Quero o técnico do Sub-20, não o fake dele.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, durante o jogo desta quinta-feira, no Pacaembu, lá pelos 40 minutos do primeiro tempo, um amigo me perguntou: “Nosso técnico não seria aquele que era do Sub-20?”. Minha resposta foi rápida: “Esse é fake”.

Cadê o Jardine que ganhou tudo com o Sub-20, que fazia um time jogar bonito, permitia que nós, leigos, entendêssemos a tática montada, e sobrava nos torneios? Cadê o técnico prodígio, que muitos aqui mesmo no Tricolornaweb pediam para ser fixado como técnico do profissional, que em entrevista após um jogo no Morumbi, ainda como interino, batia no peito e bradava que se achava em condição de comandar a locomotiva?

Sei que estamos na pré-temporada, eu mesmo tenho tratado o Paulista como tal. Mas esse período está acabando: resta apenas uma partida, domingo, contra o São Bento. Quarta-feira que vem a cobra vai fumar. E se não souber domar, o ano estará perdido, em pleno mês de fevereiro.

Vi um post do Sombra, comandante do Estádio 97 e nosso colunista, onde ele diz que “se o ano do São Paulo for a Libertadores, o planejamento, incluindo escolha do treinador, foi errada. Se o objetivo é a longo prazo, a derrota e o mau futebol ainda são aceitáveis. Ainda.” Perfeito. Corroboro da mesma opinião. Mas confesso que a essa altura do campeonato, já iniciando o mês de fevereiro, levando-se em conta que o elenco se apresentou em 03 de janeiro, então com um mês de treinamentos e seis jogos realizados, o balanço é muito ruim: duas vitórias e quatro derrotas. Isso, num campeonato por pontos corridos, nos colocaria na zona de rebaixamento.

E notem: podem criticar a diretoria, seja lá o que for, mas garanto que o elenco do São Paulo deste ano é muito melhor do que o de 2018. Digo mais: do time titular, ou que se imagina como o principal, todos, eu disse todos seriam titulares em outras equipes grandes. Portanto o erro está no banco, não no campo.

Contra o Santos sofremos um gol de cabeça, onde Arboleda e Bruno Alves não se entenderam e Thiago Volpi não saiu para cortar a bola na pequena área. Contra o Guarani tomamos um gol de cabeça, onde Arboleda e Anderson Martins marcavam seus jogadores, mas Liziero, a quem caberia acompanhar quem vinha de trás, falhou. Ou seja: bola aérea em nossa área está virando um tormento. Só quero lembrar que o futebol argentino trabalha muito com esse tipo de jogada. E andei vendo alguns lances do Talleres, é um time que joga fechado e quando desce, sempre o faz pelas laterais com bolas alçadas para a área.

Voltando ao jogo desta quinta-feira, verdade seja dita: Jardine mostrou que é muito ofensivo. Enquanto outros técnicos terminariam com dois volantes, mudando apenas as peças da frente, ele terminou com um zagueiro e um volante. O São Paulo massacrou o Guarani. O goleiro deles foi o melhor em campo, fazendo ao menos cinco defesas impressionantes. Isso tudo pode até amenizar a derrota, mas fica a pecha de um técnico que tentou de tudo, mas parou na armadilha do Osmar Los, aquele que quase rebaixou o time lá de Itaquera.

Talvez o erro tenha sido colocar laterais funcionando como meias, pois Bruno Peres e Reinaldo entravam em diagonal, não auxiliavam Helinho e Everton. Talvez o erro tenha sido fazer de Arboleda o armador e elemento surpresa. Sim, em dois momentos a bola foi atravessada de um lado a outro, dentro da área, e foi ele quem aparece para, atabalhoadamente, perder o gol. Talvez o erro tenha sido fazer de Pablo um meia, porque Diego Souza quer ser centro-avante. Não tivemos nem um, nem outro.

Enfim, quando se imaginava que ontem teríamos em campo, finalmente, o time que vai jogar na quarta-feira que vem, para que eles possam folgar no domingo, não tivemos. E não sabemos qual é esse time.

A pré-temporada está acabando. Domingo é o último teste. Que Deus nos ajude.

