Rádio Tricolornaweb Musical entra nos anos 70, auge da ditadura.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a Rádio Tricolornaweb Musical entra, a partir desta quarta-feira, nos anos 70. Como todos tem acompanhado, estamos fazendo uma retrospectiva histórica da música e dos fatos que marcaram o último ano do século XIX, todo o século XX e o século XXI.

Nossa série histórica começou em 1900. Deste, que foi o último ano do século XIX fizemos um programa único até 1914, com a música mais executada em cada ano. Repetimos a estratégia de 1915 a 1929 e de 1930 a 1944. Entre 1945 e 1949 apresentamos as três músicas mais executadas em cada ano. A partir de 1950, temos apresentado uma retrospectiva do que de mas importante aconteceu no Brasil e no mundo e as 15 músicas mais executadas ano a ano.

Preciso deixar claro que não é uma invenção minha ou opção pelo meu gosto a sequência de músicas que estamos mostrando. O Hit Parade é fruto de uma intensa pesquisa que fiz em vários institutos, nacionais e internacionais, com historiadores musicais, estudiosos no assunto, e nessa somatória, consegui encontrar as 15 músicas mais ouvidas, mais tocadas no rádio a cada ano. Não quer dizer, necessariamente, as mais vendidas. Repito: são as mais executadas.

Os ouvintes estão percebendo que tento dar caráter real nos programas. Me localizo no último dia do ano e faço a retrospectiva do que de mais importante aconteceu. No Hit Parade tento lembrar os programas antigos, quando isso ainda existia no rádio.

Naturalmente, para viver com realidade o momento, não poderia deixar de citar a ditadura e o que aconteceu dentro das redações. Chegamos ao ano de 1970, que vai ao ar hoje, que talvez tenha sido o mais horrendo que tivemos durante o Regime Militar, com o general Emílio Garrastazu Médici aparecendo de radinho de pilha no Maracanã, torcendo para o Brasil, Os Incríveis com “Eu te amo meu Brasil, eu te amo”, os “90 milhões em ação, prá frente Brasil, do meu coração”, o “Brasil, Ame-o ou deixe-o”.

Senti na pele a ditadura, pois no final dos anos 70, começo dos anos 80, já frequentava redações. Nunca fui militante de nada, nem de esquerda, nem de direita. Mas sofri com a censura. Trabalhei com um sensor ao meu lado me dizendo que palavras poderia utilizar, que notícias poderia dar.

Fui mal interpretado por um leitor, o sr. Antonio Tricolor, que criticou duramente a forma com que tenho tratado a ditadura militar, nos programas do Hit Parade. Pedi desculpas a ele e peço a todos os leitores, mas, repito, estou tentando dar uma roupagem de realidade nos programas, como se estivéssemos, mesmo, vivendo aquele dia, aquela semana, aquele ano.

Sei que muita gente está baixando esses programas e gravando-os em pen drive. Seria muito desonesto de minha parte tentar marcar essas gravações com incursões ideológicas. Não faz parte da minha ética esse tipo de jornalismo.

Portanto, espero que vocês continuem nos prestigiando. A Rádio Tricolornaweb veio para ficar. Mas para isso preciso de vocês.

Vitória fundamental, mas a torcida deu outro show

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, não existe mais risco de rebaixamento. Por mais que a “nota de corte”, segundo alguns matemáticos, seja 47 pontos, para mim o Z4 virou passado, são favas contadas. A vitória sobre o Atlético-GO deixou claro que o time está em franca recuperação e que já pode começar, efetivamente, a ter como meta a classificação para a Libertadores.

Por mais que o técnico Dorival Jr e os jogadores, principalmente Hernanes, ainda não admitam isso – e é muito bom que assim seja – nós, torcedores, já podemos fazer cálculos e vislumbrar esse prêmio, num ano que parecia perdido, que o rebaixamento parecia premente, mas que hoje está afastado e novos ares estão nos nossos pulmões.

A torcida, mais uma vez, foi um show a parte. De acordo com cálculos, mais de 70% dos torcedores presentes ao Serra Dourada eram são-paulinos. Ou seja: mais uma vez mostramos que somos a grande torcida do futebol brasileiro neste momento.

