São Paulo conta prejuízo da enchente e dirigente afirma: ‘Parecia um tsunami’

A tempestade que castigou a cidade de São Paulo na última quinta-feira deixou muitos danos na sede social do São Paulo, anexa ao Morumbi. A área foi tomada pela enchente. Um muro, de 2m de altura, que servia de proteção contra inundações, desabou por conta da força d’água.

O vice-presidente social e de esportes amadores do clube, Roberto Natel, afirma que praticamente todas as áreas do complexo foram afetadas. Segundo o dirigente, o prejuízo ainda é incalculável.

–  Nós tínhamos a parte da cozinha, que fizemos um mês atrás, que acabou por conta da água. Os ginásios 1 e 5, que estávamos colocando piso de madeira, ficaram sob água. Na sala de carteado, o piso subiu 30 centímetros. Tem a sala de fisioterapia, lanchonete, ginásio 4, sala de sinuca, as máquinas que cuidam da piscina… tudo isso foi embora. Estamos tomando providências, limpando tudo, vendo se os equipamentos de fisioterapia não quebraram – declarou Roberto Natel.

O vice diz que o Tricolor precisará de dez dias para se recuperar do problema. Acerca da magnitude da tragédia, o dirigente se impressionou.

– Dessa vez, a água estourou o muro. Parecia um tsunami, onde passava, levava – completou o dirigente.

Na parte interna, os vestiários do time profissional e o de uma academia foram afetados, contudo, até ontem já haviam sido limpos e recuperados. Neste sábado, o gramado não foi afetado e estará em boas condições.

O vice de futebol João Paulo de Jesus Lopes fez duras críticas aos órgãos públicos pela tragédia. A região costuma sofrer com enchentes.

– A responsável é a Prefeitura. Tem quatro piscinões a serem feitos, a canalização do córrego Pirajussara, o prolongamento da perimetral e a linha-17 do metrô, que não sai. A Prefeitura está fugindo das desapropriações e até o momento não executou as obras. A causa da enchente? É o atraso. Estou chamando a atenção para obras que estão programadas, mas não saíram do papel – disse.

Memória

No clássico entre São Paulo e Palmeiras, válido pela décima rodada do Campeonato Paulista de 2011, disputado no dia 27 de fevereiro daquele ano, um temporal castigou o campo e as arquibancadas do Morumbi.

Marcado para às 16h, a partida iniciou com mais de uma hora de atraso. Um problema no escoamento da água que caía na arquibancada alagou os setores. Muitos torcedores até improvisaram “piscinas” e se divertiram no local.

Após o apito inicial, várias poças d’água eram evidentes em campo, afetando o espetáculo. O Choque-Rei terminou empatado em 1 a 1. Fernandinho abriu o placar para o Tricolor e, no fim do jogo, Adriano Michael Jackson deixou tudo igual no marcador.

BATE-BOLA

Roberto Natel
Vice-presidente social e de esportes amadores do São Paulo, ao LANCE!Net

LANCE!Net: Como está sendo feita a limpeza? O clube já está construindo outro muro para evitar enchentes?
Roberto Natel: Já começamos a limpar o clube inteiro. Contratamos caminhões-pipa para lavar a sede social toda. Trouxemos máquinas para tirar tudo (o entulho), para abrir o setor e fazer outro muro neste local.

L!: Com relação à Prefeitura, como o clube se posicionou?
RN: O objetivo é acertar a casa. É arrumar, deixar tudo em ordem. Com relação à Prefeitura, os culpados são as autoridades, como não aconteceu (enchente) só aqui, como em outras áreas da cidade também. Aqui já tem um antepassado. É falta de estrutura. Falta agilidade das autoridades.

L!: Como os sócios foram avisados sobre a interdição temporária?
RN: Soltamos um e-mail para todos os sócios. A própria televisão acabou ajudando, saiu nos jornais e os sócios já acabaram não vindo.

L!: Como está o estado do campo?
RN: O gramado não ficou debaixo d’água, pois a água caia no fosso.

L!: E as lojas no estádio do Morumbi? Todas funcionaram normalmente sexta-feira?
RN: A única que não abriu foi a Companhia Atlhetica (por conta dos danos nos equipamentos). Os outros estabelecimentos compareceram.

Fonte: Lance

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