Desde 1º de junho no São Paulo, Juan Carlos Osorio ainda não implantou tudo que queria. Por dois motivos principais: falta de tempo para treinar e venda inesperada de jogadores. O técnico acredita que terá modificado o time a seu modo dentro de pouco mais de um mês.

“Futebol profissional é dia a dia. Sempre acho novos tópicos para trabalhar. Cada jogo te deixa muitas dúvidas e temas para melhorar”, justificou, na sexta-feira, ao final de mais uma sessão de treinamento. “Minha 23ª”, pontuou.

A conta de aproximadamente um mês leva em consideração uma projeção de mais 27 atividades, intercaladas por folgas. “Espero que em 50 sessões, o time coletivamente mostre muito mais coisas e melhores comportamentos defensivos e ofensivos”, explicou.

Atualmente quinto colocado do Campeonato Brasileiro, depois de ter despencado da liderança (que ocupou por uma rodada), o São Paulo tem 20 gols  marcados para 12 sofridos. Número que ainda não agrada ao comandante, especialmente pelo fato de a equipe ter sido vazada muitas vezes em falhas de marcação.

O tempo pedido para atingir melhor equilíbrio, porém, não lhe é garantido, em sua opinião. Osorio teme que uma nova série de resultados ruins – como a que antecedeu as últimas duas vitórias – coloque seu trabalho em risco.

“Isso é o futebol brasileiro, sul-americano. Eu, como todos os técnicos, estou a três ou quatro derrotas de uma crise. Não há planejamento a longo prazo. Sou muito respeitoso com o Brasil, mas no futebol brasileiro, como no futebol argentino, como no futebol colombiano, acredito que não há processo. É muito difícil”, analisou.

O presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, assegurou em meio à fase ruim que jamais cogitou interromper o trabalho de Osorio. O colombiano, que fez muito sucesso à frente do Atlético Nacional, tem contrato até a metade de 2017. Neste domingo, diante do Sport, em Pernambuco, ele comanda o time em mais uma partida. Sua nona.

Fonte: Gazeta Esportiva