Essa massa torcedora fez com que o time jogasse como se estivesse no Morumbi. Por mais que nos primeiros cinco minutos a bola tivesse ficado mais com os goianos, o São Paulo passou a equilibrar o jogo e dominar a partida. As chances começaram a ser criadas. Os gols começaram a ser desperdiçados, mas num contra-ataque, numa linda arrancada de Cueva, a bola vai a Petros e vê Pratto livre, lança o centro-avante dentro da área que faz a assistência para  gol de peito de Hernanes, lembrando Raí no Mundial contra o Barcelona.

Até o final do primeiro tempo foi domínio absoluto, administrando o resultado, criando novas oportunidades, mostrando que ali não era o Morumbi, mas estava muito próximo disso.

No segundo tempo, sem ter outra opção, o Atlético se lançou mais ao ataque. O São Paulo recuou. Até os 20 minutos, enquanto Cueva esteve em campo, ainda arriscou alguns contra-ataques. Mas depois, com as entrada de Shaylon, essa opção desapareceu e o jeito foi marcar. E muito. Cobrir a entrada da área, reforçar a marcação nas laterais e na saída de meio de campo e, quando recuperava a bola, tentar fazer o tempo passar.

Claro que isso custou alguns calmantes para nós, torcedores, mas a defesa se comportou muito bem e a dupla de volantes, à frente da zaga, foi gigantesca.

Ganhamos, e não poderia haver outro resultado. Agora temos que ganhar, também, da Chapecoense na quinta-feira, para chegarmos domingo que vem, em São Januário, num confronto direto com o Vasco pelo oitavo lugar. Isso se não houver tropeço nos próximos dois jogos do time carioca. E o caminho para a Libertadores estará sendo pavimentado.

Portanto, não foi um espetáculo digno de uma valsa de Strauss, mas o time foi científico e, com isso, trouxe três pontos fundamentais para casa.

Vitória maiúscula de um time que sabe o que pode fazer

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, a vitória do São Paulo no clássico do Pacaembu neste sábado, sobre o Santos, mostrou um time maduro, que sabe o que quer o o quanto pode fazer. Em cinco minutos matou o jogo e, mesmo tomando um gol ainda no primeiro tempo, não se abalou, manteve a serenidade e a seriedade na disputa das bolas.

O time esteve ligado numa tomada 220 volts o tempo todo. Ganhou todas as divididas, a marcação antecipou todas as bolas e, jogando no campo adversário, não permitiu que o Santos levasse perigo ao gol de Sidão. Tanto que nos 90 minutos o único chute que o Santos deu a gol foi o que entrou, aliás, indefensável para Sidão.

Sempre achei que a dupla de volantes do São Paulo deveria ser Jucilei e Petros. Só que não da maneira que Dorival tentou implantar com Jucilei mais adiantado e Petros na cabeça de área. O time ficava lento e facilitava a vida do adversário.

No jogo contra o Flamengo, pelo fato de Maicosuel não poder jogar, Jucilei ganhou a posição que era de Lucas Fernandes. Já naquele jogo foi um gigante. E neste sábado novamente. Desarmou quase todas as jogadas de ataque do Santos, cadenciou o jogo quando era necessário, aprimorou a saída de bola e deu mais consistência ao meio de campo.

Mas o grande nome do jogo foi Hernanes. Com muito mais liberdade para chegar ao ataque, ele foi o armador do time. Nem por isso abandonou a marcação, dando sempre o primeiro combate. Jogando numa dupla função, de volante de saída e meia, deixou Cueva livre para flutuar no campo entre a esquerda e a direita. E o peruano foi bem, correspondendo ao que se espera dele.

A zaga, com a proteção de Jucilei e Petros, ficou mais forte e correu menos riscos. Jogando na sobra, ficou fácil para Arboleda e Rodrigo Caio jogarem na sobra. E nada passou por ali.

Por mais que o gol do Santos tenha sido uma falha de posicionamento de Petros, pois deveria estar ali na cabeça de área, não dá para criticar nosso volante, pois há 14 partidas está pendurado e não toma o terceiro cartão amarelo. Continua jogando duro marcando em cima, mas de forma absolutamente legal.

