos a reação, ou ficará patente que nossa luta será apenas para nos manter afastados do Z4, e não de brigar por uma vaga para a Libertadores. Sim, porque brigar pelo título é algo que já não está mais no meu horizonte.

Separação futebol – social, sim. Mas o São Paulo FC tem que ser o nome maior!

No começo desta semana estampei minha opinião, no Jornal Tricolornaweb, sobre a separação do futebol com o social do São Paulo. Disse que faria um editorial, que em outras palavras, significa a opinião do site e posição que será levada adiante.

Fui, ao lado do conselheiro Júlio Casares, o que mais apresentou propostas para o novo estatuto. Muito bem trabalhado e elaborado, obteve uma congruência muito grande de opiniões. Muitos dos que hoje criticam e tentam desmerecer o novo estatuto se calaram durante sua elaboração. Se esconderam no anonimato, por incompetência ou covardia. E hoje querem se mostrar os arautos desta conquista.

Se houve deturpação do estatuto, não foi por culpa de quem o fez, mas de quem o está executando. Lá atrás, no começo da montagem da nova diretoria, afirmei aqui que se tratava de uma ação entre amigos, mas que, por mais estranho que fosse, não teceria críticas antecipadas, por entender que os diretores, ainda que conselheiros amigos, que foram indicados para as diretorias executivas, me parecem ser gabaritados profissionalmente para tal.

Sou criticado por manter a linha que mantenho desde sempre no Tricolornaweb, de dar um mínimo de seis meses para poder avaliar o que há de bom ou ruim na diretoria. Não posso culpar diretores que assumiram o cargo há pouco mais de um mês por um quadro que vem se deteriorando há 12 anos. Não gosto de João Doria, mas não posso culpá-lo pelos semáforos quebrados e alagamentos na cidade. Não gosto do Michel Temer, mas não posso responsabilizá-lo pelos 14 milhões de desempregados no País. E assim seguimos.

Voltando ao estatuto, ficou previsto que, em até 12 meses (há prazos a serem seguidos), duas comissões devem ser criadas para apresentar duas propostas de alteração no estatuto: uma que prevê a separação futebol – social e outra que permitiria a eleição direta, através do voto do sócio, do presidente.

Sobre voto direto, ninguém “ousou” formar qualquer comissão até agora. E tenho certeza que quando for feito, vai ser “nas coxas” (desculpe o termo chulo) . Afinal, os conselheiros dizem que 40% do quadro associativo não é são-paulino. Porém, há conselheiros que também não são são-paulinos. Todos sabem disso. Infelizmente não posso citar os nomes por ser algo subjetivo e, no final, palavras ficarão contra palavras e não chegaremos a lugar algum. Mas eu mesmo propus algumas travas que evitaria sócios não são-paulinos de votar para presidente. Portanto, seria uma questão de bom senso. O único problema é que isso, me parece, estar em falta na política do Tricolor. É mais ou mesmo assim: não vamos mudar nosso status.

Quanto à separação futebol – social, defendi que houvesse uma separação financeira. O que os sócios pagam ficaria para o clube. O que o futebol recebe, seja de patrocínio, de bilheteria, de venda de jogadores, fica para o time. Mas, nesse campo, uma porcentagem da renda dos jogos viria para o Social, afinal, o estádio do Morumbi é patrimônio do clube, não do futebol.

O que me assusta é a ideia que está surgindo. Os responsáveis por esse projeto serão o conselheiro José Francisco Manssur e o sócio Rodrigo Rocha Monteiro de Castro. Ambos escreveram o livro “Futebol, Mercado e Estado” e “Sociedade Anônima do Futebol”, de ótimas ideias, mas plenamente aplicável na Europa, impensável, ainda, no Brasil.

A ideia de criar uma S.A. para o futebol, onde ações seriam colocadas na Bolsa de Valores de São Paulo, os sócios seriam representados pelo Conselho Deliberativo, que teria uma parcela das ações, mas não teria poder de decisão, pois seria o sócio minoritário, me assusta muito. Como seria composto este conselho executivo que administraria a S.A.? Quem poderia ser o presidente? E os demais conselheiros?

