Sem reforço, camisa 11 fica com Ademilson em definitivo na temporada

A diretoria do São Paulo deixou a camisa 11 vaga desde o início do ano à espera de uma contratação que a preenchesse. Mas o reforço considerado capaz de carregar o número, tradicionalmente de um titular, apareceu no próprio elenco: Ademilson, que aos 18 anos assume o uniforme que era de Marlos – desde janeiro no Metalist, da Ucrânia – por ter feito três gols em quatro jogos como titular.

“É um reconhecimento não só para o atleta, mas também para o clube. O Ademilson é mais um jogador formado nas nossas categorias de base que promete ter uma carreira vitoriosa”, projetou o diretor de futebol Adalberto Baptista, que até posou para fotos ao site oficial do clube entregando a nova vestimenta ao atacante.

O jovem goleador atuava nos profissionais com o número 29. Mas usou a 11 na última quarta-feira, contra o Bahia, já que a Conmebol não permite camisas além da 25 na inscrição para a Copa Sul-americana. Como fez o gol que fechou a vitória por 2 a 0 em Salvador, ratificou capacidade para ser dono do uniforme, que no início do ano era reservado para Nilmar.

“Deu sorte no primeiro jogo e espero marcar muitos gols ainda com essa camisa. Fiquei feliz com a mudança. O Adalberto disse que é uma premiação. Se ele acha isso, é porque estou merecendo. Mas não posso achar que acabou aí. Tenho que honrar e corresponder da melhor maneira possível”, discursou Ademilson, que tem encantado Ney Franco.

“O Ademilson não está sentindo a camisa do São Paulo. Entrou no time, bateu no peito, chamou a responsabilidade. Ele não está se escondendo. É um jogador preparado para vestir a camisa do São Paulo, vai atender na parte técnica como grande opção no elenco para jogar desde o início ou ser opção de banco”, apostou o técnico.

Ademilson só ganhou chance entre os titulares porque Lucas está na Seleção Brasileira e Osvaldo continua tratando estiramento na coxa esquerda. Embora o próprio garoto sonhe em jogar com Lucas e Luis Fabiano juntos, ele deve voltar ao banco quando acabarem os Jogos Olímpicos. Mas o treinador avisa: seu futuro é próspero.

“Além de fazer gols, que é uma das principais funções do atacante, ele não deixa os zagueiros e volantes do adversário jogarem quando não temos a bola, ajuda muito na parte tática com a marcação. Por já ter trabalhado com ele na Seleção, minha perspectiva é de que se firme no cenário do futebol nacional”, falou o ex-técnico da Seleção sub-20.

Enquanto Lucas não volta, Ademilson sonha em balançar as redes do Morumbi pela primeira vez neste domingo, contra o Sport. Na casa são-paulina, o agora dono da camisa 11 já sentiu o gosto de ter seu nome gritado efusivamente por quase toda a torcida ao brigar pela bola no lance do terceiro gol da vitória por 4 a 1 sobre o Flamengo, além de boa movimentação no jogo todo.

“É um estádio especial. Já joguei algumas vezes lá, mas ainda não marquei. Vou seguir trabalhando forte e focado como eu sempre fiz para tentar marcar este primeiro gol no Morumbi. Mas o importante será a nossa equipe vencer e continuar subindo no Brasileiro”, discursou Ademilson.

Fonte: Gazeta Esportiva

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