Jogando o futebol que jogaram nestas duas partidas, podemos dizer que Jucilei, Petros, Hernanes e Cueva foram um meio de campo para ninguém botar defeito.

Eu me empolguei sim. Apesar de jogarmos em casa, ganhamos de Flamengo e Santos, com vitórias maiúsculas. Ainda não vislumbro nada de ótimo para nós. Estou baseado em Hernanes e Petros, que disseram que a meta é chegar aos 47 pontos. Depois de pensa em alguma coisa. Mas já começo a achar que, a partir deste momento, só  uma grande tragédia para nos devolver ao Z4.

Reunião do Conselho para apurar relação Pinotti – Cimerman não pode virar teatro

O Conselho Deliberativo do São Paulo convocou para o dia 31 de outubro a reunião extraordinária para apurar a relação do diretor executivo de Futebol, Vinicius Pinotti, com o ex-gerente de Marketing, Alan Cimerman. O pedido foi protocolado por integrantes da oposição após o surgimento de documentos que comprovavam que o dirigente pagou mesadas no valor de R$ 9.100,00 entre abril de 2016 e fevereiro de 2017 a Cimerman. Os documentos foram obtidos e publicados pelo Uol.

Alan Cimerman é suspeito de comandar um esquema de venda irregular de ingressos e camarotes nos shows do U2 e Bruno Mars, que estão sendo realizados no Morumbi neste mês e em novembro, caso que vem sendo investigado pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais. O atual diretor de Comunicação e Marketing do São Paulo, Marcio Aith, calcula que cerca de R$ 2 milhões foram desviados.

Essa será a segunda reunião extraordinária a ser realizada este ano. A primeira foi por conta da demissão de Rogério Ceni e teve a presença de Leco, o presidente do clube. De acordo com o estatuto do clube, o presidente do Conselho, Marcelo Pupo, tinha até 30 dias para convocar a reunião. Para tanto, era necessário que o documento entregue no dia 10 deste mês tivesse ao menos 50 assinaturas de conselheiros. Foram obtidas 55 assinaturas. No entanto, de acordo como estatuto, por não ser conselheiro, Pinotti não é obrigado a comparecer.

Já me posicionei sobre o fato aqui e no Jornal Tricolornaweb. Esses pagamentos foram feitos por Vinicius Pinotti para Alan Cimerman como forma de suprir os descontos que ele teve ao ser contratado para exercer a função de gerente de Marketing pelo regime de CLT, já que a promessa era de que ele faria um contrato de pessoa jurídica. Isso foi vetado pelo então vice-presidente de Comunicação e Marketing, José Francisco Manssur.

Os pagamentos, pelos recibos que eu tive acesso, foram feitos diretamente por Pinotti à empresa de Alan. Isso não remete a crime algum, pois Pinotti faz com o dinheiro dele o que bem entender. Se quiser sair voando de helicóptero e jogando para baixo, é problema dele.

O que precisa ser investigado é a mentira, pois Pinotti disse ter sido um empréstimo para pagamento de despesas com tratamento de saúde do pai de Alan, enquanto o ex-gerente disse que seria por serviços de marketing prestados por ele a Pinotti.

À época salientei – e mantenho essa posição – que, por existirem duas versões, poderiam ser uma verdadeira e uma mentirosa, ou duas mentirosas. Nunca duas verdadeiras. O que se viu é que ambas foram mentirosas. E, repito, é exatamente isso que tem que ser investigado. Além do mais, que razão faria Vinicius Pinotti ter tanta ligação com Alan Cimerman, se sua reputação no mercado já não era das melhores?

São explicações que precisam ser dadas e que os conselheiros cobrem, não repitam cenas de aplaudir em pé, enquanto continuam torpedeando pelas redes de WhatsApp. Essa reunião tem que ser para valer, não pode virar mais um teatro, pois o São Paulo já está cheio de comédias trágicas, não precisando de mais alguma.

