No Palestra, Choque-Rei já teve gás tóxico, pilha e queda em fosso

O Palmeiras volta a receber o São Paulo no Palestra Itália na noite desta quarta-feira, pelo Campeonato Paulista. Depois de cinco anos, o Choque-Rei será realizado no estádio alviverde, onde houve diversas polêmicas entre os dois clubes em partidas que antecederam o fechamento do local para uma ampla reforma.

A mais famosa confusão aconteceu no dia 20 de abril de 2008, no clássico vencido por 2 a 0 pelo Palmeiras e que garantiu a classificação dos donos da casa para a decisão do Estadual. No intervalo daquela partida, que tinha vantagem alviverde por 1 a 0, os jogadores e a comissão técnica do Tricolor voltaram ao gramado antes do previsto, alegando que o vestiário estava cheio de um gás.

O elenco tricolor ficou no campo durante as instruções de Muricy Ramalho, por conta da substância que havia sido atirada no vestiário. O caso gerou troca de acusações entre os clubes, mas o autor nunca foi identificado. Ainda naquele jogo, houve mais problemas, pois, pouco depois de Valdivia ter feito o segundo gol e provocado Rogério Ceni com um gesto de silêncio, a energia elétrica sofreu uma queda.

Djalma Vassão/Gazeta Press

Elenco do São Paulo deixou o vestiário em 2008, durante o intervalo, por causa de um gás

Durante os minutos em que o Choque-Rei ficou paralisado até que a luz fosse restabelecida, o chileno sofreu um leve tapa no rosto do capitão são-paulino. Mas a festa já era dos donos da casa.

Além da polêmica na semifinal do Paulista de 2008, os dois times também protagonizaram um clássico quente no Palestra Itália no dia 29 de agosto do ano anterior, quando o São Paulo derrotou o Palmeiras por 1 a 0. Assim que o árbitro apitou o fim do confronto, o atacante Leandro correu na direção da torcida tricolor para comemorar e saltou as plantas que estavam próximas, mas caiu no fosso do estádio. O jogador não se machucou, comemorou o triunfo e ainda explicou a situação inusitada poucos dias depois.

Marcelo Ferrelli/Gazeta Press

Leandro caiu no fosso do Palestra Itália em comemoração de vitória em 2007

“Caí de uma altura grande e ainda tinha uma grade do lado. Poderia acontecer algo mais grave. Acho que sou um gato. Perdi duas vidas depois disso, mas ainda tenho outras cinco”, declarou, com bom humor.

Ainda durante a comemoração dos são-paulinos no fim daquele jogo mais um caso chamou a atenção. Bosco, que era reserva do goleiro Rogério Ceni na época, estava no gramado, pegou um objeto no chão e levou a mão esquerda à cabeça. O goleiro acabou denunciado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva por conta do caso.

Na saída da partida, enquanto se dirigia ao ônibus, o goleiro chegou a ser agredido por torcedores do Palmeiras, sofrendo um corte no joelho. Nos dias seguintes, o jogador negou que tivesse sido atingido pela pilha e disse que não tentou simular o caso, reiterando apenas o chute que levou no caminho até o veículo são-paulino.

No entanto, o arqueiro foi punido pelo STJD com três partidas de suspensão sob acusação de simulação no campo. A confusão foi só mais uma das ocorridas entre os times no estádio, que não recebe o Choque-Rei desde a vitória alviverde por 2 a 0 em 21 de fevereiro de 2010, com dois gols de Robert.

Nesta quarta, o Palmeiras defende um retrospecto positivo diante do rival no Palestra Itália, com 18 vitórias, 11 empates e nove derrotas. Mas o adversário encontrará uma arena completamente diferente. Apesar de a proximidade da torcida não impedir possíveis objetos atirados no campo, a casa alviverde não possui mais fosso, conta vestiários sem proximidade de torcida e uma nova infraestrutura elétrica contra apagão.

 

Fonte: Gazeta Esportiva

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