Forte jogo aéreo do Tigre preocupa defesa do São Paulo

Em 90 minutos de jogo contra o São Paulo, na última quarta-feira, no estádio La Bombonera, o Tigre levantou 13 bolas na área adversária. Valendo-se da alta estatura de alguns dos seus jogadores, a equipe argentina deve abusar do recurso também na partida de volta, dia 12, no estádio do Morumbi. A preocupação da zaga tricolor em evitar faltas ou lances que favoreçam a principal arma do rival é evidente.

Rafael Toloi no treino do São Paulo (Foto: Luiz Pires / VIPCOMM)Rafael Toloi alerta para a qualidade do Tigre no jogo aéreo (Foto: Luiz Pires / VIPCOMM)

O zagueiro Mariano Echeverría e o lateral-direito Norberto Paparatto encabeçam a lista dos “gigantes”: ambos têm 1,92m de altura. O lateral-esquerdo Lucas Orban (1,84m), o atacante Ezequiel Maggiolo (1,81m) e o volante Martin Galmarini (1,80m) também ajudam o time a cada possibilidade de cruzamento. Atento, Rafael Tolói disse ter notado como funciona a principal jogada do Tigre.

– São quatro ou cinco jogadores com boa estatura. Eles procuram bola no segundo pau, sempre. Marcamos bem no primeiro jogo e agora é não deixar a equipe deles fazer gols, como foi na Argentina. Jogando no Morumbi temos tudo para conseguir isso – analisou.

A preparação do São Paulo para a partida decisiva, que pode encerrar o jejum de quatro anos sem títulos do clube, se baseará justamente no histórico da própria equipe ao longo da Copa Sul-Americana. Nas oitavas e na semifinal, contra LDU de Loja e Universidad Católica, o Tricolor suou para segurar empates sem gols e assegurar a vaga pelo critérios dos gols marcados fora de casa.

Echeverria comemora gol do Tigre contra o Millonarios (Foto: Agência Reuters)Echeverria, ao centro, tem 1,92m e preocupa no
jogo aéreo para o Tricolor (Foto: Agência Reuters)

Desta vez, balançar as redes longe dos próprios domínios não vale nada, uma vez que a regra não se aplica à final da competição. Ainda assim, o atacante Osvaldo acredita que o roteiro do Tigre será o mesmo: armar um ferrolho no campo de defesa e buscar brechas na defesa são-paulina, especialmente em faltas e escanteios.

– Contra a Católica, a equipe deles veio fechada, mas conseguimos criar oportunidades de gol mesmo assim. Eles (Tigre) virão fechados para catimbar, tentando buscar o gol na bola parada – apostou.

A percepção sobre o resultado na Bombonera foi bastante distinta, de ambos os lados. No São Paulo, a maioria considerou o 0 a 0 aceitável, uma vez que a equipe jogou praticamente toda a partida sem Luis Fabiano, principal referência no campo de ataque e maior goleador tricolor na temporada, com 31 gols. No Tigre, a capa do site oficial resumiu o sentimento: “Ao Brasil com o sonho intacto”. Um dos dois mudará a opinião na próxima quarta.

 

Fonte: Globo Esporte

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