Jogadores do São Paulo deixam o campo revoltados com a arbitragem

O São Paulo lutou muito, chegou a sair na frente no placar, mas caiu na Copa Libertadores da América na noite desta quarta-feira e viu o Atlético Nacional avançar à grande decisão após uma nova vitória, desta vez por 2 a 1, no estádio Atanasio Girardot, em Medellín. A eliminação, porém, aconteceu depois de uma partida muito polêmica e que terminou com a revolta dos jogadores e até da comissão técnica Tricolor.

Tudo porque o árbitro chileno Patricio Polic deixou de marcar um pênalti claro em Hudson ainda no primeiro tempo, quando o jogo estava empatado em 1 a 1, mas não titubeou ao dar um pênalti para os colombianos na etapa final e ainda expulsou Lugano e Wesley por reclamação, depois de muita confusão e até troca de decisão do juiz de quem seriam os jogadores expulsos.

“Não entendi. Para você ver como foi a arbitragem. Nem ele sabe o que ele fez, até porque quando ele me expulsou eu não entendi nada. Eu não fiz nada. Só fui, como os outros jogadores, perguntar qual era o critério dele, por não ter dado o pênalti para nós. E se fosse pênalti também era expulsão. Isso podia ser positivo para nós, porque dava a oportunidade de cobrar um pênalti e jogar com um a mais, como eles jogaram lá (no Morumbi). Enfim, não entendi. Acho que foi o bandeirinha que falou que o Wesley falou alguma coisa, mas não vi o Wesley falar nada. Hoje a arbitragem foi péssima”, disse Michel Bastos, que recebeu o cartão vermelho, mas acabou ficando em campo após uma retificação do árbitro, à FoxSports.

Pivô da primeira polêmica da partida, o volante Hudson também não se conformou com as decisões do árbitro chileno e esbravejou ao se dirigir ao vestiário depois do apito final. O jogador chegou a levar um cartão amarelo na primeira falta da partida e chegou a ser substituído no segundo tempo por estar pendurado.

“Ele acabou com jogo, a começar pelo fim do primeiro tempo, quando ele não deu o pênalti em cima de mim. E depois essa palhaçada agora em que ele deu o pênalti e expulsou dois caras nosso sem sentido nenhum”, reclamou, reiterando o que já havia dito no intervalo. “Não é possível. Eu estava de frente para o gol, absoluto para fazer o gol e ele (Daniel Bocanegra) me empurrou por trás”.

Em meio a toda confusão, os policiais precisaram entrar em campo para conter os são-paulinos. Integrantes da comissão técnica chegaram a invadir o gramado para tirar satisfação com Patricio Polic e seus auxiliares. Lugano se recusou a ir ao vestiário após ser expulso e a partida ficou paralisada por cerca de 7 minutos.

“Jogamos contra uma grande equipe, de qualidade, mas chegamos a um momento onde quase ninguém ou pouca gente acreditava no São Paulo. A equipe está de parabéns”, concluiu Michel Bastos, ao Sportv.

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