Sem “compensar” defesa, ataque definha e afasta São Paulo da ponta

Após o empate por 2 a 2 com o Flamengo, na quarta-feira, no Morumbi, o técnico Muricy Ramalho defendeu sua zaga, que soma 30 gols sofridos no Brasileiro – oito deles nas últimas três rodadas. Para o técnico, seu time joga no ataque e ser vazado faz parte do pacote escolhido. O problema é que o setor ofensivo, o segundo melhor do torneio, definhou e não tem conseguido compensar os esperados problemas da zaga.

Com os três tropeços seguidos – derrotas para Coritiba (3 a 1) e Corinthians (3 a 2), além da igualdade com o Flamengo –, o São Paulo caiu para a terceira posição na tabela e viu a vantagem do Cruzeiro subir para nove pontos, igualando a maior distância do Tricolor para a ponta na competição (12ª, 13ª e 18ª rodadas).

Depois de bater e encostar no líder na segunda partida do returno, Muricy viu seu festejado quarteto ofensivo se desfazer. Kaká, suspenso, não pode enfrentar o Coxa. Pato, ainda vinculado ao Corinthians, ficou fora do clássico. Quando os teve novamente juntos a Ganso e Alan Kardec no duelo com os rubro-negros, a produção ficou bem abaixo do que eles costumam apresentar.

Até a reestreia de Kaká, contra o Goiás, pela 12ª rodada, o São Paulo mantinha média de 10,8 finalizações por partida. Com o meia, o time chegou a 12,5 arremates após a vitória sobre o Cruzeiro. Nos três confrontos seguintes, entretanto, o número desabou para magros 4,6 e dos cinco gols marcados, só um, o de Luis Fabiano contra o Flamengo, foi anotado por um atacante.

Ao mesmo tempo, a defesa começou a sofrer como nunca: a equipe sustentava média de 1,04 gol contra por jogo antes da 22ª rodada, bem mais aceitável do que os 2,6 dessa derrocada recente. Nada que faça Muricy mudar a filosofia atual.

– No futebol você tem de escolher. A gente tem o segundo ou terceiro melhor ataque. E todo time que é ofensivo, abre atrás. Só vamos jogar dessa maneira – afirmou ele, no Morumbi, quarta.

– É uma fatalidade. Até o jogo contra o Cruzeiro estávamos muito bem. O Muricy amanhã (sexta-feira) vai conversar com todos os jogadores, vai organizar essa questão. Não podemos tomar tantos gols, principalmente na bola parada – disse o volante Denílson.

Contra o Flamengo, a formação titular com Kaká, Ganso, Pato e Kardec perdeu seus primeiros pontos – eram sete vitórias até então – e teve sua pior performance. Juntos, finalizaram apenas quatro vezes na meta de Paulo Victor. Não à toa, Muricy gastou suas três substituições para desmanchar o quarteto – só Kaká terminou a partida em campo.

Neste sábado, o São Paulo volta ao Morumbi às 21h (de Brasília) para receber o Fluminense, que não vence há três jogos e marcou só dois gols no período. Alvaro Pereira, que estava suspenso na quarta, fica à disposição do treinador.

Fonte: Globo Esporte

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