Péssimo fora de casa, São Paulo precisará de feito inédito para ir à final

A derrota do São Paulo por 2 a 0 para o Atlético Nacional no Morumbi faz com que a equipe comandada por Edgardo Bauza precise consumar um feito inédito na história da Copa Libertadores para chegar à final em 2016: reverter, fora de casa, uma derrota por dois gols de diferença em uma semifinal. Não bastasse o objetivo improvável, o retrospecto do time como visitante na temporada é muito ruim, com apenas 25% de aproveitamento.

Nunca, na história da Libertadores, um time foi derrotado por dois gols de diferença dentro de casa na semifinal e conseguiu virar o jogo fora de casa. As semifinais do torneio passaram a ser disputadas em jogos de ida e volta em 1988, e de lá para cá, em um total de 56 confrontos, em 41 deles o time que fez a primeira partida em casa começou o duelo vencendo; em 11 deles houve empate e em apenas quatro ocasiões o mandante saiu perdendo. A derrota do São Paulo nesta quarta-feira configura a primeira vez na história da Libertadores em que o mandante começa um confronto de semifinal perdendo por dois gols de diferença.

Houve uma única vez em que um time saiu perdendo uma semifinal dentro de casa e conseguiu reverter fora e chegar à final. Aconteceu com o Olímpia, do Paraguai, contra o Internacional, em 1990, mas por um gol de diferença. Com dois gols, como agora, jamais.

O feito que o São Paulo tem de conseguir se mostra ainda mais improvável quando analisado em outras fases da Libertadores. A última vez em que um time começou perdendo um duelo de mata-mata na Libertadores – em qualquer fase – por dois gols de diferença como mandante e conseguiu reverter o placar fora de casa foi em 2008: o América, do México, perdeu do Flamengo por 4 a 2 em casa e conseguiu vencer o jogo de volta por 3 a 0 no Rio de Janeiro em jogo válido pelas oitavas de final, em confronto marcado pela despedida do técnico Joel Santana e pela eficiência do atacante paraguaio Salvador Cabañas.

Joga contra o São Paulo, além do histórico na Libertadores, o retrospecto negativo de Edgardo Bauza como visitante em 2016. Para superar o Atlético Nacional e chegar à final, o São Paulo precisará fazer pelo menos dois gols para levar o jogo para a decisão por pênaltis, mas só em uma partida neste ano o time marcou dois gols como visitante. Aconteceu contra o Flamengo, no dia 19 de junho, mas a partida terminou empatada.

Em 20 jogos como visitante em 2016, o São Paulo tem aproveitamento de 25%, fruto de nove derrotas, nove empates e apenas duas derrotas – contra Botafogo e Cruzeiro, por 1 a 0. Na Libertadores, nenhuma vitória como visitante e apenas 22% de aproveitamento, com quatro empates e duas derrotas.

O São Paulo empatava a partida por 0 a 0 no Morumbi quando o zagueiro Maicon foi expulso em decisão polêmica da arbitragem. Edgardo Bauza, que ainda tinha uma substituição para fazer, decidiu não colocar o zagueiro Diego Lugano na partida e montou a zaga com Rodrigo Caio e o lateral Eugenio Mena, improvisado, assim como Michel Bastos na lateral esquerda e Alan Kardec na meia esquerda. Em poucos minutos o Atlético Nacional abriu o placar, e depois ampliou.

Para a partida de volta, Bauza afirma que pela experiência que tem acha muito improvável que Paulo Henrique Ganso e Kelvin possam jogar. A dupla está lesionada e desfalcou a equipe neste primeiro jogo. A volta acontece na próxima quarta-feira, na Colômbia.

 

Fonte: Uol

2 comentários em “Péssimo fora de casa, São Paulo precisará de feito inédito para ir à final

  1. Bauza sempre foi assim por onde passou é so ver o retrospecto, prefere jogadores altos, fortes, brucutus ao velozes e dribladores, sempre tirava kelvin, luiz araujo o melhor em campo contra o Santos e nem no banco tava ontem, chega de denis, wesley parecia q tava na pelada, enquanto nao tivermos um goleiro de verdade nao vamos ganhar nda, o paton tb grande decepção enganou bem esse tempo mas nao da mais ontem enterrou o time…

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