Quando você pensa que vai…volta!

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o inacreditável, o que parecia impossível aconteceu: o São Paulo perdeu do Coritiba dentro do Morumbi, com quase 54 mil pessoas presentes, no novo recorde de público. A festa estava pronta, a torcida recebeu o time com fogos, bandeiras, colorido e muita, mas muita animação. Parecia jogo de Libertadores. E poderia ser. Ganhasse do Coritiba, o que seria o óbvio, o São Paulo pularia para a 11ª colocação do Campeonato Brasileiro e ficaria apenas seis pontos atrás do sexto colocado, com uma partida relativamente fácil pela frente e um turno inteiro a ser jogado.

Ninguém em são consciência acreditaria que o time tivesse qualquer dificuldade para vencer o jogo desta quinta-feira. Depois da virada e vitória épica contra o Botafogo, surgia um divisor de águas e o time mostraria que realmente é bom e que a presença no Z4 era circunstancial. Mas não. Parece que essa presença é real e vamos brigar até o fim para ficarmos, pelo menos, em 16º lugar.

Vamos analisar o primeiro tempo. O Coritiba chegou perto do gol do São Paulo apenas em bolas paradas. O São Paulo por sua vez, perdeu, no mínimo, quatro chances claras de gol: uma com Marcinho, nos primeiros minutos de jogo; outra com Cueva, um absurdo de gol perdido; uma com Rodrigo Caio, de cabeça; e outra com Pratto. Sem contar as muitas jogadas que sobraram para Marcinho pelo lado direito e ele acabou perdendo; ou em contra-ataques, onde a bola chegava em Cueva, e ele perdia. O domínio foi absoluto e, em condições normais, não fosse a ruindade excessiva nas finalizações, poderíamos virar o jogo, sem exagero nenhum, ganhando por 3 a 0.

Veio o segundo tempo e o nervosismo começou a bater. Os passes que eram precisos no primeiro tempo começaram a encontrar defensores do Coritiba. Time posicionado atrás, mas não exageradamente retrancado, conseguia evitar que as tabelas fossem feitas, que infiltrações ocorressem, como aconteceram no primeiro tempo. Aí, num contra-ataque, Bruno faz pênalti em Rildo. No estádio, na minha posição, não tive clareza no lance. Pela TV, vendo depois o lance, continuei em dúvida. Mas não posso deixar de salientar a burrice extrema de Bruno, porque o árbitro estava marcando qualquer esbarrão. Logo, ele não tinha o direito de encostar em Rildo. Pênalti pela burrice e ruindade dele.

Se o São Paulo já não vinha sentindo quando sofria um gol, nesta noite sentiu. O time se desestabilizou e os passes começaram a sair todos errados. Dorival colocou Marcos Guilherme no lugar de Bruno e recuou Marcinho para a lateral. Mas foi num contra-ataque, que começou exatamente nas costas de Marcinho, que Rildo atravessou a bola e o Coritiba chegou ao segundo gol, com o atacante completamente livre de marcação.

Dorival então tirou Hernanes, que fazia uma péssima partida, e Jucilei, colocando Gomez e Denilson. O São Paulo foi para o abafa. Mas foram chuveirinhos e mais chuveirinhos na área tentando alguma coisa. Até que numa delas, num bate-rebate, Denilson marcou.

O São Paulo fez um bom primeiro tempo? Sim, fez. Mas não marcou. Fez um bom segundo tempo? Não. Mas, que tivesse feito, perdeu e não se pode perder no Morumbi, principalmente de um time que estava na zona de rebaixamento e com essa vitória nos passou. Mais do que isso: abriu três pontos.

Não joguei a toalha quanto a termos a possibilidade de brigarmos por uma vaga na Libertadores do próximo ano, mas tenho que ser realista que, no mínimo por mais seis rodadas, nossa briga será unica e exclusivamente para nos livrarmos do Z4. E ficar ciente que a lógica no futebol este ano está passando a milhões de léguas de distância do São Paulo.