 

São Paulo se mostrou adulto e maduro contra o Flamengo

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo conseguiu uma grande vitória contra o Flamengo neste domingo, no Pacaembu. Fez um primeiro tempo espetacular, sabendo que tinha pela frente um time muito técnico e forte. Soube equilibrar o jogo e passar a ter domínio da partida. Só não consigo explicação para a mudança radical de postura de quarta-feira para este domingo, pois contra o Fluminense foi uma apatia crônica. Hoje todos elétricos e ligados no jogo.

Dorival Junior escalou Jucilei no lugar de Lucas Fernandes. Ele atuou como primeiro volante, posição em que se destacou muito desde que chegou ao São Paulo, enquanto Petros tinha um pouco mais de liberdade para avançar.

O que vimos foi um Jucilei gigante, ganhando todas as bolas, desarmando todos os ataques do Flamengo e Petros complementando essa marcação. Com isso Hernanes ficou mais liberado para ir ao ataque e revezou com Cueva a armação de jogadas. O gol de Pratto saiu quando o São Paulo já merecia marcar. Alguns reclamaram que foi com a mão. Garanto que depois do jogo, vendo pela TV o lance, não fiquei com essa impressão. Além do mais, ainda que tivesse batido no braço dele, foi chutada por um zagueiro do Flamengo.

No segundo gol ficou claro que há uma jogada ensaiada nos treinos, algo que não via há muito tempo no São Paulo. Sidão já havia feito esse tipo de lançamento buscando Pratto no círculo central, com o argentino desviando a bola de cabeça para alguém que corria pelo lado, e com Edimar, que da mesma forma cabeceava buscando Marcos Guilherme. Na primeira que fez pela direita, iniciou um golaço, porque foi muito rápido. Lançamento de Sidão, cabeçada de Militão, avanço de Cueva e cruzamento certeiro para Hernanes. Foi fulminante.

Domínio total do jogo. Eu dizia nas redes sociais, no intervalo da partida, que o time estava jogando tão bem que se melhorasse iria estragar. Torcia muito para Dorival não fazer nada de errado, pois os 2 a 0 poderiam ser ilusórios, como aliás todas as vitórias parciais tem sido este ano.

O time voltou igual, apesar de Cueva ter reclamado de contusão. Mas ficou em campo. O Flamengo cresceu, foi para cima. A entrada de Diego foi fundamental para o time passar a sufocar o São Paulo. Mas quando os cariocas furavam o bloqueio de Jucilei e Petros, encontravam a dupla de zaga, Arboleda e Rodrigo Caio, muito inspirados e seguros.

Em certo momento, já esperando que Dorival tirasse Cueva e colocasse Lucas Fernandes, comentei com amigos que o São Paulo estava administrando tanto a partida, com tanta certeza do que estava fazendo, que estava dando até medo.

Sidão foi chamado a intervir de forma quase milagrosa duas vezes, já no final da partida. Mas isso não apaga o que o time fez. Se não repetiu o primeiro tempo no segundo, ao menos teve maturidade para segurar o resultado e conquistar os três pontos, que nos deixaram quatro pontos a frente do Vitória, primeiro time dentro do Z4, e tendo entre nós e os baianos, o Avaí e o Sport.

Temos que continuar com os pés no chão, nos preparando para o clássico de sábado, contra o Santos, conscientes de que precisamos como nunca da vitória. Teoricamente, dos oito jogos que faltam para terminar o Brasileiro, precisamos de mais três vitórias para nos livrarmos matematicamente de qualquer risco. Só depois disso vamos pensar se a Sul-Americana é possível, ou mesmo a Libertadores. Por enquanto, nossa luta continua contra o Z4.

Outra derrota: está tudo completamente errado

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, aos poucos as figuras, a quem cabe a responsabilidade de gerir as coisas do São Paulo, estão nos jogando na vala dos comuns, no mais profundo precipício, cuja entrada muitas vezes pode ser irreversível.

A derrota para o Fluminense no Maracanã não ocorreu apenas dentro de campo. Na realidade ela foi reflexo de tudo o que ocorre nos bastidores do São Paulo. Tenho tentado ao máximo de afastar dos temas políticos, até porque fiz parte do movimento vitorioso do Resgate Tricolor, que tinha por objetivo trazer Muricy Ramalho de volta e abraçar o time, como toda a coletividade são-paulina, digo, aqueles que realmente amam o São Paulo, decidirão por fazer.

