O comunicado foi emitido na tarde desta terça-feira pelo site do STJD, que ressalta as possibilidades de punição: pagamento de multa, impedimento de contratar em uma ou duas janelas de transferências, perda de pontos e rebaixamento para a divisão imediatamente inferior. Essa última possibilidade tem tirado o sono dos torcedores do Tricolor, mas é vista como distante pelos responsáveis por defender o clube no caso.

A sessão com a Primeira Comissão Disciplinar está agendada para as 17h de segunda-feira, véspera das eleições presidenciais do São Paulo. A contratação de Maidana, inclusive, foi um dos fatores responsáveis para que o pleito precisasse ser realizado às pressas, já que as irregularidades no negócio foram atribuídas ao então presidente Carlos Miguel Aidar, que renunciou ao cargo na semana passada.

Os tricolores desembolsaram R$ 2 milhões para comprar 60% dos direitos econômicos do zagueiro de 19 anos, em tratativas que envolveram a empresa Itaquerão Soccer. O grupo de investidores já havia pagado R$ 400 mil para tirar a promessa do Criciúma e a inscreveu por apenas dois dias no Monte Cristo, da Terceira Divisão de Goiás, até chegar ao São Paulo. A participação de terceiros em transferências é ação proibida pela Fifa desde maio e motivou a denúncia do STJD. Além disso, a promotoria do tribunal considerou o modelo de transação “inusual”.

Confira a nota oficial emitida pelo STJD:

“O Superior Tribunal de Justiça Desportiva agendou para a próxima segunda, dia 26 de outubro, o julgamento do processo envolvendo o atleta Iago Maidana e os clubes São Paulo, Criciúma e Monte Cristo. O processo será julgado pelos Auditores da Primeira Comissão Disciplinar em sessão agendada para às 17h. Iago e os clubes envolvidos foram denunciados por descumprimento do Regulamento Nacional de Intermediários e correm risco de multa alta, além de suspensão de registros de novos atletas por até dois anos, perda de pontos e até rebaixamento de divisão”.