O que vimos no Engenhão foi o São Paulo que queremos ver sempre

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, me parecia evidente que mais uma derrota neste sábado, para o Botafogo, seria traumática para nossa recuperação, pois o time jogou melhor desde o início de de novo a falta de sorte, ou má qualidade de alguns, nos deixaria continuar no Z4. Mas a vitória, com uma virada épica, veio e me deu certeza que estamos, sim, no caminho certo.

O São paulo foi superior sempre.  Cueva e Hernanes se alternando pelos lados, com Marcinho mudando de lado o tempo todo, deixavam a defesa do Botafogo sem saber a quem marcar. O gol saiu numa dessas inversões, apesar da jogada ter sido individual de Cueva.

Mas de novo voltamos a ter a desatenção defensiva e repetimos o que já houver acontecido contra o Atlético-GO, no Morumbi. Ali marcamos o primeiro gol e tomamos o empate três minutos depois. Marcamos o segundo e tomamos o empate, de novo, três minutos depois. Desta vez foi apenas um minuto de diferença. O time não tem nem tempo de sentir a vantagem, se posicionar para o novo momento do jogo, e já vem aquela ducha de água fria.

Diferente de outras vezes, o time não se abateu. Continuou melhor, tocando a bola, esperando o momento certo para um lançamento. Mas um chute de meia distância e uma falha grotesca de Renan colocou tudo a perder. Aí realmente fica difícil.

Veio o segundo tempo e o São Paulo melhor, chegando, pressionando. Dorival espera um pouco e coloca Wellington Nem e Marcos Guilherme , tirando Petros, que fazia uma má partida, e Marcinho. No primeiro lance, num passe de Hernanes, Nem cai na área e o árbitro dá pênalti. Cueva bate, erra, o Botafogo vai para o ataque e marca o terceiro gol.

Em outras oportunidades o time já teria mergulhado numa profunda depressão e sairia do Engenhão com uma goleada. Mas o time cresceu, foi para cima, começou a buscar alguma coisa, criar chances. Hernanes era um segundo volante muito adiantado, deixando Jucilei mais recuado. Até os zagueiros partiam para a frente.

Então Gilberto entrou no lugar de Pratto, o ataque ficou mais rápido e, em oito minutos o São Paulo virou o jogo, com o time demonstrando uma garra sensacional, vontade impressionante de vencer e, acima de tudo, com técnico e consciência.

Foi uma virada épica, com a marca do São Paulo. Que essa partida exuberante deste sábado sirva como divisor de águas e nos leve a outras vitórias. Temos total possibilidade de conseguir mais seis pontos nos dois últimos jogos deste primeiro turno: no Morumbi, contra o Coritiba e em Salvador, contra o Bahia. Com isso terminaremos o primeiro turno entre os dez primeiros colocados podendo colocar o segundo pensando em lutar por uma vaga na Libertadores, e deixando para trás esse negócio de sair do Z4, lugar que nunca foi nosso.

Parabéns, São Paulo! E obrigado por me dar um sábado à noite, quando as emoções fluem pelo ar, tão especial quanto o de hoje.

O time está evoluindo. Pelo menos em raça.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, foi uma noite de emoções múltiplas no Templo Soberano e Monárquico do Futebol. Primeiro foi receber Hernanes, o Profeta, e Marcos Guilherme, novos contratados, ao lado de uma faixa homenageando Waldir Peres, nosso eterno campeão. Depois a entrada do time, com os jogadores todos de cinza, em homenagem a Waldir. Mais ainda: antes do início da partida, quando se observava um minuto de silêncio, as mais de 51 mil pessoas que estavam no Morumbi aplaudiram incessantemente Waldir Peres. Essas 51 mim pessoas que apoiariam o time do começo ao fim da partida.

Posto isso, vou falar do jogo. Ah! Só mais uma coisa, ainda em relação à homenagem. Renan Ribeiro jogou todo de cinza, em homenagem a Waldir. Só que este cinza não tem absolutamente nada a ver com o que ele usava. Seu tom era bem claro, ao contrário do desta noite, muito escuro. Falha grotesca da Under Armour, que não serve nem para fazer um uniforme retrô para homenagear um grande ídolo. Salvo algum problema contratual que a impeça de produzir aquela cor, essa camisa não vai servir para nada em termos de lembrança de Waldir Peres.

