Conseguimos nossa classificação. Nada além do lógico.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo está na semifinal do Campeonato Paulista. Absolutamente nada a mais do que a obrigação. Ganhamos do São Caetano, no Morumbi, temos que  comemorar, coisa e tal, mas lembrarmos que seria uma grande vergonha se não tivéssemos alcançado a classificação, até porque jogamos contra um time da série D do Campeonato Brasileiro.

Gostei da movimentação do São Paulo. Digo isso em termos de luta, de vontade, porque tecnicamente o primeiro tempo, por exemplo, não mostrou nada. O time dominou mas criou apenas duas oportunidades. Faltaram triangulações e o que eu pude perceber é que o esquema Aguirre é chuveirinho na área. Voltaremos ao Muricybol. Só que naquela época havia um Jorge Wagner que colocava a bola onde queria e jogadores altos, bom cabeceadores, para concluir em gol.

Gostei muito da entrada de Lucas Fernandes, para mim o principal jogador do segundo tempo e responsável, não só pela assistência do segundo gol, mas por grandes jogadas.

Agora o time vai parar uma semana, tempo suficiente para Aguirre conhecer um pouco mais a fundo o elenco e expor seu plano tático. Então veremos o que ele tem em mente e o que poderá apresentar para nos impormos contra o Palmeiras.

No jogo de São Caetano, parece que voltamos dez dias no tempo

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, é impressionante como o time do São Paulo vive uma gangorra, mais na parte de baixo do que na de cima. Não consegue se acertar. Quando você pensa que vai engrenar, tenta se enganar com duas vitórias boas sobre times sofríveis, vem o balde de água fria e o time faz uma apresentação medonha como a deste sábado, em São Caetano.

Aguirre, que, reconheçamos, teve um dia para conhecer e treinar o time, não teve tempo nenhum para impor sequer uma jogada tática, ou um plano de trabalho. Então deveria ter a humildade de ouvir André Jardine, que já vinha acompanhando o elenco e comandou o time nas duas vitórias, para não repetir os erros de Dorival Junior, e que culminaram com sua demissão.

Eu tinha a mais absoluta certeza que o time que entraria em campo seria o que venceu o CRB em Maceió, apenas com as entradas de Arboleda no lugar de Rodrigo Caio e Diego Souza no de Trellez. Quando vi que ele sacou Marcos Guilherme para colocar Nenê, e não compensou a lentidão que isso iria gerar com a entrada de Brenner, preferindo Diego Souza, senti que o filme de tudo o que aconteceu até dez dias atrás voltaria. E voltou.

O time foi medonho, sem ultrapassagens, sem velocidade. Nenê era o ponta direita sem conseguir dar um pique; Cueva era o meia, mas não conseguia ter velocidade dos lados do campo para tentar uma jogada; Valdivia era obrigado a jogar com ele mesmo, porque Junior Tavares estava num dia daqueles, “tipo horrível”; para piorar, Jucilei e Petros fizeram juntos, talvez, a pior partida da dupla pelo São Paulo. Enquanto isso Diego Souza ficava brigando entre os zagueiros, mais parecendo uma disputa de várzea do que quartas-de-final do Campeonato Paulista.

Se Aguirre tivesse a humildade de escutar Jardine, não teria feito essa bobagem. Manteria o time que venceu os últimos dois jogos e depois teria uma semana para treinar a rapaziada e começar a conhecer o elenco, já que no próximo final de semana não haverá jogos do Paulista, por causa da Seleção Brasileira.

No intervalo falei pelas redes sociais, e também aqui no “Opinião de são-paulino durante o jogo”: não dá para trocar o Aguirre pelo Jardine? Essa seria a melhor substituição a se fazer.

Veio o segundo tempo e, então, tomamos o gol. Aí bateu o desespero. Ele colocou o Marcos Guilherme tirando Cueva, que não estava jogando nada. O time ganhou em velocidade. Mas então ressuscitou Bruno e a coisa degringolou. O time não se encontrou em nenhum momento, fazendo alguma pressão no final do jogo mais pelo recuo excessivo do São Caetano do que por mérito próprio. Mas não levou perigo algum. Não posso deixar de citar a falha bizarra de Jean no gol. Saiu socando o ar. Ali não dá para culpar zagueiro. A bola era dele.

