Vitória suada que abafa uma crise

Amigo são-paulino, leitor do Tricolor na Web, o São Paulo venceu o Cruzeiro em Belo Horizonte e espantou um pouco a crise que vem vivendo. Mais do que espantou, abafou e trouxe um pouco de paz. Mas a vitória, que poderia ter sido mais fácil, tornou-se difícil pela deficiência que temos de elenco, pela defesa medíocre e por termos no banco uma pessoa que pode ser qualquer coisa, menos técnico de futebol.

O São Paulo começou sendo pressionado mas deixando claro que utilizaria os contra-ataques. E para isso precisava contra com Lucas. Mais do que isso, teve Lucas em tarde inspiradíssima e Douglas fazendo uma grande partida, deixando o lado direito do São Paulo fulminante.

A contramão estava na defesa, falhando grotescamente nas bolas pelo alto e dando sustos após sustos. Edson Silva consegue ser muito, mas muito pior do que Paulo Miranda e não pode jogar no São Paulo. Para jogar nesse sistema 3-5-2 entendo que o melhor seria Paulo Miranda, João Felipe e Rhodolfo.

O primeiro tempo teve um São Paulo comandando o jogo, evitando a pressão do Cruzeiro e um ataque muito forte, com Luis Fabiano, também, em grande jornada.

O segundo tempo começou da mesma forma. O São Paulo logo fez o terceiro gol, em grande passe de Maicon, rebote do goleiro e chute de Jadson, mas, em outra falha da defesa pelo alto, sofreu o segundo gol.

O Cruzeiro cresceu e o São Paulo passou a viver de contra-ataques, sempre puxados por Lucas e “estragados” por Luis Fabiano. Num deles Lucas sofre pênalti mas Luis Fabiano desperdiçou a cobrança.

Aí começaram as besteiras de Milton Cruz. Primeiro tirou Jadson, que ajudava a puxar contra-ataques e dar qualidade aos passes e colocar Cícero, que é aquilo que já sabemos; aí veio o pior: tirou Lucas, único jogador a prender três defensores do Cruzeiro lá atrás, e colocou Casemiro, que entrou com toda aquela moleza que conhecemos.

O resultado destes erros foi o Cruzeiro bombardeando a defesa do São Paulo e o ataque inexistindo.

Portanto, longe de soltarmos rojões, vamos respirar um pouco, mas admitir que precisamos de zagueiros, de volantes e de um técnico urgentemente.

Muda o técnico, mas não muda, nem mudará, o que deveria.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolor na Web, o São Paulo demitiu o técnico Émeson Leão nesta terça-feira e agora está a procura de um novo treinador. Muitos nomes começam a ser especulados. A depender da dica dada pelo presidente Juvenal Juvêncio, que será um técnico que trabalha no Brasil e está empregado, eliminamos diversas opções e ficamos com estas: Marcelo Oliveira, Falcão, Cuca e Vadão.

Estou acompanhando com muita atenção todo o debate que se fez em nosso site. Alguns nomes de uma relação que apresentei, na coluna “Opinião de São-paulino”, bem aceitos, outros odiados, enfim, não há um consenso sobre quem seria o nome ideal para assumir o comando técnico do Tricolor.

Mas todos concordam – e aqui há unanimidade – que a mudança deveria ocorrer no comando do clube. Juvenal Juvêncio e sua trupe deveriam pegar o boné e dar o lugar a gente jovem, gente com vontade de trabalhar em prol do São Paulo. Mas todos sabem, também, que isso não vai acontecer. O mandato de Juvenal Juvêncio se encerra em 2014 e ele não vai praticar o gesto nobre de renunciar. Então…

E pior: não vejo possibilidade de mudança radical em 2014. Muitos cobraram os sócios por esta situação que vivemos. Sou sócio do São Paulo, votei em várias eleições, e posso explicar o que digo. Nós, sócios, elegemos o conselheiro, que vai eleger o presidente. Ocorre que o Conselho Deliberativo do São Paulo é formado por 240 conselheiros, dos quais 2/3 (160) são vitalícios; dos 80 que serão eleitos em 2014, metade (40) será por antiguidade e os demais 40, efetivamente eleitos pelos sócios. Então, pergunto: como é que os sócios podem mudar a estrutura que comanda o clube? Lembrem-se que 70 por cento dos conselheiros vitalícios são aliados a Juvenal Juvêncio. Então…chance zero de mudar.

