Pratto já avisou ao diretor executivo Raí e ao coordenador de futebol Ricardo Rocha que o River fará em breve uma proposta para tirá-lo do Tricolor. O São Paulo rebateu dizendo que não tem intenção de negociar o atacante, mas todos estão cientes de que o futuro do jogador pode ser na Argentina.

Em Buenos Aires, a imprensa local tem informado que a proposta do River Plate deve ser algo perto de 11 milhões de dólares (R$ 35,4 milhões). No contrato de Pratto, válido até dezembro de 2020, o São Paulo só é obrigado a vendê-lo se chegar uma oferta de 11 milhões de euros (R$ 42,8 milhões) e com um salário que seja pouco mais do que o dobro do atual.

Abaixo, o GloboEsporte.com explica detalhadamente cada um dos motivos que podem fazer Lucas Pratto trocar o São Paulo pelo River Plate.

Família

Pratto quer ficar mais próximo da filha Pía, de sete anos. Ela mora em Buenos Aires. No River Plate, o atacante teria mais facilidade para conviver com a família, sem a dificuldade de deslocamento do Brasil até a Argentina durante os raros dias de folga.

O grande objetivo de Pratto é disputar a Copa com a Argentina. Durante as eliminatórias sul-americanas, inclusive, o atacante foi um dos participantes de um vídeo motivacional feito por atletas e ex-jogadores enviado à seleção argentina, antes do decisivo confronto com Equador.

No River, o atleta imagina que fique em evidência. Pratto não teve chances com Jorge Sampaoli. Sua última convocação foi com o então treinador Edgardo Bauza, no dia 28 de março de 2017, diante da Bolívia. Após a troca dos comandantes, ele perdeu espaço.

Agora, a seis meses da Copa, o centroavante tenta buscar o sonho de jogar o Mundial. Aos 29 anos (completa 30 em junho), essa pode ser a última chance na carreira.

Quando foi contratado pelo São Paulo, em fevereiro, Pratto ouviu da diretoria na época sobre a ideia de um projeto para formar um time vencedor. Isso consequentemente lhe ajudaria a ter destaque para se manter em alta na seleção argentina. A prática, no entanto, foi diferente da teoria.

O São Paulo sofreu durante todo o ano, com três eliminações (Paulistão, Copa do Brasil e Sul-Americana), contratações e venda de jogadores no meio da temporada e troca no comando técnico (Rogério Ceni por Dorival Júnior). O resultado foi a briga contra o rebaixamento no Brasileirão.

A realidade do São Paulo frustrou os planos do atacante, cuja relação com a diretoria se desgastou ao longo do tempo.

Em julho do ano passado, pouco antes de Rogério Ceni ser demitido, Pratto questionou qual era a situação da comissão, em caso de uma nova derrota. À época o time vinha de uma sequência negativa de cinco partidas sem vencer. O argentino ouviu que haveria sequência no trabalho, mas depois do duelo com o Flamengo, no qual o Tricolor perdeu por 2 a 0, Ceni caiu.

Poucos dias antes, o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, disse em entrevista ao GloboEsporte.com que não se cogitava a demissão.

Em novembro, também para o GloboEsporte.com, Pratto revelou que tinha cobrado de Leco um São Paulo “menos bagunçado” em 2018, sem o desmanche que tinha acontecido na temporada passada.

Nos bastidores do Tricolor há também quem diga que o atacante argentino se desestimulou no dia a dia após os compatriotas Buffarini e Gomez serem preteridos do time titular.