Estaria aberto o caminho para Abílio Diniz presidir o São Paulo, já que Leco – e cito seu nome por ser o atual presidente – seria apenas o principal mandatário do clube social. Então Abílio Diniz, o empresário que sempre quis opinar, mas nunca investiu um centavo para ajudar o clube, seja no pagamento de suas dívidas, seja na contratação de jogador, finalmente atingiria seu objetivo para ganhar dinheiro do São Paulo. Sim, porque numa S.A. seria uma blasfêmia imaginar que seu presidente não seria remunerado.

Mas, imaginemos que Abílio Diniz, reconhecidamente são-paulino, abra mão de tal função e não queira participar. Quem poderia ser o presidente? Talvez Andres Sanches, aquele mesmo. Afinal, basta ele comprar um lote imensurável de ações e se tornar o maior acionista. Ou algum sheik árabe, endinheirado, e que viria aqui brincar de mandar num time de futebol.

O que mais me deixa perplexo é ver alguns nomes da oposição defendendo esse quadro. Os que mais gritam contra o que chamam de “desfaçatez” com o novo estatuto, estão prontos para avalizar esse assalto ao São Paulo. E não se empenham em brigar pelo voto direto do sócio patrimonial – e por que não do sócio torcedor -, para presidente do São Paulo. Esses mesmos oposicionistas que deram unanimidade para aprovar o estatuto e me garantiram, em várias conversas, que fariam essa mudança no momento oportuno.

Então vão me perguntar: mas por que você está criticando a oposição, se é a situação quem está dominando? Porque nesse campo, da situação não espero absolutamente nada. O ideal é que as coisas continuem como estão.

Encerrando, que fique muito claro: somos contra a criação da S.A. O São Paulo tem que ser um só. Qualquer coisa que for feita em termos de separação tem que garantir que a presidência será única e que o Conselho Deliberativo, por pior que seja, é o representante legítimo dos sócios, deve ser a voz de quem compõe o quadro associativo e tem que ser do São Paulo Futebol Clube a decisão final em qualquer conselho executivo que venha a ser criado.

Essa é a nossa posição!

A derrota para o Atlético e as contratações anunciadas

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, em primeiro lugar, antes de começar minha análise sobre a partida desta quarta-feira e as contratações, deixo claro que não sou nem nunca fui dono da verdade, minha vida foi pautada pela democracia e debate, mas sempre em alto nível. Raramente respondo a comentários nas Notas dos jogadores ou no meu editorial, pois se já coloquei minha opinião, cabe aos leitores debaterem, concordando ou não. Mas, se me sinto ofendido, me dou o direito de responder. Só por isso postei algumas respostas ontem após o jogo.

Dito isso, mantenho minha posição de que o time pode ser criticado por tudo, por não ter um padrão tático, não ter jogadas ensaiadas, ter jogadores ruins no elenco, mas não falou vontade e empenho neste jogo contra o Atlético-PR. Perdemos o jogo por dois erros consecutivos de Militão – que tem todo o crédito do mundo -, logo a três minutos de partida, e não conseguimos furar o ferrolho armado por Eduardo Batista.

Quando elogiei Rogério Ceni foi porque ele escalou o que, aparentemente, tinha de melhor para este jogo e percebeu que Cícero continua sendo um zero a esquerda. No intervalo postei nas redes sociais que, fosse eu o técnico, voltaria com Denilson no lugar de Cícero. Foi o que ele fez.

O time cresceu, virou jogo de ataque contra defesa, mas o São Paulo não conseguia penetrar. Faltava a criatividade de Cueva, que está crescendo de produção, é verdade, mas ainda está longe de apresentar o futebol de antes de sua contusão.

