Rogério vê São Paulo em crise e ajuda ‘concorrente’ Centurión

Devido à reforma do gramado do Morumbi, o São Paulo vem mandando seus jogos no Pacaembu. Porém, tem sofrido com a baixa média de público: nas duas últimas partidas em casa – contra Novorizontino e Mogi Mirim – apenas 6346 pessoas compareceram no total, ocupando menos de 20% do estádio e batendo recordes negativos. Impacientes com a irregularidade do time, alguns dos poucos torcedores não economizam nas vaias, mas costumam poupar o atacante Rogério, que vê a equipe numa situação complicada.

“Eu sei que é crise, mas é uma fase que vai passar. Acho que, quando começarmos a ganhar os jogos, a torcida vai comparecer e ajudar a gente como sempre”, afirmou o jogador em evento de lançamento de chuteira em shopping da zona leste de São Paulo.

Rogério chegou ao São Paulo no fim de agosto de 2015, como artilheiro do Vitória, e se tornou ‘talismã’ tricolor ao marcar o gol do triunfo sobre o Goiás por 1 a 0, na 38ª rodada da Série A do ano passado, o que garantiu o Tricolor na Pré-Libertadores. Nessa fase, foi o atacante quem salvou a equipe novamente ao anotar o único tento da partida de volta realizada no Pacaembu.

“Consegui isso nos treinamentos, no trabalho. Me dedico ao São Paulo, é o clube que eu defendo. Não deixo a desejar em nenhum dos trabalhos, acho que começa por aí. Devemos estar focados nos treinos, porque o que acontece neles, ocorre nos jogos. Quando aparece uma oportunidade, eu faço o gol”, comentou sobre o carinho da torcida.

O atacante Rogério participou do evento de lançamento de chuteira (Foto: Divulgação)
Xodó do São Paulo, Rogério participou do evento de lançamento de chuteira (Foto: Divulgação)

Apesar das boas atuações, o pernambucano ainda não conseguiu se tornar titular e costuma ficar como reserva de Centurión. Porém, Rogério minimizou o fato. “Quando o treinador pega uma formação, 11 jogadores, ele tem que manter, até para dar sequência. Tem que insistir no atleta que ele escolheu para estar ali. Ele não pode ficar colocando e tirando. É correto ele manter o jogador para se acostumar”, disse.

O argentino, inclusive, é um dos jogadores que vem sofrendo com as críticas da torcida e recebe apoio de Rogério. “Explico para ele que tem que trabalhar. Se você faz um trabalho correto no jogo, não tem como dar errado. Eu faço isso. A gente sabe separar as coisas. Ele vai melhorar bastante. Teve a questão de a torcida vaiar, a má fase, mas isso passa. No último jogo, ele foi bem, teve alguns acertos. Errar é humano. O grupo está apoiando ele da melhor forma possível para que a torcida venha abraçá-lo”, explicou o pernambucano.

No último jogo, quando o São Paulo venceu o Mogi Mirim por 2 a 0, ele foi titular na vaga de Paulo Henrique Ganso e atuou como armador, posição que não parece não agradá-lo. “Sou um jogador de beirada, para se adaptar ali é meio difícil. Receber a bola de costas é sempre complicado. Perdi algumas bolas nesse jogo contra o Mogi por não estar adaptado ao meio, como o professor pediu. Tenho que aprimorar nos treinos e jogar o melhor possível naquela posição. Como sempre, venho dando minha resposta e sou funcionário do clube. Então, tenho que jogar onde o professor quiser e estou ali para ajudar meus companheiros”, afirmou Rogério, que, junto a Ganso, garantiu a vitória na terça-feira.

 

Fonte: Gazeta Esportiva

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