São Paulo termina temporada com ataque em baixa e defesa em alta

Nada melhor do que definir o São Paulo de 2019 como um time que viveu de altos e baixos, embora os “baixos” acabem ofuscando os “altos” por ser mais uma temporada que passa e o clube não conquistou um título. Os fatores que mais definem essa equipe oscilante são os números ofensivos e defensivos, que se mostram bastante díspares. Com o encerramento do ano competitivo, o Tricolor ficou entre os piores ataques, mas entre as melhores defesas do país.

Após a vitória por 2 a 1 sobre o CSA, os são-paulinos terminaram o Brasileirão com 30 gols sofridos, o que rendeu ao time o status de defesa menos vazada da competição. Palmeiras e Athletico-PR ficaram atrás, com 32 gols sofridos cada. No entanto, essa qualidade defensiva não se resumiu somente ao campeonato nacional. Ao longo do ano o setor foi o maior destaque do time.

Em 60 jogos oficiais em 2019, o São Paulo levou apenas 47 tentos, atrás apenas do rival Verdão, que sofreu 44. A média tricolor na temporada terminou com 0,78 gol sofrido por partida, a terceira melhor entre os clubes de Série A, perdendo somente para o Grêmio (0,75) e novamente para o Alviverde (0,65). Méritos que recaem para a consiste dupla de zaga Bruno Alves e Arboleda, e para o goleiro Tiago Volpi, que só deixou de atuar em dois duelos neste ano.

O sucesso da defesa, porém, não foi refletido no ataque, que mesmo com nomes de peso como Alexandre Pato, com contratações caras como Pablo e Raniel, além de “construtores” como Hernanes, Antony e Daniel Alves, não conseguiu figurar entre os melhores do quesito durante a temporada. Entre lesões, suspensões e sistemas falhos, o setor teve um desempenho sofrível.

Em 60 jogos oficiais, o São Paulo marcou somente 56 gols, ou seja, menos de um por jogo, juntando-se ao CSA como os únicos que não conseguiram superar a barreira de um ou mais tentos por partida. A média terminou com 0,93 por duelo, um pouco melhor do que a estabelecida pelo time alagoano (0,90). Assim como em números absolutos com três gols a mais para os paulistas.

No Brasileirão a situação foi um pouco melhor, ficando com o 12º ataque da competição com 39 tentos anotados, o que dá uma média de 1,03 por jogo. Foi o pior ataque entre aqueles que se classificaram para a Copa Libertadores do ano que vem. Fortaleza (50 gols), Goiás (46), Atlético-MG (45) e Bahia (44) não irão para o torneio continental, mas tiveram setores ofensivos melhores.

Outro detalhe que mostra o fraco ataque tricolor é a lista de artilheiros da equipe na temporada. Pablo, que ficou muitos meses fora por conta de lesões, terminou o ano com apenas sete gols e a liderança entre os goleadores são-paulinos. Reinaldo, Antony e Vitor Bueno ficaram na segunda posição desse ranking com seis tentos cada um. Na comparação com os outros 19 clubes da Série A, Pablo é o artilheiro com o menor número gols em 2019.

A esperança é que Fernando Diniz consiga implementar seu estilo ofensivo de jogo durante a pré-temporada, quando o elenco retorna de férias. Se formos pegar apenas o período de sua passagem, que completou 17 partidas no último domingo, os números não são animadores: 16 gols marcados, ou seja, média de menos de um por jogo (0,94), bem parecido com o que foi registrado durante toda a temporada. Que venha 2020 para o são-paulino.

Veja alguns desses números nas listas abaixo:

Melhores Defesas (Média) – Clubes de Série A – Jogos Oficiais – 2019

1) Palmeiras – 0,65 gol sofrido por jogo
2) Grêmio – 0,75 gol sofrido por jogo
3) São Paulo – 0,78 gol sofrido por jogo
4) Athletico-PR – 0,85 gol sofrido por jogo
5) Santos – 0,86 gol sofrido por jogo

Piores Ataques (Média) – Clubes de Série A – Jogos Oficiais – 2019

20) CSA – 0,90 gol por jogo
19) São Paulo – 0,93 gol por jogo
18) Avaí – 1,00 gol por jogo
17) Chapecoense – 1,02 gol por jogo
16) Botafogo – 1,05 gol por jogo

 

Fonte: Lance

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