Pai pede que Ceni não se aposente: ‘Gostaria de mais um ano, até dois’

Eurydes Ceni, pai de Rogério Ceni, gostaria de ver o filho jogando futebol em 2014. Aos 75 anos, o morador de Sinop, no Mato Grosso, diz que respeitará a decisão de Rogério no fim deste ano, mas prefere não pensar na aposentadoria do filho, de 40 anos, que indica que encerrará a carreira quando a atual temporada acabar

“Eu gostaria que ele jogasse mais um ano, até dois. Para a gente é sempre um prazer ver o Rogério jogar”, disse o pai do goleiro, ao UOL Esporte.

Nos últimos dias, o técnico Muricy Ramalho abriu campanha para que o goleiro não se aposente. O treinador fez intensos elogios ao atleta, minimizou a importância dos quatro erros consecutivos em cobranças de pênaltis e disse que o São Paulo não encontrará no mercado um jogador do mesmo nível para a posição.

Eurydes Ceni afirma que a lesão no pé direito de Rogério, em março deste ano, no choque com o atacante Alexandre Pato, do Corinthians, atrapalhou. O pai diz que não interfere na decisão de se aposentar ou continuar em 2014, e diz que o capitão são-paulino ainda joga em alto nível e poderia, se quisesse, permanecer atuando.

“Ninguém é perfeito. O problema dele foi aquela lesão com o Pato, aquilo afetou bastante. Mas ele está em forma, pode jogar em alto nível. Tenho conversado com ele, mas não tenho tocado nesse assunto. Se ele decidir continuar, acho que ele tem condições”, diz Eurydes. “Eu vou aceitar a decisão que ele tomar. Eu não gosto de influenciar nas decisões dele. Até hoje ele não tem empresário, sempre soube conduzir a vida dele. Sou suspeito pra falar, mas ele foi muito feliz em todas as escolhas dele”, completa o pai.

Há 23 anos no São Paulo, Rogério Ceni está convicto da decisão de se aposentar no fim deste ano. O goleiro se desanimou muito ao longo de 2013, por conta dos atritos com o ex-técnico Ney Franco, com o ex-diretor de futebol Adalberto Baptista e pela crise histórica vivida pelo São Paulo no Brasileirão, amenizada agora após a chegada de Muricy Ramalho. Outro fator que desmotivou o goleiro foi a queda de Paulo Autuori, que admira desde 2005 e guarda carinho especial.

Mesmo assim, Ceni deverá colocar as opções na balança após as campanhas de Muricy e do pai: em 2014, teria a chance de se aposentar longe da crise, com mais tempo para preparar eventos e festas de despedida – assuntos vetados por Ceni em conversas com a diretoria enquanto o São Paulo não ficar em posição segura no Brasileirão.

O pai afirma que o goleiro sentirá falta do São Paulo e do futebol caso decida, mesmo, se aposentar, mas reforça que não irá tentar demovê-lo da ideia, apesar da torcida.

“Ele adora futebol. Ele adora viver em função do futebol e adora o São Paulo. Ele, além de jogador, hoje é torcedor. Sei que o futebol fará falta para ele, mas a vida é assim mesmo. Ele tem muita personalidade e ele decide as coisas por si só. Eu nunca me intrometo nas decisões. Acho que se ele quiser continuar, ele tem condições de continuar mais um ano, Vai depender dele mesmo, se achar que vale a pena ou não”, finaliza Eurydes Ceni.

 

Fonte: Uol

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