Agora vamos ao jogo. No primeiro tempo o Grêmio engoliu o São Paulo. Mandou no jogo, fez o que quis, atacou quando quis, defendeu como louco, não deu dez centímetros de espaço nem tempo para que qualquer jogador do meio de campo pensasse. Foi um absurdo, poucas vezes vista contra o São Paulo dentro do Morumbi.

O gol do Grêmio nasceu de um contra-ataque, após Cueva dominar mal uma bola na entrada da área, perdê-la e nossa defesa foi pega toda aberta. Sinceramente, não imaginava como o São Paulo poderia fazer para empatar aquele jogo. Gomez e Cueva se alternavam entre a meia e a beirada do campo, mas não produziam nada. Jucilei errava passes e Bruno era um convite a tomarmos mais gols, tal a quantidade de erros que cometeu.

Dorival Jr, então, voltou para o segundo tempo com duas alterações: deixou Jucilei e Gomez no vestiário e trouxe Cícero e Lucas Fernandes para o jogo. Isso deixou o meio de campo mais leve, mais rápido e com mais lucidez nas jogadas, pois Lucas Fernandes, com muita movimentação, fez com que o São Paulo tivesse mais posse de bola e ficasse mais no ataque.

Mesmo assim foi o Grêmio quem ameaçou nosso gol. Renan Ribeiro fez duas defesas gigantescas, garantindo até aquele momento a derrota apenas por 1 a 0. Ao São Paulo faltava criar e, mais do que isso, alguém que chutasse ao gol. Faltava um drible, uma penetração. E isso ocorreu pela esquerda, quando Cueva serviu Edimar, que deu um drible desconcertante no lateral gremista, cruzou para Pratto que finalizou. Apesar do milagre cometido pelo goleiro do Grêmio, Lucas Fernandes estava lá e fez o gol no rebote.

O Grêmio voltou a crescer no jogo, buscar o ataque, mas sem criar mais perigo. E coube ao São Paulo a última emoção, quando Cueva deixa Gilberto na cara do gol, ele é derrubado e o juíz, muito perto do lance, não marca nada. Isso aos 47 minutos de jogo. Revoltante.

Valeu pela raça, força de vontade. Ainda falta técnica, padrão de jogo. Talvez isso comece a ser possível essa semana, pois o São Paulo só volta a campo no próximo sábado, contra o Botafogo. Quem sabe Dorival começa a dar um mínimo de padrão de jogo e nós possamos chegar no Engenhão e ganhar do Botafogo. Não seria nenhuma zebra se isso acontecesse. Vamos esperar para ver, mas é fato que o time está dando outro alento para a torcida.

 

Ufa! Ganhamos. E na atual situação, 1 a 0 é título!

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, ao que parece a sorte começou a virar um pouquinho. Não fosse isso não teríamos marcado um gol com um minuto e meio de jogo e a bola que Rodrigo Caio tirou em cima da linha, as 45 do segundo tempo, teria entrado. Por isso que na atual situação, ganhar de 1 a 0, no Morumbi, contra um time relativamente fraco, é conquista de título.

Algumas coisas muito positivas devem ser destacadas do jogo desta quarta-feira. A primeira delas  vontade dos jogadores. Correram o tempo todo, deram carrinho, dividiram, compensaram a falta de um esquema tático definido – até porque Dorival Jr ainda não teve tempo de arrumar o time – e a questão técnica com muita disposição.

Cueva começou a retomar seu bom futebol. Foi dele o passe para o gol de Pratto, fez algumas outras boas assistências, deu alguns arranques partindo para cima do marcador, com dribles desconcertantes. Não foi o meia que nos acostumamos a ver ano passado, mas já melhorou muito em relação às últimas partidas. Talvez o fato dele ter jogado como meia, ocupando várias faixas do campo, e não como um ponta, tenha sido responsável pelo crescimento de seu futebol.