Derrota fora dos planos, mas condizente com o momento dos times

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo perdeu o clássico, que serviria como termômetro do estágio em que nos encontramos nessa pré-temporada. Mas o resultado foi absolutamente justo e mostrou que o Santos está bem à nossa frente. Curiosamente ele não fez pré-temporada em Orlando, na Florida Cup. Pelo que me consta, jogou um único amistoso – contra o Corinthians, em Itaquera – e já iniciou o Campeonato Paulista. Três jogos, três vitórias.

Não estou aqui para analisar o Santos, mas confesso que fiquei surpreso como Sampaoli conseguiu, em tão pouco tempo, embutir suas ideias e plano de jogo ao elenco e os jogadores assimilares. Mais do que isso, realizarem em campo o que se pediu em treino. Na mesma proporção, me prendendo apenas ao clássico deste domingo, me surpreendeu como Jardine não conseguiu embutir no elenco suas ideias e plano de jogo e os jogadores não assimilarem e, consequentemente, não traduzirem em campo o que eventualmente treinam.

Derrotas fazem parte de qualquer caminhada num campeonato. Mas não podemos aceitá-las passivamente, sem questionarmos ou apontarmos erros. Li um comentário aqui no Tricolornaweb que o time que esteve em campo contra o Santos jogou o mesmo futebol daquele que disputou o segundo turno do Brasileiro de 2018. Fato! Muito bem observado.

Jardine prima pelo futebol ofensivo, posse de bola e marcação alta, ou seja, no campo adversário. Hoje, ele mesmo confessou na coletiva, não ousou atacar tanto e jogou um pouco mais recuado, esperando erros do Santos para contra-atacar. Só que o Santos não errou e o São Paulo tomou um verdadeiro baile no Pacaembu. Não fossem ao menos duas defesas maravilhosas de Thiago Volpi, e o goleada estaria desenhada. Ele falou no primeiro gol, sim, mas salvou o time de algo muito pior.

Helinho justificou o que defendi no editorial pós conquista da Copinha. Apesar de estarmos muito felizes, temos que ter calma e não podemos ficar exigindo que subam esse ou aquele. Helinho é um bom jogador, mas não tem porte físico. Por isso não parte para cima dos adversários como o faz no sub-20. Por isso não defendo a subida de Antony & cia. Vamos dar tempo ao tempo e prepará-los adequadamente, não para vender, mas para ocuparem um espaço considerável no time profissional.

Continuo não me jogando do 25º do prédio, assim como não esgotei estoque das casas de fogos nas duas vitórias anteriores. Ainda há mais dois jogos antes de chegarmos à Libertadores. Vou esperar esse dia.

Para encerrar, um recadinho a Leco, Raí e os demais palpiteiros, que vão entender o que quero dizer: o time não está pronto para jogar qualquer torneio, ao contrário do que os senhores pregam. Jogadores do quilate de Diego (Flamengo), Ganso e Pato caberiam e cabem, sim, no time. Um já renovou o contrato e vocês não trouxeram. Ainda restam dois. Estou de olho.

São Paulo continua sendo aprovado nos testes da pré-temporada

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o São Paulo goleou o Novorizontino nesta quinta-feira, fora de casa. Sim, fora de casa. Isso é o que quero chamar a atenção. Não me lembro, durante as passagens de Dorival Jr e Diego Aguirre, de golearmos alguém em casa. Muito menos fora. Era um tal de 1 a 0 (quando conseguia) e segura o jogo.

É inegável que André Jardine tem viés ofensivo e está implantando isso no time. Se ainda não é possível ver totalmente claro o esquema tático, já dá, ao menos, para sentir essa tendência.

Nos tempos de Aguirre, a preocupação era com a defesa e a marcação. O time jogava com três volantes. Chegou a jogar com três volantes e três zagueiros. Jardine, por sua vez, manteve no jogo desta quinta-feira dois volantes, mas colocou um quadrado lá na frente.

Apesar de Nenê começar aberto pela direita – de onde, inclusive, deu uma linda assistência para Everton marcar o primeiro gol -, Diego Souza vindo de trás, Everton na esquerda e Pablo centralizado, as trocas de posições foram constantes. Ora Pablo voltava e Diego Souza virava referência (foi assim que ele fez o segundo gol); ora Pablo abria por um lado e Nenê centralizava; mesmo Everton não mantinha posição fixa.