Temo que, se essa mentalidade de Aguirre não mudar para terça-feira, poderemos ser vergonhosamente eliminados por um time da série D do Brasileiro. Isso pode ser um indicativo futuro.

Vitória fácil, com o time respirando ares diferentes

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo fez algo que há muito tempo não fazia: ganhou fácil, goleando no campo do adversário e jogando bem. Foi um time leve e solto o que vimos em campo. Postura tática bastante diferente, com algumas mudanças de posicionamento e o jogo fluiu.

É fato que o adversário era bem fraco. Mas contra esse mesmo CRB nós ganhamos de 2 a 0 no Morumbi e o futebol apresentado foi de lascar. Além do mais, empatamos com a “forte” Ferroviária dentro do Morumbi em 0 a 0, mesmo resultado, também no Morumbi, com o Novorizontino. Portanto, na fase que nós estamos, onde não confiamos nem em ganhar de times de série B, vamos comemorar como uma vitória de gala.

Falando sério, esse tipo de resultado, ainda que jogando contra ninguém, dá moral para o time. O paspalhão do técnico deles havia dito aqui no Morumbi que 2 a 0 tinha sido pouco e que a condição era plena de fazer 3 a 0 lá. Ele só não disse para quem. Portanto, creio que anteviu o resultado.

Quando eu falei em mudança tática é porque vi Cueva jogando onde tem que jogar, flutuando pelo meio e não largado numa lateral do campo como se fosse um ponta. Ele é o cara mais criativo do time, não pode ficar, como Dorival queria que ficasse, jogando pelas laterais. Valdivia, sim, é um atacante pelos lados, mas também tem talento para voltar e armar o jogo. Foi assim que fez domingo, contra o RBB e repetiu nessa noite. Aliás, jogo após jogo ele vem se transformando no melhor jogador do time.

A volta de Jucilei também fundamental para retomar a segurança defensiva. Tanto que Rodrigo Caio pode aparecer na frente, surgindo como homem surpresa e até marcando gol. Isso é fundamental para o equilíbrio do time.

Ainda estamos padecendo de um centro-avante em condição de ser titular. Pelas partidas que fez, parece que Trellez não é esse nome. Diego Souza também não correspondeu. Brenner ainda é o melhor deles, mas não sei se tem estrutura física e técnica para jogar entre os zagueiros adversários. Talvez falte ainda um centro-avante goleador para entrar no time.

De resto, o time começa a me dar esperanças de que pode render. Não estou achando que seremos campeões de tudo só porque ganhamos do CRB. Mas aquele marasmo técnico e tático acabou e o time começou a render.

Oxalá assim se mantenha.

Vitória fácil e obrigatória. Que bons ventos fluam no Morumbi

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo venceu o Red Bull Brasil, no Morumbi, com um time misto. Mas isso importa muito pouco. Claro que a vitória era obrigatória. Afinal, seria vergonhoso acabarmos em segundo lugar num grupo em que estavam São Caetano, Ponte Preta e Santo André, todos de série B e C. E olha que quando tomamos o gol imaginei que essa vergonha viria. Mas viramos e o time cumpriu com sua obrigação.

Interessante ouvir a entrevista de André Jardine deixando claro que algumas opções da escalação já tiveram o dedo de Diego Aguirre. Foi o uruguaio quem pediu para poupar Rodrigo Caio, colocar Diego Souza por trás do Trellez e Nenê um pouco mais atrás ainda, assim como a alteração do segundo tempo, empurrando Diego Souza para a frente e dando liberdade para Nenê armar o time.

Mesmo não tivesse sido pedido de Aguirre, tenho convicção que Jardine caminharia mais ou menos nessa direção. A entrada de Liziero, por exemplo, é a cara de Jardine. Dorival nunca pensou em trazer esse garoto da base para a Barra Funda e durante a Copa São Paulo, não foram poucos os jornalistas – dentre os quais me incluo -e torcedores que detectaram que o garoto já estava pronto para vir para o profissional.

A entrada de Liziero deu conteúdo ao meio de campo, deixou leve e técnico, possibilitou a Nenê jogar mais avançado, pois havia um volante com boa saída de bola. Assim o São Paulo cresceu, virou o jogo e agora espera a definição de datas para saber quando joga contra o São Caetano. É certo que o primeiro jogo será no final de semana e o de volta no meio da próxima semana.