Rogerio abriu mais e colocou o ineficiente Wellington Nem no lugar de Militão. Os temidos contra-ataques não vieram. Com Nem e Denilson abertos, Marcinho e Junior Tavares chegando em todos os ataques, Cueva ganhou liberdade para flutuar em campo e armar o jogo. Mas, reconheço, exageramos nos cruzamentos e entendo que isso só aconteceu porque a retranca atleticana estava muito forte. E aqui culpo Rogério Ceni de não ter um esquema alternativo, que possa furar retrancas. Uma jogada ensaiada, passagens de laterais, sei lá. O técnico é ele, não eu. Ele é quem tem que pensar e criar isso.

Por fim, achei o resultado injusto sim. Longe de ter sido o futebol dos sonhos, temos que reconhecer que o São Paulo fez um bom segundo tempo e poderia ter saído de Curitiba com uma vitória. Talvez falte treinar um pouco de finalizações.

Contratações

Petros: cairá muito bem nesse meio de campo do São Paulo. Chega para ser titular. Certamente no lugar de Cícero. Formará uma ótima dupla com Jucilei. É um jogador cascudo, impetuoso, que sabe carregar a bola e tem ótimo poder de marcação. Li um comentário aqui mesmo no site que “é mais um gambá no time”. Talvez fosse melhor não trazer o Petros e dispensar o Jucilei, para não termos “gambás” no time.

Arboleda: não conhecia esse jogador. Quando o São Paulo passou a cogitar sua contratação, passei a observá-lo. Puxei alguns jogos da Universidad Católica de Quito e da Seleção do Equador. É um zagueiro magro, alto, que tem o estilo de jogo semelhante ao de Mina, colombiano do Palmeiras. Será titular, sem a menor dúvida. Tem boa adaptação tanto no lado esquerdo quanto no direito.

Jonathan Gomez: tem o estilo Danilo de ser. Bom domínio de bola, bom passe e chutes fortes e certeiros de fora da área. Apesar de atuar mais pelo meio, na ligação meio de campo – ataque, sabe abrir pelos lados do campo para compor com os alas, quando o time está no ataque. Também tem bom preparo para recompor com rapidez quando perdemos a bola. Pode ser titular no lugar de Thiago Mendes e ajudar Cueva na armação do jogo, até porque com Jucilei e Petros como volantes, será desnecessária a presença de Thiago Mendes, a não ser que ele seja escalado como lateral direito.  Aliás, talvez uma boa pedida.

Matheus Jesus: não conheço. O máximo que sei é que era reserva na Ponte Preta e está afastado por mau comportamento.  Até onde apurei, é jogador do mesmo empresário de Petros. Veio de graça para, numa vitrine como o São Paulo, conseguir alguma valorização para ser vendido. Foi uma forma de facilitar a vinda de Petros, coisa, aliás, que sempre existiu no futebol. Juan Figger, no começo dos anos 2000, trouxe alguns jogadores muito bons para o São Paulo. Para tanto, Marcelo Portugal Gouveia foi obrigado a “engolir” um tal de Lugano, da mesma forma como o clube, agora, está tendo que aceitar Matheus Jesus.

Rogério se incomodou com o resultado. Eu estou incomodado com tudo!

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a cada dia que passa, cada jogo que passa, o incômodo dos verdadeiros torcedores do São Paulo cresce a o copo da paciência transborda. E agora, além de não conseguirmos ganhar fora de casa, estamos perdendo em casa. O time do Atlético-MG é bom? É. É favorito ao título? É. Mas estava desfalcado de vários titulares e na zona de rebaixamento. Esse tipo de time tem condição de vir e ganhar no Morumbi? Em tempos normais não teria. Mas hoje, tem sim senhor.

Rogério Ceni disse na coletiva que ele ficou incomodado, porque o São Paulo tinha o jogo nas mãos, administrado, e acabou perdendo. Se ele não sabe a razão disso, eu explico: ele, o técnico.

No intervalo do jogo postei nas redes sociais que o São Paulo estava dominando o jogo, mas estava perdendo, e que algo deveria ser feito. O time começou o jogo no mesmo formato das últimas partida, num 3-4-3, mas desta vez aprimorado, pois tinha Cueva em campo e o peruano, apesar de não ter sido fantástico, ao menos retomou parte de seu bom futebol. Mas Lucas Pratto, que disse que não comemoraria gol contra o Atlético-MG, parece ter se incomodado demais e perdeu gols que normalmente não perde.