Só que, convenhamos, a mudança radical de estilo de jogo de Aguirre para Jardine leva um certo tempo. Demanda muito treino e alguns jogos. Por isso o Campeonato Paulista está sendo muito bom. E não pensem que não quero ser campeão paulista, que estou dando de ombros para esse campeonato. Quero ganhar sim. Quero ganhar todos os campeonatos que participamos: Paulista, Libertadores, Brasileiro, Copa do Brasil. O que tiver pela frente. Se for para disputar só para participar, é melhor não ir. Mas entendo que, contra adversários fracos, temos que nos impor e fazer os testes necessários.

Em resumo, pegamos dois times do interior e goleamos: um em casa e um fora. Nossos maiores adversários derraparam contra esses mesmos times do interior. O único que está emparelhado com o São Paulo é o Santos. Por isso o clássico de domingo será muito bom para testarmos nosso estágio.

E não posso encerrar meu comentário sem deixar aqui minha saudação ao nosso São Paulo, completando hoje 89 anos de existência. Suas glórias vem do passado, voltarão no presente e seguirão no futuro.

 

A pré-temporada continua, agora com duas derrotas e uma vitória

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, tenho que ser coerente com meu pensamento, ou seja, comigo mesmo. Se não me joguei do 25º andar de um prédio por termos perdido do Einstracht Frankfurt e do Ajax, não saí correndo para a casa de fogos para queimá-los em comemoração a “estupenda” goleada que aplicamos sobre o Mirassol.

O que pude constatar é que o time vem mostrando, ainda que lentamente, alguma evolução. Que tivemos um ganho enorme com Pablo no comando de ataque, é patente. Que no time que goleou o Mirassol ainda falta Hernanes, também é fato. Mas nesse caso, a ausência nem foi tão sentida pela bela apresentação de Nenê, responsável por três dos quatro gols do São Paulo.

Reputo os dois jogos da  Florida Cup e os primeiros cinco jogos do Paulista como preparatórios para a partida do dia 06 de fevereiro, em Córdoba, contra o Talleres. Aí sim a pré-temporada terá acabado e entramos no ano para valer. Claro que não podemos nos dar ao luxo de perder jogos no Paulista, porque o regulamento prevê rebaixamento. Mas me pareceria vergonhoso, ainda que Jardine colocasse o time reserva para jogar, que não conseguíssemos classificação para as fases finais.

Sinto que o problema do lado direito permanece. Helinho não ajuda na marcação, Bruno Peres é limitado nesse quesito, o que significa dizer que ainda não encontramos um substituto para Militão. Não sei se Igor Vinicius pode ser esse jogador. Acredito que em pouco tempo Jardine o colocará num jogo do Paulista. Quanto a Bruno Peres, muito ruim lá atrás, mas ajuda bem lá na frente. Mas precisamos de um lateral, não de um jogador de frente.

Pablo, disse na coluna “Sobe e Desce”, me lembra muito o estilo de Careca, um dos melhores centroavantes que vi em minha vida. Não estou cometendo o deslize de falar que o futebol de ambos se equivale. Disse que lembra o estilo. Não fica fixo, sai bem da área, abre espaços, é rápido, tem bom impulso, tem técnica, enfim, esse setor do time que nos deixava sem velocidade ano passado foi arrumado.

Acho que, ao menos no Paulista, André Jardine poderia fazer um teste: colocar Hernanes no lugar de Hudson. Fixaria Jucilei à frente da zaga, prenderia um pouco mais os laterais – quando um desce o outro fica – e deixaria Hernanes como segundo volante, com ótima chegada lá na frente, dividindo com Nenê a função de armador do time. Se der certo, teremos um meio de campo com Jucilei, Hernanes e Nenê. Fazendo Helinho e Everton voltarem para ajudarem na marcação por seus lados, acho que é bem possível arriscar.

Vamos ver a próxima partida contra o Novorizontino, mais um jogo da nossa pré-temporada de luxo. E seguimos a vida.

Mais uma derrota, mas ainda é o começo do trabalho

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, ninguém gosta de perder, mas não podemos determinar o final de 2019 no segundo jogo da pré-temporada. Vi comentários de “fora Jardine”, “vamos brigar para não cair”, “Raí montou um elenco horrível”, “Biro-Biro não presta”, “Thiago Volpi não fez uma defesa difícil, tomou todas que foram para o gol”. Calma lá!

