Escaldada pelo insucesso da empreitada pelo argentino Alejandro Sabella, o São Paulo não tratará publicamente a negociação para tirar Juan Carlos Osorio do Atlético Nacional. As duas partes chegaram a acordo na quarta-feira, quando houve encontro em Medellín, mas o combinado foi de não comentar o assunto até que as conversas tenham desfecho.
Carlos Miguel Aidar, presidente do clube, e o vice de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, retornaram nesta quinta-feira animados e decididos a não repetir com o colombiano o erro cometido com Sabella. “Por ora, não temos nenhuma novidade”, disse o mandatário à Gazeta Esportiva, depois de ter tomado café da manhã no CT da Barra Funda, negando ter falado até mesmo por telefone com Osorio.
O treinador adotou a mesma postura. Ao final do empate por 3 a 3 com o Deportivo Cali, partida de ida das quartas de final do Campeonato Colombiano, ele se recusou a comentar sobre o assunto. “Não é o momento de falar sobre temas de saída e tampouco vou debatê-lo”, esquivou-se, durante entrevista em que se mostrou incomodado, de acordo com a imprensa local.
Desde 2012 no clube de Medellín, Osorio tem mais um ano e meio de contrato, mas se dispôs a rescindi-lo ao final da campanha da equipe no campeonato nacional – o que pode ocorrer já neste fim de semana, com a partida de volta frente ao Deportivo Cali, ou somente após a decisão, em 7 de junho. Aidar e Ataíde, que já o admiravam pela demonstração de conhecimento sobre a equipe do São Paulo (a qual eliminou na semifinal da edição passada da Copa Sul-americana), gostaram ainda mais dele ao conhecê-lo pessoalmente.
O treinador de 53 anos projetou sua carreira depois de ter parado de jogar futebol precocemente, por lesão. Fez retiro nos Estados Unidos e, mais tarde, estudou futebol a fundo para se formar na Inglaterra, país em que trabalhou como preparador físico e assistente do Manchester City, entre 2001 e 2006. Além do prestígio conquistado na Colômbia, ele também já trabalhou no futebol mexicano.
Ao que tudo indica, Osorio será o 13º estrangeiro a comandar o São Paulo. O último técnico do exterior a ser campeão foi o argentino José Poy, com o título paulista de 1975. Depois dele, os uruguaios Pablo Forlán (1990) e Darío Pereyra (entre 1997 e 1998) e o chileno Roberto Rojas (2003) não completaram nem uma temporada no cargo.
Fonte: Gazeta Esportiva