Quero, agora, reforçar o que disse no Jornal Tricolornaweb de ontem a respeito das ideias de Raí. Respeito a opinião de todos, mas é impossível cobrar de algum profissional, por mais capacitado que seja, que reconstrua em quatro meses o que gestões fizeram em dez anos. Desde 2008 o São Paulo está derretendo pelos seus próprios erros, de presidentes que pensaram mais em si e em seus próprios orgulhos do que na instituição. E junto no mesmo caldeirão Juvenal Juvêncio, Carlos Miguel Aidar e Leco, além da imensa maioria dos que passaram pela direção e conselheiros.

Deixamos de ganhar tudo no momento em que Juvenal, sob o argumento de que tinha que mudar a máquina envelhecida para trilhar novos caminhos, acabou com a comissão técnica permanente, permitindo que treinadores trouxessem seus homens de confiança.

O que Raí quer, quando fala em devolver a identidade ao São Paulo, é formar essa comissão, trazer um técnico que devolva ao São Paulo aquela forma de jogar de maneira técnica, ofensiva e eficiente, e, consequentemente, jogadores que possam cumprir esse papel. Talvez esteja aí a explicação de um contrato de apenas nove meses com Diego Aguirre. Não é possível atravessar os bois na frente do carro. Cada coisa ao seu tempo.

Perguntam-me se com isso eu quero dizer que abriremos mão de ganhar qualquer coisa esse ano. Claro que não. Mas, convenhamos, temos que ser otimista ao extremo para achar que chegaremos como favoritos nos campeonatos que estamos disputando e teremos pela frente.

Por isso, por entender que ninguém constrói em quatro meses o que destruíram em dez anos é que hipoteco minha confiança em Raí. Erros irão acontecer. Críticas serão feitas. Mas, no todo, confio na honestidade e no trabalho desse grupo. É só Leco não meter o bedelho, que as coisas tendem a dar certo.

Nota: apenas para informação, não fui ao Morumbi hoje. Não iria participar do enterro simbólico do Leco, mas aderi ao movimento Morumbi Zero.

Derrota esperada atesta o óbvio: somos a quarta força do Estado

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o que podemos falar de mais uma derrota em clássico do São Paulo, a não ser atestar que somos mesmo a quarta força do Estado? Já no comentário que escrevi no último domingo falava que dava com certa a derrota contra o Palmeiras, e que apenas o imponderável futebol clube poderia mudar a história. Mas como um dia a moeda caiu em pé e somos torcedores do time da fé, nada a se duvidar.

Pois o imponderável não prevaleceu, a moeda não caiu em pé e nós, como o previsto, perdemos. Aliás, tomamos um verdadeiro passeio no primeiro tempo. Por mais que o time tentasse marcar pressão a saída de bola do Palmeiras, o quadro era tão frágil que sequer incomodou a defesa verde, que saiu como quis para o jogo. Fez 2 a 0 e poderia ter feito mais, não fosse o goleiro Jean que apareceu muito bem em duas oportunidades.

Dorival ousou e trocou três no intervalo. Se pudesse trocar oito o faria, não tenho dúvida nenhuma. Talvez fosse difícil encontrar quem entrar, mas seria muito fácil escolher quem sair. No entanto, não posso tirar a culpa do treineiro pelo que vimos em campo.

Cueva ficou plantado do lado do campo. Claro, não jogou. Brenner ficou enfiado entre os beques. Claro, não recebeu bola. Marcos Guilherme ficou marcando as descidas de Vitor Luis. Claro, um a menos na frente. Valdivia, esse sim, se movimentou, mas não encontrou ninguém para jogar com ele. Na defesa, o circo dos horrores. Militão fez a pior partida de sua história; Rodrigo Caio perdeu todas, absolutamente todas, para Borja. Edimar, é aquilo que conhecemos. E Arboleda, que até tentou não comprometer no primeiro tempo, entrou na sintonia dos companheiros e foi uma verdadeira água no segundo.

