Pela primeira vez por opção, São Paulo recheia time de reforços

Por mais que o técnico interino Milton Cruz rechace a interferência de Juvenal Juvêncio na escalação do São Paulo, um dos desejos do presidente Juvenal Juvêncio será atendido. Os reforços do início do ano serão valorizados. Dos oito contratados, cinco vão iniciar entre os titulares. Será a primeira vez, por opção e não por necessidade, que metade dos jogadores de linha será formada por quem chegou esta temporada.

Em 36 compromissos, só três vezes Leão utilizou tantas novas apostas da diretoria (veja abaixo).

 

No 3-5-2, Douglas e Cortez vão ganhar liberdade pelos lados. Edson Silva será o responsável pela marcação da esquerda, enquanto Maicon e Jadson pela armação.

Diante do Cruzeiro, com transmissão em tempo real pelo LANCENET!, no Independência, o Tricolor tenta vencer a primeira fora.

– O jogador tem de esperar a todo o momento. Desde que cheguei ao São Paulo, não só eu como outros que vieram, sempre pensavam na titularidade. Claro que cada treinador tem sua opção, mas temos de pensar em treinar e mostrar nossas condições. Vou ter essa oportunidade e espero agarrá-la com unhas e dentes – afirmou Edson Silva.

– Se jogar, quero fazer uma grande partida e que a equipe vença. Consequentemente vou ter uma sequência de jogos e mostrar o futebol que apresentei no Figueirense – completou Maicon, presente em 28 de 36 jogos, a maioria como reserva.

Na última terça-feira, após a demissão de Leão, Juvenal disse que estava satisfeito com o elenco. O momento não é mais de trocar atletas, mas o comando. No começo da temporada, depois de os clubes saírem à compra, o mandatário se gabou de ser quem melhor contratou. O problema é que em campo os resultados não vieram. De quebra, ainda vê o Santos ser campeão do Paulista e Palmeiras e Corinthians em finais. Agora, resta buscar o Brasileirão.

Outros jogos com cinco reforços

Bahia
Na segunda rodada do Brasileirão, o Tricolor também entrou em campo com cinco dos contratados neste ano: Paulo Miranda, Edson Silva, Cortez, Maicon e Jadson. No entanto, Edson Silva só jogou porque Rhodolfo tinha lesão.

Internacional
No Beira-Rio, Lucas foi desfalque porque estava com a Seleção. Por isso, Osvaldo jogou desde o início. Os cinco reforços na ocasião foram: Douglas, Paulo Miranda, Cortez, Jadson e Osvaldo.

Atlético-MG
Contra o Galo, no Morumbi, quem ficou fora foi Denilson, que estava suspenso. Sem ele, Fabrício começou jogando, mas logo sentiu grave lesão no joelho esquerdo. Douglas, Paulo Miranda, Cortez, Fabrício e Jadson iniciaram.

Confira um Bate-Bola com Edson Silva:

O que esperar do duelo com o líder do campeonato e fora de casa?
Esse jogo é pedreira. O Cruzeiro fez um baita de um jogo contra uma equipe boa como a do Vasco e agora vai jogar em casa contra a gente. Vamos pegar pedreira, mas somos uma equipe grande e experiente também. Vamos tentar complicá-los na casa deles.

Vocês vão sentir a mudança para o esquema com três zagueiros?
Faz um tempinho que a gente não joga nesse esquema. A última vez foi com o Leão, contra o Goiás, em Goiânia. O Milton ainda vai resolver se vai escalar três zagueiros ou não, mas, independentemente de esquema, temos que entrar em campo mostrando nosso valor, o valor da nossa equipe, com aquela pegada para conseguir a vitória.

Incomoda a demora para a contratação de um novo treinador?
Não incomoda. O Milton está fazendo um belo trabalho. Se ficar ou não ficar, temos de manter os pés no chão e a pegada ao entrar em campo. Somos uma equipe, quem joga é a gente. Temos que buscar as vitórias, fazer por merecê-las. Se mudou o treinador, paciência. Vem outro esquema tático para colocarmos em prática dentro do campo.

Acha que deveria ter tido mais chances com Emerson Leão?
Nas partidas em que entrei, fiz por merecer. Agora a chance voltou e espero manter a confiança.

Confira um Bate-Bola com Maicon:

Acha que seu futebol era prejudicado por entrar durante o jogo?
O jogador quer começar jogando. Claro que respeito os companheiros que começavam jogando, mas é sempre mais difícil entrar no decorrer da partida, ainda mais faltando às vezes 20, 30 minutos e a equipe perdendo. Você acaba sendo muito julgado. Dessa vez, se eu tiver a oportunidade jogar os 90 minutos, vou dar o meu máximo, procurar fazer um grande jogo para poder me manter na equipe.

Em qual posição do meio de campo você prefere atuar?
Falei com o Milton que, ali no meio, jogo em todas as posições, menos de volante. Posso jogar ali, se for ao lado do Denilson. Não só o Jadson, mas eu, o Denilson e o Cícero temos o mesmo estilo de jogo. Temos que nos movimentar, sair da marcação, ficar próximo um do outro para fazer a bola chegar ao Luis e ao Lucas lá na frente para eles concluírem a gol.

É o jogo em que o time joga pelo técnico, que é o Milton Cruz?
Temos de jogar pelo clube, pela torcida, por todo mundo. Fazer nosso papel dentro de campo, não por um nem por outro.

Até agora, o time só perdeu fora de casa. Foram três jogos e três derrotas. O quanto isso atrapalha?
É muito ruim porque o campeonato é longo e é importante fazer pontos fora de casa.
Fonte: Lance

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