São Paulo coleciona falhas defensivas e toma 11 gols em oito partidas

– Coloco também como erro o segundo gol sofrido, que se a defesa estivesse bem protegida, não aconteceria. O Ronaldo chegou com muita facilidade na linha de fundo para fazer o cruzamento.

A frase acima foi dita por Ney Franco, ainda no Independência, após a derrota para o Atlético-MG. Os dois gols sofridos pelo São Paulo surgiram em lances que a equipe falhou na marcação dos adversários. Apesar do ano estar apenas no início, o fato tem virado rotina no Tricolor.

Já foram 11 gols sofridos em apenas oito partidas. Na Libertadores, são seis em três confrontos. Muitos desses, além do mérito dos jogadores rivais, o São Paulo não foi eficiente o necessário para se defender.

Os erros têm custado pontos importantes ao clube. Por não estar entre os oito primeiros colocados do Paulistão Chevrolet (tem dois jogos a menos), Ney Franco afirmou que pretende usar força máxima nas próximas três partidas para se recuperar na competição estadual.

Depois, a equipe terá pela frente o The Strongest (BOL) no Morumbi. Partida que ganha ar de decisão já que a meta é somar seis pontos nos dois duelos em casa, contra os bolivianos e o Arsenal (ARG) para não correr riscos de uma eliminação precoce na Libertadores da América.

Alvo de críticas, Rhodolfo relembra dos problemas da equipe em 2012 e quer que o ano passado sirva de exemplo para a atual temporada:

– Tínhamos um problema no ano passado, treinamos bastante e conseguimos corrigir. Temos de treinar mais, ver os erros e corrigir – declarou o camisa 4, referindo-se a diversos gols tomados de bola parada durante o Brasileirão (veja abaixo).

Para resolver a situação, Ney Franco disse que vai conversar com os jogadores e intensificar os treinamentos. Como o próximo jogo já é neste sábado, contra o Ituano, pouco tempo haverá para corrigir as falhas.

Ao menos publicamente, nenhum jogador aponta um responsável pela falha ocorrida. Pelo contrário, os atletas isentam os zagueiros com o discurso de que a marcação começa no campo de ataque.

O esquema tático não deve ser alterado no momento. Ney Franco está convicto de que os pontas são necessários e é a melhor formação para o seu time. A ideia do treinador é mexer o mínimo possível na equipe para que os atuais titulares ganhem entrosamento e os erros diminuam rapidamente.

Gols sofridos em 2013

Bolívar 1×3 São Paulo
30/1 Paulo Miranda domina mal a bola na intermediária, Lizio toma do camisa 13 e serve William Ferreira, que bate cruzado e diminui para os bolivianos em La Paz.

Bolívar 2×3 São Paulo
30/1 Cabrera recebe cruzamento da direita e cabeceia livre no segundo pau para diminuir.

Bolívar 3×3 São Paulo
30/1 Após falta cobrada por Lizio pelo lado direito, novamente o zagueirão Nelson Cabrera sobe mais alto que a defesa são-paulina e desvia de cabeça no canto esquerdo de Ceni.

Bolívar 4×3 São Paulo
30/1 Ferreira recebe lançamento às costas de Rhodolfo e tenta dar um chapéu no camisa 4, que infantilmente coloca a mão na bola e comete pênalti. O próprio Ferreira cobra bem e vira para o Bolívar.

Santos 1×0 São Paulo
3/2 Guilherme Santos cruza rasteiro da esquerda, Neymar domina e toca para Miralles que, livre de marcação após vacilo de Lúcio, finaliza no canto direito de Denis para abrir o placar na Vila Belmiro.

Santos 2×0 São Paulo
3/2 Wellington perde a bola na frente, Neymar é acionado e puxa contra-ataque. O santista invade a área e Paulo Miranda dá um carrinho, derrubando-o. O próprio Neymar cobra a penalidade e amplia.

Santos 3×1 São Paulo
3/2 Após o Tricolor ter conseguido descontar com Jadson, Neymar cobra escanteio curto para Montillo. O argentino devolve no pé da Joia, que cruza para a área. Miralles, sozinho depois de ser largado por Denilson, cabeceia e decreta a vitória.

Atlético-MG 1×0 São Paulo
13/2 Cortez desvia chutão da zaga atleticana pela lateral e o jogo fica parado para atendimento de Junior Cesar. Marcos Rocha cobra para Ronaldinho Gaúcho que, aproveitando-se da desatenção da zaga são-paulina, domina e cruza para Jô, que chega dividindo com Lúcio para marcar o primeiro do Galo no Independência.

Atlético-MG 2×0 São Paulo
13/2 Ronaldinho recebe a bola e, depois de passar por Ganso, se livra também de Wellington e cruza. Rhodolfo não corta e Réver sobe de cabeça para aumentar a diferença a favor dos atleticanos.

Fonte: Lance

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

*