Sem o ‘substituto de Lucas’, São Paulo aposta em Cañete para 2013

a véspera da estreia do São Paulo na temporada 2013, o tão esperado “substituto de Lucas” não chegou. E, depois da negociação frustrada com o chileno Eduardo Vargas, que acertou com o Grêmio, talvez nem chegue. O técnico Ney Franco insiste na contratação de dois atacantes velozes, mas a diretoria não garante que atenderá seus pedidos. E aposta numa solução interna para preencher a lacuna: Marcelo Cañete.

O argentino é meia, não tem a velocidade do ídolo vendido ao PSG, mas os dirigentes veem nele características que podem se encaixar no setor: movimentação e boa chegada à área do adversário. Outro argumento para mudá-lo de posição é que será cruel a disputa por uma vaga na armação com Paulo Henrique Ganso e Jadson.

Cañete passou toda a temporada de 2012 lesionado, e atuou somente nas duas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro, contra Ponte Preta e Corinthians, quando Ney Franco poupou os titulares para a Copa Sul-Americana. Mesmo assim, o argentino entrou no segundo tempo. Suas atuações agradaram e a expectativa é que ele seja mais aproveitado em 2013.

A diretoria, entretanto, terá de convencer seu treinador de que Cañete é a melhor opção para armar a equipe com três atacantes. O argentino ainda não fez gols pelo Tricolor, e esse nem é seu ponto forte. Ainda assim, os cartolas acham que ele pode aparecer logo no time titular. Ney tem dito em todas as suas entrevistas que precisa de dois jogadores rápidos na frente. A situação se agravou depois que Negueba, que tem essas características, machucou o joelho na pré-temporada e foi submetido a cirurgia. Ele só voltará a jogar no segundo semestre.

O comandante da equipe tinha duas opções para a vaga de Lucas: Montillo trocou o Cruzeiro pelo Santos, que fez uma oferta superior à do São Paulo. O segundo era Vargas, mas sua contratação esbarrou no Napoli, que mudou quatro vezes a pedida pelo jogador e irritou o presidente Juvenal Juvêncio. Sem eles, a diretoria adora um discurso padrão: não deverá buscar novos jogadores para o início da temporada.

Embora não admita publicamente, o Tricolor monitora jogadores que se assemelhem a Lucas, ao menos no estilo de jogo. Na apresentação dos novos uniformes, na manhã desta quinta-feira, Juvenal afirmou que o clube “estava atento ao mercado”, mas descartou entrar numa disputa para repatriar Kaká. Segundo o presidente, seus salários são incompatíveis com o futebol brasileiro.

Sem um jogador para essa posição, Ney Franco começa a temporada com formações táticas bem diferentes do 4-2-3-1, campeão da Sul-Americana. O esquema foi repetido no primeiro treino do ano, em Cotia, com Jadson na direita, mas substituído na partida seguinte por um losango no meio, formado por Wellington, mais recuado, Denilson na direita, Jadson na esquerda e Ganso avançado, próximo aos atacantes. Por fim, no segundo tempo do amistoso contra o RB Brasil, Ney usou o 3-5-2, com Toloi, Lúcio e Rhodolfo na zaga.

 

Fonte: Globo Esporte

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