Apenas goleadas salvam São Paulo de seu pior ataque em returnos na década

Depois de um primeiro turno em que figurou como líder do Campeonato Brasileiro, sustentou a condição de segundo melhor ataque e apresentou um futebol eficiente, o returno do São Paulo tem sido melancólico. Lutando a duras penas pela vaga direta para a fase de grupos da Copa Libertadores de 2019, o Tricolor tem sofrido com o baixo número de gols marcados desde o fim da 19ª rodada e se aproximado de uma marca negativa na década.

Com os 14 gols marcados no segundo turno, o São Paulo não detêm apenas o posto de um dos times com menos tentos marcados no campeonato, como caminha a passos largos para terminar o Brasileiro com seu pior ataque em returnos da década. Para evitar essa condição, o time comandado por André Jardine precisa marcar oito gols nos últimos dois jogos, contra Sport e Chapecoense.

Prestes a ser quebrada, a pior marca ofensiva do ataque do São Paulo em returnos do Campeonato Brasileiro na década aconteceu em 2013, quando o Tricolor balançou as redes apenas 22 vezes nas 19 últimas rodadas. A melhor marca, por sua vez, foi no ano anterior, em 2012, ano em que o time do Morumbi marcou 30 tentos, terminou na quarta posição e se classificou para a Copa Libertadores do ano seguinte.

A falta de repertório ofensivo, inclusive, é um dos principais problemas do Tricolor no returno. Antes considerado letal, o ataque viu seu aproveitamento sucumbir nas últimas rodadas e, consequentemente, os resultados positivos começaram a desaparecer. A fim de sanar o problema, Diego Aguirre deixou o comando do time, dando lugar a André Jardine, adepto do jogo “propositivo”.

Mas nem com o treinador promovido das categorias de base em janeiro, o São Paulo tem conseguido apresentar uma grande evolução ofensiva. Apesar de ter tido apenas três jogos e um intervalo curto entre as partidas, o São Paulo de Jardine marcou apenas dois gols no período e, ainda assim, segue sofrendo com o baixo número de chances de gols criadas, salvo o excessivo número de cruzamentos para área.

O problema da falta de gols, porém, não é uma novidade das últimas rodadas. No início de 2018, o ataque foi o grande alvo da diretoria no quesito reforços. Peças como Nenê, Diego Souza, Rojas, Carneiro, Tréllez e Everton foram contratadas, mas o problema ainda segue. Para as duas últimas rodadas da competição nacional, apenas a dupla dos camisas 10 e 9, o atacante colombiano e o ex-flamenguista estão à disposição.

Na atual temporada, a competição continental e a vaga direta para a fase de grupos continuam sendo o grande objetivo do São Paulo. Com 62 pontos, o time comandado por André Jardine ocupa a quinta posição e fica atrás do Grêmio pelos critérios de desempate. Na próxima segunda-feira, no último jogo no Morumbi na temporada, o Tricolor terá pela frente o desesperado Sport em busca de permanecer na elite.

 

Fonte: Gazeta Esportiva

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