Amigos do Nova Iguaçu, Cortez e Wiliam Barbio estarão em lados opostos

Enfim, o destino os colocou em lados opostos. Após surgirem juntos, construírem grande amizade e adotarem até o mesmo visual, Cortez e Wiliam Barbio viverão a experiência de se enfrentarem na partida desta quarta-feira entre São Paulo e Vasco, às 22h, no Morumbi, pela 10 rodada do Brasileiro.

O lateral-esquerdo são-paulino e o atacante vascaíno se conheceram no início do ano passado, quando defendiam o Nova Iguaçu, no Campeonato Carioca. O estilo ousado dentro de campo, somado à cabeleira, logo chamou a atenção de todos. Após bom desempenho na competição, ambos obtiveram o que tanto desejavam: uma oportunidade num clube grande.

Cortez voou. Foi para o Botafogo, fez escala na Seleção Brasileira e agora pousou no São Paulo. Barbio se transferiu para o Vasco, no qual está até hoje, com certo prestígio com o técnico Cristovão Borges e com possibilidades de ser titular na partida de logo mais.

Apesar da distância entre Rio de Janeiro e São Paulo, a amizade continua forte. Nesta terça-feira, por exemplo, chegaram a conversar por telefone para colocar o papo em dia.

Porém, toda a fidalguia vai terminar assim que a bola rolar.

– Não vou aliviar e ele também não vai. Ali é cada um cuidando do seu. Depois, a amizade continua, ele me paga um jantar e a gente faz aquela resenha – disse o sempre sorridente Cortez.

De fato, Barbio não tem como pisar no freio com o amigo. O jogador vem tendo oportunidades com a ausência de Eder Luis, mais uma vez fora por questões burocráticas em virtude de seu novo contrato. Diante do Atlético-GO, na última rodada, ficou entre os 11, fato que pode se repetir nesta quarta. Por isso, o jogo é encarado como uma final:

– Fora de campo, beleza. O Cortez é meu amigo, mas dentro de campo é cada um defendendo o seu clube. É ir para cima e que vença o melhor – disse o “Cabeleira”.

 

BATE-BOLA

Cortez
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Quem cultiva a cabeleira há mais tempo?

Acho que os dois. Quando cheguei ao Nova Iguaçu a dele já estava grandinha também. Nossa cabeleira nos ajudou a sermos mais vistos em campo. Se não fosse pelo futebol, seria pelo cabelo. Que bom que deu para unir os dois e estar na situação que estamos hoje.

Quem é o mais estiloso?

Sem dúvida sou eu. Ele estava aprendendo um pouco comigo. Não sei como está agora. Vou dar uma olhada após o jogo (risos).

Vai passar conselhos aos zagueiros do São Paulo sobre o Barbio? Qual é a principal característica do seu amigo?

Ele é veloz, pensa rápido. É preciso ter cuidado. Nunca é bom enfrentar jogadores ariscos como ele. Temos que estar atentos.

 

Jânio Moraes
Presidente do Nova Iguaçu e amigo 
de Wiliam Barbio e Cortez
Fico feliz de vê-los em um jogo deste porte

“Particularmente, fico muito feliz de ver dois jogadores criados conosco participando de um jogo deste porte. É muito gratificante e nos motiva ainda mais a manter o trabalho que estamos realizando.

Conversamos muitos com eles. São jogadores, pessoas, pelas quais temos muito carinho. Liguei para o Cortez, por exemplo, quando ele estava sendo constantemente substituído no São Paulo, para apoiá-lo naquele momento. Assim como conversei com o Wiliam depois do último jogo do Vasco.

Vou ver o jogo e torcer para que os dois tenham uma boa atuação. Essa será a minha torcida.”

 

BATE-BOLA

Wiliam Barbio
Com exclusividade ao LANCE!

Cortez disse que é mais estiloso que você…

Ele era estiloso. Andava bonito, mas eu estava ali na humildade, sempre bonitinho também, porque é sempre importante andar bonito. Ainda mais que não éramos conhecidos.

Você chegou a ir a uma pelada beneficente do Cortez, não foi?

Fui com o Cidinho (Botafogo). Longe (foi em Quissamã, Norte Fluminense). Dormia, acordava e não chegava. Depois organizei uma em Nova Iguaçu e ele foi. E este ano vou ter de ir de novo na dele. É do amigo, não tem jeito.

No Nova Iguaçu, queriam cortar o seu cabelo?

Foi na subida (Série A do Carioca). Organizaram para raspar o cabelo de todo mundo. Ficou naquele vai, não vai e o Jânio (presidente do clube) disse para não cortar.

 

 

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