A única possibilidade de mudança no comando seria a oposição, completamente sem força, se aglutinar em torno de algum cardeal, que não seja alinhado a Juvenal, e esse cardeal conseguir apoio dos situacionistas. Um nome que se ventila no Morumbi é o de Fernando Casal de Rey, mas está difícil convencê-lo a assumir essa misão.

Deixando a política de lado, Juvenal Juvêncio tem que ser muito rápido na escolha e contratação do novo técnico, mas sem fazer outra besteira. Chega de experiências mal sucedidas como Baresi, Adilson Batista e Carpegiani, entre outros. O ano de 2012 está praticamente perdido, mas, dependendo da agilidade e da inteligência, ainda podemos salvar alguma coisa.

A torcida fará a sua parte apoiando, se a decisão for acertada e se os reforços vierem. Mas também usará seu papel de protestar se tudo continuar nesse teatro de horrores em que nos encontramos.

Muitos me ligaram e perguntaram se eu sabia quem seria o novo técnico. Conversei com vários conselheiros e os nomes aparecem aos montes. Mas o nome mais forte e fácil de ser contratado nesse instante, pelo que senti, é o de Levir Culpi. Posso estar enganado, mas ele deve ser a bola da vez. E que Deus nos proteja.

 

O outro lado dos fatos

Amigo são-paulino, leitor do Tricolor na Web, chegou a hora de mostrar o outro lado dos fatos. Há duas semanas meu nome foi enxovalhado no Conselho Deliberativo do São Paulo FC pelo presidente Juvenal Juvêncio.

Após as denúncias feitas em nosso site, sobre o esquema que se formou no CT de Cotia envolvendo, principalmente, um funcionário que gerencia o CT de nome Geraldo, e um empresário (ex-jogador) conhecido como Silva, a oposição (?) do São Paulo entrou com um pedido no Conselho para a criação de uma comissão para apurar as denúncias. O fato se espalhou em toda a imprensa e ganhou força, a ponto de ter sido convocada uma reunião do Conselho para o último dia 16 de junho, um sábado, para analisar o assunto.

E o que aconteceu? O requerimento, apresentado pelo conselheiro Tercio Molica, foi retirado pelo próprio autor, que aceitou a alegação dada pelo presidente do Conselho, José Carlos Ferreira Alves, que o assunto estava tramitando na esfera criminal, já que os dois citados entraram com um processo contra este editor.

Na sequência, o presidente Juvenal Juvêncio passou a desfilar uma série de inverdades, que se tornam calúnias, contra este site e este editor. Disse, entre outras coisas, colocando em dúvida meu carater, que fui inúmeras vezes à sua sala pedindo ajuda, pedindo patrocínio. MENTIRA! MENTIRA! MENTIRA!

Como não tenho voz no Conselho, afinal não sou (graças a Deus) conselheiro, só posso usar o Tricolor na Web para falar aos são-paulinos e, principalmente, aos sócios do São Paulo FC, pois como sócio (2.253) e jornalista (MTB 16.441), fui vilipendiado.

Sobre os processos, onde estão, cara pálida? Falaram, tripudiaram, riram, mas até agora, de fato, nenhuma ação foi protocolada na Justiça. Tenho aqui na Jovem Pan acesso online ao Tribunal de Justiça e até o momento em que estou escrevendo este editorial, 8h20 deste 26 de junho, nada consta. E saibam que para um jornalista, um dos troféus que se almeja conquistar é ser processado e poder provar na Justiça o que falou. Peço por favor: venham. Estou esperando de braços abertos, ansioso por esse grande momento. E garanto que não vou me ater a “fontes que podem ser preservadas”, como me garante a Lei de Imprensa, pois estas fontes querem falar. Ou seja: não são fontes ocultas.

