A confusão entre Carlos Miguel Aidar e Ataíde Gil Guerreiro acarretou em uma debandada no São Paulo. Além do antigo vice-presidente de futebol, vários integrantes da diretoria pertencentes ao grupo Legião entregaram o cargo no Tricolor, mas a conta não deve por aí. Nos bastidores, há movimentação para que mais cartolas, inclusive os de alto escalão, peçam para deixar a diretoria nos próximos dias.

O movimento não teve início com Ataíde, que brigou o presidente Aidar na última segunda-feira antes de se despedir da cúpula na manhã desta terça. As orientações por uma debandada começaram no fim da semana passada e consistiam, inicialmente, em apenas deixar Aidar à vontade para promover uma reformulação entre os dirigentes.

Com a turbulência cada vez mais forte, no entanto, já há quem diga que é preciso entregar o cargo oficialmente nos próximos dias e apenas retornar se o presidente der razões suficientes para tal. Por enquanto, além de Ataíde, tomaram a decisão: Rubens Moreno (diretor de futebol), Manoel José Mendes Moreira (diretor social) Chapecó (diretor de Esportes Amadores) e Carlos Belmonte (diretor de Estádio). Os diretores adjuntos e assessores deste grupo também se desligaram.

A maré de instabilidade pode chegar também ao CT da Barra Funda. alguns profissionais se sentiam motivados a seguir o trabalho normalmente em meio à ebolulição política pela confiança em Ataíde e em Juan Carlos Osorio. Por outro, sem esse respaldo, já se sentem ameaçados pela sempre insegura gestão de Aidar. Vale lembrar que o presidente já disse que o São Paulo pode ser gerido por 90 pessoas e não 900, quadro médio de funcionários quando assumiu o clube.