Podem me xingar, falar que sou cego, seja o que for, mas querer pregar o cáos no segundo jogo do ano, numa pré-temporada, aí já é demais. Em 2016, com Rogerio Ceni como técnico, fomos campeões desta Florida Cup. Depois chegamos voando no Paulista, goleando todos que vinham pela frente. Até tomar de 3 a 0 do Palmeiras e o mundo cair. Daí para a frente, brigamos sempre para não cair.

O que quero dizer é o seguinte: ou se faz uma pré-temporada condizente ou fica treinando em Cotia, sem jogar contra ninguém, e deixa para ver como está o elenco a hora que estiver valendo alguma coisa.  E vou justificar minha tese: no primeiro tempo, enquanto o time titular esteve em campo, ganhamos de 1 a 0 do Ajax e o time holandês não teve uma única chance de gol. No segundo tempo, com o time completamente reserva, perdemos de 3 a 1. Mas o que se imaginava: que o time reserva do São Paulo fosse ganhar do titular do Ajax?

E não adianta xingar o Jardine porque mudou todo o time. A Florida Cup, para nós, brasileiros, é para isso. É para testar e dar ritmo a todos os atletas. E foi o que ele fez.

Parece estar claro que ele tem bem definidos nove dos 11 titulares. Até que Rojas volte, o time terá Bruno Peres, Arboleda, Jucilei, Hudson, Hernanes, Helinho, Pablo e Everton. As dúvidas ficam no gol, pois numa partida jogou Thiago Volpi e na outra Jean; e na zaga, pois ele quis ver Anderson Martins, mas acredito que jogará Bruno Alves.

Do time titular: Hernanes está começando a entrar no ritmo e se entrosar com o time; Pablo idem; os demais jogadores, que já vem do ano passado, também estão entrando no ritmo. Não esqueçam que o elenco se reapresentou quinta-feira da semana passada, viajou na sexta-feira, treinou sábado, domingo, segunda, terça e quarta-feira, jogou quinta-feira, treinou sexta-feira e jogou no sábado. Então foram seis dias de treino ao todo desde a reapresentação.

Agora será uma semana inteira, já em São Paulo, para treinamentos, no CT da Barra Funda, para jogar sábado, contra o Mirassol, pelo Campeonato Paulista. Serão cinco jogos pelo Campeonato Paulista (Mirassol, Novorizontino, Santos, Guarani e São Bento) para então jogarmos na Argentina, pela Libertadores.

Portanto, vamos guardar nosso stress e possíveis críticas ao trabalho para os jogos da Libertadores, pois até lá, para mim, será uma grande preparação, com treinos – alguns valendo, outros não – para dar conjunto ao time. Um conjunto não tão difícil de pegar, afinal a diretoria conseguiu manter todos os titulares que jogaram no ano passado. Um passo à frente na preparação.

Estreia não foi a esperada. Mas vamos com calma

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, ninguém gosta de iniciar o ano perdendo, quanto mais quando terminamos o outro ano também com derrota. Mas temos que entender que o time alemão esta no auge, no meio da temporada, enquanto o São Paulo está em pré-temporada, com jogadores ainda sendo apresentados um para o outro.

Nâo vou fazer comentário individual sobre os jogadores, ou mesmo sobre o jogo, porque depois de 15 anos, é a primeira partida do São Paulo que perco. Estava em Juína,, a 720 quilômetros de Cuiabá (MT), prestando uma consultoria de comunicação, e encarei 12 horas de viagem de ônibus de volta desta cidade a Cuiabá para pegar o vôo para São Paulo. Só que o jogo foi disputado exatamente no momento em que eu estava em trânsito e internet, nessas estradas, nem por sonho.

Quero agradecer o Jeferson Fernandes, que assistiu a Helo Cavalari na confecção das notas dos jogadores.

Com base no que li, parece que Anderson Martins não pode ser titular, que Bruno Peres continua o mesmo, que Hudson também não evoluiu e que os reforços, como Hernanes e Pablo, precisam de tempo para adaptação. Também li que Nenê voou em campo e que Bruno Alves tem que ser titular da zaga, ao lado de Arboleda.

Está muito difícil falar essa palavra para a torcida do São Paulo, mas: CALMA! Não vamos desde já fritar contratações, diretoria e técnico. Esse é o grande mal da nossa torcida – e me incluo nela – . Ou tem vitórias consecutivas, com apresentação de gala, goleando, ou não serve. E as coisas não são assim.

