Em vias de pular o muro, Wesley tem início incerto no São Paulo

A passagem de Wesley pelo Palmeiras se encerrará nesta sexta-feira. No dia seguinte, ele já estará definitivamente livre para fazer valer o pré-contrato que assinou com o São Paulo. Ocorre que, apesar de estar a poucos dias de poder trocar a Academia de Futebol pelo CT da Barra Funda, locais que são separados por um muro, seu início no clube rival é cercado de algumas incertezas.

A chegada do volante, que não joga desde dezembro e está treinando separadamente no Palmeiras, ainda não mereceu atenção da diretoria são-paulina, envolvida principalmente em suavizar a relação com o técnico Muricy Ramalho e passar confiança para uma vitória nesta quarta-feira sobre o Danubio, pelo segundo jogo na Copa Libertadores, após a derrota para o Corinthians na estreia. Só depois disso é que serão definidos detalhes como exames médicos (é possível que tenha que fazê-los pela segunda vez em 2015) e apresentação.

O próprio empresário do atleta ainda não sabe quando ele começará a trabalhar na nova equipe. “Não sei dizer ainda quando ele vai se apresentar ao novo clube dele, isso é com eles. Também não vou fazer nenhum anúncio. O Palmeiras ou o novo clube que anunciem”, diz Hugo Garcia, que ainda tenta antecipar o término do contrato, ainda que sem tanta esperança ou esforço. “Quanto mais dias ele ficar no Palmeiras, mais recebe o seu salário”, ponderou.

Djalma Vassão/Gazeta Press

Volante não joga desde dezembro e vestirá a camisa (de treino) do Palmeiras pela última vez na sexta-feira

O pagamento integral do salário foi uma premissa da diretoria, que tem uma péssima relação com a gestão do são-paulino Carlos Miguel Aidar desde que o rival conseguiu tirar Alan Kardec do Palestra Itália, no meio do ano passado. Desde então, além de se declarar seu desafeto, o presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, disputou a contratação de uma série de jogadores. No caso de Wesley, pesou a favor do São Paulo a demora no acerto para uma renovação.

Com o pré-contrato assinado para pular o muro, o volante foi utilizado somente até o final da temporada passada, na campanha para evitar o rebaixamento à segunda divisão nacional. Mesmo assim, sendo xingado pela torcida em todas as partidas. Desde janeiro deste ano, porém, treina em horários separados do elenco principal ao lado de outros jogadores que não fazem parte dos planos do clube. Ao contrário de alguns – como o meia Felipe Menezes, o meia-atacante Mazinho e o atacante Vinicius –, ele não foi liberado antes do fim de seu vínculo, justamente por conta da rivalidade acentuada com o São Paulo.

“Tínhamos feito a proposta ao Palmeiras de abrir mão do que ele tinha a receber para que saísse antes, mas recusaram. E entendo a decisão. Quando foi tomada a decisão de não continuar no Palmeiras, tudo que está acontecendo já era esperado. E ele não fica lá sendo xingado, tem um profissional acompanhando os treinos dele, mesmo separado. O Palmeiras é um clube espetacular, está tratando o caso profissionalmente”, minimiza seu agente.

A recusa proposital na liberação impediu que Wesley fosse inscrito pelo São Paulo nas primeiras fases do Campeonato Paulista e da Libertadores. Ele só poderá substituir alguém e participar da competição estadual caso o time avance às quartas de final, marcada para de 12 de abril. No caso do torneio continental, somente no primeiro jogo das oitavas, no dia 29.

 

Fonte: Gazeta  Esportiva

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