As substituições de Dorival deixaram o São Paulo exposto. Mas ele segurou um pouco Shaylon, que fez papel de segundo volante, recuando Petros, e mandou o resto para a frente. Trellez até acertou o travessão. Mas isso foi tudo o que o São Paulo fez no jogo, pois por mais que tivesse melhorado no segundo tempo, não exigiu uma única defesa do goleiro do Palmeiras.

É impressionante o apequenamento do São Paulo. Assisto alguns jogos do Corinthians em Itaquera, do Palmeiras na Arena, e vejo os adversários dando um pouco mais de trabalho do que nós damos. O Mirassol perdeu na quarta-feira, mas o gol saiu na bacia das almas. O São Caetano ganhou dentro da Arena. E não me interessa se era time reserva ou não. Nós vamos com o titular e tomamos baile, seja em que Arena for.

Então esse ano foi assim: fomos em Itaquera, o Corinthians aproveitou da presença do público, fez pressão e ganhou do São Paulo. Jogamos na Arena Palestra, o Palmeiras aproveitou a presença do público, fez pressão e ganhou do São Paulo. Jogamos no Morumbi, prontos para aproveitar a presença de grande público e fazer pressão e perdemos do Santos. Repito: somos a quarta força do Estado. E só não estamos em pior situação porque a Portuguesa praticamente inexiste no mundo do futebol.

Estamos classificados para as quartas de final. Não por nossos méritos, mas porque nosso grupo é o mais fraco de todos. A Ponte foi mais incompetente ainda, empatou com o RBB e não pode mais nos alcançar. Mas podemos ficar em segundo. Para isso, basta não ganharmos domingo e o São Caetano vencer. Convenhamos, será uma vergonha.

Percebam que não ganhamos uma partida de times da série A este ano. Só estamos ganhando de times da série B para baixo. Por isso vitórias sobre o CSA, CRB, Linense e alguns outros. Já fico pensando o que nos reserva o Brasileiro.

Mas para Dorival está tudo bem. Afinal, perder clássicos não tem importância. Enquanto isso ele continua enganando a diretoria, Raí continua segurando o sujeito no cargo, Lugano e Leco se abraçam e apoiam e Ricardo Rocha fica uma voz solitária contra ele. Assim continuamos caminhando, de forma firme e sólida, rumo a mediocridade. Não com o sentido de “mediano”, mas o de grotesco e horroroso mesmo.

Vencemos no sufoco o lanterna. Mas vencemos.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, foi um sufoco. Marcamos dois gols no apagar das luzes do primeiro e do segundo tempo. Mas vencemos e é o que interessa. Ou não é?

Bem, se formos pela exigência de Raí, quando assumiu a diretoria, de que o São Paulo teria que retomar sua identidade de jogar, a resposta é não. Se for pela teoria de “futebol é resultado”, então fomos bem, três pontos na tabela, nos afastamos bem daquela incômoda zona de rebaixamento do Paulista e encaminhamos a classificação para a próxima fase.

Ah, mas se jogar como hoje, vai tomar uma surra do Palmeiras na quinta-feira. Bem, será outro dia, outro jogo. Não me interessa pensar nisso agora.

Dorival manteve o time que colocou em campo contra o CRB e deu resultado. Um time mais leve, jogando com velocidade, com os laterais subindo várias vezes e passando para receber. Verdade que o jogo foi chato e o time jogou mal. Mas foi possível ver alguma coisa interessante. Até porque, numa dessas tentativas, Reinaldo tocou para Cueva, que devolveu com precisão e o lateral fez um golaço. O único senão fica para as costas de Reinaldo, pois hoje um atacante do Linense apareceu algumas vezes em condição de fazer a jogada pela linha de fundo. A cobertura, que deveria ser de um dos volantes, falhou.

No entanto teríamos que esperar um pouco mais de Cueva e o peruano teve uma atuação muito apagada. Foi decisivo no primeiro gol, fato -e ponto para ele -, mas tem que ser mais do que só uma jogada. Brenner, por exemplo, ficou perdido entre os zagueiros, não saiu para abrir espaço para alguém que viesse de trás penetrar, e as bolas que recebeu, por estar sozinho, eram perdidas. Marcos Guilherme fez o que faz sempre, corre muito, mas erra muitas jogadas.