Ma Rogério voltou para o segundo tempo com Thiago Mendes no lugar do ineficaz Wellington Nem. Marcinho sai da ala direita para jogar de ponta esquerda. E com 45 segundos ele marcou o gol, entrando em diagonal, recebendo linda assistência de Junior Tavares. A justiça começava a ser feita no placar.

O São Paulo era todo ataque. Uma blitz foi formada e as chances de gol foram sendo desperdiçadas. O Atlético só se defendia. Militão já jogava no meio de campo, pois não havia a quem marcar. Mas então Rogerio Ceni faz a bobagem: coloca Bruno, entendi, para atacar um pouco mais pelo lado direito, e tira Militão, deixando em campo Lucão, que sempre faz questão de aprontar alguma coisa. Então se torna desnecessário falar o que aconteceu.

Então eu estou incomodado com a derrota no Morumbi. Mais incomodado ainda porque nosso próximo jogo será contra outro Atlético, o do Paraná, em Curitiba, onde nunca conseguimos uma vitória. A participação certa no G6, que nos mantinha no grupo dos que vão à Libertadores se tivéssemos ganho, com a derrota nos colocou próximos ao Z4 e uma nova derrota na quarta-feira – quase certa – poderá nos colocar ali.

Vejo que a diretoria está se movimentando, negociando daqui, conversando dali, mas de concreto, até agora, nada. Já tive – e dei  – informação sobre Petros, Mancuello, Diogo Polenta, Arboleda, Jonatan Gomez, Aderlan Santos (muito prazer), mas de fato, o que vai muito rápido são as vendas dos jogadores. Assim foi com David Neres, Lyanco, Luiz Araújo. E o time foi sendo desmontado e hoje está pior do que era, algo praticamente impossível.

Vi que alguns leitores criticaram todos esses nomes. Muito mas por não conhecê-los do que por terem informações e serem sabedores da condição técnica de cada um. Eu procuro me informar e quando não tenho qualquer referência, me reservo a esperar para ver e depois dar minha opinião. A não ser em casos como daquele zagueiro do Santos, o Kleber, que seria uma aberração, então gritei aqui e, para nossa felicidade, a negociação foi encerrada.

A essa altura do campeonato não estou querendo se vão pagar muito dinheiro pelo Petros ou não, se o Mancuello é caro, não me interessa. Quero ver em campo um time de brio, ganhador, que sinta vergonha quando perde dentro de sua própria casa.

Quanto a Rogério Ceni, tenho eterno respeito e admiração pelo goleiro e ídolo que foi. Mas como técnico, ao menos até agora, tem sido uma enorme decepção. Não consigo ver uma jogada ensaiada, mudanças táticas durante o jogo. E ele tem tido o que todos os treinadores querem: tempo para treinar. Sou contra a troca de treinador no meio da temporada, mas entendo que já passou da hora de Vinicius Pinotti, e o próprio Leco, chamarem Rogério Ceni para conversar e darem um ultimato nele. É hora de entender o que está acontecendo. Antes que seja tarde.

Num jogo onde o nível técnico foi soterrado, um ponto deve ser comemorado

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, nunca pensei que um dia fosse comemorar um ponto conquistado da Ilha do Retiro contra esse arremedo de time que é o Sport Recife. Antes temido, sempre levou certo favoritismo por jogar em casa. Mas no momento, sem seu principal jogador – Diego Souza – o time é horrível. E nós conseguimos ser assim, iguaizinhos. Por isso, para quem vinha de três derrotas fora de casa – Cruzeiro, Ponte Preta e Corinthians -, esse empate ficou de bom tamanho e considero um ponto ganho na tabela, ao invés de dois pontos perdidos.

Confesso que fiquei muito empolgado com a escalação de Rogério Ceni. Nesta terça-feira, no Jornal Tricolornaweb, cheguei a antecipar que entendia, pelas entrelinhas das entrevistas, que essa seria a escalação. Aliás, seria óbvia que a fosse, também, no domingo, contra o Corionthians.