Também gostei da entrada de Edmar. Perdemos os últimos jogos por falhas consecutivas de Junior Tavares. Edmar não é o lateral dos sonhos, é apenas regular, mas não corremos risco algum por ali. Mas temos que ter noção que ainda precisamos da contratação de outro lateral esquerdo – que pode ser Dodo, da Sampdoria – e de um lateral direito – que pode ser Marcos Rocha, do Atlético-MG. Até porque se joga Bruno, sentimos saudade de Buffarini. Se joga o argentinos, sentimos falta do Bruno. Foguete e Auro não estão no elenco. Além do mais, como se diz na gíria do futebol, eles nunca “viraram”.

A rodada do final de semana pode ser boa para nós. Além do mais, entraremos em campo contra o Grêmio já sabendo se a vitória nos tira do Z4. E vamos confiar porque, ao que parece, os ventos estão mudando de direção.

Mais uma derrota e continuamos afundando

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a sina continua e o São Paulo vai perdendo, perdendo, perdendo e se afundando, afundando, afundando. Antes da partida contra o Atlético-GO já estávamos numa situação que, nem se ganhássemos, sairíamos do Z4. Hoje entramos em campo num confronto direto, sabendo que se ganhássemos, sairíamos, sim, do Z4. Com a derrota voltamos a ter a certeza que, mesmo ganhando do Vasco na quarta-feira – e é vitória obrigatória – dificilmente sairemos do Z4.

E assim os jogos vão acontecendo, as rodadas vão se passando e nós começamos a patinar numa areia movediça, que se forma quando um time no estágio e que o  São Paulo se encontra pisa e não consegue mais sair dela.

Vamos analisar o jogo de hoje. O primeiro tempo foi equilibrado. Cheguei a postar em redes sociais, no intervalo do jogo, que estava sentindo que o São Paulo perderia a partida. Sim, porque equilibrou as ações mas não ameaçou o gol adversários. Em outras ocasiões também estávamos melhor e tomamos o gol, fazendo com que o time se desmanchasse por inteiro.

E não foi diferente. O segundo tempo do São Paulo foi patético. Jucilei, que nunca falha, cometeu uma falta boba que originou o primeiro gol. Contemos aí, também, com diversas falhas: de quem mandou Junior Tavares marcar o centro-avante na bola aérea, do próprio lateral que, para variar, perdeu, e de Renan, que poderia ter saído do gol.

Dorival começou a mudar o time. Tirou o ineficaz Wellington Nem e colocou Marcinho; na sequência tirou Cueva e Petros para colocar Lucas Fernandes e Denilson. Não resolveu nada. Mesmo com maior volume de jogo, o São Paulo não criava uma única jogada de perigo contra o gol adversário. A única alternativa ficava sendo a bola aérea e Pratto, desta vez, não conseguiu ganhar uma bola pelo alto. O Tricolor ficou presa fácil. Também, pudera. Querer contar com um jogador que era reserva do Avaí para resolver a partida, não dá.

O segundo gol foi pior ainda. Junior Tavares tenta sair jogando, perde, como sempre, o cara chuta de fora da área e Renan aceita.  Mas aí já estávamos no final da partida e não havia mais tempo para se tentar mudar alguma coisa.

Não vou entrar em desespero e achar que tudo está irremediavelmente perdido porque ainda temos um turno inteiro pela frente e parte deste primeiro turno. Mas a reação não pode tardar a vir, porque chega uma hora em que a distância aumenta da nossa posição para quem está fora do Z4. Hoje já são praticamente duas rodadas necessárias para sairmos, contando com duas vitórias. Ou seja: temos que resolver logo, urgentemente, essa situação.

 

A vitória era obrigatória, mas…

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, estou ficando de saco cheio deste tal de “mas”. A cada derrota do São Paulo, ou empate contra o lanterna, dentro do Morumbi, o tal de “mas” aparece.

Na era Rogério Ceni, o São Paulo perdia, “mas” tinha maior posse de bola, domínio do jogo e outras coisas mais. Quando os números foram deixados de lado, continuamos perdendo, “mas” foi um erro individual que não pode pesar sobre o time. Estamos na zona de rebaixamento, “mas” existem times bem piores que o nosso.

Nesse empate contra o ‘poderoso’ Atlético-GO, ‘por acaso’ lanterna do campeonato, o São Paulo teve muita disposição, correu muito, lutou até o fim, “mas” não conseguiu o resultado que queria.

