São Paulo não teme “efeito Gareca” com saída de Bauza

O São Paulo ainda não manifestou preocupação com a possibilidade dos atletas trazidos a pedido de Edgardo Bauza ficarem “órfãos” após a saída do treinador para dirigir a seleção argentina.

O exemplo de um caso semelhante aconteceu não há muito tempo, em setembro de 2014. Na ocasião, Ricardo Gareca deixou o Palmeiras após três meses de trabalho. Foi tempo suficiente para que ele pedisse a contratação de quatro atletas: Pablo Mouche, Fernando Tobio, Cristaldo e Allione.

Do quarteto, apenas o último ainda está no clube. E quase sem nenhuma chance com Cuca. Os dois primeiros não fizeram parte dos planos do atual treinador e Cristaldo, por sua vez, teve algumas chances, mas se incomodou com o banco de reservas e preferiu ser vendido, apesar de ser o xodó da torcida.

No caso são-paulino, a contratação que mais corre riscos de ter efeito deste tipo é a de Chavez. Contratado do Boca Juniors, o atacante fez sua primeira aparição no empate contra a Chapecoense e veio indicado pelo comandante. O que joga a seu favor é a falta de opção no setor, que sofreu com as saídas de Alan Kardec, Jonathan Calleri e Rogério.

Outro argentino recentemente contratado, o lateral direito Buffarini, não se enquadra neste exemplo. O jogador é desejo antigo do São Paulo, ainda na época em que Muricy Ramalho fazia a sua segunda passagem. Bauza, então treinador do atleta no San Lorenzo, lembra bem da situação.

“Veja, eu não preciso falar com os atletas e dar satisfações para onde eu estou indo. Eu indiquei os jogadores, mas se você for ver, o Buffarini, por exemplo, interessa o São Paulo há muito tempo, desde quando eu era técnico do San Lorenzo. Então não vejo muito problema em sair e deixá-los aqui. O reforço é para o São Paulo e não para o treinador”, explicou Bauza na coletiva de imprensa.

O peruano Cueva não deve ter dificuldades em se adaptar com o sucessor de Bauza. O atacante já caiu nas graças do torcedor e foi aplaudido pelo Morumbi no empate em 2 a 2 contra a Chapecoense, jogo em que ele fez os dois gols da partida.

No caso de outro gringo, o argentino Centurión, a situação é inversa. Bauza já havia dado aval para que a negociação com o Boca Juniors acontecesse, mas a saída do treinador fez a diretoria repensar, como explicou o diretor executivo do clube, Gustavo Vieira. O atleta, no entanto, parece disposto a sair e está a apenas ‘detalhes’ de fechar com os argentinos.

“A gente conversava com o Bauza e decidia isso em conjunto. Sabíamos da posição dele (o treinador diz nunca ser contra a saída dos atletas que recebem propostas melhores), mas, a partir de agora, vamos manter o pensamento com mais foco no São Paulo”, afirmou.

Como já mostrou o Blog do PVC, a diretoria são-paulina diz preferir contratar um técnico brasileiro para a sucessão. Antes de Bauza, a equipe já havia perdido o colombiano Juan Carlos Osório para a seleção mexicana.

 

Fonte: Uol

Um comentário em “São Paulo não teme “efeito Gareca” com saída de Bauza

  1. Nao sei pq esse temor do efeito Garega nas Pepas, depois da saida dele que eles deram um jeito, inclusive foram campeoes, teve diretores competentes, contrataram bons jogadores, estao la em cima da tabela.

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