Amanhã, contra o Ajax, mais um teste. Vamos ver o que nos aguarda.

 

 

Um argentino pela frente e depois, bem depois, o grupo da morte

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, como se diz na gíria, foi “azar de goleiro”. O sorteio da Libertadores não poderia ter sido pior para nós. Enquanto a maioria dos times do Pote 1, da segunda fase, pegaram times mais fracos, nós caímos com o Talleres. É forte? Não, tipo Defensa y Justicia e outros iguais. Mas é argentino. E isso basta. E já fomos eliminados numa Sul-Americana dentro do Morumbi por um desses pequenos argentinos.

Mas vamos lá. Imaginemos que vamos passar pelo Talleres. Aí virá ou o Palestino ou o Independiente de Medelim. Até aí tudo bem. O susto é menor e não imagino o São Paulo eliminado por times pequenos do Chile ou da Colômbia. Será o fim da temporada em pleno mês de fevereiro.

Então chegamos à fase de grupos. E teremos como adversários o atual campeão da Libertadores, River Plate, que não bastasse por si só ser o detentor do título, também é argentino; o Internacional de Porto Alegre, de quem não conseguimos ganhar este ano no Brasileiro – empatamos no Morumbi e tomamos uma surra no Sul -; e o Alianza Lima, do Peru. Este, em minha opinião, que deverá ser o fiel da balança para se fazer pontos e saldo de gols, pois a briga estará centrada em River, Inter e, hipoteticamente, São Paulo.

Mas podemos colocar somente “azar” em nosso caminho? Claro que não. Fosse diferente nossa postura no segundo turno do Brasileiro e estaríamos na fase de grupos, não precisando nos desgastar com Talleres & cia. Poderíamos, até, galgar uma cabeça de grupo, o que facilitaria ainda um pouco mais o caminho. Mas não. Teremos esse caminho tortuoso e cheio de pedras por nosso próprio mérito.

Por outro lado, passando para a fase de grupos e conseguindo a classificação para a sequência, o que implicaria dizer que deixaríamos ou River ou Inter de fora, nos encherá de moral e manterá o embalo do time, num período do ano onde se indica crescimento natural da atividade física e do conjunto.

Entretanto, para chegarmos a algum lugar, é inevitável reforçar o elenco. Nesta segunda-feira já veio uma grande notícia: Pablo, do Athlético-PR vai ser anunciado ainda esta semana. Os números são muito altos para o investimento. Mas, para quem almeja voltar a ser protagonista, e não apenas coadjuvante, não quer saber de valores, mas de qualidade. E eu estou nesse time. Portanto, seja bem vindo, Pablo. E que outros desse nível para cima ainda cheguem. A torcida paga o investimento.

Final melancólico de um campeonato que poderia ter terminado em festa

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, o final de Campeonato Brasileiro do São Paulo foi completamente melancólico. Perdeu da Chapecoense jogando o mesmo futebol patético que jogou contra Vasco, Sport e até o Cruzeiro. Ganhou dos mineiros, mas não mereceu.

Indago: não há um pinguinho de vergonha nesse time do São Paulo? Será que eles tem essa mesma má vontade quando vão ao banco sacar o salário?

Lembem-se que no primeiro turno, o que chamava a atenção e era o diferencial do time eram garra, vontade, determinação, que chamávamos de raça uruguaia que Aguirre tinha implantado no time. Se na técnica não ia, resolvíamos na vontade. Enchia os olhos ver como Jucilei e Hudson se acabavam na frente da zaga, Militão e Reinaldo se desdobravam nas laterais, Rojas e Everton eram um inferno pelas pontas, Nenê dava combate e armava com maestria para Diego Souza completar.

Hoje temos um time apático, que entra em campo pouco se lixando com o resultado. E não me venham falar que perdeu com gol roubado, porque o cara da Chapecoense estava impedido. Não fosse esse, sairia outro. O São Paulo não fez por merecer nada melhor do que a derrota. Não conseguimos chutar a gol. Nenê tentou duas vezes: um “recuo” para o goleiro e outro que foi parar  na bandeira de escanteio. E foi só.

Outra desculpa que poderia ser dada: o time ficou sabendo do gol do Grêmio. Um motivo a mais para ir para cima e tentar ganhar, pois se surgisse o empate em Porto Alegre, a vitória nos colocaria no G4. Não. Fizeram nada. Sangue de barata.