Só quero lembrar que Corinthians, Palmeiras, Vasco, Botafogo, Fluminense, Atlético-MG, Grêmio, Internacional – apenas para citar os chamados grandes – caíram sempre afirmando que a situação era ruim naquele momento, “mas” que iria melhorar. E nós somos testemunhas vivas dessa história.

Culpar Dorival Jr pelo empate desta quinta-feira? Não dá. O cara acabou de chegar. Mas imagino que nos vídeos que ele tenha assistido, e nas informações que recebeu, deve ter tomado conhecimento do que representa Wellington Nem. Sei que o cara jogou com ele no Fluminense e ele depositou confiança. Mas, de novo, ficou claro que não é jogador para o São Paulo.

Cueva teve participação no primeiro gol, na cobrança de falta, mas deu o gol de empate para o Atlético. Junior Tavares é outro que chegou bem, começou em altíssimo nível e caiu assustadoramente de produção. Tem sido responsável direto por gols que temos sofrido, como o segundo de ontem, por exemplo. Na defesa marca sempre à distância; no ataque nunca chega à linha de fundo. E quando chega, chuta para a área, ao invés de cruzar. E em geral, erra. Buffarini, sem comentários. É um Junior Tavares piorado.

Alguns viram falha em Renan no primeiro gol. Eu estava no estádio e não senti isso. Não sei como ficará nossa defesa. Arboleda me parece ser muito bom zagueiro e Rodrigo Caio deve ir embora – se o Zenit pagar a multa -. Não sei o que esperar dessa Aderllan. No meio de campo, temos uma ótima dupla de volantes – Jucilei e Petros – mas precisamos dar tempo para ver o que poderemos esperar de Gomez e um Cueva completamente ausente em campo. Temos um bom centro-avante, mas não temos atacantes pelo lado de qualidade. Afinal, vendemos Luiz Araujo e David Neres e trouxemos Marcinho e Denilson. Ah! o Marcinho marcou um golaço. Verdade. Agora ele fica dez partidas sem jogar nada.

Mas, e vem outro mas, as coisas vão melhorar. O Pratto falou que terminaremos o turno em décimo-segundo lugar. Se o capitão falou, vou acreditar. Mas, e de novo o “mas”, estamos na zona de rebaixamento e não vejo possibilidade de sairmos dela na próxima rodada. Só se Deus ajudar, “mas” ele não joga. Então…

 

Saí de um cargo que nunca ocupei

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, há dois meses havia informado aqui que assumiria o cargo de diretor de  Comunicação do clube social do São Paulo, nada tendo a ver com o futebol. Mas sempre deixei claro que minha postura de total independência, algo que sempre pautei neste site, permaneceria ilesa.

De fato eu nunca assumi essa diretoria. Apenas me propus a ajudar o diretor Social Carlos Belmonte, amigo que fiz há 25 anos e com quem trabalhei junto por mais de 20 anos na Jovem Pan, de excelente caráter, idoneidade e um são-paulino de coração acima de tudo. Um nome indicado por Leco, acima de qualquer suspeita, que sucedeu Carlos Sadi, então vice-presidente Social e de Esportes Amadores, não menos respeitado, ético e são-paulino, que fez excelente gestão à frente do clube.

Mas, como dizia, nunca assumi essa diretoria. Apenas alinhavei o norte para o departamento de comunicação e sequer tive meu nome colocado na lista de diretores ou peguei a tal carteirinha, pela qual muitos se matam dentro do clube, e que para mim não faz a menor diferença. Ou melhor, faz sim: não a quero. Meu foco é ajudar o São  Paulo, não ter a ajuda do São Paulo.

O episódio, no entanto, acabou se transformando num fato errôneo, pois entre conselheiros e candidatos a tal correu a versão de que eu era diretor. Eu, por minha vez, deixei seguir para ver onde chegaria. Todas as vezes que alguém me perguntava eu confirmava. Aí pude ver quem são as pessoas que gravitam em torno do poder no clube. De pessoa respeitada e, modéstia à parte, querida por muitos, passei a ser odiado e ridicularizado através das redes sociais e dos grupos de WhatsApp dos conselheiros. Confesso, me diverti muito com essa situação, até porque esses sujeitos, que assim agiram, acabam sendo desmascarados com o tempo.