O time até começou bem, temos que reconhecer. Criou algumas chances, mesmo sem ter chutado em gol. Mas o time conseguiu dominar o jogo, isso até os 20 minutos. Aí o Sport equilibrou e até melhorou. O São Paulo só voltou a crescer no final do primeiro tempo, quando teve uma chance incrível desperdiçada por Pratto. Entendam: Pratto não perdeu aquele gol, quase fez sentado, caído, mas pelo local onde passou a bola, é de se lamentar.

Nossos problemas continuavam sendo os mesmos: na ausência de Cueva, Thomas foi escalado para ser o armador, mas não conseguiu armar uma única jogada; Wellington Nem, quem deveria puxar com velocidade uma das pontas, perdia todas as bolas; Cícero, de quem se espera alguma coisa, seja marcando, seja atacando, não fez nem uma coisa, nem outra.

Rogerio esperou começar o segundo tempo e mudou o esquema tático. Colocou Wesley no lugar de Thomaz, adiantou Militão, colocou Marcinho na frente, pelo lado esquerdo, e trouxe Nem para o meio, como armador. Aí a coisa piorou. Nem continuou perdendo todos os lances, Marcinho, pouco acionado, quando o era também errava e o ataque do São Paulo não existia. Para piorar, começamos a correr alguns riscos, fazendo com que Renan se destacasse com algumas defesas importantes. A situação só não foi pior porque nós temos Jucilei. E esse jogador é um monstro. Ganhou todas, parou tudo, joga por todos.

Não vamos brigar pelo título, isso é líquido e certo. Mas acredito, sim, numa briga pela Libertadores. Já será um degrau alto demais para este elenco que temos.

A derrota em Itaquera pode ser atribuída a Ceni e à zaga

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, pela milésima vez o São Paulo perde do Corinthians em Itaquera unicamente por falhas individuais. Todos estão carecas de saber que o Corinthians joga na falha do adversário, com toques certeiros e rápidos, contra-ataques fulminantes. E o São Paulo, que teria entrado com a missão de deixar a bola com o adversário para contra-atacar foi, primaria e inocentemente, atraído para o campo do oponente e, com menos de dez minutos, já estávamos perdendo o jogo.

Quando vi a publiquei a escalação, vendo o time que Rogério colocou em campo, finalizei o texto dizendo: espero que dê certo. Não deu. Mas qualquer um ali já sabia que não daria. Entrar com um time que tem o trio de zaga formado por Lucão, Maicon e Douglas; jogar sem um jogador de criação; colocar dois centro-avantes na frente. De longe já se via que não daria.

Por isso atribuo a Rogério Ceni responsabilidade direta pela derrota. Uma zaga excessivamente lenta contra um ataque excessivamente veloz. Ele tinha, pela lógica, que ter repetido o time que começou contra o Vitória, apenas trocando Maicosuel, que não jogaria mesmo, por Thomas. Lucão e Maicon deveriam jogar com Militão enfiado por ali. O meio com Bruno, Jucilei, Cícero e Junior Tavares. Era o óbvio, mas nosso treinador não gosta de obviedades. Prefere invencionices. Lucão falhou no primeiro gol, pois cabia a ele o combate a Romero; Maicon errou grotescamente no meio de campo, dando o contra-ataque para o Corinthians; e falhou novamente no terceiro gol, mas foi “ajudado” por Douglas que, lento, cometeu o pênalti.

Verdade que o time melhorou no segundo tempo. A entrada de Bruno no lugar de Lucão trouxe o time um pouco mais para cima do Corinthians. Também depois, com a entrada de Wellington Nem no lugar de Cícero, o time equilibrou a partida. Prova maior que se Rogério Ceni não tivesse feito a bobagem da escalação inicial, poderíamos ter outra sorte no jogo.

Porém, chamo a atenção para um detalhe: no banco tínhamos três goleiros. Por que motivo? Não temos jogadores nem para compor o banco. A maioria está no departamento médico. E tenho que ouvir o Zé Mario Campeis falar que está tudo bem, o preparo físico do elenco está supimpa. Oras, vá contar história para outro.

