O São Paulo publicou ontem suas demonstrações contábeis de 2015. A situação financeira do clube não é boa.
As receitas apresentaram um salto de 31% atingindo R$ 330,9 milhões. Uma parte muito representativa desse aumento se deve aos R$ 108, 8 milhões gerados com transferências de atletas.
Desconsiderando os recursos com as transferências, a receita cresceu apenas 4%.
Além do crescimento com transferências e direitos de TV vale destacar o aumento das receitas com sócio-torcedor e bilheteria. Os ganhos com o Morumbi caíram, assim como as baixíssimas receitas com patrocínio.
Os custos com futebol subiram 16% e atingiram R$ 273,4 milhões. A relação custo futebol sobre receita melhorou, em virtude do amento do faturamento. Mas sem dúvida é uma grande preocupação para o clube em 2016.
Por conta dos altos custos, o cube do Morumbi encerrou o ano passado com déficits de R$ -72,5 milhões. Nos últimos dois exercícios os déficits somados foram de R$ -172,6 milhões.
As dívidas do clube saltaram para R$ 359,4 milhões, aumento de 5%. As dívidas fiscais cresceram 40% e atingiram R$ 82,4 milhões.
Os empréstimos com bancos somaram em 2015 R$ 129,7 milhões, frente aos R$150,4 milhões de 2014. Entretanto, empréstimos com terceiros que não existiam em 2014, atingiram R$ 24,4 milhões.
O São Paulo utiliza os empréstimos como forma de suprir sua falta de receitas. E essa prática gera juros bancários elevados. No ano passado o clube despendeu R$ 48,2 milhões em despesas financeiras.
Nos últimos 5 anos as despesas financeiras consumiram R$ 144,7 milhões.
O clube precisa urgente aumentar suas receitas de marketing e com o estádio do Morumbi e reduzir seus custos, especialmente com futebol.
E assim começar a operar com mais recursos próprios, do que com recursos de terceiros.