De fora, Ceni crê em Libertadores para salvar o ano do São Paulo

Impedido de ir a campo pelo São Paulo por conta das fortes dores que sente no pé direito, o goleiro Rogério Ceni viajou com o elenco à cidade de Goiânia para acompanhar a partida contra o Goiás, neste domingo, no estádio Serra Dourada. Concentrado com os jogadores, o ídolo tricolor afirmou que torcerá dos vestiários para que o time consiga os três pontos e assegure a classificação à próxima Copa Libertadores. Para o arqueiro, a vaga no G4 é uma forma de salvar o conturbado ano que a equipe teve dentro e fora de campo.

“Mesmo sem condições de jogar, quis vir para esse jogo por ser um momento importante. Tentei ir a campo, mas a dor não dá para segurar nem com injeções e tratamentos. No momento, é uma sensação até bacana passar por tudo isso. Pode ser diferente quando o juiz apitar o fim do jogo, já que você sabe que parte de você morre e fica para trás. Mas sou muito agradecido por ter chegado quase aos 43 anos jogando numa equipe da grandeza do São Paulo”, disse Ceni, em entrevista ao canal Sportv.

“Tudo que eu posso fazer pelo São Paulo tem limitações dentro do que eu quero e desejo colaborar. A minha carreira tem um ponto final. O que eu posso fazer agora é torcer. É o que os torcedores fazem quando vão ao Morumbi. Eles incentivam o time. E por isso eu conto muito com a Libertadores. Quero ir ao Morumbi numa quarta-feira à noite e encontrar o estádio cheio. Cabe às pessoas que assumiram a parte administrativa do clube a tarefa de colocar o clube nos eixos”, acrescentou.

Ceni se negou a ver a classificação à Libertadores como um “título”, mas valorizou a importância que ela carrega depois de tantos problemas enfrentados nos bastidores do Tricolor. “Como título ela não serve. Mas enfrentamos um ano administrativamente difícil, com a perda de muitos jogadores e que ocasionou na saída até de um técnico [Juan Carlos Osorio]. E mesmo trabalhando numa situação tão difícil, com tanta pressão e tantos erros, nós ainda temos uma chance de ir à Libertadores dependendo só das próprias forças. Concretizando esse feito, vejo que isso configura um ano razoável para o São Paulo”, avaliou.

O goleiro também analisou a possibilidade de seguir a carreira de técnico após a aposentadoria. Há a possibilidade de Ceni passar um tempo com a seleção mexicana para aprender os métodos de trabalho usados pelo colombiano Osorio. Embora tenha o sonho de ser campeão dirigindo o São Paulo, Ceni teme que a profissão possa manchar a história construída dentro de campo.

“É algo que me fascina pelo conhecimento que adquiri durante os 25 anos em que joguei futebol. Mas tem o outro lado. Eu gostaria de ser treinador do São paulo, de vencer a Libertadores pelo clube. Mas tem o risco que se corre, porque o torcedor é apaixonado. A carreira de treinador também não depende só de você. Ela passa muito pelos dirigentes e atletas. Talvez seria um risco desnecessário para uma carreira e uma história tão bacanas no futebol”, concluiu o ainda camisa 01 do Tricolor.

 

Fonte: Gazeta Esportiva

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