Desde a chegada de Juan Carlos Osorio, os zagueiros do São Paulo treinam constantemente passes e lançamentos. A ideia do treinador é fazer com que os beques atuem mais adiantados, promovendo opções para a dinâmica de jogo tricolor. Ao justificar a estratégia, que fez o clube do Morumbi empatar sem gols com o Fluminense no último domingo, o colombiano citou o zagueiro espanhol Gerard Piqué e o esquema utilizado no Barcelona (ESP).

– Os grandes times do mundo são assim. O Piqué, no Barcelona, avança com a bola e cria uma superioridade numérica para a manutenção da posse. O Boateng (Jerome) faz isso na seleção da Alemanha e no Bayern de Munique (ALE). Os zagueiros brasileiros têm boa técnica e permitem que tentemos implantar isso no São Paulo e, quem sabe, no futebol brasileiro – avaliou.

A seleção chilena, campeã inédita da última Copa América, também não fugiu da lembrança de Osorio para justificar a tentativa de inovar o padrão tático são-paulino.

– O Chile faz isso e teve sucesso. Eles atuam com dois zagueiros e o Medel, que é volante em seu time (Inter de Milão, da Itália), mas atua de beque para conduzir e começar o jogo – justificou.

Analisando o empate com o Fluminense, a quarta partida consecutiva sem vitória no Campeonato Brasileiro, Osorio disse ter posicionado Lucão como volante para poder liberar os laterais e afirmou que Rodrigo Caio, após negociação frustrada com o futebol espanhol, só não começou o jogo por precaução.

– Fiquei muito feliz com a volta do Rodrigo. Se ele tivesse treinado duas ou três vezes já iniciaria o jogo. Por precaução, começou no banco, mas será titular na quarta-feira – expôs.

Diferente de Rodrigo Caio, Breno, que voltou a ser relacionado após acabar preso na Alemanha, em 2011, não teve a titularidade garantida diante do Vasco, quarta-feira, às 22h, no estádio Mané Garrincha. Porém, Osorio ressaltou a importância do beque para o elenco.

– Ele será essencial para o nosso time – encerrou.

Fonte: Lance