Readaptado, Jadson festeja boa fase e mira título da Sul-Americana

O meia Jadson foi a contratação mais badalada do São Paulo no início do ano, mas demorou a se encaixar na equipe. O principal motivo, segundo ele mesmo, foi o período de readaptação ao futebol brasileiro. O atleta atuou no Shaktar Donetsk, da Ucrânia, por sete temporadas – de janeiro de 2005 até dezembro de 2011 -, e demorou a entrar no ritmo.

Jadson explica que, na Ucrânia, o que vale é a correria. Já no Brasil, apesar da menor intensidade, as partidas exigem muito mais qualidade técnica dos atletas. Ele admite que teve trabalho para se acostumar novamente ao estilo brasileiro.

– Precisei me readaptar e tinha problema com o entrosamento. Agora, já conheço melhor os meus companheiros e estou melhorando. Estou feliz no Brasil, minha família está estabilizada, filho no colégio, esposa tranquila. Agora, é só dar sequência no trabalho – diz o meia.

Além do tempo necessário para se readaptar, Jadson cita outros dois detalhes que o ajudaram a melhorar sua performance: sequência de jogos e mudança de posicionamento. O meia atuou em todas as 12 partidas do São Paulo no Campeonato Brasileiro. Anteriormente, quando a fase não era das melhores, a assiduidade no time titular não era tão grande. No Paulistão, por mais que fosse titular na maioria dos jogos, raramente terminava uma partida. Normalmente, era sacado.

A saída de Emerson Leão beneficiou o jogador. Antes, segundo o próprio Jadson, ele atuava fora da posição preferida.

– Antes eu tinha de jogar mais pelos lados e voltar mais para ajudar a marcar. Nunca reclamei e tentei ajudar da melhor forma, mas a função que eu prefiro é essa: chegando mais ao ataque, com mais liberdade para armar o jogo. Agora estou jogando assim. Por isso, as coisas estão dando certo – diz.

Com Ney Franco, o São Paulo atua no 3-5-2. Com isso, o meia não tem mais a obrigação de marcar tanto. A liberdade faz com que ele jogue melhor. Os números comprovam. Além de ser o líder em assistências com a camisa do São Paulo na temporada, Jadson agora é artilheiro. Foram cinco gols no Brasileirão, dois deles nos últimos dois jogos: derrota por 4 a 3 para o Atlético-GO e vitória por 4 a 1 sobre o Flamengo. Ele é o meia que mais balançou as redes no campeonato nacional.

– Na Ucrânia, eu sempre fiz assistências, chegava à área e conseguia anotar alguns gols. No Brasil, estou conseguindo isso também. Dar um passe para gol é bom, mas marcar de vez em quando ajuda. Levanta o astral do jogador.

Com tudo na Sul-Americana

Até 2011, a Copa Sul-Americana não costumava estar no centro das atenções dos clubes brasileiros. Agora, porém, a competição dá ao campeão uma vaga na Taça Libertadores. Para o São Paulo, além de voltar à principal competição continental, a Sul-Americana é importante porque pode significar o fim de um jejum. Sem títulos desde o tricampeonato brasileiro em 2008, o Tricolor deposita as fichas torneio que começa nesta quarta-feira para levantar novamente um troféu. A equipe do Morumbi estreia contra o Bahia, às 21h50m (horário de Brasília), no estádio Pituaçu, em Salvador.

– É uma competição diferente do Brasileiro. É mata-mata. Temos de jogar todos os jogos como se fosse uma final. É um campeonato importante para a equipe. Estamos buscando um título neste ano. Vamos procurar focar bem para erguer a taça.

Fonte: Globo Esporte

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