Incansável, Wellington é peça decisiva para Tricolor não sofrer gols

Wellington não é goleiro e não joga na linha de zaga, mas tem sido fundamental para a evolução da defesa do São Paulo. O volante recuperou sua vaga de titular no meio de campo há quatro partidas e, desde então, a equipe não sofreu nenhum gol. Mais do que isso, foram quatro vitórias.

O desempenho tem rendido elogios dos principais líderes do Tricolor. O técnico Ney Franco credita os bons resultados, entre outros fatores, à entrada do camisa 5. Capitão e ídolo do clube, Rogério Ceni não perde oportunidade para elogiá-lo e disse que, ao lado de Denilson, Wellington é a alma do time.

Lucas, a liderança técnica do elenco, também exalta a participação do jogador. Na visão da diretoria, ele mudou o futebol da equipe.

É com esse moral que ele entra em campo neste domingo, às 16h, contra o Flamengo, no Engenhão (transmissão em tempo real pelo LANCENET!). Consolidado no G4, o Tricolor luta agora para subir ainda mais.

– Eu estou feliz demais. Por voltar ao time e voltar com esses números me deixa mais feliz ainda. Sem tomar gol e com quatro vitórias importantes que fizeram com que a gente chegasse ao nosso objetivo, que era o G4. O que fiz é entrar nesse time como sempre quis entrar. Com a minha disposição, vontade de ganhar, determinação e colocando a qualidade que eu tenho. Eu sei que posso ainda dar muito mais ao São Paulo. É com esse objetivo que eu levo minha vida aqui – afirmou Wellington.

Os números recentes da defesa são-paulina são fora do comum. Em 12 partidas no returno, apenas cinco gols sofridos. A segunda melhor é a do Fluminense, que foi vazada o dobro de vezes. Desempenho que faz lembrar o setor defensivo de 2007, que levou apenas 19 gols em 38 jogos. Mas Wellington não se inspira nesses números.

O camisa 5 quer repetir o sucesso que os volantes Josué e Mineiro tiveram no clube. A dupla conquistou Paulistão, Brasileiro, Libertadores e Mundial com a camisa tricolor. Mas o atual dono do meio de campo não tem só o passado como referência para seus objetivos.

Depois da cirurgia no joelho esquerdo, realizada em fevereiro, ele só voltou a ser relacionado para uma partida em agosto. O camisa 5 começou entrando aos poucos nos jogos e foi ganhar a chance de titular em sua posição no clássico com o Palmeiras, dia 6 de outubro.

– Eu acho que estou me surpreendendo. Não só a mim, mas a todos. Ninguém esperava que, depois de seis meses, eu voltaria com essa confiança toda e voltaria a jogar o que estou jogando – analisou.

Os seis meses sem jogar fizeram Wellington pensar bastante. Agora, está ainda com mais vontade de jogar. A disposição é tanta, que ele nem sentiu cansaço depois da vitória sobre o Atlético-GO, por 2 a 0, na última quarta-feira, no Morumbi.

E o volante quer mais. Ficar na história do clube e jogar a Copa de 2014 são as metas. E Wellington tem fôlego de sobra para alcançar.

Confira um Bate-Bola com Wellington:

Você voltou com uma vontade maior depois da cirurgia?
Sofri muito vendo meus companheiros precisando da minha ajuda, principalmente na Copa do Brasil, e eu sem poder fazer nada, porque mal podia andar. Então com certeza, sempre antes dos jogos penso no tempo em que fiquei fora. Isso me dá motivação a mais quando estou cansado. Triplico isso aí para poder correr e dar o máximo.

O que falta para estar 100%?
Eu digo que está bom, mas quando você acha que não precisa mais melhorar é onde você começa a pecar. Meus objetivos não são só ganhar três, seis, nove pontos. Quero ganhar títulos pelo São Paulo e ir para uma Copa do Mundo. Para alcançar esses objetivos, tem de estar acima da média e é o que busco.

Tem esperanças de estar nas próximas convocações da Seleção?
Eu estou preparado. Estou preparado para jogar pelo São Paulo e preparado para a Seleção. Era capitão da Seleção (sub-20) antes de me machucar e se vier a convocação, vou dar meu melhor. Minha vida se resume em degrau por degrau. Não adianta querer subir dois, se não subi o primeiro. Para subir um, tenho de ser campeão aqui.

Fonte: Lance

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