Doriva estreou como técnico do São Paulo com uma má atuação na derrota por 2 a 0 para o Fluminense, nesta quarta-feira, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro. Depois de uma semana de trabalho, o treinador reconhece o rendimento ruim da equipe, mas acredita que agora terá condições de dar ênfase a alguns detalhes que considera primordiais para colocar o Tricolor no G-4 e sonhar com o título da Copa do Brasil.

– Não foi a estreia que eu imaginava, esperava estrear com vitória, mas sabíamos da dificuldade que é enfrentar o Fluminense. Temos de acertar a equipe, acho que é muito precoce fazer qualquer avaliação. Agora tenho um parâmetro para trabalhar em cima disso e implementar o que eu acredito que seja ideal. Com certeza, vamos tirar muitas lições desse jogo – afirmou.

O São Paulo viveu de momentos isolados na partida. Luis Fabiano e Ganso acertaram a trave, cada um em um tempo, mas foi pouco. A defesa cometeu muitas falhas, sobretudo na saída de bola, e facilitou a vida do Fluminense. Depois de ficar com dois gols de desvantagem, o Tricolor paulista pouco fez para reagir.

– Se nós ambicionamos essa conquista, temos de nos mobilizar, corrigir o que precisamos corrigir. E se entregar. Para conquistar precisamos um pouco mais do que apresentamos hoje – destacou Doriva.

Veja abaixo a íntegra da coletiva de Doriva:

Rendimento do meio de campo
– Hudson é quem tem mais característica de primeiro volante. O Thiago Mendes é um jogador que tem muita dinâmica, sai muito, tem facilidade de chegar na frente. Temos de acertar esse meio de campo, ter mobilidade, dinâmica. Só através disso vamos criar situações. No primeiro tempo tivemos mais posse de bola, mas a partir do momento em que o Fluminense fez o gol ficou mais difícil termos a bola. Precisávamos de mais mobilidade para furar esse bloqueio e conseguir fazer o gol.

Erro de marcação no gol de Fred
– O Fred é um jogador experiente, tentamos colocar também um jogador experiente na marcação, no caso o Luis Fabiano. Ele perdeu um pouco o Fred por um bloqueio que foi feito. Quando chegou, chegou atrasado. Na segunda etapa mudamos a maneira de marcar e corrigimos. O Fluminense tem bola uma parada muito eficiente, sabíamos disso. Mas infelizmente acabamos tomando o gol.

Falta alguém chamar a responsabilidade?
– É um grupo que não fala muito. O Rogério que exerce essa liderança, mas dentro de campo ele fica muito atrás. Às vezes, precisamos dessa comunicação. Temos cobrado isso. Às vezes, uma orientação de movimentação ajuda os companheiros, principalmente os mais jovens.

Ganso, Pato e Luis Fabiano podem jogar juntos?
– Eu acredito que podem jogar juntos, mas tem de haver mobilidade, mais movimentação. Não podemos ficar estáticos. Conseguir um volume de jogo ofensivo. Têm muitas coisas que precisamos fazer. Ainda vamos acertar a equipe, porque ela precisa ter essa movimentação, mais compactação. Ficamos muito espaçados. Tinha passado essa ideia, mas não conseguimos fazer. Vai ser uma das cobranças que vou fazer.