O técnico Muricy Ramalho já deixou claro que o único atacante confirmado na equipe do São Paulo para a temporada é Luis Fabiano. O outro posto vem sendo disputado por Cafu e Alan Kardec e até mesmo Thiago Mendes pode aparecer como surpresa, em uma formação mais conservadora. Garantido no time, o camisa 9 prefere não apontar qual é seu colega preferido para a linha de frente.

“Quem deve escolher as peças é sempre o treinador. Todo mundo está buscando seu espaço, e o Cafu não é diferente. No ano passado, eu e o Kardec fizemos bons jogos também e estávamos nos entendendo muito bem. Agora, o time está mudando, buscando uma formação, e é muito cedo para eu dar minha opinião. O Cafu é um jogador rápido e vai nos ajudar muito na temporada. Ainda não existe titular ou reserva, é tudo experimento”, comentou Luis Fabiano.

No jogo-treino de quarta-feira, o camisa 9 seguiu com sua função centralizada, na área, enquanto Cafu ganhou a posição de Alan Kardec e jogou com velocidade pela direita. Porém, o camisa 9 não acha inviável continuar jogando com o ex-palmeirense, que também entra mais na área.

“Na maioria das vezes (na carreira) joguei com mais um centroavante. No Sevilla, joguei com o Kanouté, que tem o estilo do Kardec, porque não gostava de ficar só perto da área, buscava espaço e se movimentava. O Kardec fez bons jogos no ano passado, a gente se completa. Independentemente das peças, minha função não munda. O treinador pede uma coisa para mim seja com Kardec, Cafu ou outro. O que muda é o estilo do time. Não me preocupo com o companheiro. Preciso fazer a minha para não sobrar para mim”, ponderou, sorrindo.

Luis Fabiano procurou até informações sobre um possível novo colega de frente, o argentino Centurión, do Racing, que negocia com o São Paulo. “Vi os lances dele. Eu não o conhecia, mas tem qualidade. É bom quando chegam bons jogadores”, declarou.

Na opinião do centroavante, o número de opções na frente mostra a força do elenco e pode até intimidar os oponentes. “O pensamento dos adversários é de que estão lascados (risos). Pensam em correr no primeiro tempo, porque vêm o Kardec e o Pato no segundo e a coisa fica feia. Ter elenco é importante. De repente, se estão acontecendo coisas ruins, os dois entram e mudam a história. Todo mundo sabe a qualidade que os dois têm”, comentou.

O jogador também explicou que os colegas vão saber lidar com a falta de espaço no time. “Todo mundo sabe a maneira do Muricy trabalhar. No ano passado, fiquei no banco e não gostei, mas respeitei. As pessoas me criticam por eu falar que não estava feliz no banco, mas eu gosto de competir, jogar e ser titular. Não desrespeitei ninguém e esperei minha oportunidade. Ninguém gosta, mas tem que respeitar, porque temos um grande elenco. Vai chegar a hora de todo mundo mostrar que tem condições de ser titular”, completou.

Fonte: Gazeta Esportiva