São Paulo lidera lista dos campeões em receita com venda de jogadores

O São Paulo foi o time brasileiro que mais ganhou dinheiro com a venda de jogadores nos últimos seis anos (2010 a 2015). No período, o clube arrecadou R$ 351,4 milhões com a comercialização dos direitos federativos de atletas. Em segundo lugar vem o Corinthians, com R$ 290,6 milhões, seguido de perto pelo Internacional, com R$ 286,8 milhões.

Os números foram compilados pelo banco Itaú BBA, em um relatório produzido sobre os dados dos balanços oficiais publicados anualmente pelos principais clubes do país.

O estudo aponta também que, juntos, os 12 principais clubes do país arrecadaram R$ 436 milhões com vendas de jogadores no ano passado. Isso representa um crescimento de 17% (em Reais) em comparação a 2014.

Como a maior parte das negociações relevantes em termos de valores ocorre com times do exterior, tal aumento tem relação direta com o câmbio, visto que em 2015 houve desvalorização cambial sensível da moeda brasileira.

Isso significa dizer que, para o clube estrangeiro, o atleta brasileiro ficou mais barato, enquanto que, para o brasileiro, foi uma possibilidade de fazer mais caixa. Ainda que tenha apresentado crescimento em reais, em dólares, verificou-se redução de receitas pelo segundo ano consecutivo. De 2013 a 2015, as vendas geraram receitas anuais aos clubes de 300, 148 e 133 milhões de dólares.

 

“Grandes exportadores”

O relatório do Itaú BBA compilou dados acumulados dos anos de 2010 a 2015, a fim de detectar padrões que se repetem. A conclusão dos autores da análise é a de que “alguns clubes se tornaram grandes exportadores de atletas”. São eles: São Paulo, Corinthians e Internacional. Os três times respondem por quase 40% dos recursos gerados por venda de atletas pelos 12 maiores clubes do país. Em um segundo bloco, destacam-se Santos e Cruzeiro, seguidos pelos demais clubes listados.

De acordo com o economista Cesar Grafietti, que coordenou a equipe que montou o estudo do Itaú BBA, os dois principais “exportadores” de atleta do país são bem-sucedidos neste quesito seguindo modelos diferentes de negócio.

“O São Paulo tem tradição em formar jogadores desde a base. O clube investe nos atletas durante um largo espaço de tempo e, quando o profissional adquire maturidade e se torna cobiçado pelo mercado, o clube comercializa, auferindo seu lucro”, explica Grafietti. Segundo ele, são vendas “no varejo”, de jogadores que não geram grandes cifras em suas negociações (com exceção do atacante Lucas, vendido ao Paris Saint-Germain por R$ 110 milhões em 2012), mas que representam importante caixa para o clube graças ao volume de negociações.

Já o Corinthians teria a característica de adquirir jogadores no mercado, que já possuem considerável expressão. Então, os atletas são colocados para jogar, e acabam apresentando bons resultados. “Ao fim de uma temporada, é possível ver o Corinthians ‘desmontando elencos’, vendendo cinco, seis jogadores de expressão. Mas, graças a um planejamento acertado e ao caixa gerado por essas comercializações, o time consegue remontar boas equipes, dando origem ao mesmo ciclo novamente.

 

Fonte: Uol

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