Com esse quadro no segundo tempo inteiro, ficou claro que o gol só sairia se fosse de bola parada. Assim foi, no apagar das luzes, escanteio muito bem cobrado por Nenê e gol de Rodrigo Caio. Aliás, belíssima partida do zagueiro, que saiu várias vezes de trás com a bola dominada, chegou ao ataque, aparecendo como elemento surpresa. Ele tem técnica para isso e é uma jogada que pode ser bem explorada.

Outro jogador que quero destacar é Valdívia. Está retomando no São Paulo o futebol que jogava no Inter até se contundir. Assim como na partida contra o CRB, foi o melhor em campo e vai assegurando sua posição no time titular.

Agora é hora de virar a página e focar o clássico de quinta-feira. Dentro de todas as teorias possíveis e imagináveis, não há qualquer uma que indique, com um mínimo de lucidez, que iremos ganhar dentro da Arena. Mas como alguém já disse um dia, “futebol é uma caixinha de surpresas”. E… quem sabe essa surpresa não aparece e a moeda volta a cair em pé.

O time de Dorival ficou mais leve e ganhou

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, tenho sido nos últimos dias um crítico contundente do desempenho de Dorival Jr à frente do São Paulo. Time lento, sem conseguir um contra-ataque, sem marcação na saída de bola, com jogadas previsíveis. Isso tudo me fez pedir a demissão do técnico, depois da derrota para o Ituano, semana passada. Fiquei inconformado com a reunião de segunda-feira que culminou com sua permanência.

Mas vendo comentários no site, aqui e acolá, acordei para um detalhe: Dorival pediu jogadores de lado, de velocidade, pois só tinha Marcos Guilherme. Veio Valdívia, é verdade, mas vieram Nenê e Diego Souza, jogadores pesados e de meio.

Nem sei se Dorival foi forçado a escalar esses jogadores em todos esses jogos, mas o fato é que não era sua vontade. Agora, com a corda no pescoço, precisando ganhar ou ganhar do CRB para ter uma sobrevida no cargo, ele colocou os dois no banco e fez entrar Valdívia e Brenner, mantendo Marcos Guilherme e Cueva. O resultado foi óbvio: um time muito mais rápido, leve e jogadas fluindo.

Vamos combinar que tudo poderia ter sido muito mais fácil. O CRB, naturalmente, completamente fechado, e o São Paulo consegue um pênalti aos seis minutos. Mais uma vez Cueva desperdiça a cobrança, como houvera acontecido em Itu. O São Paulo ficou nitidamente incomodado e as jogadas não saíram. Eu já estava vendo a hora que as vaias dos pouco mais de oito mil torcedores começariam no Morumbi.

Mas foi nessa velocidade a que me referi que saiu o primeiro gol. Boa jogada de Brenner pelo lado do campo, a bola para o centro da área e o gol de Valdívia. Logo depois, um lançamento perfeito de Jean para Militão, ele arranca, toca para Cueva, o peruano dá dois toques na bola e coloca Militão na cara do goleiro para um golaço.

Isso pode maquiar a atuação ruim do São Paulo. Na realidade, houve mais velocidade, o time ficou mais leve, como já disse e repito, mas não significa que jogou bem. Fez os dois gols e se mantivesse o ritmo desses minutos dos gols, faria cinco, seis, chancelaria a classificação para a próxima fase. Teve até oportunidades para isso no segundo tempo, mas o excesso de preciosismo, do “toma, faz você”, fez com que a vitória fosse apenas por 2 a 0.

Partindo-se do princípio que a Copa do Brasil é o principal campeonato que temos nesses primeiros meses do ano, devo constatar que Diego Souza e Nenê viraram reservas. Não posso conceber que eles estivessem sendo poupados para jogar contra o Linense.

Ficou claro que o futebol flui mais com essa formação. Nenê vai ser muito útil ao São Paulo a partir de maio, quando Cueva for defender sua Seleção na Copa do Mundo. Diego Souza também pode fazer esse papel de meia. O que está mais do que claro é que ele não pode ser o 9 do time.

Aliás, ele ficou visivelmente irritado com a reserva, tanto que entrou no segundo tempo, mas com uma má vontade tão grande, que merecia ter sido sacado cinco minutos depois.