Nunca deixei de fazer críticas às diversas esferas políticas do clube – recentemente falei que Roberto Natel estaria trabalhando nos bastidores para inviabilizar a gestão Leco – e fui exorcizado por parte da diretoria. Acreditem: fui levado ao Conselho Administrativo pelo vice-presidente, que pedia minha demissão. Lá ele teve os votos de Silvio Médici, Julio Canegero e Eduardo Mesquita Pimenta. Me defendendo votaram Leco, Julio Casares, Adilson Martins, Saulo de Castro e Raí. Percebam: será que não há divisão? Mas me demitir do que, se eu nunca fui?

Por outro lado, ao defender algumas posições de Leco fui hostilizado pelos conselheiros de oposição. O mais interessante é que esses seres falam pelas costas, pelas redes de WhatsApp e quando descobrem que tive acesso, criticam quem por ventura tenha me passado as informações. Ou seja: não assumem a covardia. E usam as páginas do Tricolornaweb, com pseudônimos, para atingir nossa credibilidade. Uma tal “Samira” falou um monte de bobagens. Pelo seu IP localizei seu endereço. Mandei um recado marcando um encontro com ela no bairro do Paraíso, na rua em que “ela” trabalha. Respondeu???? Não.

Quando publiquei a matéria afirmando que a Under Armour estava atrasada com seus pagamentos para o São Paulo, fui taxado de estar fazendo o jogo do presidente do clube, que queria mudar o fornecedor de material e estava me usando para isso. Pois o site da revista Época publicou a matéria no dia seguinte, quando, inclusive, a Under Armour quitou sua dívida. São, realmente, ridículos.

Alguns leitores chegaram a colocar em dúvida a credibilidade do Tricolornaweb, outros entenderam que deveriam dar o devido tempo para ver se eu vetaria algum comentário crítico à diretoria. Nunca, repito, nunca vetei qualquer comentário, nem deixei de externar minha posição.

A colaboração espontânea, pensando apenas no São Paulo, que vinha dando, não poderá mais ser dada. Estou em vias de concluir uma negociação que venho travando há dois meses com dois portais que querem fazer do Tricolornaweb sua página de notícias do São Paulo. Apenas estou pesando qual caminho será mais viável financeiramente para o Tricolornaweb. Aliás, sobre isso, quando ocorrer o acordo, comunicarei a vocês, apesar de já deixar claro que nada, repito, NADA vai mudar do que é hoje. A linha editorial continuará a mesma e eu continuarei sendo o responsável por tudo. É apenas uma mudança de hospedagem e um ganho de amplitude na visibilidade do nosso site.

Mas, apesar de gratificante, foi por demais dolorosa essa experiência. Conheci o perfil e o caráter de muitas pessoas que hoje estão no poder – a favor ou contra -. Estou coletando muitas coisas que fiquei sabendo, de ambos os lados do muro, mas que carecem de alguns documentos para que eu possa mostrar publicamente quem é quem no Conselho Deliberativo e na diretoria do São Paulo. Certamente o farei com o passar do tempo.

Se eu criticar o presidente aqui, é porque é merecedor. Se eu elogiar, é porque o fez por merecer. Tudo isso sempre de acordo com a minha visão, admitindo, logicamente, o contraditório. Entretanto, acreditem: ruim com Leco, muito, mas muito pior sem ele. É triste, mas é a realidade.

Estamos colecionando derrotas previsíveis e desaprendendo a ganhar

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, perdemos de novo. Mais uma derrota previsível. Assim como foi contra Flamengo, Crueiro, Atlético-PR. E vamos nos acostumando com isso, desaprendendo a ganhar.