E os senhores, da diretoria? Refiro-me, diretamente, a Pinotti e Leco: vamos trabalhar sério e começar a contratar para ontem? Mas contratar jogadores que venham para ser titulares e em condição física. Não adianta trazer Maicosuel com dor no púbis, Denilson, que ninguém conhece. Nós estamos agonizando. Perdemos mais um clássico e permanecemos sendo motivo de chacota. Os senhores ficam em suas salas, com ar condicionado, vivendo exclusivamente num ambiente são-paulino, não percebem o que nós, torcedores, passamos em nosso meio, seja familiar, seja profissional.

O São Paulo está virando um time pequeno. Já é, sem dúvida alguma, a quarta força do Estado. O clube continua vendendo jogadores que ainda nos davam esperança de conseguir alguma coisa, e na reposição trazem jogadores que, quando muito, disputarão lugar no banco. Onde é que vocês querem nos levar?

Chega. Paciência tem limite. E o meu estourou.

Jogo contra o Vitória mostrou que teremos fortes emoções ao longo do ano

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o ano será de muitas emoções. Estou praticamente convencido de que ficaremos muito longe da situação trágica do ano passado, quando ficamos fazendo contas para nos livrar da zona de rebaixamento. Mas nada me faz crer – e espero estar errado – que brigaremos pelo título. Quando muito, pela Libertadores.

É evidente que esse quadro que estou traçando pode mudar daqui a dois meses, quando se fechar a janela de transferências de jogadores para a Europa. Não dá para saber quem ainda vai e as peças que estão chegando de substituição, por enquanto, não me trazem nenhum suspiro de emoção, pois pelo histórico apresentado, são piores do que os que estão saindo.

O jogo contra o Vitória nesta quinta-feira, no Morumbi, mostrou exatamente isso. Quem estava em campo era o que tínhamos de melhor. Faltavam Cueva e Rodrigo Caio. Mas, salvo algum engano, é esse time que vai jogar contra o Corinthians em Itaquera, no domingo. Preocupante.

Rogerio começou com o esquema tático que deu certo contra o Palmeiras. Mas Lucão, desta vez, foi Lucão. No final do jogo tentou de todas as formas dar um gol para o Vitória. Só que o São Paulo tinha Renan Ribeiro, pois ele fez, num desses erros, duas defesas gigantescas, caído, e ainda teve Militão salvando em cima da risca. Na outra bobagem Jucilei salvou.

O São Paulo sentiu falta de alguém para armar o jogo. Com a quadra de meio de campo formada por Bruno, Jucilei, Cícero e Junior Tavares, deixando na frente Marcinho, Pratto e Maicosuel, faltava aquele que pudesse voltar para receber a bola e municiar o ataque. Então dependíamos do Junior Tavares sair correndo por um lado, o Bruno pelo outro, para tentar jogar a bola na área.

Só tivemos algumas chances porque temos Pratto. Ele sai da área, ele chuta para o gol, ele cabeceia, ela dá passes, ele desarma, ele briga pela bola, ele é completo.

Com a entrada de Thomas no segundo tempo, no lugar de Maicosuel, a situação melhorou. Por incrível que pareça ele entrou bem e começamos a ter a ligação do meio para o ataque. Mesmo que o primeiro gol não tenha saído em jogada sua, foi numa briga de Marcinho pela direita, cuja bola acabou sobrando para Pratto, mas Thomas estava na entrada da área, como meia, para receber a bola e bater no gol.

Aí começamos a tomar sufoco, sustos, com Lucão fazendo das suas, Bruno também fazendo bobagens pelo outro lado e, é fato, corremos muitos riscos. Mas que tem Pratto, tem tudo. E ele marcou um golaço, encerrando a partida.

Então acho que vai ser assim até o final do ano. O remédio é ganhar todos os jogos no Morumbi e ir tentando beliscar um empate aqui, outro ali, quando jogarmos fora de casa. Domingo, por exemplo, um empate terá gosto de vitória.