O pior é olhar para a frente e ver o que nos espera em 2019. Tenho falado constantemente que precisamos voltar a ser protagonistas. Entrar nos campeonatos como mero coadjuvantes não serve para o peso da camisa do São Paulo. Mas não vejo nada que possa me alegrar.

Vão me chamar de incoerente, pois sempre disse que lá atrás pensávamos que lutaríamos para não cair; depois para brigar por uma vaga na Sul-Americana; então passamos a sonhar com a Libertadores; veio a liderança e o sonho do título. Voltamos à nossa realidade. E só não ficamos pior porque Aguirre tirou leite de pedra e fez um primeiro turno perfeito com o time. O segundo turno, provavelmente, tenha sido a nossa realidade. Se esse quadro real tivesse perdurado o campeonato, talvez hoje estaríamos aqui lamentando uma vergonha maior ainda.

Leco, que vai muito bem na administração do clube, vai muito mal na parte esportiva. Por mais que tenha montado uma diretoria de respeito no futebol, parece que não deu liga. Alguma coisa tem que ser feita, de maneira urgente. Raí e Lugano continuarão. Ricardo Rocha vai sair. Por que não trazer Muricy Ramalho para assumir a gerência de futebol? Por que não trazer Carlinhos Neves para ser nosso preparador físico? Por que não pensar em Turíbio Leite e Luis Rosan para o Reffis? Por que não remontar essa comissão técnica que foi amplamente vitoriosa na década passada?

Chega de achar que os senhores são maiores que o clube. Ninguém, absolutamente ninguém é maior que a instituição São Paulo. E essa instituição está pedindo socorro há anos. Salvem enquanto é tempo.

Despedida melancólica do Morumbi de um time que se imaginava campeão

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, é duro de acreditar, mas é verdade: o São Paulo, um time que ousou um dia se imaginar campeão do Brasileiro de 2018 -e  pior, iludiu a torcida – se despediu melancolicamente do Morumbi neste ano com um empate em 0 a 0 contra o Sport, que luga desesperadamente para fugir do rebaixamento. Mas hoje é o antepenúltimo colocado do campeonato.

A noite teve requintes de crueldade, porque, além da ruindade absoluta do time, ainda tivemos Nenê perdendo uma cobrança de pênalti. Aliás, se puxarmos na memória, ele já vinha batendo mal as penalidades. Algumas vezes falou pouco para o goleiro defender. Hoje coroou essa sequência e perdeu aquele que seria o gol da vitória do São Paulo.

O primeiro tempo foi muito amarrado. O Sport armado para se defender e tentar levar um ponto de São Paulo para Recife e o São Paulo não sabendo como abrir a retranca adversária. Um chute de Helinho, uma chance perdida por Nenê, outro de Jucilei, uma cavada de pênalti de Reinaldo – não foi – quando poderia ter feito o gol, e foi o que tivemos. O time não conseguia penetração, não criava nada, a não ser as que citei.

No segundo tempo o time veio mais aceso. Prensou o Sport em seu campo, passou a arriscar mais chutes de média distância, principalmente com Helinho. Liziero era quem mais procurava armar o jogo. Aliás, ele fez boa partida. Sofreu o pênalti que Nenê perdeu.

Encontrei destaque individuais no time, como Arboleda, Liziero e Helinho (no segundo tempo). A substituição de Jardine, tirando Helinho e colocando Antony acabou com a única jogada que o São Paulo ainda conseguia produzir, quando ele trazia da lateral para o meio do campo e batia de perna esquerda, sempre levando perigo.

De resto, um horror. Reinaldo e Araruna exageraram na dose de cruzar no corpo dos adversários. Diego Souza não queria marcar, preferia servir, mas ninguém conseguia complementar para gol. Nenê, a decepção. Correu, buscou a bola, eu até iria destacar essa sua participação ativa no jogo, apesar dos passes errados, mas o pênalti perdido é indesculpável.

No final do jogo, os 15 mil pagantes que apoiaram o time o jogo todo, cantando e gritando, passaram a chamar o time de amarelão e deram uma sonora vaia em todos. Merecida. Até porque mais um ano que sonhamos com alguma coisa e vamos nos contentar com a Pré-Liberadores. E um sofrimento que começa agora, pois só duas coisas estão faltando para nossa humilhação total e nos igualar aos nossos rivais: ser rebaixado (não seremos) e sermos eliminados na Pré-Libertadores. Aí já não posso apostar minhas fichas de que não seremos.

