Trocar de técnico na Libertadores não é o fim do mundo. SP foi até campeão

Com a classificação indefinida para as oitavas de final da Libertadores, o São Paulo trocou seu treinador no meio da temporada. Muricy Ramalho deixou o clube com problemas de saúde e, agora, a equipe terá de escolher um novo comandante na busca pelo quarto título continental. Mas, o que pode parecer o fim do mundo e uma provável eliminação, pode significar o sucesso na competição.

Em cinco oportunidades, clubes brasileiros trocaram o treinador durante a campanha e foram campeões depois — inclusive o time do Morumbi, em 2005. Além do São Paulo, Santos (2011), Internacional (2010), Cruzeiro (1997) e Flamengo (1981) também viveram essa situação no meio da trajetória vitoriosa. No total, o Brasil levantou a taça da Libertadores 17 vezes — ou seja, quase 30% dos títulos vieram após mudanças.

O São Paulo viveu essa situação há exatos dez anos. O trabalho de Paulo Autuori foi iniciado por Emerson Leão, que comandou o time são-paulino nos quatro primeiros jogos e, por escolha própria, deixou o clube rumo ao Japão. Milton Cruz chegou a treinar o time em uma partida, como interino (o roteiro se repetirá nesta edição da Libertadores, também na quinta partida).

O retrospecto recente dos brasileiros aumenta a esperança do torcedor do São Paulo. Depois da conquista de 2005, o Brasil conquistou mais cinco títulos, com duas trocas de técnicos na campanha: o Inter, em 2010, e o Santos, em 2011. O time gaúcho trocou Jorge Fossatti por Celso Roth entre as quartas e a semifinal.

A diretoria santista, por sua vez, demitiu Adilson Batista, que esteve à frente do time apenas na estreia do torneio, no empate sem gols contra o Deportivo Táchira, na Venezuela. O interino Marcelo Martelotte ainda comandou a equipe em três jogos, antes de Muricy Ramalho assumir o cargo, ainda na primeira fase.

Cruzeiro e o Flamengo também já foram campeões após trocas de treinadores. Em 1997, os mineiros começaram o trabalho com Oscar Bernardi e terminaram com Paulo Autuori. O ex-zagueiro só esteve à frente do time na estreia (derrota para o Grêmio por 2 a 1, no Mineirão). Há 34 anos, na campanha do título rubro-negro, Dino Sani dirigiu o time duas vezes antes de Paulo César Carpegiani levar a equipe à conquista continental depois de mais 12 confrontos.

Do início ao fim

Nos últimos seis títulos brasileiros, três times não trocaram de treinador. O Atlético-MG sagrou-se campeão em 2013, com Cuca. O Corinthians, um ano antes, levantou a taça com Tite à frente do elenco. Já o Inter garantiu seu primeiro título da Libertadores sob o comando de Abel Braga, em 2006.

A lista de campeões sem mudanças no comando ainda traz Santos (Lula, em 1962/63), Cruzeiro (Zezé Moreira, em 1976), Grêmio (Valdir Espinosa, em 1983), São Paulo (Telê Santana, em 1992/93), Grêmio (Luiz Felipe Scolari, em 1995), Vasco (Antônio Lopes, em 1998) e Palmeiras (Luiz Felipe Scolari, em 1999).

 

Fonte: Uol

Um comentário em “Trocar de técnico na Libertadores não é o fim do mundo. SP foi até campeão

  1. Sim!

    É só não contratar o Abel Braga… com um treinador taticamente mais completo, temos chance.

    Não precisamos simplesmente de um “escalador de times”.

    Precisamos de um técnico com mais conhecimento tático e com o perfil de “professor” mesmo, que cobre fundamentos, comprometimento tático..

    E depois de Telê Santana, não tivemos mais nenhum técnico que possamos chamar realmente de professor.

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