Pior que a derrota, é o amadorismo de alguns setores do São Paulo

O São Paulo perdeu, de novo, em Campinas, para a Ponte Preta. É um tabu difícil de ser quebrado. Mas naquela velha história, foi fora de casa, vá lá. Mas pior que a derrota é o amadorismo que ronda nosso clube.

O preparo físico continua deprimente. O time simplesmente desaparece no segundo tempo. Você torce muito para que tudo se resolva no primeiro tempo, para que na etapa final o time possa jogar fechadinho, sem grandes combates ou correrias, porque se for assim a gente dança. E dançamos. Pior: ninguém faz qualquer menção de trocar os preparadores físicos. A situação é patente: o time não aguenta correr 90 minutos, o Reffis está lotado de jogadores, e continuamos batendo palmas com as orelhas. E o principal detalhe, que afunda ainda mais essa preparação física: estamos jogando apenas uma vez por semana. Se estivéssemos em dois torneios – ou três como alguns times grandes – a coisa iria ser pior ainda.

Agora, para coroar o que chamo de amadorismo, Cueva é impedido de jogar pelo uso de um spray que contém uma substância que se considera doping. No momento que recebi a informação, chequei com outras pessoas e, mais uma vez, minha fonte estava certa. Publiquei na coluna “Alguém me disse” a informação, confirmada pelos demais sites apenas depois que a escalação do São Paulo foi confirmada.

A princípio imaginei que o atleta, inadvertidamente, teria usado o medicamento e, por precaução, o clube o tirado do jogo. Mas deixava o alerta: se houve conhecimento prévio do Departamento Médico, era amadorismo total. E foi pior: não só havia conhecimento, como o spray foi receitado por um dos médicos da equipe. O próprio dr. José Sanches assumiu a responsabilidade. Vejam abaixo o que ele disse:

– A responsabilidade é nossa, do departamento médico. Não vamos entrar em detalhes, não tem sentido. Não tem de haver caça às bruxas. O produto tem indicações, é um bom produto, mas não muito usado no nosso meio. É um spray que contém uma substância que a chance era muito pequena de dar problema. Mas, quando você fala em doping, não pode ter chance nenhuma. A repercussão para a pessoa (jogador) e a instituição é muito grave. Preferimos passar por tudo isso, esse constrangimento. Foi um deslize que tem de ser atribuído ao departamento. Já passamos para a diretoria e não gostou. O atleta foi gentil de entender o equívoco ocorrido.

É preciso, sim, saber quem foi o médico. Ou se o nome não for divulgado, pela conhecida “ética médica”, a diretoria tem obrigação de intervir e punir. Por mais que Cueva não estivesse em sua melhor forma, melhor com ele do que com Thomas, que mais uma vez entrou e se escondeu no jogo.

Aliás, por falar em jogo, o time até que fez um bom primeiro tempo. O esquema tático funcionou, apesar das poucas chances criadas, mas o São Paulo dominou a partida. Marcinho ganhava quase todas as jogadas pelo seu lado, enquanto Luíz Araújo, nas poucas bolas que lhe eram dadas, também levava vantagem.

Mas, como eu disse acima, se não resolvemos o jogo no primeiro tempo, sobra o segundo onde o cansaço bate e o ritmo cai. Numa dessas tomamos o gol, exatamente pelo setor onde Junior Tavares deveria estar, só que ele não teve fôlego para recompor e deixou o buraco. Aí ficava impossível uma reação.

Por mais que o São Paulo tenha tentado algo, com Bruno entrando no lugar de Lucão para forçar mais o ataque pelo lado direito, com Gilberto somando-se a Pratto lá na frente, não oferecemos perigo e os jogadores da Ponte sempre chegavam na frente dos atletas do São Paulo em qualquer dividida.

A derrota não é daquelas irrecuperáveis, mas intercepta uma série boa que o time estava conseguindo e, por isso, levantando o moral do elenco.

Agora é esperar o Vitória, quinta-feira, no Morumbi. Espero que os jogadores estejam descansados.