O clima entre Juvenal Juvêncio e Carlos Miguel Aidar voltou a ficar tenso. O ex-presidente do Tricolor criticou a gestão do atual e chegou a dizer que o dirigente deveria renunciar ao cargo por ter traído seus eleitores, em entrevista publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, nesta terça-feira.

– Ele tem de ir embora. Para mim, é um presidente ilegítimo porque traiu e deu golpe nos eleitores. Ele disse que estava na presidência por causa do Juvenal Juvêncio e no dia seguinte da eleição quis me ver pelas costas. Qual a legitimidade de um presidente que não sabia onde fica o Portão 7 do Morumbi? A legitimidade política do Carlos Miguel acabou. Ele tem apenas legitimidade jurídica – disse.

Juvenal chegou até a questionar os méritos de Aidar na montagem da equipe que foi vice-campeã do Brasileirão deste ano.

– Neste time que está aí ele trouxe só o Alan Kardec, que custou R$ 20 milhões, e ele tem falado que teve de fazer empréstimo. É mentira. Banco não dá dinheiro para futebol. Ele pegou dinheiro do fluxo de caixa que eu deixei lá. Depois trouxe o Kaká, mas a transferência não teve custo. Trouxe o Michel Bastos, que nem era titular. É lateral-esquerdo, onde já temos o Alvaro Pereira, que é da seleção uruguaia. O time não foi montado por ele – afirmou.

Aidar foi o candidato escolhido por Juvenal Juvêncio para sucedê-lo no clube. Nas eleições de abril deste ano, o atual presidente do São Paulo foi eleito com tranquilidade, após a desistência da oposição. O mandato vai até abril de 2017.

Esta é a segunda passagem de Aidar pela presidência do São Paulo. Ele dirigiu o clube entre 1984 e 1988, sendo o mandatário mais jovem da história do Tricolor, na época com 37 anos.

Fonte: Globo Esporte