Com lembrança de passado eficiente, Willian José tem amparo no clube

O mesmo Willian José que teve sua substituição comemorada como um gol após tantas chances perdidos e erros contra o Sport foi o artilheiro do São Paulo no Campeonato Paulista, quando entrou no lugar de Luis Fabiano na primeira das quatro lesões musculares do titular neste ano. E é neste passado recente que principalmente Ney Franco e Rogério Ceni se apegam para ajudar o atleta de 20 anos.

“Não foi um dia bom para o Willian contra o Sport. Ele teve algumas oportunidades e não fez. Mas já teve dias em que ele foi muito importante”, lembrou o goleiro. “É necessário trabalhar o menino para ter calma em um momento como esse e, na próxima oportunidade que tiver, decidir para nós”, continuou o veterano, que estava machucado quando o camisa 19 marcou 11 gols no Estadual.

E o trabalho já começou. O técnico, que sacou o centroavante após uma de suas muitas falhas nesse domingo, bateu um papo ainda em campo com o atleta com o qual foi campeão sul-americano e mundial sub-20 no ano passado. E até se irritou ao saber que o comandado deu entrevista dizendo estar “nem aí” para a torcida – mais tarde, no Twitter, o atacante alegou ter usado “palavras impensadas”.

Djalma Vassão/Gazeta Press

Ney Franco tentou recuperar psicologicamente o substituto de Luis Fabiano desde quando o substituiu

“Já começamos um trabalho com ele. Conversei com o Willian no tempo que tivemos caminhando do banco ao vestiário. Não é nem como técnico, como educador tenho que encostar nele. Acredito muito nele, que tem um potencial enorme para usar a camisa do São Paulo. Preciso de mecanismos para auxiliá-lo a jogar bem nos próximos jogos”, afirmou Ney Franco.

 

O treinador prevê reviravolta do atleta já nesta quinta-feira, contra o Fluminense, em São Januário. “Isso muda de um jogo para o outro. Se ele faz três gols, muda tudo”, previu, avisando que ira utilizá-lo mesmo se optar por colocá-lo na reserva. “Repenso a situação de qualquerjogador do elenco. Se eu achar interessante usá-lo de imediato contra o Fluminense, ele vai ser usado assim. Se estiver no banco, também será usado.”

Capitão e principal líder do elenco, Rogério Ceni, que já havia pedido publicamente empenho a Willian José depois que Luis Fabiano sentiu o estiramento na coxa esquerda que deve deixá-lo fora dos dois próximos jogos, quer que o jovem colega entenda: as cobranças nesse domingo, embora fortes, são normais.

“Futebol é impulsivo, é reação, é momentâneo. Entendo completamente o torcedor. O futebol é apaixonante por isso, é emocional. Você fica lá na expectativa de gol, gol, gol e a bola não entra”, falou o ídolo, se colocando no papel de quem está nas arquibancadas. “Ali atrás também torcemos para que a bola entrar, como o torcedor. Até nós xingamos e lamentamos pelo gol perdido”, contou.

Fonte: Gazeta Esportiva

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