Pablo Forlán ainda quer filho no São Paulo e receita tranquilidade no Uruguai

Pablo Forlán é o quarto estrangeiro com mais jogos na história do São Paulo, 243. Pablo Forlán é o nono estrangeiro com maior média de gols marcados pelo São Paulo, nove, mesmo sendo lateral-direito. Pablo Forlán é referência, com cinco anos de clube, entre 1970 e 75, e três títulos conquistados, os Paulistões de 1970, 1971 e 1975. Mas se precisasse responder à pergunta “tá bom ou quer mais?”, o uruguaio de 69 anos certamente daria resposta afirmativa. Ele ainda não realizou um dos maiores sonhos de sua vida, que é ver o filho Diego Forlán vestindo a camisa tricolor que ele eternizou.

Atualmente aos 35 anos, Diego Forlán já se encaminha para o fim da carreira no futebol. Melhor jogador da Copa do Mundo de 2010, o atacante ex-Manchester United (ING) e Atlético de Madrid (ESP) já jogou no Brasil, entre 2012 e 2013, mas pelo Internacional, não pelo São Paulo. Hoje ele está no Cerezo Osaka, do Japão, se aposentou da seleção uruguaia, mas ainda não anunciou quando pendura as chuteiras de vez. Ao pai, resta um sopro de esperança. Mas com um punhado de críticas ao desgastante futebol brasileiro.

– Meu desejo sempre foi ver o Diego ou no Peñarol ou no São Paulo, um desejo de pai, sem dúvida. Até agora não aconteceu, e é necessário ver todas as adversidades do futebol brasileiro para saber, também. Porque um torneio como o Brasileirão não se joga em seis meses, se joga em um ano. Há um tempo de descanso que se tem que dar. Se não houver os jogadores levantando essa bandeira, as federações não se moverão. O único país do mundo onde se joga em data Fifa é o Brasil, todos param. Isso é grave – alerta Pablo Forlán, que não viu o filho brilhar no Brasil, ao LANCE!.

A passagem de Diego Forlán foi bem mais curta e menos vencedora que a do pai, com só duas edições do Gauchão na bagagem, 77 jogos e 24 gols. Os baixos números não impressionam Pablo, que estampa o orgulho do filho em todos os cômodos de sua casa, com fotos e camisas. Segundo o ex-lateral-direito, é impossível manter um bom nível de atuações defendendo uma equipe brasileira.

– Meu filho não foi embora do Inter de Porto de Alegre porque quis, porque era espetacular jogar aqui, a dez horas de casa, mas sim porque se cansou das viagens. Os jogadores precisam colocar os ovos na mesa e dizer que se for assim acabou nacional, estadual, tudo. Que precisa rever o regulamento e pronto. Hoje eu não o aconselharia a voltar ao Brasil – explicou o ex-atleta.

“O URUGUAIO NASCE ASSIM. É O PLUS DELE”

Reconhecido não só pelo talento e pelas conquistas com a camisa do São Paulo, como também pela virilidade, Pablo Forlán acredita que a equipe não precise tanto de raça nesta quarta-feira, contra o Danubio, pela Libertadores. Apesar da chance de desclassificação ser iminente em caso de derrota no Uruguai, o ex-lateral espera que o time se porte com tranquilidade, já que tem um rival praticamente eliminado pela frente.

– O gol e a vitória vão chegar naturalmente. O campo pequeno e nem deve chegar a 4 mil pessoas. O São Paulo tem a obrigação de vencer, mas sem se pressionar. Se for se pressionando ele vai perder, até porque o Danubio tem bons jogadores, sabe jogar, tem um bom toque, diferente do que se fala do futebol uruguaio. O Danubio é uma escola de futebol e como não tem nada a ganhar ou perder vai jogar mais leve. Gol tem que sair naturalmente, e é isso que o São Paulo precisa fazer, porque tem jogadores – afirmou Forlán, que divide os jogadores de futebol entre “os que lutam” e “os que jogam”, sendo o primeiro tão necessário quanto o segundo.

– O jogador uruguaio nasce assim. A história faz transmitir e esse é o seu plus – resume.

Fonte: Lance!

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