Chega um momento, no entanto, que os campos se confluem e não há mais como dissociar uma coisa da outra. Em campo, o time foi inoperante, frágil, ridículo. Fora dele, algumas pessoas exageraram no direito de serem inúteis e infelizes.

Não consegui entender até agora as substituições que Dorival Jr fez. Um leitor comentou no site que, ciente da derrota, poupou Cueva e Pratto para o jogo de domingo. Até me fez refletir sobre a tese. Mas depois, ouvindo a entrevista de Dorival, ele disse exatamente o contrário. Falou que tentou algo novo e não deu certo.

Mas como daria certo, cara pálida? Você tem um time limitadíssimo, que depende de jogadas individuais de atletas como Hernanes, Cueva e Pratto.  Aí você tira dois deles, deixa o time sem um atacante de meio de área e bom cabeceador, para tentar jogadas aéreas, e fica com dois – Marcos Guilherme e Thomas -, correndo de um lado para o outro, confundido a zaga adversária. Pratto não estava bem, é certo, mas não poderia sair. Cueva estava crescendo no jogo. Mas parece que o técnico não viu isso. Marcos Guilherme era figura nula, mas continuou em campo. Então concluo: ou eu não entendo absolutamente nada de futebol ou Dorival fez bobagens.

Outra coisa: que uniforme horrível. E isso culpo os conselheiros, em sua imensa maioria, que aprovaram esse terceiro uniforme. E não me venham falar que sou saudosista, conservador e outras coisas mais. A camisa é feia demais. Já tinha falado isso quando ela foi apresentada e no primeiro jogo em que foi utilizada.

Mas vamos lá: a camisa preta ainda vai. Faz parte de nossas cores. Só que com calão e meias grenás, parecia o arremedo do uniforme do Juventus. Aliás, o time da Moóca tem um uniforme muito bonito. Além do mais, não temos grená nas nossas cores. Não é possível querer o grená passar por vermelho. Só se for para daltônicos. Então “parabéns” aos conselheiros por ter descaracterizado o São Paulo. Talvez eu possa fazer uma leitura disso: é para que, se for rebaixado, haja um disfarce e não pareça ser o São Paulo.

Agora volto à política. Pelos números que recebi, 12 pessoas, entre conselheiros e diretores, foram para o Rio de Janeiro. É uma prática antiga, que vem de antes de Juvenal Juvêncio. Recebi diversas fotos que alguns tiraram em pontos turísticos do Rio de Janeiro. Aqui vi dois problemas: alguns conselheiros, em suas redes de WhatsApp – volto a dizer que tenho acesso ao que se fala nessas redes por cinco fontes diferentes – detonaram os que foram e o presidente Leco, que os mandou.

Não vou pegar pesado com Leco pois, como eu disse, isso é prática comum no São Paulo. É mais ou menos como a política nacional. Imputaram ao PT a organização da corrupção no Brasil. E eu sempre disse que não foi o PT quem criou a corrupção, pois quando Pedro Álvares Cabral chegou aqui em 1500, ele e os portugueses já corromperam os índios para “pegarem” as índias. O PT aprimorou e exagerou o ato de corromper. E deixo claro que ao fazer a comparação a faço por mera metáfora, pois em hipótese alguma posso associar corrupção à gestão de Leco.

O que não pode é conselheira, caso da Marcela Gatti, ficar fazendo check in em rede social, no Hotel Hilton Copacabana, com a frase: “vida muito difícil”. Sim, devia estar difícil mesmo, às custas do São Paulo. Desnecessária essa publicação. Mas deu abertura para que eu cobre diretamente todos, eu disse TODOS os conselheiros: quero ver se na próxima reunião alguém vai pedir para verificar as contas dessa viagem ou vão ficar como sacrossantos, aplaudindo de pé Vinicius Pinotti quando for falar sobre futebol e se resignando, como cordeiros, às ordens dos seus líderes.

Infelizmente, enquanto nós, torcedores e responsáveis por publicações – me incluo nos dois casos – tentamos blindar o time das questões políticas e abraçá-lo para sair de vez dessa situação que nos encontramos, muitos conselheiros do clube, que só pensam em si acima de tudo, continuam transformando num inferno a vida no São Paulo.