O time não é horrível, mas foi medonho.

Amigo são-paulino, leitor do Tricolornaweb, que futebol grotesco, digno de vergonha, o que o São Paulo apresentou no Rio de Janeiro nesta quinta-feira. O interessante é que até começou bem o jogo, dominando, tentando encurralar o Vasco em seu campo. Mas bastou uma falha ridícula de Jucilei, completada pelo Hudson, para o Vasco marcar seu gol e desmoronar qualquer esquema do São Paulo.

É impressionante como conseguimos nos abater e perder o foco jogando contra um timinho como é o do  Vasco, que está lutando para não cair novamente. E conhecemos São Januário. Lá tudo acontece. Nesta noite a invenção foi murchar as bolas. Ridículo. Coisa de time pequeno, como o Vasco se tornou. Mas não foi por isso que perdemos. Foi por ruindade absoluta mesmo.

Acho que Jardine entrou com o time correto. Não tinha Bruno Alves e Anderson Martins estava voltando de contusão. Sobrou Rodrigo Caio. Não tinha Diego Souza, Brenner e Gonzalo Carneiro. Sobrou Trellez. Não tinha Rojas. Sobrou Helinho. De resto, o time é isso daí. Não se acrescenta nada.

E, convenhamos, um time que liderou boa parte do primeiro turno e era tido por muitos como o grande favorito ao título, não pode virar uma pereba de uma hora para a outra. Não podemos contestar jogadores como Arboleda, Jucilei, Nenê, Diego Souza, Rojas e Everton. Mas saiu do eixo, e isso é fato.

No segundo tempo tivemos mais de 60% de posse de bola, mas com dois chutes na direção do gol – de Reinaldo e Nenê cobrando falta – e mais nada que colocasse o Vasco em risco. E merecedores, tomamos o segundo gol.

Analisando o time. O lado esquerdo foi vergonhoso. Reinaldo, que desde que foi chamado de Kingnaldo passou a carregar uma máscara maior do que ele, voltou a ser o  Tiririca. Quer ser o faz tudo do time e não faz nada certo. Deu um belo chute a gol, é verdade. Poderia ter marcado um golaço. Mas no resto do jogo cruzou todas as bolas nas pernas do marcador, errou passes, teve lances bisonhos. Everton, por sua vez, fez sua pior partida pelo São Paulo.

Criticam Diego Souza, dizem que com ele jogamos com um a menos. E com o Trellez: jogamos com quantos a menos?

Jucilei ficou perturbado. O erro que custou o primeiro gol fez com que ele errasse o jogo inteiro. Não que Hudson estivesse muito melhor, mas só saiu porque estava com cartão amarelo. Aliás, saiu para entrar Shaylon. No papel, grande alteração, de um técnico que não tem medo, que vai para cima. Na prática uma lástima, porque Shaylon não se convenceu ainda que é um jogador de futebol e que joga no São Paulo, no time profissional.

Nosso lado direito também padeceu de qualidade. Bruno Peres não se encaixou no São Paulo. Helinho não se convenceu que não pode viver de um gol que fez na estreia e que joga no time profissional. Assim sendo, tem que correr o tempo todo, não ficar com as mãos na cintura.

Nessa mediocridade – no sentido de muito ruim – toda sobraram os zagueiros. Rodrigo Caio até fazia uma boa partida, mas falhou no gol. Arboleda acabou se salvando. Esse joga sempre sério. E Jean… Bem, continuamos sem goleiro.

Já estou me conformando com o G5. Essa rodada nos dava a grande oportunidade de ficarmos no G4, empatados com o Internacional, que está em terceiro. Ou seja, nas duas últimas rodadas, dois times brigariam por duas vagas no G4. Mas nós estaríamos em vantagem. Agora o sonho acabou. Acho que vamos ganhar do Sport, mas também acho que o Grêmio ganhará do Vitória na Bahia. Acho que o Grêmio ganhará do Corinthians em Porto Alegre, mas também acho que o São Paulo não ganhará da Chapecoense em Chapecó. Portanto, bem vinda Libertadores. Ou melhor: bem vinda pré-Libertadores. Espero queimar a minha língua.