O presidente Carlos Miguel Aidar está decidido a reformular o futebol do São Paulo e já vem colocando em práticas grandes mudanças. Além decidir pela demissão do gerente de futebol executivo Gustavo Oliveira, que deve ser substituído por José Eduardo Chimello, o mandatário quer que o coordenador técnico Milton Cruz vá trabalhar na base, em Cotia.
Aidar conversou com Milton pessoalmente nos últimos dias e ofereceu a mudança. Mas o coordenador técnico, que vinha dirigindo o time profissional desde a saída de Muricy, não deve aceitar o cargo. O presidente, portanto, terá um problema a resolver.

Milton é um dos funcionários mais antigos do clube. Chegou em 1994. Recebe salário em carteira e a rescisão contratual, com pagamento de todos os direitos, geraria altos gastos ao São Paulo, que passa por problemas financeiros e tem atrasado os salários dos jogadores em direito de imagem. Milton também não vai querer abrir mão de seus benefícios, como o Fundo de Garantia, em caso de pedir demissão. Ou seja, um entrave caso Aidar resolva sacá-lo, se considerar que não há mais função para ele no clube.
O presidente concretizou na última terça-feira a contratação de Juan Carlos Osorio para assumir o time. Foi o primeiro técnico contratado por Aidar desde o início de sua gestão, em abril de 2014. Com Osorio, devem chegar dois ou três profissionais para a comissão técnica, pelo menos um auxiliar, deixando a situação do atual interino mais complicada.
Milton Cruz, por sua vez, já deixou claro que sua prioridade era permanecer no cargo de coordenador. Mas tem sido aconselhado por pessoas próximas e até parentes a tentar a carreira de técnico, no caso, seria fora do São Paulo. Ele tem pensado na possibilidade, mas não esconde sua preferência por continuar no Tricolor.
Na base, está no comando o gerente-executivo Júnior Chaváre, que veio do Grêmio. Ele foi contratado pelo vice-presidente de futebol Ataíde Gil Guerreiro e o agora ex-gerente Gustavo Oliveira.
Mais mudanças devem acontecer no futebol profissional do São Paulo nos próximos dias. É Aidar dando realmente sua cara ao clube que administra.
Fonte: Lance