Rogério Ceni foi embora, segunda-feira passada, Dorival Jr. contratado. Mas não se apresentou por problemas particulares. Coincidência ou não, pegará o time com uma sequência de Atlético-GO, no Morumbi, Chapecoense fora, Vasco e Grêmio no Morumbi, depois Botafogo fora, Coritiba no Morumbi e Bahia fora. Convenhamos que temos obrigação de ganhar 17 pontos nessa sequência, que é muito mais tranquila do que tivemos até agora.

O que me preocupa, no entanto, não é o risco de rebaixamento, pois me recuso a admitir pensar nessa hipótese, pois estamos apenas na décima-segunda rodada do Campeonato Brasileiro, e se estamos em penúltimo lugar, também é verdade que estamos a apenas seis pontos do sexto colocado, ou seja, duas vitórias e, claro, duas derrotas de quem está ali na frente. O que me preocupa é a falta de poder de reação e a sucessão de fatalidades que nos tem feito perder as partidas. Falta confiança no time, que está se abatendo muito facilmente com o revés.

Vejamos o jogo deste domingo, contra o Santos. O time vinha bem, teve algumas oportunidades, principalmente em contra-ataques, Arboleda fazia uma partida perfeita, Renan tinha feito duas boas defesas, tudo estava encaixado, jogo equilibrado. Aí, 45 minutos, um chute fraco, Renan falha e sofremos o gol. Mas é bom lembrar que isso só ocorreu porque o chute veio do bico da grande área e Junior Tavares, que estava ali, apenas olhou tudo acontecer, não deu combate, como, aliás, nunca dá. Portanto a falha começa em Junior Tavares e termina em Renan.

Isso aniquilou psicologicamente o time. Foi nítido que a volta para o segundo tempo foi de um time derrotado, já ciente que nada poderia ser feito. Aí mais um erro de Junior Tavares, que perde a bola no meio de campo, dá o contra-ataque para o Santos, vai tentar recuperar a bola toma no meio das pernas, e não há o que fazer. Logo em seguida foi a vez de Buffarini tomar uma bola por entre as pernas e sai o terceiro gol.

A sucessão de azar e de fatalidades continuava. Pênalti para o São Paulo e Pratto chuta na trave. Não dá nem para crucificá-lo, apesar de ser inadmissível isso, porque como alguém alguma vez já disse: “até Pelé já perdeu pênalti”. Então tá.

Mas por incrível que pareça o time mostrou uma reação. Chegou aos 3 a 2, mas era demais para jogadores derrotados, entregues à própria sorte.

Ficou muito claro que a deficiência técnica se prende a vendas de David Neres e Luis Araujo e compras de Marcinho e Denilson para esses setores. A diferença é de milhões de léguas e nós estamos pagando o preço. Optamos por um time mais econômico, tipo assim, deixe-me ver, São Bernardo e Avaí. Então nossa opção fica sendo a centralização, onde o funil é maior e dificilmente alguma coisa acontece. O pênalti até foi assim por luta pessoal de Pratto. Mas esquema tático continua inexistindo no São Paulo.

A surpresa positiva ficou por conta da estreia de Arboleda. Quando surgiu a notícia da negociação com esse jogador, puxei alguns vídeos para ver seu desempenho. Liguei para um colega de imprensa no Equador e busquei informações. Foram todas muito positivas. E acho que essa foi uma dentro. Aliás, longe aqui de eu querer defender a diretoria, que merece, sim, todas as críticas, mas quando acerta também temos que reconhecer. E esse zagueiro, pelo que demonstrou, vai ser xerife da nossa zaga em pouco tempo, e com muita competência.

E assim seguimos, esperando o dia da retomada. Que seja nesta segunda-feira, com o início do trabalho de Dorival Jr e reflita na quinta, com uma vitória previsível, necessária e obrigatória.

Bem vindo, Dorival Jr!

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, Dorival Jr não é o técnico dos meus sonhos. Aliás, acho que não é dos sonhos de nenhum são-paulino. Mas era o que tinha para o momento.

Se formos ver os treinadores que estão no desvio, a situação é aterrorizante. Por aí estão Cristóvão Borges, Antonio Carlos Zago, Marcelo Oliveira, Celso Roth e mais alguns que conseguem ser ainda mais inexpressivos, para não dizer horríveis.

