A Justiça de Matão, cidade que fica a 305 quilômetros da capital paulista, é que decidirá se a torcedora que usou xingamentos racistas contra o meia Michel Bastos será presa. Na tarde desta quinta-feira, o advogado do jogador, Luiz Augusto Lia Braga, esteve no Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância), onde foi instaurado o inquérito que vai apurar o ocorrido. A pena de reclusão pode variar de um a três anos.

Como a torcedora – identificada no Instagram como @NandaComini – não é de São Paulo, será enviada uma carta precatória para que o delegado da cidade interiorana colha seu depoimento. Na sequência, o processo será remetido ao Fórum local, que será o responsável por marcar a audiência que decidirá o destino dela.

Qualquer que seja, uma eventual pena poderá ser modificada. Como não tem antecedentes criminais, a torcedora, em vez de ser presa, pode ter de prestar serviços à comunidade.

Ela usou de ofensas raciais para reclamar da atitude do jogador do São Paulo, que, ao marcar um gol no último sábado, na vitória de 3 a 0 sobre o Sport, fez sinal com a mão mandando que a torcida presente ao estádio do Morumbi ficasse quieta.

– Macaco negro safado, respeita a torcida. Otário, vagabundo, faz por merecer o dinheiro que recebe – escreveu.

Michel Bastos postou no Instagram a ofensa racial que sofreu (Foto: Reprodução / Instagram)

registrou a imagem do insulto e a publicou, deixando uma pergunta para mostrar sua indignação com o fato, depois de ter pedido desculpa à torcida.

– Tenho que ficar quieto ainda?

Fonte: Globo Esporte