Ainda não me convenci que Dorival não é culpado pelo mau futebol do time. Ele é o treinador e, até onde eu sei, tem liberdade para escalar quem quiser. Pois que o faça direito e coloque esse time para jogar e ganhar os jogos.

Uma reunião para nada. Dorival continua. É bem a nossa cara

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, Dorival Junior continua à frente do São Paulo. Após treino nesta manhã e reunião com a diretoria, ficou estabelecido que ele permanece e que terá nova avaliação na quarta-feira, quando o Tricolor joga contra o CRB pela Copa do Brasil, no Morumbi.

Ontem à noite dei a informação da reunião e ponderei que, como percepção, tinha a quase certeza que sua demissão aconteceria no final desta manhã. Mas de repente o treino foi antecipado para as 9h, Dorival estava lá, à frente do elenco, e o clima parecia bem diferente. A percepção já dava conta de que tudo tinha mudado e que a reunião não serviria para absolutamente nada.

Diretoria presente, desde Leco até Lugano, passando por Raí e Ricardo Rocha. Alguma coisa teria que acontecer. Mas não aconteceu. Ou melhor, aconteceu sim: Dorival seguiu. E assim ficou mais uma vez estampada a inoperância desta diretoria. E agora também estou me referindo a Raí, Ricardo Rocha e até Lugano. Se não posso  – e não vou – culpá-los por tudo o que está acontecendo, já que estão a menos de três meses no cargo, não posso deixar de lamentar a falta de atitude em relação a um tema que, se não é unânime, é, no mínimo, vontade de 80% da torcida.

O consenso que temos é que Dorival está perdido, não tem o elenco nas mãos e não tem como continuar. Esperar para ver o que vai acontecer na quarta-feira é imprudência pura, pois um insucesso contra o CRB pode até causar a demissão de Dorival, mas vai, também, encerrar prematuramente nosso semestre e parte do nosso ano, pois nunca conseguimos levantar a Copa do Brasil e talvez fosse uma grande oportunidade.

Meus profundos sentimentos a Raí, Ricardo Rocha, Lugano e Leco. Acho que de vocês posso esperar muito pouco de agora em diante.

Mais um jogo sofrível, retrato do momento do São Paulo

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, lamentavelmente é mais um dia de jogo do São Paulo que não há o que comemorar. Ao contrário, é sofrer com a vergonha de um empate em 0 a 0 com a fraquíssima Ferroviária, dentro do Morumbi. Percebam que estamos percorrendo o mesmo caminho que trilhamos no Brasileiro do ano passado, perdendo aqui e acolá, empatando ou perdendo jogos fáceis dentro de casa, que nos fizeram sofrer muito para fugir do rebaixamento. Mas que almeja uma coisa, acaba conseguindo. E me parece ser esse o objetivo dos que continuam mandando no São Paulo.

Já na última quarta-feira fiz meu editorial pedindo o #ForaDorival. Não dá mais. Sou contra a demissão de técnico no meio do trabalho. Na coletiva deste domingo ele disse que não é possível entrosar um time em três meses. Mas ele já é técnico do São Paulo há sete meses e, mesmo quando teve Hernanes e Pratto, não conseguiu fazer o time jogar bem. Se ganhamos os jogos foi por pura inspiração de Hernanes, razão única de termos nos livrado da série B. Portanto, não foi a mão de Dorival.

O time continua não mostrando nada de interessante. Para piorar, as substituições que ele faz, que no mínimo deveriam melhorar o time, são erradas ou, quando não tão cruéis, são óbvias. Qual a razão de, no segundo tempo, continuar jogando com dois volantes e dois laterais que não atacam? A Ferroviária tinha um jogador que ficava adiantado e os outros 10 se defendendo.

Mas ele trocou um centro-avante por outro, um jogador de lado por outro e outro jogador de lado por outro. Tivesse tirado um dos volantes para colocar Nene, talvez não fosse possível a vitória, mas teríamos mais chance de alcançá-la. Então ele não muda o esquema durante o jogo, trocando seis por meia dúzia. Logo, chega de Dorival Jr.

E vou mais além: não acho o elenco do São Paulo tão ruim assim. O que não temos é um técnico que consiga trabalhar com esses jogadores e montar um bom time.

