Perto do adeus, Lucas contagia companheiros e mira um título

Cada jogo disputado pelo São Paulo é um a menos para Lucas. Negociado com o Paris Saint-Germain, da França, o camisa 7 tricolor se apresenta à nova casa em janeiro, mas não disfarça a “saudade antecipada” do clube que o projetou. Sem medo das divididas e de uma possível lesão, o meia-atacante se empenha ao máximo em cada partida e recebe o reconhecimento da torcida. Tudo por causa de um sonho ainda não realizado: um título pelo São Paulo.

Lucas sabe que a Copa Sul-Americana deste ano é sua última chance de realizá-lo. Mesmo que, para isso, outro desejo tenha de ser adiado – o de se firmar como titular na seleção brasileira. Constantemente convocado por Mano Menezes, o jogador costuma servir de opção para o segundo tempo, e chegou a pedir publicamente uma sequência no time. Classificado à semifinal da competição sul-americana, ficou fora da lista do Superclássico das Américas, contra a Argentina.

Se por um lado a partida deste domingo, contra o Náutico, no Morumbi, será a primeira de Paulo Henrique Ganso diante da torcida tricolor, também será uma das últimas de Lucas “em casa”. Além da Ponte Preta, em Campinas, o São Paulo tem ainda no Brasileirão o clássico contra o Corinthians no próximo dia 2, que deve sair do Moumbi em razão do show da cantora Madonna. A semi da Sul-Americana, contra os chilenos, inclusive, pode ser a última partida dele no estádio – já que, em caso de final contra o Millonarios, o show também obrigaria a decisão a ser realizada no Pacaembu.

A disposição do meia-atacante nos quase quatro meses em que joga sabendo que não permanecerá na próxima temporada impressiona até mesmo os companheiros. Rogério Ceni, ídolo são-paulino, não se cansa de elogiar a qualidade do meia-atacante, chamado por ele de “o melhor jogador do time”. O técnico Ney Franco também garante não ter sentido nenhuma mudança no comportamento do jogador perto do adeus. Pelo contrário:

– Todas as vezes que ele entra em campo e joga, o tempo todo só fala em título. Em momento nenhum falou sobre despedida. Sei da data de apresentação do Lucas na França porque eu procurei, mas ele nunca falou que esta saindo. Todas as vezes que converso com ele, está focado em sair ajudando a garantir vaga na Libertadores, e sonha em sair com um título. E ele sabe que a Sul-Americana é a chance dele. Não existe palavra ansiedade, e sim vontade de entrar em campo e corresponder à torcida, comissão e diretoria – declarou o treinador.

Fonte: Globo Esporte

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