Reforços celebrados por diretoria não correspondem e viram arma de críticos

No segundo semestre do ano passado, o São Paulo viu seus cofres cheios com a venda de Lucas ao PSG, a ida de Oscar ao Chelsea (o clube ainda tinha direitos sobre o atleta) e o aumento do valor das cotas de televisão. Ao todo, mais de R$ 100 milhões entraram no caixa tricolor. Foi então que a diretoria decidiu investir em reforços que acabaram frustrando as expectativas e deixando a atual gestão em maus lençóis.O rendimento abaixo de esperado de nomes como Ganso, Luis Fabiano e Lúcio se tornaram combustível para os críticos da cúpula tricolor.

Para contratar Osvaldo (R$ 8 milhões), Cortez (R$ 7 milhões), Rafael Toloi (R$ 4 milhões), Jadson (R$ 9 milhões) e Ganso (R$ 16,4 milhões), Juvenal desembolsou cerca de R$ 45 milhões, algo inusitado na gestão do atual presidente. Porém, o carro-chefe foi a aquisição de Paulo Henrique Ganso por R$ 23,9 milhões (R$ 16,4 milhões pagos pelo clube e R$ 7,5 milhões oriundos de uma ajuda da DIS).

Após o meia não render o que era esperado, internamente já consideram que a contratação foi precipitada. O erro é atribuído ao diretor de futebol Adalberto Batista, que chefiou a negociação. Na visão de alguns conselheiros e até mesmo de parte da diretoria, talvez não fosse necessário arriscar no atleta quando o elenco já contava com Jadson. Muitos defendem que ambos não podem atuar juntos.

O clube do Morumbi contratou ainda o goleiro Renan Ribeiro, o zagueiro Lúcio, os laterais Carleto, Reinaldo, Caramelo e Clemente Rodriguez, o meia Roni e os atacantes Aloísio, Negueba, Silvinho e Wallyson, que já não está mais na equipe. A contratação de Lúcio foi comemorada pela diretoria.

“O Lúcio é um sonho antigo do São Paulo. Em julho chegamos muito perto de contrata-lo, mas acabou não sendo possível. Felizmente desta vez deu tudo certo e ele chega para agregar muita qualidade, experiência e liderança ao nosso grupo”, afirmou á época o diretor de futebol Adalberto Baptista. No entanto, o zagueiro também virou alvo de críticas por conta da má fase da equipe. Não só ele, como todo o setor defensivo, como já disse o próprio Autuori.

”Não tivemos evolução, fomos tão desorganizados defensivamente quanto em outros jogos que isso aconteceu. Enquanto não ganharmos estabilidade defensiva, não vai mudar. Não conheço nenhuma equipe que possa atingir o objetivo se não tiver segurança defensiva”, comentou após a derrota da equipe para o Corinthians na Recopa.

Outro atleta que o São Paulo repatriou como ídolo e já começa a ser questionado é o atacante Luis Fabiano. O clube do Morumbi desembolsou € 7,6 milhões (R$ 19,9 milhões) para adquirir 100% dos direitos federativos do atleta. Mais uma vez, Adalberto Batista esteve á frente do negócio. No entanto, as seguidas expulsões do jogador em momentos decisivos causaram desconforto no elenco e valeram uma crítica pública do líder Rogério Ceni, que disse que para vencer o time precisava terminar um jogo com 11.

Adalberto segue defendendo o elenco. “Depois de uma derrota sempre haverá questionamento com relação à qualidade do elenco. Nós continuamos afirmando que o elenco do São Paulo é qualificado, mas uma ou duas peças de reposição sempre serão bem-vindas”, disse.

Autuori, por sua vez, é mais cauteloso. Recém-chegado, ele já entendeu que precisa qualificar o elenco, mas é sutil na hora de falar. “Temos pessoas aqui que já mostraram muita qualidade na hora de trazer jogadores. Temos que pensar de forma mais ampla, mais na frente. Tenho de estar com foco aqui e as outras pessoas estão pensando no perfil dos jogadores que podem chegar”, disse.

“É rir para não chorar”, foi assim que o atacante Luis Fabiano começou sua entrevista no CT da Barra funda após o treino do São Paulo nesta terça-feira. O jogador admitiu a má fase do time e revelou que a equipe traçou uma meta de conquistar quatro pontos nas próximas duas partidas do Brasileirão, contra Inter e Corinthians, para “dar uma respirada”.

Fonte: uol

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