Pela informação que recebi por volta de 21h15, Dorival deverá ser demitido nesta segunda-feira, pela manhã. Uma reunião foi convocada por Raí com Ricardo Rocha e o próprio Dorival. Leco ainda não confirmou presença. Mas,  partindo-se do princípio que o trabalho dele seria avaliado neste jogo contra a Ferroviária, a resposta está dada.

Enquanto isso é mais uma segunda-feira que chega e nos é dada a pesada carga de ter encontrar explicações para algo que não tem explicação. Ou tem: acabou um ano, entrou outro, e nada, absolutamente nada mudou. Que o Brasileiro demore uma eternidade para chegar.

Mais uma derrota e a gota d’água: chega, Dorival. Não dá mais.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, acho que a gota d’água caiu e transbordou o copo: não dá mais para Dorival Jr. Estou me contradizendo, pois não defendo demissão de técnico. Entendo que um time que quer ser campeão precisa começar o ano com um técnico que faça o planejamento, se entrose com a diretoria para analisar o elenco, as contratações e siga seu trabalho. Mas jó foram oito rodadas do Campeonato Paulista, duas da Copa do Brasil e o time tem sido um verdadeiro fiasco. Chegamos ao cúmulo de ocupar a décima posição no ranking geral do Campeonato Paulista, onde 16 times jogam.

O pior é que as desculpas que ouvimos de jogadores e comissão técnica são as mesmas do ano passado, quando perdíamos uma partida atrás da outra, vivíamos na zona de rebaixamento e só se ouvia “precisamos da torcida”, “não se pode perder jogo contra este time”, “as coisas vão mudar, “temos que trabalhar mais”, enfim, um monte de frases prontas que servem, no máximo, para cumprir o papel de não se sentir derrotado. Mas o São Paulo hoje é um clube derrotado.

O primeiro tempo foi, mais uma vez patético, pífio. Não jogamos absolutamente nada e só fomos para o intervalo perdendo por 1 a 0 porque o Ituano, também, é um time medíocre. Mas Nene, Diego Souza e Marcos Guilherme formaram um ataque de risos.

As mudanças de Dorival para o segundo tempo até foram razoáveis. Ao colocar Valdivia e Trellez no lugar de Diego e Nenê, o time ganhou mais velocidade e foi para cima. Encontrou o empate. Fez até por merecer a virada. Mas tomou o segundo gol. E de novo sentiu o golpe e não conseguiu reagir. A desorganização tática em campo predominou e vivemos na base do chutão para a área. E não fosse Cueva ter perdido o pênalti no último minuto de jogo, ainda sairíamos de Itu com um empate, no mínimo, injusto.

Aliás, Cueva precisa de um parágrafo só dele. Errou feio na jogada que originou o primeiro gol do Ituano, pois do seu passe errado nasceu o contra-ataque e saiu o gol. Fez um belo segundo tempo até marcar o gol de empate. No final, desperdiçou o pênalti que nos daria o empate. Foi do inferno ao céu e voltou ao inferno em 90 minutos.

Agora vamos falar de Dorival. Não dá mais. É hora de mudar já. Não me perguntem quem eu traria para o lugar, porque meu nome sempre foi o Cuca. Mas sei que ele não quer trabalhar antes da Copa, pois tem contrato assinado com uma emissora de TV e, também, que seu gênio e seu estado constantemente depressivo pode piorar ainda mais a situação do São Paulo. André Jardine carece de mais experiência. Mancini, já disse no Jornal Tricolornaweb algumas vezes, quero que passe muito longe do Morumbi. Outros nomes ainda são piores. Alguns aqui já falaram do Zé Ricardo. Viram o time dele lá na Bolívia? Conseguiu tomar de 4 e só se classificou graças ao goleiro, que pegou os pênaltis.

Infelizmente estamos num mato sem cachorro. Além do mais, podem trazer o Guardiolla, pois com esse elenco, onde o lateral direito é um volante/zagueiro improvisado, e assim por diante, ninguém vai fazer milagre algum.

A partir de agora, mesmo tendo sentido isso lá atrás mas não dando a necessária guarida ao fato, começo a ficar desesperado por ver chegando o Campeonato Brasileiro. Que Deus nos ajude, porque o presidente…esse não quer ajudar.