Quanto ao presidente Juvenal Juvêncio, esclareço: não o conhecia pessoalmente, até a eleição de 2008 (sua reeleição). Fui apresentado a ele pelo diretor do DEA, Donizete Gonçalves, o Dedé, praticamente às vésperas da eleição para conselheiros.

Juvenal, então, me convidou para ir a sua sala tomar um café e para conversarmos, pois ele me conhecia de nome e tinha muita curiosidade de saber coisas do Tricolor na Web. Marcamos dia e hora e fui, acompanhado da minha sócia e esposa, Helo Cavalari, e tivemos uma conversa bastante amigável, onde ele quis saber tudo sobre nosso site.

Em determinado momento pegou o telefone e ligou para o secretário de Comunicação do governo do Estado, pedindo a ele que me recebesse para uma conversa. Agradeci e marquei esta reunião.

A partir daí TUDO, eu disse TUDO o que aconteceu foi em função das concorrências que participamos, do potencial que provamos do nosso site, com auditorias de acessos e planilha de custos, para conseguirmos figurar entre os veículos credenciados junto ao Palácio dos Bandeirantes aptos a receber propaganda oficial. E efetivamente recebemos, como fora no primeiro governo Alckimin, no governo Serra (que era o da vez), no atual governo Alckmin, no governo Lula e no governo Dilma, além de empresas privadas. Afinal, o Tricolor na Web conta hoje com mais de cinco milhões de acessos únicos por mês.

As demais visitas (duas ou três) que fiz a Juvenal fui na função de sócio, são-paulino, amigo(?) e jornalista. Sempre tive por ele respeito. Se fiz um pedido de patrocínio foi no sentido dele me indicar alguém para conversar no Habib´s. Mas ele nunca fez. Sabem por que? Porque sua filha é (ou era, na época) a gerente da House de Marketing do Habib´s. Curiosamente, pelo que me consta sua contratação tem algo a ver com a participação efetiva da empresa no clube e no estádio do Morumbi.

Fui enxovalhado no Conselho Deliberativo do São Paulo sem que alguém me defendesse. Afinal, quem é que vai levantar a voz para se contrapor a Juvenal Juvêncio, um presidente que hoje se transformou num ditador, um tirano?

Estou apresentando esta semana um requerimento ao presidente do Conselho Deliberativo do São Paulo, pedindo a ata da reunião. Recebi, de um conselheiro amigo (aqui não vou declinar seu nome) uma gravação com a fala de Juvenal (santo celular). Mas, naturalmente, isso não pode ser usado como prova em juízo. Como sócio e jornalista tenho o direito de ler a ata. E que ela seja fiel à reunião, para não piorar mais ainda a situação. Com a ata em mãos, verei com meus advogados que providências irei adotar.

Peço desculpas aos meus leitores por estes esclarecimentos, mas precisava fazê-los para zelar pelo nome do Tricolor na Web, um site que sempre foi, é e sempre continuará alheio a tendências políticas no clube, pelo de minha esposa, designer e administradora deste site, e meu, jornalista profissional há 30 anos, editor do Tricolor na Web e apresentador do Jornal da Manhã da Rede Jovem Pan Sat.

 

 

 

 

Um futebol medonho como uma noite fria

Amigo são-paulino, leitor do Tricolor na Web, o São Paulo voltou a perder, agora pelo Campeonato Brasileiro. Neste sábado mostrou um futebol medonho, deprimente, resultado de um time apático e visivelmente incomodado com o protesto contínuo e interminável da Torcida Tricolor Independente. A vitória da Portuguesa foi absolutamente justa.

O time do São Paulo foi um amontoado de jogadores dentro de campo, sem qualquer padrão tático. Lucas escondido na direita, como um ponta e Willian José no meio da área. O problema é que a bola não chegava até ele, porque o meio de campo do Tricolor não funciona. Denilson marca, Casemiro passeia em campo, Cícero não acerta um único passe e Jadson não é o meia dos nossos sonhos. Conclusão: não criamos nada.