São Paulo mostrou maturidade e venceu com merecimento

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo venceu com méritos o Atlético-PR neste sábado à noite, no Pacaembu. Com muita movimentação no ataque e noite muito inspirada de Cueva, conseguiu uma virada e mostrou que teve maturidade suficiente para afastar aquele trauma de todo o campeonato, pois quando tomava um gol entrava em parafuso.

O primeiro tempo foi de domínio completo do São Paulo. O grande problema foi que o time não finalizou. Foi apenas um chute a gol durante todos os 45 minutos. Mas o Atlético ficou acuado e não esboçou um momento de reação.

Achei muito interessante a troca constante de posições entre Lucas Fernandes, Cueva e Marcos Guilherme. Petros ganhava todas as bolas no meio de campo e Lucas Pratto, um eterno brigador, vinha buscar a bola, se colocava para receber. Enfim, havia uma grande movimentação mas, repito, sem finalizações.

Lucas Fernandes não estava bem. Apesar desta movimentação que destaquei, ele não consegui concluir nem completar uma única jogada. Achava que Dorival Jr voltaria com Maicosuel no seu lugar. Mas muitas vezes fico irritado com a falta de substituições, mas, ao mesmo tempo, agradeço por Dorival não fazê-las, pois via de regra, acaba piorando o time.

O gol do Atlético foi surpreendente, porque o time não tinha dado um ataque até aquele momento, e contou com uma falha gritante de Sidão. É o tal negócio: foi herói contra o Sport e contra o Atlético-MG, mas nesta noite voltou a ser aquele que nós sabemos que não pode ser titular do time.

Com um a zero contra, Dorival mexeu. E desta vez acertou. Tirou o ineficiente e improdutivo Lucas Fernandes para colocar Maicosuel. O time cresceu muito, e com qualidade. Passou a criar, finalizar. Rapidamente em passe preciso de Cueva, gol de Pratto.

Depois, com a saída de Militão, a entrada de Araruna deu mais poder de ataque ao time. Foram várias chances. Verdade, que com chuveirinhos que às vezes irritam, pois beiram o desespero. Só que tínhamos Cueva muito inspirado. E mais um passe preciso, num contra-ataque, algo de extrema raridade neste time de Dorival, levou a marcação e deixou Maicosuel na cara do gol.

Repito: a maturidade chamou a atenção.  O time virou o jogo e não se abateu como em jogos anteriores. É certeza que ficaremos fora do Z4 pelo menos na próxima rodada. Mas uma vitória, quarta-feira, sobre o ameaçado Fluminense, praticamente nos deixaria fora disso até o final do campeonato.  Dá para conseguir.

A sina continua: mais uma derrota para a nossa conta

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo perdeu por 1 a 0 para o Atlético-Mg em Belo Horizonte, nesta quarta-feira, mas se tivesse sido de 3 ou 4 não seria demais. Foi um massacre. Não sei se Dorival quis colocar um time recuado, para explorar o contra-ataque, ou foi pego de surpresa pelo jogo muito ofensivo imposto por Osvaldo de Oliveira, mas é fato que o São Paulo passou o primeiro tempo inteirinho sem dar um único chute a gol.

O que mais me impressiona é que Dorival Junior tem tido prazos infindáveis para treinar o time e não consegue fazer algo produtivo. Foram 15 dias, depois três jogos e mais dez dias. E tudo continua como era. Um meio de campo ineficiente, defesa batendo cabeça e ataque inoperante.

E, convenhamos, o time titular – nem falo elenco – não é tão ruim assim. Tem jogadores em nível de Seleção. Também entendo que as ausências de Cueva e Arboleda foram fundamentais. Mas do outro lado, jogadores importantes também estavam ausentes. Além do mais, Dorival teve dez dias para montar o time com quem quisesse para o lugar dos dois. De pronto optou por Bruno Alves e no meio demorou para definir por Gomez. Mas nada deu certo.

