Independentemente de o São Paulo acertar ou não com o colombiano Juan Carlos Osorio (algo que pode acontecer nas próximas horas) para o lugar de Muricy Ramalho, está por trás do nome do técnico do Atletico Nacional (COL) mudanças importantes que o departamento de futebol pretende instaurar há tempos e agora julga o momento como ideal.
Comandado pelo vice-presidente de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, e o gerente-executivo Gustavo Oliveira, o futebol do São Paulo espera montar até o fim de 2015 uma estrutura que perdure no clube pelos próximos anos. Estão no pacote a união das mesmas filosofias no profissional e na base, a tecnologia usada dos treinos à busca por reforços e a austeridade financeira na hora de escolher os profissionais.

A proposta de interligar o CFA de Cotia, gerenciado por Júnior Chávare, com a Barra Funda chama atenção. Na análise do futebol do São Paulo, a má formação tem impedido vendas de joias, essenciais para a saúde financeira do clube. A intenção é implantar desde cedo o estilo de jogo que o atleta encontrará no profissional: posicionamento e esquema tático. Todas as categorias jogarão com o mesmo esquema, e o desejo é que ele esteja adequado à Europa, considerado um dos mercados mais atraentes para transferências. O clube também adotou nos últimos tempos uma política de captação de novos atletas.

Os dirigentes que trabalham no CT da Barra Funda, porém, encontram resistência em outras partes do clube para implementar as novidades e precisarão ganhar a luta.

Osorio, de 53 anos, é um grande conhecido do São Paulo. Enfrentou recentemente o clube em duas ocasiões, ambas pela Copa Sul-Americana, 2013 e 2014, além de uma pela Libertadores em 2010, no comando do Once Caldas. Ele sempre recebeu muitos elogios de Muricy, que o considera um estudioso de futebol.

A instabilidade encontrada pelo time após a eliminação na Libertadores contra o Cruzeiro fez a busca por um novo técnico voltar à pauta.
Fonte: Lance