Fui muito criticado quando postei aqui, na última quarta-feira, minha opinião que Leão não tinha tanta culpa pela nossa eliminação na Copa do Brasil. Vamos entender o que eu quis dizer: Leão não tem elenco e não pode fazer milagre. Mas é fato que até hoje ele não conseguiu dar um padrão de jogo para o São Paulo e já teve tempo suficiente para isso.

Quanto ao protesto da Torcida Tricolor Independente, vale aqui um senão: ela não representa a verdadeira torcida do São Paulo. Sei que pecisamos protetar, mas não é chamando Luis Fabiano de amarelão, ofendendo Lucas ou vaiando insistentemente outros jogadores durante o jogo que vamos contribuir para o time sair desse marasmo. Essa hora é de apoiar . Além do mais, os maiores culpados por estarmos nessa situação são nossos dirigentes. Então que a Independente vá ao Morumbi, se poste a frente da sala do presidente Juvenal Juvêncio e faça seu protesto, exigindo sua renúncia. Aí,  tenho certeza, ela estará representando os anseios de toda a torcida são-paulina.

Também não defendo a demissão de Leão. Não há técnico razoável desempregado no mercado e como essa diretoria tem a política de não gastar com técnico, teríamos que aguentar Milton Cruz ou Sergio Baresi. Então que Leão continue. Ele terá mais uma semana para tentar reerguer o ânimo desses jogadores porque o próximo jogo é terrível, contra o Cruzeiro, em Belo Horizonte. Vamos ver no que vai dar.

A quem devemos agradecer este momento?

Amigo são-paulino, leitor do Tricolor na Web, estamos passando, talvez, pelo pior momento dos últimos anos. E a pergunta que faço no título deste editorial é no sentido de tentar descobrir – parece difícil – quem é o responsável por esta situação.

Somos, sem dúvida alguma, a quarta força do Estado. Não vou nem falar em termos de Brasil. Vejam que o Santos é o atual campeão da Libertadores e, não bastasse, esse ano já faturou o Paulista; o Corinthians, aquele mesmo, da Marginal, é o atual campeão brasileiro e está na final da Libertadores; o Palmeiras, aquele mesmo lá da Turiassu, para muitos um time que deixou de ser grande, está na final da Copa do Brasil, com todas as chances de conquistá-la.

Recentemente alguns dos nossos internautas publicaram comentários dizendo que nós estamos virando o Palmeiras do Morumbi. Estão redondamente enganados. Estamos muito pior do que isso. Talvez a Portuguesa do Morumbi.

A quem devemos agradecer tanto empenho em nos dar esse status? Aos jogadores, tipo Paulo Miranda, Edson Silva, Fernandinho e outros mais? Ao técnico Emerson Leão. com suas constantes substituições errôneas? Ao diretor de futebol, Adalberto Baptista, que no início parecia que ia surpreender com seu tino comercial, mas que está provando entender pouco de futebol? Ao vice-presidente João Paulo de Jesus Lopes, que fala muito, mas faz pouco? Ao presidente Juvenal Juvêncio, que se eternizou no cargo e transformou o que era uma salutar democracia numa doentia ditadura?

Tenho minha própria convicção e gostaria de compartilhar com todos vocês. Nosso site mudou de cara, mas não de conteúdo, não de linha editorial. E o impacto não poderia ter sido mais positivo, com aumento considerável da interatividade, como era nosso objetivo.

Ah, ia me esquecendo. Também perdemos a Copa do Mundo para o Corinthians, que nem estádio tinha, e agora terá um, moderninho e pronto para receber a Seleção Brasileira na abertura da Copa.

Ah, mas nós vamos emprestar o CT da Barra Funda – ou o de Cotia – para a Seleção dos Estados Unidos treinar. Assim o mundo vai saber que os norte-americanos, tradicionais do esporte bretão, treinaram no nosso CT.

