Em San-São, Marcelo e Milton fazem duelo de pupilos de Muricy Ramalho

Muricy Ramalho teve alta hospitalar na sexta, se recupera em casa de uma cirurgia importante e não deve voltar ao trabalho tão cedo. Mas ainda que seja de forma indireta, o vencedor de quatro títulos pelo São Paulo e outros quatro pelo Santos estará na Vila Belmiro neste domingo, para a semifinal do Paulistão. Dois de seus ex-auxiliares estão à frente dos clubes onde ele marcou história e sonham seguir o legado.

Marcelo Fernandes assumiu o Santos de forma interina após a saída de Enderson, no início de março. Com boa sequência de resultados, foi efetivado no fim do mês, mas ainda vê o clube conversar com outros profissionais. O ex-zagueiro admitiu que “tem muito de Muricy” na base do seu trabalho, já que foi assistente do técnico veterano entre 2011 e 2013, além de ter jogado sob seu comando no Náutico. Até o famoso bordão “aqui é trabalho” – adaptado – Marcelo já recitou em entrevista ao LANCE!.

Do outro lado do confronto, Milton Cruz não tem tanta esperança de ser efetivado porque sabe da empolgação da diretoria com o argentino Alejandro Sabella, que responderá a proposta até a próxima semana.

Enquanto isso, o coordenador técnico segue desempenhando muito do que aprendeu com Muricy em duas passagens e mais de cinco anos lado a lado. Até agora está dando certo, com três vitórias em três jogos.

A diretoria do São Paulo afirma não ter um plano B caso Sabella diga não ao convite, mas uma eventual classificação às oitavas de final da Libertadores e à decisão do Campeonato Paulista podem dar moral para o substituto de Muricy ser mesmo caseiro. Sem pressão, Milton Cruz soma bons resultados e aguarda a definição de seu destino. Será como o do santista Marcelo Fernandes?

– Ter dois profissionais como nós em um San-São significa trabalho, a compensação da sua ética e do seu jeito de ser. Quando se é de direito, as coisas acontecem, porque um clube não vai dar oportunidade a mim ou ao Milton sem merecer e sem trabalhar direito pra fazer o melhor ao clube – analisa o já efetivado Marcelo.

Os dois profissionais se conhecem pouco. Como zagueiro e atacante não lembram ter se enfrentado – até porque Milton Cruz é 14 anos mais velho –, mas Marcelo Fernandes recorda alguns papos intermediados por Muricy e por Tata,  auxiliar fixo do agora desempregado.

Com as lições de Muricy e a expectativa de trabalhos longos nos clubes com os quais se identificaram, Marcelo e Milton têm uma prova de fogo amanhã, pouco tempo depois de virarem protagonistas. Quem leva?

Fonte: Lance

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