Jonathan Gomez estava perdido no meio. Não marcava, não armava, não chutava. Petros ficava sobrecarregado, porque Lucas Fernandes não conseguia acompanhar as descidas de Marcos  Rocha e Marcos Guilherme foi engolido por Fabio Santos. Militão e Bruno Alves batiam cabeça, com Robinho destruindo a marcação dos dois.

Eu não consigo entender a razão de Dorival ter demorado tanto para mexer no time. E mexeu errado. Hernanes não vinha bem, é verdade, mas é um jogador imprescindível, que de repente faz uma jogada de craque e sai o gol. A entrada de Maicosuel deveria ter ocorrido já no intervalo, no lugar de Marcos Guilherme. E Jucilei deveria, também no intervalo, ter entrado no lugar de Gomez, para dar mais consistência à marcação, liberando Hernanes para chegar mais na frente. Mas ele não fez nada disso.

Sidão fez, no mínimo, três defesas gigantescas, impedindo, sim, a goleada. E poderíamos ter saído de BH com um empate, o que já seria uma grande conquista pelo que jogamos, não fosse o pênalti infantil, absolutamente ridículo, cometido por Bruno Alves.

Por isso que vimos é que tenho imposto aqui nos comentários os pés no chão. Entendo que, nesse ponto, Dorival também está certo. Não adianta fazer contas e imaginar que ganhando um jogo podemos chegar perto do oitavo lugar, sonhar com o G8 para a Libertadores e outros mais. Nossa briga até o final do campeonato será contra o Z4. Vitória no Pacaembu, no sábado, é obrigação. Até porque, a depender dos jogos de hoje, poderemos entrar em campo sábado no Z4, essa incômoda situação que nos acompanhou durante todo o Brasileiro.

Sai Z4, que esse corpo não lhe pertence. Mas foi um sufoco!

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, finalmente estamos fora do Z4. Esse corpo não pertence a esta colocação e, por mais que tenhamos feito por merecer, não é nem será nosso lugar. Foi uma partida sofrível contra o Sport, ganhamos por duas defesas milagrosas de Sidão no final da partida, mas na briga que estamos contra o rebaixamento, meio a zero no placar e dez milagres do goleiro fazem parte e é assim que vamos nos livrar.

Quando o São Paulo entrou em campo minha ansiedade estava a mil. Esperava um jogo tenso, afinal, era jogo de seis pontos para as duas equipes. Mas por ser no Morumbi, queria ver um time mordendo, sufocando o adversário em seu campo. Se fizemos isso contra o líder e virtual campeão brasileiro, por que não fazer contra um que está no mesmo patamar em que nos encontramos. O time escalado era o mesmo. Portanto, ao sufoco.

Realmente foi. Mas para nós. O time começou lento, parecia estar dormindo ou ter vindo de uma feijoada gigantesca no almoço. Comecei a pensar bobagens, do tipo “já vi esse filme”, e os jogos contra o Coritiba, Atlético-GO e Ponte Preta passaram em minha mente. Até bola no travessão teve, com um desvio milagroso de Sidão.

Quando a bola estava com o São Paulo, o time não sabia o que fazer com ela. A bola rolava entre Militão, Arboleda, Rodrigo Caio e Edimar. Às vezes Petros. E Sidão. E quando caía com o goleiro, era certeza de passes errados e contra-ataque do Sport. Juro que eu estava xingando o Sidão.

Depois que conseguiu equilibrar a partida, Cueva começou a aparecer com mais destaque e passou a criar jogadas. Marcos Guilherme teve uma grande oportunidade e perdeu.  Mesmo assim o gol surgiu de um lance fortuito. Bola cruzada para a área, o zagueiro cabeceia completamente errado, nos pés de Marcos Guilherme, que desta vez não desperdiçou a oportunidade e marcou o gol.

Ufa! Vamos respirar. E tentar o segundo. Mas o time preferiu segurar o jogo no meio de campo a tentar o segundo gol e abrir oportunidade para um contra-ataque adversário. Por incrível que pareça, foi o São Paulo quem teve uma oportunidade de contra-ataque no último minuto do primeiro tempo. Mas definitivamente esse time não é treinado para contra-atacar.