E tem mais: o Palmeiras, que tinha lá o Parque Antártica, demoliu tudo. está levantando uma Arena e estará inaugurando em breve. E nós não conseguimos o alvará para fazer a cobertura do Morumbi. Vai ter desprestígio prá lá.

E quem é o culpado por isso: o Kassab? o Alckmin? o Juvenal Juvêncio?

Pera aí: vai ter metro passando do lado do Morumbi. Só que tem gente da oposição contra. E quem é o culpado: o Alckmin? o Edson Lapola? o Aurélio Miguel? o Juvenal Juvêncio?

Amigos, a coisa tá brava. Mas vamos agradecer todos estes que citei acima pelos “brilhantes” serviços prestados em prol da nossa torcida e do nosso querido e amado São Paulo Futebol Clube. Muito obrigado a todos vocês que nos prestam esse desserviço e estão enxovalhando o manto sagrado deste time, que, graças ao seu passado, ainda ostenta o título de Soberano.

 

O custo da eliminação: uma reflexão a ser feita

Amigo são-paulino, leitor do Tricolor na Web, mais uma vez estamos amargando uma eliminação na Copa do Brasil. Mas, na realidade, a tragédia já vinha sendo anunciada há algumas semanas com as atitudes intempestivas de uma diretoria prepotente e arrogante, que não admite críticas e não consegue assimilar divergências. Aliás, desde que Juvenal Juvêncio se eternizou no poder, mudando o estatuto do clube, se envolveu até a cabeça numa obstinação escrota de fazer do Morumbi o estádio da Copa, brigando com tudo e todos e, pior, perdendo a batalha, não ganhamos absolutamente nada.

Juvenal Juvêncio, João Paulo de Jesus Lopes e Adalberto Baptista entraram em campo? Não, mas foram responsáveis, não só pelos que estavam lá, mas, principalmente, pelo fator psicológico de todo um grupo. Ou alguém duvida que a atitude com Paulo Miranda, no dia do primeiro jogo contra a Ponte Preta, tenha sido responsável por aquela derrota? Ou alguém não concorda que a fritura explícita ao técnico Emerson Leão não tenha servido para deixar o ambiente, no mínimo, tenso?

A eliminação da Copa do Brasil nos faz deparar com um quadro que as vitórias vinham escondendo. Está evidente que nosso elenco está longe, mas muito longe, de ser o melhor do Brasil. É apenas mediano. E não cabe a mim ficar aqui nominando jogadores que não podem permanecer no Morumbi. Quem está na direção do clube tem obrigação de saber isso.

O jogo desta quarta-feira em si apresentou resultado injusto para o São Paulo. Se o Coritiba foi melhor no Morumbi – e perdeu -, no Couto Pereira o São Paulo foi superior – e também perdeu -. Coisas do futebol.

Não vou, também, colocar o dedo em riste na cara de JJ & Cia. detonando as contratações. Afinal, Edson Silva foi destaque do Figueirense no Campeonato Brasileiro de 2011; Cortez foi o melhor jogador do Botafogo; Jadson era da Seleção Brasileira; Fabrício um volante vigoroso e de muita técnica; Denilson destaque no Arsenal. A única besteira foi mesmo Paulo Miranda, contestado desde o início por todos, menos pelo seu empresário.

Também não vou defender ardentemente a demissão do técnico Emerson Leão. Concordo com os que dizem que o time não tem um padrão tático até hoje. Mas é inegável que não falta vontade aos jogadores. Aquela mansuetude que nos enojava ano passado não mais existe e os jogadores brigam até o fim. E tem mais: demitindo Leão, quem viria? Outra asneira com soluções caseiras do tipo Milton Cruz ou Sergio Baresi?

Não é possível que não se faça nenhuma contratação, que fique esse quadro de horrores instalado no Morumbi. Alguma coisa tem que ser feita.

E pensem em outro fato: não há muito tempo para reflexão. Sábado, depois de amanhã, já tem jogo contra a Portuguesa no Canindé e o Brasileiro é o que nos resta e ao qual devemos nos dedicar 100 por cento, “a espera de um milagre”.