Confesso que fiquei muito assustado quando alguns fakes começaram a chegar para mim na segunda-feira, tão logo noticiamos a demissão de Rogério Ceni. Um do Globo Esporte afirmando que Cristóvão Borges tinha sido contratado; outro do Twitter do Sport Recife, dando conta da rescisão contratual de Wanderley Luxemburgo, para assumir o São Paulo.

Mano Menezes era um nome cobiçado pela diretoria, mas nenhuma conversa evoluiu porque o Cruzeiro sinalizou que não teria nem início qualquer negociação. Então Dorival Jr, que era tido como um dos nomes preferidos pela diretorial atual já há algum tempo, acabou sendo contratado.

De bom Dorival tem o trato com os jovens, com a base. Fez muito bem isso no Santos e certamente o fará no São Paulo. Tem estilo ofensivo, gosta de futebol tecnicamente bem jogado, e eu também gosto muito desse estilo de jogo. De ruim a restrição a estrangeiros. E o São Paulo, hoje, é uma legião de estrangeiros. Não sei como ele vai administrar essa situação.

Acredito, sim, que ele vai tirar o time da situação em que se encontra. Não penso em título. Sequer estou pensando em Libertadores nesse momento. O pensamento é outro e todos sabem que assim deve ser.

Enfim, os resta torcer, porque só os pobres de espírito, ou “são-paulinos de araque”, conseguem torcer pelo “quanto pior, melhor”. Eu não. Eu quero ver meu time voltando a ser o que sempre foi, independente de quem esteja no seu comando. O São Paulo é muito maior do que todos nós juntos.

Saída de Rogério Ceni não soluciona os problemas, mas diminui.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a segunda-feira ficou marcada pela demissão do técnico Rogério Ceni. Tenho claro para mim que isso não solucionará os problemas do São Paulo. Outro técnico que chegar, seja ele quem for, não vai resolver de um dia para o outro e transformar o São Paulo num claro candidato ao título. Mas é claro que deverá nos tirar dessa situação humilhante em que nos encontramos.

Fui muito cobrado por alguns leitores por não pedir a demissão de Rogério. Nenhum planejamento dá certo se mudamos de treinador a cada dor de barriga, pois cada troca de técnico é um reinício de trabalho. E estamos no meio da temporada.

O grande erro esteve lá na origem, quando Rogério assumiu o time. Jogada política, até onde fiquei sabendo, dos dois lados, pois ele poderia ser trunfo eleitoral de Leco ou de Pimenta. Mas também é fato que Rogério Ceni, pela arrogância que lhe é peculiar, não aceitaria começar pela base, em Cotia. Então o São Paulo acabou servindo de cobaia para que ele pusesse em prática seus conhecimentos, parcos é verdade, de treinador.

É preciso não desmanchar a imagem do M1TO. Por isso, o jogador tem que ficar bem separado do técnico. Tenho certeza absoluta que, pela afinidade e lealdade que Ceni sempre teve com o São Paulo, em três ou quatro anos, se ele se aprimorar nos estudos e treinar alguns times menores, estará apto a voltar para ficar, quem sabe, para sempre.

A falta de experiência fez com que Rogério errasse muito e acabasse se perdendo. Começou voando, com o time marcando gols atrás de gols, mas também sofrendo muito lá atrás. Foi criticado por muitos, até pelo presidente Leco, e acabou revendo seus conceitos. Talvez esse tenha sido o seu maior erro – claro, só menor que assumir o comando do São Paulo -. Todos admiravam o futebol que o time estava apresentando, a torcida vibrava, gritava. Mas depois, com medo de não sei o que, Rogério mudou e passou para a defesa. Aí deixamos de tomar os três gols que tomávamos, mas também deixamos de fazer. E, consequentemente, de ganhar.

Pelas informações que tenho, o novo técnico deverá ser Dorival Jr. Houve uma especulação sobre Mano Menezes, mas le não vem, pois o Cruzeiro não liberou. Dorival é quase certeza. Aguardemos.

Por fim, só posso desejar muito boa sorte a Rogério, que ele aprenda com a lição e se aprimore, para um dia voltar. Enquanto isso, nós voltamos a planejar o ano.