No segundo tempo a partida começou equilibrada. O Sport mais afoito, na busca do empate, e o São Paulo administrando o tempo. Só que, com a entrada de Osvaldo – sim, aquele mesmo – o Sport cresceu e passou a ameaçar o São Paulo. Dorival tirou Lucas Fernandes e Marcos Guilherme para colocar Marcinho e Gomez. Reforçou a marcação, tentou melhorar a saída de bola, mas continuamos tomando pressão. Tirou Cueva, cansado, e colocou Shaylon. Mas continuamos tomando sufoco.

E foram 15 minutos desesperadores. A qualquer momento poderíamos sofrer o gol de empate e certamente não teríamos forças para reagir. Aos 49 minutos, uma cabeçada e Sidão faz milagre. Aos 50 minutos, outra cabeçada e outro milagre. E Sidão garantiu a vitória, mas tenho certeza que muitos precisaram usar aquele remédio que colocamos debaixo da língua.

Será assim até o fim. Vamos sofrer muito. Se nada de diferente acontecer, esse será o pior ano de nossa história. Mas vamos continuar unidos pelo time. O importante é que ficaremos dez dias, esperando o próximo jogo, fora do Z4. E assim será até o fim, porque, como disse no início, esse corpo não lhe pertence.

Empate graças a arbitragem. Mas o time está crescendo.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo foi penalizado com um empate neste domingo, no Morumbi, por uma arbitragem absolutamente parcial, pois só errou para um lado: o do Corinthians. E com isso tirou os três pontos que nos deixariam em posição mais confortável no campeonato e seriam justos, pelo futebol apresentado, pois foi um verdadeiro massacre no líder do Brasileiro.

O primeiro tempo foi absoluto. Domínio total. Era como se o São Paulo fosse o líder do Brasileiro jogando contra o último colocando, tão acanhado estava o Corinthians, tão aceso e com volume de jogo estava o Tricolor. Bem armado, a defesa consistente, Petros gerenciando o meio de campo, fazendo a bola rolar de um lado para outro, Cueva, Lucas Fernandes e Marcos Guilherme fazendo trocas constantes de posição, Militão e Junior Tavares apoiando sempre na boa. Enfim: um forma bonita e eficiente de jogar. Tanto que o gol saiu naturalmente, sem sofrimento. Diga-se de passagem, um golaço de Petros.

Veio o segundo tempo e as coisas começaram a acontecer. Fato que o Corinthians voltou com o time mais avançado e o São Paulo passou a deixar a bola com o adversário para ter o conta-ataque. No primeiro, bola recuada para Cassio, que pega com as mãos. E o juiz nada marca. Revoltante.

Depois, numa saída de bola, Petros é pisado por Maicon, e o juiz finge que não vê. Seria expulsão. Revoltante.

Então tem um escanteio, bola na área, Cassio sai mal, se choca com Pratto que está parado, sendo empurrado por Balbuena, Militão, sozinho, marca o gol e o árbitro anula. Revoltante.

Aí num lance perdido, bola do São Paulo, Junior Tavares faz a proteção, mas acaba caindo, perde a bola e sai o gol. Todos juram que foi falta. Eu, sinceramente, achei que não foi. Mas o gol de empate saiu. Revoltante.

Dorival, que já vinha trocando jogadores pelo cansaço, tirando Lucas Fernandes e Cueva, colocando Denilson e Jucilei, se viu na obrigação de voltar a reforçar o ataque. Então colocou Maicosuel no lugar do cansado Marcos Guilherme.

O grande problema é que nossas substituições deram errado e as deles foram certas. Mas no momento que foram não vi erros e concordei com elas. Ele fechou os lados do campo. O erro foi deixar Jucilei adiantado, ao invés de adiantar Hernanes. Jucilei é lento e não sabe armar. Então perdemos esse foco no time.

De resto, apesar do placar absolutamente injusto, o qual dedico à arbitragem, o empate não foi uma tragédia. Dentro de nossa luta contra o rebaixamento, jogando contra o virtual campeão brasileiro, ganhamos um ponto. E assim será até o fim do campeonato, jogo a jogo, ponto a ponto. E fugiremos dessa situação, tenho certeza. Hoje o time demonstrou que tem condição de se superar.