Vamos desabafar sim, estou de acordo, mas com nossas armas bem guardadinhas. De nada vai adiantar ficarmos nos ofendendo, enquanto torcedores, enquanto os dirigentes não estão nem aí para a torcida. Vamos cobrar, sim, mais e mais. Mas não podemos nunca deixar de estar unidos na torcida pelo nosso São Paulo. Afinal, a Copa do Brasil foi, mas o Brasileiro está aí. E eu acredito. Eu sempre acredito!

É hora de união, não de torcer contra

Amigo são-paulino, leitor do Tricolor na Web, sei perfeitamente que as coisas não andam tão bem pelos lados do São Paulo. Concordo com muitas das críticas que vem sendo feitas aqui pelos nossos leitores. Também levo em conta muitas opiniões que contestam essas críticas.

Se é verdade que a diretoria tem cometido erros após erros, não é menos fato que estamos na segunda partida da semifinal da Copa do Brasil, jogando pelo empate ou até podendo perder por um gol de diferença, contanto que marquemos gol (s). Em outras palavras, estamos a três partidas de comemorarmos a volta à Libertadores da América, com um título inédito.

Tudo isso vem sendo feito graças ao trabalho, muitas vezes criticado, do técnico Émerson Leão, da raça e técnica dos jogadores e da força do elenco.

Poderia ser melhor? Claro que sim. Mas é o que temos. E, ao menos até este momento, está dando conta do recado. Semifinal da Copa do Brasil (na situação descrita acima), sexta posição no Brasileiro, quatro pontos atrás do líder e boas perspectivas futuras.

Então, meus amigos, hoje o momento será de união. Vamos deixar as críticas para depois, se houver algum tropeço e formos desclassificados. Aí sim será hora de cobranças. De nada adianta ficarmos aqui berrando a triturando tudo e todos, algumas horas antes da partida.

O espaço do Tricolor na Web esteve e sempre estará aberto para quaisquer opiniões, contra ou a favor de quem quer que seja. O debate é muito produtivo, ainda que, por vezes, alguns leitores se excedam no tratamento mútuo. Mas não posso acreditar que são-paulinos autênticos, e julgo todos os nossos leitores pertencentes a este grandioso grupo, torça para o “quanto pior, melhor”. Tenho convicção que hoje, 21h50, todos estarão em frente a televisão, seja na Bandeirantes, na Sport TV ou na ESPN Brasil, com o coração batendo mais forte, torcendo por uma apresentação digna de um São Paulo e pela conquista da classificação para a final.

É hora de estarmos juntos, situação, oposição e muristas (estou nesse grupo). É hora de vestirmos nossa camisa tricolor, nosso amuleto (o meu é uma cueca vermelha) e firmarmos o pensamento positivo para transmitirmos aos jogadores essa vibração. E amanhã podermos estar aqui comemorando a classificação para a final, apesar dos problemas.

Então, à vitória, Tricolor!

Vitória importante para a sequência do Brasileiro

Amigo são-paulino, leitor do Tricolor na Web, o São Paulo fez mais uma vez a lição de casa e venceu no Morumbi. Desta vez a vítima foi o Atlético-MG, o qual reputo um bom time e não uma galinha morta.

É verdade que o São Paulo não jogou bem. Voltou a mostrar falhas, distância no posicionamento dos volantes em relação à defesa e uma ligação do meio com o ataque deficiente, pois Jadson passou a maior parte do jogo escondido em campo.

O jogo foi de muita marcação durante boa parte do primeiro tempo. Casemiro foi destacado para marcar Ronaldinho Gaúcho e foi perfeito, praticamente não dando chances para que o jogador atleticano criasse qualquer jogada.

A situação poderia ter sido pior logo aos 20minutos de jogo. Fabrício, mais uma vez, machucou-se, torcendo o joelho sozinho, e teve que sair. Maicon entrou em seu lugar e, se melhorou o toque e a posse de bola, a marcação ficou mais vulnerável. Casemiro foi recuado para primeiro volante , acumulando com a função de marcar Ronaldinho, enquanto Cícero jogava cobrindo o lado esquerdo, já que Cortez avançava e demorava para voltar.

O domínio do Tricolor ocorreu a partir dos 30 minutos e até o final do primeiro tempo. O São Paulo partiu para cima, botou pressão e conseguiu encontrar o gol, numa linda jogada entre Lucas, Jadson e Luis Fabiano. Ainda tivemos chance de ampliar o marcador com Jadson e mesmo com Luis Fabiano.

No segundo tempo o Atlético avançou ainda mais sua marcação e passou a encurralar o São Paulo em seu próprio campo. O Tricolor passou, então, a usar os contra-ataques. E aí sempre falhou no último passe. Muitas vezes Lucas, Jadson, Maicon e Cícero tinha a responsabilidade de ar o último passe, masa bola parava na zaga atleticana.

Do outro lado Denis crescia no jogo com defesas importantíssimas, e que garantiram nossa vitória.

Somamos mais três pontos, subimos na classificação do Brasileiro e, enquanto outros que se dedicam à Copa do Brasil e à Libertadores se debatem na zona de rebaixamento, nós, que também estamos a um passo da final da Copa do Brasil, caminhamos até que bem no Brasileiro.

O jogo mais importante da minha vida

Amigo são-paulino, leitor do Tricolor na Web, como diz o ditado: “a primeira vez a gente nunca esquece”. E eu me lembro de detalhes daquele 17 de junho de 1992, do momento em que acordei para me dirigir à rádio Bandeirantes, até a hora em que cheguei em casa com a faixa de campeão da Libertadores da América. Foi um dia memorável.

O São Paulo precisava vencer por dois gols de diferença, pois havia perdido a primeira partida na Argentina por 1 a 0.  Imaginem como acordei naquele dia, sabendo dessa necessidade contra um time argentino, conhecido pela catimba e pela força de marcar e se defender, além de tocar a bola e fazer a hora passar. Sabia que eu e mais 105 mil pessoas iríamos formar uma grande corrente naquela noite.

Fui para a Bandeirantes e trabalhei só Deus sabe como, com o pensamento voltado unica e exclusivamente para o jogo. Marquei com meu irmão e me cunhado, que me encontraram na Bandeirantes no final da tarde para irmos ao Morumbi. O carro ficou no estacionamento da empresa. Fomos a pé. Afinal, não mais do que dois quilômetros separam a Bandeirantes do Morumbi.

O jogo começava às 21h40, mas nós chegamos ao estádio por volta das 19 horas. Ficamos onde hoje se situa a arquibancada amarela (na época não havia essa denominação), ou seja, exatamente atrás do gol onde seriam cobrados os pênaltis e onde Raí marcou o gol que nos deu a vitória.

O estádio estava tão cheio, mas tão cheio, que eu estava sentado na arquibancada, com uma pessoa agachada à minha frente, entre o meu degrau e o degrau de baixo, e outro com os joelhos em minhas costas, entre o meu degrau e o degrau de cima. Até por isso acho que tinha muito mais do que os 105 mil pagantes, número oficial.

Começa o jogo e eu não penso em mais nada. Definitivamente começava aquilo pelo que esperei o dia inteiro com muita intensidade. O São Paulo era melhor, dominava o jogo, mas a catimba dos argentinos fazia o tempo passar e ia irritando os jogadores do Tricolor. A torcida era forte aliada, mas a pressão aumentava à medida que o tempo passava e o gol não saía.

Em alguns momentos (dois) o coração quase saiu pela boca, quando os argentinos encaixaram dois contra-ataques e, não fosse Zetti, um dos heróis do título, teríamos amargado outra derrota.

Mas Telê Santana, dentro de sua sabedoria, viu que Muller estava bem marcado e completamente fora de jogo, tirou o atacante para colocar Macedo. Alguns torcedores não entenderam a substituição, afinal, Muller, a qualquer momento, poderia ter um lampejo e decidir o jogo.

Mas foi Macedo, predestinado, quem trouxe a bola para dentro da área, foi driblando, driblando, e acabou derrubado. Pênalti que Raí cobrou e marcou. Era o gol que, na pior das hipóteses, nos levava à disputado por pênaltis.

E assim foi. O jogo terminou 1 a 0 e fomos para as cobranças. Berizzo, que havia marcado no jogo de ida, foi o primeiro a desperdiçar pelos argentinos ao bater na trave. Raí, Ivan e Cafu acertaram pelos brasileiros, que erraram quando Ronaldão chutou no meio do gol. Zamora e Llop recolocaram os visitantes na disputa pelo troféu. Foi então que Zetti brilhou. O goleiro viu Mendoza concluir por cima da meta e depois defendeu a cobrança de Gamboa – justo a dele – para confirmar a conquista da Copa Libertadores da América de 1992.

E o Morumbi explodiu. Houve uma intensa invasão de campo. O jogo acabou pouco depois da meia-noite, mas eu só deixei o estádio depois de 1h30 da madrugada. Aliás, nós, porque ninguém ousava arredar pé dali. Foi o que podemos chamar de êxtase do futebol o momento que chegamos. Foi, não tenho a menor dúvida em afirmar, a partida mais importante e emocionante que presenciei, in loco, em toda a minha vida.

Por isso, 20 anos depois desta conquista, estamos aqui para comemorar. Que bom que temos algo assim em nossa história. Não é para todos. É para poucos. Amo você, meu eterno São Paulo F.C.

 

Vitória no sufoco, mas que nos dá a vantagem do empate

Amigo são-paulino, leitor do Tricolor na Web, Lucas foi o nosso salvador e fez com que o São Paulo conquistasse a vantagem de poder empatar ou até perder por um gol de diferença, caso marque algum gol em Curitiba, no jogo de volta da semifinal da Copa do Brasil. Nesta noite de quinta-feira, no Morumbi, Lucas marcou o gol da vitória do Tricolor sobre o Coritiba aos 43 minutos do segundo tempo, quando o São Paulo tinha um jogador a menos em campo e tudo parecia caminhar para o empate.

Foi bom o resultado? Sim. Se pensarmos em termos de classificação, corremos risco de ser eliminados pois o placar foi magro. Mas pelas circunstâncias do jogo, com a expulsão de Paulo Miranda e o Coritiba nitidamente melhor do que o Tricolor, 1 a 0 foi goleada. Costumo dizer que, em regulamentos como este da Copa do Brasil, 0 a 0 em casa é o melhor dos piores resultados possíveis, enquanto 1 a 0 é o pior dos melhores resultados.

Do que vi nesta noite no Morumbi parece claro que Casemiro tem que ficar um tempo fora para aprimorar o preparo físico e reconquistar a vontade de jogar. Espero que Fabrício esteja totalmente recuperado e possa, enfim, “estrear” pelo São Paulo domingo, contra o Atlético-MG e ser um grande reforço para quarta-feira que vem, em Curitiba.

Está claro, também, que o São Paulo depende das arrancadas de Lucas para conseguir alguma coisa. Não estou conseguindo encontrar esquema tático nesse time. É fato que Leão é um motivador e cobra muita disciplina, para que o CT da Barra Funda não se transforme em Spa Tricolor. Mas está longe de dar um padrão tático ao time.

Se ele foi muito bem ao tirar Casemiro no intervalo e colocar Maicon, foi mal ao tirar Jadson ao invés de Cícero. Ms, como eu disse, ele apostou na individualidade de Lucas que deu certo. E também não posso culpá-lo por Luis Fabiano ter perdido dois gols inacreditáveis. São coisas do futebol.

Não estou convicto de que vamos chegar à final, mas estou certo que o time se dedicou e se empenhou para conseguir essa vitória. Também espero que Leão escale o time titular para enfrentar o Atlético-MG no próximo domingo. Afinal, se a Copa do Brasil nos escapar pelas mãos, precisamos aproveitar que alguns clubes tidos como favoritos estão preocupados com outras coisas e ganhar pontos na principal competição nacional.